Cap. 12 ─ Beijos valem mais do que palavras
…*…*…*…
“E ele não a deixaria partir.”
Acordara,
sentindo os olhares analíticos e protetores dele sobre ela. Jamais pensara que
sentiria olhares tão quentes por si, novamente.
– Bom dia, Jake.
– cumprimentou, a voz rouca de sono.
Continuou
aconchegada ao peito quente dele.
– Boa noite,
você quer dizer. – mostrou-a o visor do celular.
– Noite… quando
vamos pra terra firme? – ele olhou-a com uma sobrancelha arqueada. – Não gosto
de barcos, eles me fazem ficar constipada! – ela disse, sincera.
– Cons… o que? –
ele perguntou olhando-a assustado.
– Mareada, enjoada,
querendo regur…
– Entendi! – ele
disse, abanando-a, quando ela fez menção de despejar tudo nele. – Vêm.
A puxou pela
mão, para aonde deveria ser o banheiro. Era pequeno e aconchegante como todo o
resto.
E o que ela não
tinha comido foi para a privadinha.
– Acho que vou
fazer um chá pra você… - ele disse, segurando-a, para ela não cair.
– Não. Eu faço.
Também sei um pouco de cozinha viu? Não é só a Emily que sabe não!
Ele riu da
afirmação e foi à cama, quando a tonalidade morena voltou ao rosto feminino.
Rapidamente um
lanche constituído de chá e biscoitos com queijo. Ela terminou de colocar nos
copos, distraidamente.
Os olhares
analíticos do moreno, a analisavam e seu sorriso chegava a atingir os olhos
sinceros e castanhos.
– Você é linda.
– ele disse, recebendo seu copo e mantendo a mão direita dela, entre as suas.
– O que? – ela
perguntou, mantendo o contato ocular.
– Você é linda.
– ele repetiu, com convicção.
– Não, eu não
sou. – ela respondeu, quebrando o contato físico.
– Tem razão, é
perfeita. – ela não pode mais quebrar nenhum contato. Os lábios dele contra os
seus, carinhosamente.
Os copos,
pousando na mesinha, junto dos celulares e da bandejinha. Ele foi puxando-a
para mais perto, sentindo-a retesar, mas sem protestar.
Trouxe-a para
perto, mas não ‘avançou o sinal’. Ficou ali, com ela, em seus braços,
encostados as almofadas do sofá, comendo, bebendo e se acostumando a presença
de um sentimento que já estava incrustado nos corações, corpos e almas, como um
parasita. Uma arma.
E armas…
Armas são mais
perigosas do que sutis e causam mais danos irreparáveis do que se pode
imaginar.
– O que você
faria… - ele começou de repente – Se, se apaixonasse por outro lobo?
Ela mirou-lhe os
olhos, aquele medo e a impotência voltando a ela.
– Essa
possibilidade não existe, Jake. – ela falou, tentando conter as palavras que
desejavam ganhar vida.
As palavras que
diziam: Eu não sei o que faço, porque eu te amo e não posso te perder.
– Se
acontecesse, Lee, o que faria? – ele segurou as palmas dela, observando os olhos,
queria tudo o que eles pudessem lhe dizer, transmitir.
– Eu não
cometeria a mesma burrice duas vezes. – nos olhos dela, ele viu, era mentira.
– Se
acontecesse, você viveria esse amor, Lee? Você iria se permitir vivê-lo?? Me
diz e me diz a verdade.
– Eu… não sei… -
e ele viu o medo, a angustia, a impotência e algo a mais no olhar dela. Algo
que não soube dizer ou decifrar.
As mãos foram
guiando aquele rosto até o seu. Precisava senti-lo, necessitava e não estava se
importando com o sentimento que se apoderava dele, mais a cada segundo.
– Porque seus
beijos fazem isso comigo? – ele perguntou a ela, como se a mesma tivesse a
resposta.
– Eu não sei. –
e beijou-o outra vez.
O amor, é um
jogo perigoso. Onde as peças somos nós mesmos. Ele pode nos trazer a felicidade
almejada ou a solidão infinita.
Ele é como um
parasita, um vírus que se sobrepõe a suas vontades e se amarra, se junta, se
cola a você como uma cobra pronta pra dar o bote.
Ele traria
felicidade ou tristeza para esses corações? Ela vai aceitar viver esse amor?
Ele vai conseguir não quebrá-la em pedaços?
Perguntas como
essas invadiam os pensamentos de ambos, trazendo a preocupação que não queriam
no momento.
To be continued…
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada por comentar! Me deixa muito feliz *o*
Se tem dúvidas, pode perguntas quantas vezes quiser e eu responderei assim que for possível~XOXO.