Cap. 8 – Ressurgindo Das Cinzas
Já faziam duas
semanas que ela voltara a se alimentar, porem, precariamente. Não comia muito,
ainda resignada e sentindo-se deprimida.
Os sentimentos,
florescendo pele a pele, junto com os dele. E isso, não era algo bom. Era
preocupante, porque, se, de repente ele tivesse a impressão, ela tinha a plena
consciência de que não suportaria.
Sorriu ao vê-lo
entrar, todo desengonçado no quarto, com uma bandeja. A comida de sua mãe era
maravilhosa, e levando pelo fato de que ela não fazia idéia de que eles estavam
juntos, se tornava estupenda. Realmente, Jacob não tinha talento na cozinha.
Outro dia fizera uma algazarra querendo apenas derreter uma barra para comerem
com morangos (Tentem, é ótimo!). E simplesmente, conseguira fazer a barra explodir
em sua cara.
E riu com essa
lembrança.
– Sabe que dia é
hoje? – ele perguntou rindo, ela não lembrava.
– Não.
– Faz exato um
mês que estamos namorando! – ele disse feliz por vê-la bem melhor do que nas
ultimas semanas.
Ela riu mais, um
brilho singelo no olhar. Ficaram se encarando, lutando contra os próprios
fantasmas de amores impossíveis.
– O que foi? –
ela perguntou quando ele sentou pertinho, apenas navegando naquele mar de
chocolate que eram os olhos dela.
– Você é linda.
– ele sussurrou, deixando a bandeja na cama espaçosa dela. (Porque ela ainda ta
magricelinha, porem não esquelética como no cap. 6)
Ele segurou o
rosto dela, entre as palmas, como sempre fazia, mas diferente do que o costume,
que era aproveitar o carinho, ele aproximou-se, mirando os lábios vermelhos.
A boca masculina
estava seca, enquanto ela não percebia que era quase mínimo o espaço entre
eles. Leah estava de olhos fechados, sentindo o calor que emanava dele.
Os corações aos
pulos, em sintonia perfeita.
Ele beijou a
testa dela, esperando uma reação. Nada. Ela ficou quieta, esperando. Curiosa,
querendo saber o que ele planejava. Entrando no jogo.
Ele foi descendo
com muitos beijos, e arrancando risadinhas dela. Beijou ambas as bochechas
magras, e ela ruborizou.
Ele foi se
aproximando, e ela não percebeu, mas também se aproximou. Olhos nos olhos. A
boca vermelha estava entreaberta, um convite silencioso para ele.
E Jacob
percebeu. Levantou o queixo dela, e seus olhos se fecharam.
Já sentiam os
narizes tocando-se…
Os lábios quase
juntos…
– Leah vamos
sair um pouco hoje? – perguntou Seth entrando no quarto, com varias caixas de
diversos doces, mandados pelos Cullen, num pedido de melhoras.
Eles
separaram-se bruscamente, e por pouco, Jacob não derramou chocolate na coxa de
cama trocada na manhã anterior.
– Cuidado, Jake!
Jacob, Jacob! – arrumou, quando o irmão os olhou intrigado.
Só agora parecia
ter percebido a proximidade entre ambos. Leah coberta pelo edredom e Jacob
sentado quase no mesmo lugar que ela. Suas mãos grandes, uma no pescoço dela e
outra em sua cintura finíssima.
– Atrapalhei
alguma coisa? – ele perguntou, erguendo uma sobrancelha e inchando de ciúmes. –
O que ta havendo aqui, Lee? Jake?
– Nada, Seth! –
Jacob apressou-se a dizer. – Nada que lhe interesse!
– Ah não é? E
porque…
Leah o
interrompeu:
– A Nanda ligou
e disse que era pra você retornar! – ela disse alto e os olhos de Seth
brilharam.
Fernanda, ou
Nanda, era a garota mais bonita e esnobe do colégio da reserva Quileute.
Infelizmente, todos os garotos queriam uma chance com ela e Seth não fugia a
regra. Estava apaixonado por ela.
– Jura? – ela
fez um sim com a cabeça. – Se me dão licença…
E saiu mais
rápido que raio do quarto, cantarolando a música: Miracle- Super Junior (Sou
apaixonada por K-POP gente. Escutem essa musica, ela é simplesmente demais e
eles ficam tão fofinhos dançando! *O*).
