Como
sempre, a Nessie tá merecendo uma surra ‘-‘
Mas
hoje o tapa na cara não será dela e sim na cara da Leah.
Boa
leitura!
Inverno
Leah PDV
A
alguns meses atrás, Nessie resolveu que queria morar sozinha e claro, quem
acabou ficando realmente sozinha foi quem? Ah claro, eu.
Eu
também acabei marcando a merda do casamento logo. Meu bebê nasceria no primeiro
dia da primavera (21 de março), pelo menos era o esperado.
Estávamos
quase no natal. Esse ano as coisas seriam mais pessoais. Embry e Rebecca iam
viajar e aproveitar o natal em Port Angeles. Jake e eu passaríamos o feriado
juntos também, depois de ver minha mãe e o pai dele.
Estávamos
no fim de novembro e eu estava com cerca de 5 meses. Meu bebê tinha um alto
desenvolvimento no inicio, mas ele acabou desacelerando quando completei 12
semanas.
Eu
estava deitada no sofá, lendo um livro. Jake deveria chegar a qualquer momento,
eu tinha feito algo especial para contar-lhe o sexo do bebê. Já que lobos amam
comer, ele comeria. Eu ri com o pensamento.
Mais
cedo havíamos almoçado com Nessie – só pra variar – e desde lá, meu corpo
parecia cansado, pesado demais. Ignorei a observação. Emily já havia me dito
que haviam dias em que não éramos de nada.
Mais
meia-hora passou, olhei o relógio começando a ficar preocupada. Forcei-me a
tranquilizar, não era bom para o bebê.
Inevitavelmente
eu pensei se Nessie não estaria prendendo meu futuro marido em alguma
armadilha. Ele era tão cego quando se tratava dela!
Voltei
a olhar o relógio, nada do homem chegar. Decidi pegar um cochilo, ele devia ter
ido fazer algo antes de vir para casa.
Jake estava dirigindo
apressadamente. Eu estava vendo tudo de fora. Ele estava com o rosto impassível
de qualquer emoção, totalmente perturbado com algo.
Eu vi no banco de trás uma
mulher alva, nem alta nem baixa, cabelos castanhos…
Choque me percorreu quando
eu percebi que era Nessie, alguns anos mais velha com uma criança de colo.
Uma mãozinha branca bem
clarinho se levantou e pegou o cabelo dela. Ela tirou o cabelo dos dedinhos
dele ou dela sem se qualquer cerimonia.
Havia uma outra criança, uma
menina no banco do lado, olhando Jake com os olhos muito vermelhos.
─ Pai, mamãe não vai voltar?
─ Sua mãe morreu. – ele
cuspiu as palavras. – Sua mãe agora é Nessie.
Acordei
sem ar, arqueando muito fortemente. Uma dor na coluna me confundiu enquanto eu
andava o mais rápido que podia com o peso da barriga.
Meu
pé escorregou, olhei a volta e vi água no caminho que andei, olhei para baixo,
agora sangue começava a escorrer. Desespero me atingiu quando uma dor subindo
pela minha barriga, indo para as vias aéreas e me cegando me tomou toda a
atenção.
Ofeguei
chegando ao telefone. Disquei o número de Jake, ele não atendeu. Eu vi a chuva
aumentar consideravelmente enquanto discava o número de Carlisle.
─
Olá? – Esme perguntou no telefone.
─
É a Leah. – ofeguei – Acho que estou em trabalho de parto, mas não é como
Carlisle disse, meu coração está doendo muito. – eu ofeguei sentindo o órgão se
apertar dolorosamente e uma vertigem me atingir.
─
Espere no seu quarto. – ouvi a voz masculina de Carlisle e me dirigi para meu
quarto, desligando antes, o telefone.
Eu
liguei a luz e me deitei na cama. Meu vestido e a blusa de frio que eu vestia
não me eram suficientes para proteger do frio.
Meus
olhos ficaram pesados e tudo ficou escuro.
Um
som ao longe me acordou, parecia uma bagunça, o próprio caos.
─
O que…?
─
Precisamos que acorde. Você teve um principio de enfarte. – Carlisle me
respondeu, arrumando minhas pernas semi-levantadas, em V na cama.
─
O bebê…?
─
Está bem. Esperamos que esteja. Vou precisar que empurre. Não entendemos porque
ele decidiu vir tão cedo, mas precisamos tirá-lo e tratar do que quer que tenha
induzido o parto.
Eu
me agarrei a isso e não me deixei fraquejar. Meu filho dependia de mim.
Empurra,
respira, empurra. Eu ficava repetindo isso na minha cabeça, mas estava exausta.
─
Vamos, só mais um pouco! – Carlisle me encorajou. Minha mãe chegou em algum
momento com meu irmão e Alice. Seth se posicionou atrás de mim me apoiando e
ajudando a fazer força.
Minha
mãe ficava limpando a minha testa, respirei fundo e lá fui eu de novo.
─
Não vai sair! – ofeguei me sentindo um lixo. Ouvi uma porta abrir e fechar ao
longe.
─
Vai sim! – Carlisle me disse com um sorriso. – Só mais um pouco e ele sai.
─
Como pode ter tanta certeza? Me corte logo e tira!
─
Não posso, você está coroando. – senti meus olhos arregalarem.
Jake
abriu a porta bruscamente, o olho recaiu nas minhas pernas e na cabeça do bebê.
Não demorou nada e ele desmaiou. O baque foi surdo.
Senti
um puxão no fundo do estômago, mas não o deixei me vencer. Empurrei mais uma
vez e senti um alívio. Não completo, mas foi um alívio.
─
Isso, continue assim.
Minha
mãe começou a me dar incentivos e eu empurrei mais duas ou três vezes, até
ouvir um puxão, como se estivesse destampando um ralo. Um choro encheu o
ambiente.
Respirei
aliviada e senti meu coração pesar e puxar.
─
Car…Carlisle… meu coração… ─ ofeguei. Ele passou o bebê para Alice e veio para
mim, foi à última coisa que vi.
Eu queria segurá-lo
firmemente, mas meus braços estavam flácidos. Eu tentei gritar para ela soltar
o meu
bebê, mas ela riu debochada quando minha
voz não saiu.
─ Eu tirei tudo de você! –
ela ria e debochava.
O cenário mudou. Eu vi um
menino de uns dois anos engatinhar e puxar a calça dela. Nessie olhou pra ele
com nojo aparente. Isso me revoltou mais que tudo.
─ Me solte filhote de
cachorro. – ela desdenhou, ele fez um bico e começou a chorar copiosamente.
─ Nem inventa de chorar! Ou
vai apanhar! – ela disse levantando a mão para ele.
A imagem voltou a rodar e
mudou.
Eu vi Jake e Nessie rindo.
Rindo num tumulo. Meu fantasma se abaixou, eu li a lápide.
“Grande filha e mãe…”
Meu olhar ficou parado no
nome, não podia ser! Como assim?
To
Be Continued…
O
que será que perturbou tanto a Lee?
Deem
seus palpites que amanhã tem mais!
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Se tem dúvidas, pode perguntas quantas vezes quiser e eu responderei assim que for possível~XOXO.