Cap. 10 – Finalmente, o beijo!
Já estavam no
sofá a algum tempo quando a voz calma e alegre de Sue ecoou a poucos
centímetros da porta.
Ouviram bem
quando ela encaixou a chave na porta. Leah levantou-se rápida e olhou assustada
para Jacob:
– Vai embora,
Jake! – ela sussurrou.
O telefone da
mãe tocou, e esta o atendeu rapidamente, reparou Jacob.
– Porque? – ele
perguntou rindo calorosamente.
– Porque eu
ainda vou preparar a minha mãe! Eu não quero que ela pense besteira! Por favor,
vai! – ela suplicou e ele sorriu lindamente.
– Ta bom, então!
Mas eu venho te buscar mais tarde! – ele disse levantando.
– Ta, mas vai!!!
– ela disse, quando a mãe virou a maçaneta.
Ele deu um
beijinho no canto da boca dela, que baixou a cabeça, com vergonha.
– Minha linda!
Por um ano! – ela riu gostosamente, mas se conteve quando a mãe entrou no mesmo
momento em que ele sumira pela porta dos fundos.
– Ta rindo do
que, filha? – a mãe perguntou, deixando no sofá a bolsa branca do trabalho.
– Nada mãe. De
nada! – ela sorriu para a mãe se sentando com esta.
– Porque esse
sorrisão? Viu o pássaro azul foi? – Sue perguntou rindo da filha.
– De todas as
cores, mamãe! – ela riu mexendo nas compras da mãe. – Pra que esses tecidos?
– Pra sua roupa!
– A mãe disse, visivelmente animada.
– Não me diga
que quer costurar o meu vestido também?
– Claro que sim,
filha! Eu vou fazer o vestido de Emily e quando vi esse tecido… ele é a sua
cara! Já até sei que modelo fazer… preciso apenas que confie na sua mãezinha
aqui…
Sue tentou
convencer a filha por mais 15 minutos quando esta se deu por vencida.
– Tudo bem mas
eu quero ter certeza de que ele não será tomara-que-caia!
– Como quiser
meu bebê! Mas… você fica tão linda com tomara-que-caia! – a mãe tentou.
– Fico mesmo?
Você acha mãe?
– Claro querida!
– Então faça
como quiser! – ela sorriu minimamente.
– Então… quem é
o causador desse sorriso que senti tanta falta? – a mãe falou, se recostando no
sofá e trazendo a filha para um abraço.
– Hum… eu…
mamãe, se eu namorasse um cara daqui você ficaria brava? – olhou a mãe como
fazia quando pequena.
– Desde que não
seja um lobo eu não ligo. Ou melhor, quero conhecer o rapaz que vai ser meu
genro??
– Mãe! – ela riu
e deitou a cabeça na barriga semi-lisa da mãe. A dor de cabeça voltara fraca,
mas estava ali, incomodando.
– Lee, você está
tão magrinha… nem tenho te visto nos últimos dias. Não foi trabalhar?
– Eu… estava
indisposta e o diretor me deu uma semana pra ficar em casa.
Sue ficou
quieta, apenas sentindo a respiração pesada da filha em sua barriga.
Relembrando da vida que melhorara apenas por causa de Harry.
– Indisposta? –
finalmente perguntou – Cansada?
– Eu… sim…
estive meio cansada…
– Então sobe e
dorme um pouco! Eu vou… sair um pouco! – Sue corou quando terminou de falar.
– E vai aonde,
posso saber? E… mãe! Você ta corada!
– Eu? Que isso
querida? Impressão sua! – e saiu apressada.
Leah subiu as
escadas sorridente, ainda pensando em Jacob e seu calor que aquecia o coração
de qualquer um que estivesse em contato com ele.
Deitou na cama,
pensando em tudo o que vinha lhe ocorrendo e inevitavelmente, as lembranças da
dor de cabeça e do relato de Jacob a fez ter novamente a face séria.
