domingo, 25 de maio de 2014

[Prova de fogo] ESPECIAL I - Embry & Tiffany - Vidros Estilhaçados

ESPECIAL I – Embry & Tiffany – Vidros Estilhaçados

Juro que pensei em publicar este depois do próximo, mas eu não conseguia terminar, então decidi uni-lo com um pouco do que tinha planejado para depois e ainda não terminei de digitar, então vou pô-lo aqui! Outro motivo é que este parece perfeito para o momento.
Notinha especial -> Meu grupo no face, deem uma passadinha lá e me façam feliz HU3
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Boa leitura!
Vidros Estilhaçados

Em outra vida, eu seria sua garota.
Nós manteríamos todas as nossas promessas.
Seríamos nós contra o mundo.
Em outra vida eu faria você ficar.
Para não ter que dizer que você foi aquele que foi embora.
The One That Got Away – Katy Perry
Tiffany
Não vou ligar. Não me importo mais. Isso, não aperte o maldito botão. Oh, merda!
– Alô? – Ouvi a voz dele sonolenta e me senti idiota. Caramba, Tiffany! Foi apenas uma noite! Como você pode estar agindo tão idiotamente feliz só porque ele te atendeu? – Quem é?
Ouch! Quem-é?
– A Tiffany, le-lembra? – Pigarreei, fingindo que não tinha gaguejado que nem idiota.
– Ah! Finalmente me ligou, ein?
Estou no céu, merda! Call não diga isso! Ele não disse isso, ele simplesmente não disse.
Oh Deus! Eu não consegui esquecer nem o nome do gato dele, que dirá o sobrenome. Porque você ficou tão importante justo agora que parece tão afim da Black?
– Finalmente? – Perguntei de uma vez sem saber porque liguei e querendo continuar ouvindo a voz que faz o meu sangue correr rápido nas veias. Funcionou bem e funcionou mal.
Eu sei que não devia estar fazendo isso comigo de novo, eu não sou mais inocente, é burrice! Porque diabos você continua fazendo isso a si mesma Tiffany Stephanie Maximillian?
– É. Esperei você ligar desde a quarta passada, é quase uma semana, ruivinha.
– Podemos nos ver? – Fechei os olhos segurando um suspiro. Quando foi que falei isso?
– Hum… – Ele pensou e eu movi meu dedo para o botão vermelho. Não precisava olhar o aparelho para saber onde ele ficava e não queria ouvir um não, assim fingiria que ele só não teve tempo de dizer antes que eu cortasse a ligação. –… Tá.
Não-consigo-respirar.
Ele disse que sim. Bom, não sim, mas “tá” está bom demais para o meu gosto!
– Quando? – Ele perguntou e ouvi ele responder algo para alguém, um homem. – Resolvo depois, Sam. – Ah sim! O marido da Emily (e eu realmente não entendo como ela conseguiu namorá-lo sendo que ele era da Leah e ela é só mais bonita, tipo, ever.). – Então?
– Hoje a noite?
– Por mim tá ótimo.
– Te pego às 21:00hs. Esteja pronta. – Eu concordei e me despedi, desligando o celular em seguida.
Caramba! Não sei porque estou feliz com isso, mas… oh droga, eu sei sim. Afaste-se! Minha mente gritou e eu sabia que ela estava tão certa dessa vez quanto da ultima.
[…]
21:15
Olhei para o visor do celular e para a janela em seguida. Ele não está aqui ainda.
Suspirei. Se der 21:30 vou sair e procurar alguém aleatório igual na noite em que o conheci. Ele não é meu fixo e não vale a minha noite.
Olhei o relógio, a televisão – jogo do Vasco contra o Flamengo, time do meu pai –, de um lado, Luke e Mel se pegando. Na cozinha a gente ouvia a Wanda meio que gritando com o namorado por ele estar, supostamente, numa festa da faculdade.
