O Anton já sacou,
mas será que o Grady também?
Boa leitura!
Frustração
Grady
saiu da casa para cumprimentar o irmão, parecia meio atormentado.
─
Qual o problema? Estou preocupado. – Anton se solidarizou.
─
Não consigo entender o que se passa com ela. – Grady suspirou, Anton o
entendia. Mulheres são complicadas. – De qualquer forma, eu preciso ver o bar e
ela queria ficar sozinha um tempo. Não importa o que ac…
─
Eu te aviso. – Anton interrompeu o irmão com um meio sorriso hesitante.
─
Certo. – Grady entrou no carro e acelerou. Enquanto acelerava, as palavras de
Leah ficavam martelando sua mente e o deixando mais confuso.
Que
diabos ele tinha feito dessa vez?
[…]
Anton
mudou de posição no sofá. Ela não parecia disposta a vir recebe-lo, então ele
tomou uma respiração e bateu na porta do quarto.
−
O quê é? – Leah perguntou irritada, isso era muito claro em sua voz.
−
Quer conversar? Posso te contar algumas coisas sobre nós… se você quiser.
−
Não. – Mas Leah queria. Nem um minuto se passou e ela abriu a porta. – O que
pode me contar?
−
O que quer saber?
−
Tudo.
−
Certo… vou começar pela transformação, vamos sentar lá na sala?
−
Ok… − Leah concordou e foi com ele para a sala, se sentou de frente para Anton,
no sofá de três, enquanto Anton se sentava, pela segunda vez, no sofá de dois.
– Pode começar.
- Antes de falar sobre as lendas,
quero te falar sobre a Megan. Já ouviu este nome? – Ele perguntou sem uma
expressão que dissesse algo sobre a relação dele com Megan, era apenas o tipo
de face comum que alguém expressa ao falar sobre um assunto que não importa
muito.
- A companheira do Grady? – Leah
comentou com desgosto.
- Não. – Anton sorriu ao responder.
Tinha outras ideias para seu irmão e começaria a por o plano em prática.
- É sim. Eles se falaram essa manhã.
- Ela é só a namorada. É um namoro
meio… que forçado.
- Forçado? – Esperança relampejou
dentro do coração de Leah e Anton cheirou, confirmando suas suspeitas e a ideia
de suas noras. Cumprir o desejo da esposa seria mais fácil do que imaginou.
- Não é nada oficial, os dois saem
juntos e transam de vez em sempre, mas é porque é mais fácil, convencional.
Quero que entenda isso.
- Por quê? – Leah perguntou e podia
imaginar uma resposta. Conviver com Grady devia ser uma coisa gostosa e fácil
de se acostumar.
Mas isso não está acontecendo
para você, não se esqueça! Sua mente a lembrou. Sua
pergunta tinha duas respostas e queria as duas. Porque Meg era namorada de
Grady? Será que ela era uma pura sangue e que isso a faz namorada de Grady?
Será que havia alguma chance? E porque o irmão estava lhe dizendo isso?
- Porque eu também não sei, Meg é…
uma dor na bunda quando quer.
- Não isso! Quer dizer… isso também,
mas… porque quer tanto que eu entenda?
- Grady é muito controlado, mas você
o transtorna, o deixa mais ele. E nós gostamos disso.
- Nós quem? Aliás, quem é você?
- Anton Harris. Sou o mais velho do
segundo casamento do meu pai. Elroy.
- Você é o alpha então? Ou devia ser
por direito de sangue.
- Isso. Minha mãe meio que está um
tanto quanto… puta. ―
Leah riu com Anton, conversar com ele estava soando natural e suas defesas
baixaram um pouco ―
Eu não ligo, de verdade. Estamos muito satisfeitos com Grady, mas minha mãe…
ela é um pouco impossível as vezes.
- Sua mãe é uma cadela. – Leah
murmurou e vincou o rosto, algo não estava certo. Anton riu, concordando em
parte, as atitudes de sua mãe não estavam certas. Leah pensou um pouco, algo
não encaixava.