“E se eu tiver
câncer? Mas… uma loba com câncer? Impossível! Ou quase! E se ele mudar quando
Bella voltar da Lua-de-Mel? Jacob… e se eu me perder nesse caminho? E se me
apaixonar? Me envolver? Você não entende… sequer sabe das minhas angust…”
– Pensativa essa
garota. – Leah se sobressaltou na cama, assustada.
– Jacob! Você!
Aqui! Agora! No meu quarto!
– Já estive aqui
antes, Lee…! E não gosto quando me chama de Jake! – ele murmurou chateado.
– Desculpe Jake…
mas é que eu estava pensando em umas coisas…
Ele olhou bem
fundo nos olhos dela e viu a sensação que tentava apagar. Viu a dor. E ela não
era agradável aos olhos.
– Tenho uma
surpresa pra você. Se arruma e nos encontramos na praia.
– Ta. Então…
daqui a meia hora? – ela tentou, com um sorriso pequeno no rosto.
– Claro!
E lá estava ela,
meia hora depois, indo a praia com um shortinho jeans meio surrado e azul
claro, uma blusa bata tomara-que-caia lilás e nas mãos as sandálias que
deveriam estar nos pés.
– Jake? Jake? –
ela chamou mas não obteve resposta até sentir duas mãos quentes circularem sua
cintura fina e puxarem-na pra ele. – Você demorou, Jake. – ela disse rindo do
silencio dele.
– Estava te
observando, Lee. Você ta linda com essa roupa. Adorei! – ele a virou para si,
muito próximo. Querendo o beijo que aqueles lábios ainda não haviam dado-o.
– Eu sei, sou
uma diva! – ela riu junto dele.
Os olhos de
Jacob o traiam, caindo por sobre os lábios belos e vermelhos. Ela havia fechado
os olhos, ao sentir o vento balançar os cabelos um pouco mais longos.
Ele segurou o
rosto dela, com as palmas de suas grandes mãos, olhando nos olhos, agora
abertos. O cheiro de rosas misturado a madeira dela, impregnava suas vestes e
corpo com o perfume peculiar e o vento vinha e ia como se fosse uma melodia aos
ouvidos de ambos os lobos.
– O que está
fazendo, Jake? – ela perguntou baixinho quando a respiração masculina bateu
contra suas bochechas e o perfume de menta e madeira voltou a suas narinas,
fazendo o coração disparar como nunca se lembrara estar.
– O que meu
coração ordena. – e deu-lhe o tão merecido e esperado beijo, pelo menos por
ambos. O beijo era exigente e veloz. Necessário.
Os corações
agitados esmagavam suas costelas. Leah estava com as pernas enfraquecidas e
sentia que poderia cair a qualquer momento. As mãos de Jacob a apertaram contra
si, quando percebeu que ela tremia inconscientemente.
– Jake… - ela
ofegou quando ele recostou sua testa na dela.
– Shii – ele
disse enquanto levantava o rosto que ficara cabisbaixo. – Não fala nada, só
aproveita. – ele sorriu com o sorriso dela. Leah ainda tentava recuperar a
respiração quando ele tomou-lhe novamente os lábios gentil e calmamente.
Os braços magros
e longos dela, circularam o pescoço másculo enquanto que os braços dele, um
estava na cintura, puxando-a mais para ele, e outro nas costas, subindo e
descendo.
Contendo-se,
Jacob a largou.
– Nem comecei e
você já ta com a boca inchada. – ele brincou, entrelaçando os dedos dela, ao
andarem pela praia, rumo ao caminho que ele desejava levá-la.
– Como se a sua
boca estivesse muito normal. – ambos riram alto com isso.
Leah
esquecera-se por um momento, das aflições que a infligiram.
Sentia que se
tivesse o sorriso caloroso daquele menino, estaria sempre segura. Esqueceria
dos problemas.
Só havia um
problema.
Não podia se apaixonar
por algo que poderia acabar com um olhar.
Essa lembrança,
fez ela diminuir o sorriso. “Mas”, pensou, “Não vou pensar nisso agora. Deixa
pra depois”. E sem perceber, clamou para que o depois, nunca chegasse.
To be continued…
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