Mais uma olhada para o relógio, 21:45. É, ele não vem. Já são 21:45 e ele não vem. Eu fingindo que não tinha visto os minutos se arrastando e ele simplesmente não vem! Poderia pelo menos ter me av-
Uma buzina. Levantei o rosto sentindo os músculos protestarem depois de um monte de pensamentos ruins que ficaram comigo nesse meio tempo.
Peguei minha bolsinha, joguei no ombro e ela bateu na lateral da minha calça jeans apertada. Me chequei no espelho da sala e acenei para o meu pai um “Tchau”.
– Ele não vai entrar hoje de novo?
– Prometo que tento fazer ele entrar outro dia.
– Humhum, sei. – Meu pai tem um jeitinho todo especial de fazer parecer errado o que nós dois estamos fazendo.
Mas é errado, sua deturpada! Não interessa! Gritei em minha mente e girei os olhos, enquanto saía de casa. Ele estava na moto, lindo, charmoso e, quando cheguei perto, constatei o que já sabia, cheiroso também. Um cheiro que me faz arrepiar inteira e desejar acordar todos os dias sentindo isso.
É uma mistura de menta com madeira e eucalipto. Eu adoro esse cheiro característico só dele, parece que é único e só dele e que é tão certo, está impregnado nas minhas memórias.
– Demorou. – Eu cutuquei.
– Sobe aí. – Ele me ofereceu um capacete e sorriu sem jeito, ele estava sem. – Minha mãe me prendeu quando cheguei.
– Ah sim. – A língua coçou para perguntar onde ele estava e com quem, mas eu não fiz isso.
Subi na moto e senti ele acelerar. O vento trazia mais do cheiro dele, fechei os olhos e aspirei. Deus, quando foi que ele achou de me conquistar assim? Devia ser proibido alguém ser tão deliciosamente amável.
[…]
Roupas no chão. Foi a única coisa que lembrei antes de abrir os olhos. Parecia que tinha areia dentro deles, eu estou tão cansada!
– Acorda, dorminhoca! – Senti beijinhos molhados no meu rosto, indo para a orelha e agora indo para a minha garganta.
– Embry. – Eu sussurrei sem voz, estava rouca de sono.
– Oi. – Sorri finalmente o olhando. Ele me olhou de volta e sorriu, não parecia o sorriso que eu estava acostumada. Quer dizer, ele sorria diferente antes dela chegar, eu acho.
Ele me beijou lentamente e eu suspirei, sentindo todo o meu corpo responder ao toque quente, exigente, mas muito mais calmo dessa vez.
Foi por isso que fiz amor com o homem que amo, tendo essa consciência. Sabendo que ele não me ama, mas que não consigo evitar corresponder aos beijos e toques, não consigo não sentir essa sensação de estar sendo cuidada, essa coisa parece que vai moldando a forma que você encara o mundo.
Eu me deixei levar, principalmente porque sabia que não ia durar. Eu sei como ele olha a tal da Rebecca Black. Mas eu não estou desistindo dele. Não até saber que dei tudo de mim.
Está decidido, eu vou lutar dessa vez.
[…]
Duas semanas depois…
Não me ligou nem uma vezinha que fosse. Respirei pela boca. Rox está tendo um momento daqueles com o namorado, eles estão lá em baixo, conversando e Embry não me liga.
Não consigo nem pensar na minha irmã porque ele não me ligou como prometeu. Ele não me procurou como prometeu. Apenas uma vez e foi para perguntar se a Rox tinha surtado de novo. Eu disse que não e ele se despediu.
Não reparou em mim. Não sentia a minha falta. Está muito feliz ao lado da maldita Black.
Fechei os olhos, continuava a ver o resultado na minha mente. A cor verde brilhando insistentemente nas minhas pálpebras e eu sorri e chorei ao mesmo tempo.
Me joguei na cama sabendo que estou encrencada. Como vou lidar com isso sozinha? Estou tentando lutar pelo meu homem, mas eu não consigo nem mesmo uma migalha de atenção e não vai ser contando do bebê que vou conseguir.
