sexta-feira, 9 de agosto de 2013

[1T - One Year Later] Cap. 8 - Ressurgindo das cinzas

Cap. 8 – Ressurgindo Das Cinzas

Já faziam duas semanas que ela voltara a se alimentar, porem, precariamente. Não comia muito, ainda resignada e sentindo-se deprimida.
Os sentimentos, florescendo pele a pele, junto com os dele. E isso, não era algo bom. Era preocupante, porque, se, de repente ele tivesse a impressão, ela tinha a plena consciência de que não suportaria.
Sorriu ao vê-lo entrar, todo desengonçado no quarto, com uma bandeja. A comida de sua mãe era maravilhosa, e levando pelo fato de que ela não fazia idéia de que eles estavam juntos, se tornava estupenda. Realmente, Jacob não tinha talento na cozinha. Outro dia fizera uma algazarra querendo apenas derreter uma barra para comerem com morangos (Tentem, é ótimo!). E simplesmente, conseguira fazer a barra explodir em sua cara.
E riu com essa lembrança.
– Sabe que dia é hoje? – ele perguntou rindo, ela não lembrava.
– Não.
– Faz exato um mês que estamos namorando! – ele disse feliz por vê-la bem melhor do que nas ultimas semanas.
Ela riu mais, um brilho singelo no olhar. Ficaram se encarando, lutando contra os próprios fantasmas de amores impossíveis.
– O que foi? – ela perguntou quando ele sentou pertinho, apenas navegando naquele mar de chocolate que eram os olhos dela.
– Você é linda. – ele sussurrou, deixando a bandeja na cama espaçosa dela. (Porque ela ainda ta magricelinha, porem não esquelética como no cap. 6)
Ele segurou o rosto dela, entre as palmas, como sempre fazia, mas diferente do que o costume, que era aproveitar o carinho, ele aproximou-se, mirando os lábios vermelhos.
A boca masculina estava seca, enquanto ela não percebia que era quase mínimo o espaço entre eles. Leah estava de olhos fechados, sentindo o calor que emanava dele.
Os corações aos pulos, em sintonia perfeita.
Ele beijou a testa dela, esperando uma reação. Nada. Ela ficou quieta, esperando. Curiosa, querendo saber o que ele planejava. Entrando no jogo.
Ele foi descendo com muitos beijos, e arrancando risadinhas dela. Beijou ambas as bochechas magras, e ela ruborizou.
Ele foi se aproximando, e ela não percebeu, mas também se aproximou. Olhos nos olhos. A boca vermelha estava entreaberta, um convite silencioso para ele.
E Jacob percebeu. Levantou o queixo dela, e seus olhos se fecharam.
Já sentiam os narizes tocando-se…
Os lábios quase juntos…
– Leah vamos sair um pouco hoje? – perguntou Seth entrando no quarto, com varias caixas de diversos doces, mandados pelos Cullen, num pedido de melhoras.
Eles separaram-se bruscamente, e por pouco, Jacob não derramou chocolate na coxa de cama trocada na manhã anterior.
– Cuidado, Jake! Jacob, Jacob! – arrumou, quando o irmão os olhou intrigado.
Só agora parecia ter percebido a proximidade entre ambos. Leah coberta pelo edredom e Jacob sentado quase no mesmo lugar que ela. Suas mãos grandes, uma no pescoço dela e outra em sua cintura finíssima.
– Atrapalhei alguma coisa? – ele perguntou, erguendo uma sobrancelha e inchando de ciúmes. – O que ta havendo aqui, Lee? Jake?
– Nada, Seth! – Jacob apressou-se a dizer. – Nada que lhe interesse!
– Ah não é? E porque…
Leah o interrompeu:
– A Nanda ligou e disse que era pra você retornar! – ela disse alto e os olhos de Seth brilharam.
Fernanda, ou Nanda, era a garota mais bonita e esnobe do colégio da reserva Quileute. Infelizmente, todos os garotos queriam uma chance com ela e Seth não fugia a regra. Estava apaixonado por ela.
– Jura? – ela fez um sim com a cabeça. – Se me dão licença…
