domingo, 11 de agosto de 2013

[1T - One Year Later] Cap. 10 – Finalmente, o beijo!

Cap. 10 – Finalmente, o beijo!

Já estavam no sofá a algum tempo quando a voz calma e alegre de Sue ecoou a poucos centímetros da porta.
Ouviram bem quando ela encaixou a chave na porta. Leah levantou-se rápida e olhou assustada para Jacob:
– Vai embora, Jake! – ela sussurrou.
O telefone da mãe tocou, e esta o atendeu rapidamente, reparou Jacob.
– Porque? – ele perguntou rindo calorosamente.
– Porque eu ainda vou preparar a minha mãe! Eu não quero que ela pense besteira! Por favor, vai! – ela suplicou e ele sorriu lindamente.
– Ta bom, então! Mas eu venho te buscar mais tarde! – ele disse levantando.
– Ta, mas vai!!! – ela disse, quando a mãe virou a maçaneta.
Ele deu um beijinho no canto da boca dela, que baixou a cabeça, com vergonha.
– Minha linda! Por um ano! – ela riu gostosamente, mas se conteve quando a mãe entrou no mesmo momento em que ele sumira pela porta dos fundos.
– Ta rindo do que, filha? – a mãe perguntou, deixando no sofá a bolsa branca do trabalho.
– Nada mãe. De nada! – ela sorriu para a mãe se sentando com esta.
– Porque esse sorrisão? Viu o pássaro azul foi? – Sue perguntou rindo da filha.
– De todas as cores, mamãe! – ela riu mexendo nas compras da mãe. – Pra que esses tecidos?
– Pra sua roupa! – A mãe disse, visivelmente animada.
– Não me diga que quer costurar o meu vestido também?
– Claro que sim, filha! Eu vou fazer o vestido de Emily e quando vi esse tecido… ele é a sua cara! Já até sei que modelo fazer… preciso apenas que confie na sua mãezinha aqui…
Sue tentou convencer a filha por mais 15 minutos quando esta se deu por vencida.
– Tudo bem mas eu quero ter certeza de que ele não será tomara-que-caia!
– Como quiser meu bebê! Mas… você fica tão linda com tomara-que-caia! – a mãe tentou.
– Fico mesmo? Você acha mãe?
– Claro querida!
– Então faça como quiser! – ela sorriu minimamente.
– Então… quem é o causador desse sorriso que senti tanta falta? – a mãe falou, se recostando no sofá e trazendo a filha para um abraço.
– Hum… eu… mamãe, se eu namorasse um cara daqui você ficaria brava? – olhou a mãe como fazia quando pequena.
– Desde que não seja um lobo eu não ligo. Ou melhor, quero conhecer o rapaz que vai ser meu genro??
– Mãe! – ela riu e deitou a cabeça na barriga semi-lisa da mãe. A dor de cabeça voltara fraca, mas estava ali, incomodando.
– Lee, você está tão magrinha… nem tenho te visto nos últimos dias. Não foi trabalhar?
– Eu… estava indisposta e o diretor me deu uma semana pra ficar em casa.
Sue ficou quieta, apenas sentindo a respiração pesada da filha em sua barriga. Relembrando da vida que melhorara apenas por causa de Harry.
– Indisposta? – finalmente perguntou – Cansada?
– Eu… sim… estive meio cansada…
– Então sobe e dorme um pouco! Eu vou… sair um pouco! – Sue corou quando terminou de falar.
– E vai aonde, posso saber? E… mãe! Você ta corada!
– Eu? Que isso querida? Impressão sua! – e saiu apressada.
Leah subiu as escadas sorridente, ainda pensando em Jacob e seu calor que aquecia o coração de qualquer um que estivesse em contato com ele.
Deitou na cama, pensando em tudo o que vinha lhe ocorrendo e inevitavelmente, as lembranças da dor de cabeça e do relato de Jacob a fez ter novamente a face séria.
“E se eu tiver câncer? Mas… uma loba com câncer? Impossível! Ou quase! E se ele mudar quando Bella voltar da Lua-de-Mel? Jacob… e se eu me perder nesse caminho? E se me apaixonar? Me envolver? Você não entende… sequer sabe das minhas angust…”
