Cap. 18 – Isabella Cretina
Cullen
Passar pela floresta
não era o mais difícil, mas passar por Sam, Jared e Paul sem ser notada. Estava
quase atravessando a barreira, quando o ouvi.
− Aonde está indo? –
me sobressaltei com a voz de Sam.
− Falar com a minha
meia-irmã. – menti.
− Ou procurando
aquele vira-lata do Jake? – ele me perguntou. Engraçado como não era nada
disso!
− Claro que não! Eu
preciso falar com a Bella, avisar uns negocio da minha mãe. – o que não deixa
de ser verdade.
− Eu vou com você.
− Se der mais um
passo te castro, papai. E na boa, não me olha assim não, eu já sei de tudo,
então me deixa em paz ok? Em PAZ!
− Qualquer coisa, é
só gritar e eu te salvo.
− Me salvar? Haha! Do
que? Honestamente, tudo o que você não pode fazer é me salvar, Sam! Cai na real
e dá um tempo! – me virei e continuei andando em direção à casa dos Cullen. Eu
não estava longe agora.
Já podia ouvir
comentários e antes que eu pudesse bater, a porta já se abria com a mãe dos
vampiros.
− Bella está na sala
principal, venha por aqui… − ela disse se virando para um corredor.
− Ahn… o Dr. Cullen
ta aí? Eu não preciso falar com a Bella primeiro…
− Estou aqui. – ele
disse, a dois passos de mim.
− Podemos falar em
particular?
− Claro. – ele me
respondeu seguindo pelo mesmo corredor, mas passamos pela sala e entramos numa
outra, mais para consultório. Por um momento eu vi Jake me mandar um aceno, mas
eu não retribuí, estava muito puta com ele. Eu podia estar morrendo e ele
babando em mulher casada! Me recriminei no mesmo instante, não temos nada,
disse a mim mesma, apenas uma aposta idiota que está tomando o nosso tempo. −
Bem… − ele me interrompeu ¬ − Você já pode falar o que te trouxe até aqui.
− Hm… ok! Minha
cabeça anda meio louca, sabe como é? Às vezes parece que vai explodir, mas
agora, aqui atrás – levantei o meu cabelo e mostrei a nuca – Está inchando, eu
não sei o que é e se é normal, mas como isso apareceu depois que as tonturas
ficaram comuns eu decidi procurar um médico. – expliquei.
─ E eu sou o médico,
suponho? – ele perguntou com um meio sorriso.
─ Tipo isso. –
resmunguei.
− Vou apertar e você
me diz se dói.
− Ai! – no primeiro
que ele fez já incomodou e não foi pouco.
− Vou te colocar no
raio x, como não é muito preciso pode ser que você tenha que vir ao meu
consultório.
− Tuuudo bem. –
respondi. Ele me apontou uma maca e eu deitei enquanto ele mexia no aparelho.
Não demorou muito.
Foi coisa de 15 minutos. Me sentei na cadeira a sua frente novamente. A cara do
doutor não era lá muito encorajadora, mas depois ele congelou.
─ Leah… preciso de
tempo para avaliar com certeza. Gostaria de uma ressonância… você pode ir ao
meu consultório? Não se preocupe com valores.
─ Ya! – gritei – Eu
posso pagar. – respondi-lhe bufando. – Que horas?
[…]
Estava a meio caminho
da porta quando Jacob veio ter um papo comigo. Eu mereço mesmo.
─ Leah… eu sei que eu
sumi… mas podemos conversar?
─ Não. – respondi sem
qualquer humor. O que quer que o doutor Presas tivesse visto o alarmou. Será
que era câncer? Alguém na minha família teve câncer? Que eu me lembrasse, não.
─ Por favor! – ele
disse com aquele olhar abandonado. Recriminei-me por olhar e me dei por
vencida.
─ Diz logo cachorro.
─ Quero saber o que
houve? Alguma mudança naquele assunto?
─ Nenhuma. Não que
lhe interesse.
─ Eu me importo. Pode
crer! E o doutor, o que ele disse?
─ Que não é nada
sério. – menti. – Acabou o interrogatório?
─ Quero te mostrar
uma coisa. Ou melhor, uma pessoa.
─ Se é a Isabella,
nem pense nisso! – disse-lhe mas ele já me puxava para a grande sala.
─ O que é agora? –
respondi olhando para ele.
─ Olhe. – ele mandou.
Eu olhei ela e fiquei em choque.
Repulsa e nojo
passaram por mim primeiro. A sensação foi até a minha espinha, depois asco
misturado com compreensão. Eu estava mudando loucamente.
─ Ah… ─ engoli antes
– Como? – perguntei ao vampiro estuprador de mentes.
─ Da forma
convencional. – ele me respondeu. – Chocada? Interessante.
Ainda chocada demais
para falar, deixei escapar um pensamento:
“─ Isso é nojento!”
─ Não posso discordar
disso também. – ele me respondeu.
─ Do que? – Isabella
perguntou.
Me soltei de Jacob.
─ O que mais? –
perguntei irritada. ─ Sabe que Sam vai querer matar todo mundo quando souber
não sabe?
─ Sei. Estou contando
com a sua ajuda.
─ Para matar todo
mundo? – perguntei indecisa.
─ Para fazer ele
mudar de ideia. – Edward traduziu.
Comecei a andar de um
lado para o outro, pensando. Sam nunca ia permitir que algo ameaçasse sua Emily
e seu filho muito menos. E tudo era culpa da Bella Cretina Cullen como sempre!
─ Isso é tudo sua
culpa! – apontei – Porque você não pode ser a droga de uma lesada normal? – ela
começou a chorar copiosamente, bufei – Me poupe das suas lágrimas de crocodilo,
sua falsa. Você ao menos disse ao seu pai? – ela negou. Rosálie estava a um
passo de me atacar e quem disse que eu liguei? – Você devia, porque cadáveres
não falam. E quando você e essa corja de sugadores de sangue morrerem Charlie
ficará acabado e a culpa será toda sua.
─ Pare com isso já! –
Rosálie disse na minha cara, nos encaramos em posição de luta.
─ E se eu não quiser?
Já que vocês não falam, então o papel chato sobra pra mim. Jogar um banho de
realidade nessa anta para ver se ela pensa antes de fazer merda!
Nós teríamos nos
atacado se o marido não tivesse dito nada.
─ Leah está certa. Eu
também não concordo, Leah. Mas não há nada que possamos fazer e como você tem…
influencia sobre Sam e sobre o concelho…
─ Precisamos da sua
ajuda. – Jacob disse, respirei fundo. Ele merece um belo soco.
─ Putz… hm… não vai
dar!
─ E porque não? –
Jacob me perguntou sem entender.
─ Porque Sam vai
fazer qualquer coisa para proteger La Push e o filho dele, por isso.
─ Que filho? – Jacob
me perguntou.
─ Que tal, o que a
Emily está esperando? Ela me disse a alguns dias.
─ Você sabe o que vai
acontecer não sabe? – Seth me perguntou tomando um refri.
─ Uma guerra? – Jacob
arriscou.
─ Não. – eu respondi
– Imprinting.
─ O que vai fazer
agora? – Seth perguntou.
─ Ir para casa. E
você devia também.
─ Não vou… eu… eu e
Jake somos uma matilha agora.
─ São o QUE? –
perguntei, de fato, irada.
To be continued…
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