Continuei com a cabeça no travesseiro, sentindo a cabeça zonza e me deixei levar pelo cansaço que sabia ser só mental. Eu não estou cansada fisicamente, não é isso. Mas… oh Deus, como vou fazer?
Eu tenho tantos sonhos. Eu pensei em acrescentar um na minha lista. Casamento. Mas não é o que ele quer. Não comigo.
Me virei para o lado e me cobri. Ia pensar nisso de manhã, quando a claridade do dia trouxesse os pesadelos reais, porque eu simplesmente não vou conseguir evitar encontrar com Rebecca ou Embry. Ele na escola, ela é a nova assistente do meu pai, vive enfurnada aqui em casa.
[…]
– Viajar? – Perguntei baixando o livro que a Mel me emprestou. – Acha necessário que eu vá, Wanda? Afinal você é quem curte essas conferências.
– Você parece doente. – Rebecca disse baixo e meu pai olhou para mim, concordando em seguida.
– Não que seja da sua conta, Black, mas não, eu não estou doente.
– Desculpe. – Ela engoliu me olhando feio. Não era uma fulminada, mas era algo do tipo.
– Tudo bem.
– Parece mesmo doente. – Meu pai disse calmamente. – Mas me parece outra coisa também.
– Estou grávida. – Soltei a bomba esperando explodir, mas esperando acima de tudo que a notícia chegasse no Embry. Ela poderia acusa-lo, brigariam, ele estaria em meus braços (ou eu nos dele, não importa) antes do anoitecer.
Não seja boba! Ele só assumiria a criança e você seria a indesejável garota que nem ex é, apenas pegou uma barriga fora de hora.
Suspirei. Não queria ter pensado assim, mas eu sei que é a verdade. Pior que isso, eu sei qual é a verdade. E ela está brilhante no dedo anelar da Black. Uma linda aliança traçada á mão, como diz na tradição Quileute.
– Uau. – Ela sorriu com deboche. – Existe uma coisa chamada camisinha.
– E existe uma coisa chamada discrição. Respeito é outra. Faça o seu trabalho e não me amole.
Meu pai não disse nada dessa vez.
[…]
– Nunca mais eu aceito vir numa viagem com o senhor, pai, com todo respeito. – Ele riu e apertou a minha mão rapidamente, indo passar marcha.
– E como anda meu netinho?
– Me incomodando um bocado.
– E o pai? Vai contar?
– Pai… – Suspirei. – Olha, Embry merece ter uma vida plena com a mulher que ele ama. Eu o amo, mais que… mais que muita coisa. Não é mais que tudo, esse amor eu reservo para o meu filhinho, mas eu estou completamente apaixonada por ele e não consigo estragar a vida dele com algo indesejável.
– Uma criança é uma dádiva.
– Sei disso, mas a maior parte dos homens não pensa assim.
Meu pai suspirou e eu olhei para a frente. Um cervo estava lá, olhando para nós.
– Pai, cuidado! – Eu gritei e ele bateu em algo, mas não tinha o sangue do cervo.
O carro saiu de controle, a pista estava molhada e mesmo comigo gritando, sem conseguir me conter meu pai tentava ter algum controle sobre o veículo.
Ele bateu do meu lado e senti a cabeça bater no vidro. O carro pareceu que ia parar, mas começou a girar sem qualquer sentido e vi um cara tipo emo, cabelinho lambido e estranhos olhos vermelhos, uma pele branca como gelo.
O carro capotou e ouvi/senti o vidro do carro espatifar enquanto batíamos em algo. Senti uma dor lascinante que começava na minha barriga e ia para o resto.
Não consegui manter os olhos abertos.
[…]
Abri os olhos e encontrei os dele. Desejei não ter feito isso. Desejei que fosse outra circunstancia e não entendia como ele podia estar com a roupinha que ganhei do meu pai, na mão.
Ele olhava para mim sério, o olhar estava mais escuro do que me lembrava. Sentei e ele veio tentar me ajudar, tão prestativo, tão… Embry.