– Pensativa essa garota. – Leah se sobressaltou na cama, assustada.
– Jacob! Você! Aqui! Agora! No meu quarto!
– Já estive aqui antes, Lee…! E não gosto quando me chama de Jake! – ele murmurou chateado.
– Desculpe Jake… mas é que eu estava pensando em umas coisas…
Ele olhou bem fundo nos olhos dela e viu a sensação que tentava apagar. Viu a dor. E ela não era agradável aos olhos.
– Tenho uma surpresa pra você. Se arruma e nos encontramos na praia.
– Ta. Então… daqui a meia hora? – ela tentou, com um sorriso pequeno no rosto.
– Claro!
E lá estava ela, meia hora depois, indo a praia com um shortinho jeans meio surrado e azul claro, uma blusa bata tomara-que-caia lilás e nas mãos as sandálias que deveriam estar nos pés.
– Jake? Jake? – ela chamou mas não obteve resposta até sentir duas mãos quentes circularem sua cintura fina e puxarem-na pra ele. – Você demorou, Jake. – ela disse rindo do silencio dele.
– Estava te observando, Lee. Você ta linda com essa roupa. Adorei! – ele a virou para si, muito próximo. Querendo o beijo que aqueles lábios ainda não haviam dado-o.
– Eu sei, sou uma diva! – ela riu junto dele.
Os olhos de Jacob o traiam, caindo por sobre os lábios belos e vermelhos. Ela havia fechado os olhos, ao sentir o vento balançar os cabelos um pouco mais longos.
Ele segurou o rosto dela, com as palmas de suas grandes mãos, olhando nos olhos, agora abertos. O cheiro de rosas misturado a madeira dela, impregnava suas vestes e corpo com o perfume peculiar e o vento vinha e ia como se fosse uma melodia aos ouvidos de ambos os lobos.
– O que está fazendo, Jake? – ela perguntou baixinho quando a respiração masculina bateu contra suas bochechas e o perfume de menta e madeira voltou a suas narinas, fazendo o coração disparar como nunca se lembrara estar.
– O que meu coração ordena. – e deu-lhe o tão merecido e esperado beijo, pelo menos por ambos. O beijo era exigente e veloz. Necessário.
Os corações agitados esmagavam suas costelas. Leah estava com as pernas enfraquecidas e sentia que poderia cair a qualquer momento. As mãos de Jacob a apertaram contra si, quando percebeu que ela tremia inconscientemente.
– Jake… - ela ofegou quando ele recostou sua testa na dela.
– Shii – ele disse enquanto levantava o rosto que ficara cabisbaixo. – Não fala nada, só aproveita. – ele sorriu com o sorriso dela. Leah ainda tentava recuperar a respiração quando ele tomou-lhe novamente os lábios gentil e calmamente.
Os braços magros e longos dela, circularam o pescoço másculo enquanto que os braços dele, um estava na cintura, puxando-a mais para ele, e outro nas costas, subindo e descendo.
Contendo-se, Jacob a largou.
– Nem comecei e você já ta com a boca inchada. – ele brincou, entrelaçando os dedos dela, ao andarem pela praia, rumo ao caminho que ele desejava levá-la.
– Como se a sua boca estivesse muito normal. – ambos riram alto com isso.
Leah esquecera-se por um momento, das aflições que a infligiram.
Sentia que se tivesse o sorriso caloroso daquele menino, estaria sempre segura. Esqueceria dos problemas.
Só havia um problema.
Não podia se apaixonar por algo que poderia acabar com um olhar.
Essa lembrança, fez ela diminuir o sorriso. “Mas”, pensou, “Não vou pensar nisso agora. Deixa pra depois”. E sem perceber, clamou para que o depois, nunca chegasse.

To be continued…

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