– Ate ele? –
Jacob perguntou rindo.
– Ate ele! Da
pra crer? Qual é, ela é tão rodada quanto a irmã! – Leah disse, lembrando de
brigas por causa de Sam, com a irmã de Nanda, Amanda. Ou Dada, como todos a
chamavam.
– Ciúme é feio
viu? – ele brincou.
– Eu cuido do
que é meu, e o irmão é meu! – ela fez um bico involuntário ao terminar de
falar.
Ele riu, e
abraçou-a com cuidado, pelo chocolate ex-quente e pela fragilidade dela, que
ainda se recuperava do estado catatônico e da greve de fome.
– Vai cuidar de
mim também? – perguntou levantando da cama com a bandeja e pegando uma das 10
caixas de chocolate generosas e grandes.
– O que é esse
aí? – ela perguntou abrindo e comendo um que colocara em cima do criado-mudo,
na noite anterior.
– Italiano.
Mandado por Carlisle. – disse e sentou-se ao lado dela na cama, recostando as
costas na cabeceira, assim como ela.
– Deixa eu ver o
cartão. – pegou e leu em voz alta
Melhoras, Leah.
Espero que já esteja bem quando voltar e que
possamos conversar a respeito de suas dores de cabeça. Jacob me informou e é
realmente preocupante.
Mas não se alarde antes do tempo, aproveite e
descanse. Mais uma vez, melhoras. Dr. Carlisle Cullen.
– Quando falou
com ele? – ela perguntou, se virando pra ele e oferecendo. Ele pegou um,
igualmente a ela.
– No telefone.
Pedi a Bells o numero antes dela viajar com o marido. – Leah fez uma cara carrancuda
e ficou quieta, afinal, era só uma aposta.
O coração
latejou com essa lembrança. Jacob era totalmente viciante e ela estava
dependente de sua droga. De SEU Jake.
– Que foi? –
perguntou quando a viu ficar fria e pensativa.
– Nada. –
resmungou irritadiça. O rosto crispado de ciúmes.
Ele sorriu
captando os ciúmes na hora! Mas, foi inteligente o bastante para não comentar e
deixá-la chateada. Ela estava muito sensível ultimamente!
– Já disse que
adoro essa sua cara de enfezada? – mudou de assunto.
– O que? – ela
não entendeu.
– Adoro sua
carinha de enfezada e esses seus biquinhos fofos. – começou com uma seção de
cócegas, pondo os chocolates de lado.
– Ah não! Para!
Para, para…
E a brincadeira
rendeu muitos ‘AH NÃO’ e ‘PARA, PARA’.
– Jake… - disse
depois de muito tempo. Estava deitada em cima do peito desnudo e masculino
dele.
– Que? – ele
perguntou num tom um pouco mais alto que o dela.
Ela começou a
fazer círculos na barriga dele, nervosamente.
– Fala, Lee. –
segurou a pontinho do dedo delicado, frágil e meio esquelético dela.
– Me acompanha
nas compras pra roupa do casamento da minha prima? – perguntou receosa.
Queria ele ali,
lhe dando a força que perdera há muito tempo.
Ele virou-se
para ela, e sorrindo completou:
– Te acompanho
aonde quiser ir. Posso ir com você, na cerimônia? – perguntou mesmo sendo o
padrinho escolhido por Sam.
– Quer dizer, na
igreja? – ela perguntou receosa. Queria que ele estivesse com ela, na festa
também. Para lhe apoiar, porque parecia que ia desmoronar se enfrentasse aquilo
sozinha.
– Na igreja, na
festa… na vida! – ele disse, próximo dela e colocou uma mecha para trás da
orelha dela. – Posso?
– Não força a
barra, Jake… - pediu. – Eu não quero so…
– Não. Confia em
mim, por favor! – ele pediu, ainda com dois dedos sobre os lábios carnudos e
escarlates.
Ela fez um sim
com a cabeça. E ele abraçou-a, sentindo todo o medo dela se tornar o seu
também.
A impressão
ainda os assombraria por muito tempo.
To be continued…
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