Me deu água quando eu pedi e ficou lá, cuidando de mim. Rebecca estava sentada no banco e me encarava séria.
– Que fazem aqui? – Não dei chance para nenhum dos dois. Eu o queria aqui, antes, não agora. Agora eu só queria me desmanchar, me desintegrar inteira porque eu sei o que significou aquela dor e eu não quero estar sozinha.
– Porque não me disse?
– Não disse o quê? – Ele fez um som de escárnio e eu não desviei o olhar enquanto respondia. – Não queria estragar sua vida.
– Iria amar ter um filho.
– Comigo? Duvido.
– Não é mentira.
– Não é verdade também. Você quer um filho dela. – Eu respondi com rancor e pisquei para conter as lágrimas. – Não um filho meu, não adianta negar. Foi para ela que você entregou sua alma, Embry. Eu não preciso ser consolada.
– Eu gostaria de ter sabido.
– Para perde-lo em seguida?
– Não sabe disso.
– Ah não? Então ele sobreviveu milagrosamente? Eu sou enfermeira, Embry. Conheço os sinais. E acredite, eu não estou mais grávida.
– Poderia estar.
– Nem nos meus sonhos.
– Gostaria que estivesse.
– Para quê? – Perguntei-lhe com raiva. O nó na minha garganta aumentando. – Para que ele ficasse jogado por aí enquanto a gente tenta fingir que vai dar certo uma família a três ou quatro?
– Faria dar certo.
– Não faria não. Bem, não importa mais.
– Casaria com você se isso fizesse alguma diferença para ele ou ela.
– Faria toda a diferença e nós dois nos odiaríamos com o tempo.
– Ele não ia ficar sem pai.
Embry não tem pai. Por um momento pareceu que o céu estava se partindo. O meu céu. Rebecca pigarreou, mas ele não deu ouvidos. Segurou o meu rosto e senti as primeiras lágrimas escapando antes que pudesse segurá-las.
Porque diabos dói tanto?
– Eu poderia ter te amado, Tiff. Antes, talvez.
– Antes? – Eu sussurrei tentando respirar.
– Sabe as lendas? – Não entendi porque ele tocou nesse assunto, mas confirmei com a cabeça. – Acredito em algumas delas. Sabe aquela que fala sobre alma gêmea?
Meu coração acelerou.
– Sei.
– Encontrei a minha com a Rebecca. – Mordi a boca com força tentando ignorar como aquilo doía. – Mas estaria aqui para você. Seria como seu irmão, melhor amigo, o que você precisasse e te apoiaria até você encontrar um bom homem, um que seria o pai presente que eu não ia poder ser, mas ainda seria pai da nossa criança. Entende isso?
– Vá embora.
– Não vou te deixar sozinha.
– Eu já estou sozinha, Embry. Não é sendo meu amigo que vai me fazer sentir como se estivesse protegida.
Ele beijou a minha testa e partiu deixando apenas os cacos de vidro estilhaçados dentro do meu coração.
Eu não olhei para Rebecca Black para saber que ela estava aliviada de não ter que lidar mais comigo.
Ela não disse a ele quando pôde. Sei que ela imaginava que ele era o pai, mas ela não disse. Não vou contar a ele isso também.
Ele fez a escolha dele, posso viver com isso. Posso? Não enche!
[…]
Já acordei no meio da noite sentindo o cheiro das árvores muitas vezes – a floresta não é exatamente longe da minha casa, enfim – e acho que é ele, mas só há o escuro. Eu desejo tanto que fosse ele, mas não há nada, apenas eu num mundo sombrio.

E é isso, pessoal! Espero que tenham gostado, chorado, sentido e amado esse casalzinho que viveu tão pouco ;_;
Não quis descrever o hentai simplesmente porque não cabia aqui e eu não tô com criatividade para escrever cena de sexo HU3
Agora me digam se curtiram o PLOT que eu vou fazer outros PLOTs, mas quero saber se curtiram.
Beijinhos, amo vocês <3



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