E saiu mais rápido que raio do quarto, cantarolando a música: Miracle- Super Junior (Sou apaixonada por K-POP gente. Escutem essa musica, ela é simplesmente demais e eles ficam tão fofinhos dançando! *O*).
– Ate ele? – Jacob perguntou rindo.
– Ate ele! Da pra crer? Qual é, ela é tão rodada quanto a irmã! – Leah disse, lembrando de brigas por causa de Sam, com a irmã de Nanda, Amanda. Ou Dada, como todos a chamavam.
– Ciúme é feio viu? – ele brincou.
– Eu cuido do que é meu, e o irmão é meu! – ela fez um bico involuntário ao terminar de falar.
Ele riu, e abraçou-a com cuidado, pelo chocolate ex-quente e pela fragilidade dela, que ainda se recuperava do estado catatônico e da greve de fome.
– Vai cuidar de mim também? – perguntou levantando da cama com a bandeja e pegando uma das 10 caixas de chocolate generosas e grandes.
– O que é esse aí? – ela perguntou abrindo e comendo um que colocara em cima do criado-mudo, na noite anterior.
– Italiano. Mandado por Carlisle. – disse e sentou-se ao lado dela na cama, recostando as costas na cabeceira, assim como ela.
– Deixa eu ver o cartão. – pegou e leu em voz alta
Melhoras, Leah.
Espero que já esteja bem quando voltar e que possamos conversar a respeito de suas dores de cabeça. Jacob me informou e é realmente preocupante.
Mas não se alarde antes do tempo, aproveite e descanse. Mais uma vez, melhoras. Dr. Carlisle Cullen.
– Quando falou com ele? – ela perguntou, se virando pra ele e oferecendo. Ele pegou um, igualmente a ela.
– No telefone. Pedi a Bells o numero antes dela viajar com o marido. – Leah fez uma cara carrancuda e ficou quieta, afinal, era só uma aposta.
O coração latejou com essa lembrança. Jacob era totalmente viciante e ela estava dependente de sua droga. De SEU Jake.
– Que foi? – perguntou quando a viu ficar fria e pensativa.
– Nada. – resmungou irritadiça. O rosto crispado de ciúmes.
Ele sorriu captando os ciúmes na hora! Mas, foi inteligente o bastante para não comentar e deixá-la chateada. Ela estava muito sensível ultimamente!
– Já disse que adoro essa sua cara de enfezada? – mudou de assunto.
– O que? – ela não entendeu.
– Adoro sua carinha de enfezada e esses seus biquinhos fofos. – começou com uma seção de cócegas, pondo os chocolates de lado.
– Ah não! Para! Para, para…
E a brincadeira rendeu muitos ‘AH NÃO’ e ‘PARA, PARA’.
– Jake… - disse depois de muito tempo. Estava deitada em cima do peito desnudo e masculino dele.
– Que? – ele perguntou num tom um pouco mais alto que o dela.
Ela começou a fazer círculos na barriga dele, nervosamente.
– Fala, Lee. – segurou a pontinho do dedo delicado, frágil e meio esquelético dela.
– Me acompanha nas compras pra roupa do casamento da minha prima? – perguntou receosa.
Queria ele ali, lhe dando a força que perdera há muito tempo.
Ele virou-se para ela, e sorrindo completou:
– Te acompanho aonde quiser ir. Posso ir com você, na cerimônia? – perguntou mesmo sendo o padrinho escolhido por Sam.
– Quer dizer, na igreja? – ela perguntou receosa. Queria que ele estivesse com ela, na festa também. Para lhe apoiar, porque parecia que ia desmoronar se enfrentasse aquilo sozinha.
– Na igreja, na festa… na vida! – ele disse, próximo dela e colocou uma mecha para trás da orelha dela. – Posso?
– Não força a barra, Jake… - pediu. – Eu não quero so…
– Não. Confia em mim, por favor! – ele pediu, ainda com dois dedos sobre os lábios carnudos e escarlates.
Ela fez um sim com a cabeça. E ele abraçou-a, sentindo todo o medo dela se tornar o seu também.
A impressão ainda os assombraria por muito tempo.

To be continued…

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