- O que?
- Porque está me contando isso?
- Ah…! Nosso bando está grande
demais.
- E eu com isso?
- Queremos você conosco, não nos
entenda mal, mas nós realmente queremos. O problema é que você é mulher.
- E daí? Seu machista! ― Apontou-lhe fula.
- Não sou, sério.
- Ah não? E o meu “problema”? Isso
pareceu machismo! – Leah criticou cética e ele riu, deixando-a mais fula.
- É só que… você pode não aceitar
minha proposta e eu não vejo Von, Braden ou Rave fazendo isso.
- Isso o que? – Leah questionou ainda
mais irritada e se levantou.
- Sendo meu beta. – Leah sentou-se
novamente, totalmente chocada.
- Como?
- Quero que seja minha beta.
Perguntei ao Jacob e ele me disse que você sabe como ser uma boa beta, que os
horários eram bons pra todo mundo e que sab…
- Porque acha que vou querer? – Leah interrompeu-o
e deu um sorriso frio. – Sua mãe iria querer meus rins.
- É possível. – Ele encolheu os
ombros.
- E seu pai me odeia.
- Ele não o faz. Só odeia que você
seja uma dor na bunda do Grady.
- Ah não, é? – Leah comentou
sarcástica e teve que admitir que a ideia era tentadora.
- Lara acha que será uma boa ideia, mas
preciso saber o que você acha também. Aceita?
- Tenho que aprender a ser lobisomem.
– Leah entornou.
- Você vai pegar o jeito rápido.
- E quanto aos outros? Tenho certeza
que ninguém vai querer estar na minha cabeça.
- Como? Explique melhor.
- Sabe? Na minha cabeça, é um inferno
lá dentro. Ninguém vai mesmo gostar, então é melhor você proc…
- Vocês, de La Push, compartilham
pensamentos? – Choque passou pelo bonito rosto de Anton. Leah praguejou baixo.
Será que era segredo? Sam vai
querer a minha cabeça!
- Sim, compartilhamos. – Leah
decidiu-se por responder com honestidade. – Por favor, não conte a ninguém. Não
sei se era pra ser segredo de tribo.
- Tudo bem. Da minha boca, não
ouvirão nada.
- Obrigado.
- Não tem de quê. E quanto ao bando?
Que tal um sim? Nós não compartilhamos pensamentos e nossa transformação
geralmente ocorre com mais facilidade quando a lua está cheia. Não é
obrigatório, você pode continuar sendo lobisomem a sua vida toda ou não, você
decide.
- Mas se não parar… você fica congelado
no tempo? Ou isso também é diferente?
- Nós não somos eternos, envelhecemos
mais devagar, mas ainda envelhecemos. Alguns dos nossos invejaram isso dos
lobos de La Push, eu não.
- Não deveriam. A maior parte de nós
quer se ver livre disso o quanto antes. Os imprintados, principalmente.
- São muitos acasalados?
- Bastante. Nosso bando é grande
agora, por culpa dos Cullen e dos ataques que sofremos naquela área. Temos
crianças e pré-adolescentes, então, não é como se todos fossem ter imprintings
agora.
- Como assim? O que a idade tem
haver? É fator decisivo?
- Não. – Leah explicou e balançou a
cabeça. Não deveria estar falando tudo isso, mas ele era lobisomem e filho de
um alpha, não ia contar a ninguém. Eu
espero! Completou o pensamento. – Não temos certeza na verdade. Não é uma
certeza de que sua alma gêmea aparecerá ou que ela já não apareceu. É só que
percebemos que os caras com 16 anos imprimiram mais fácil. Por exemplo, Jared
tinha 16, e ele já tinha visto a Kim um monte de vezes, antes de virar lobo.
Jake tinha 16 quando descobriu que estava loucamente apaixonado pela argh…
Bella. – Leah explicou fechando a cara. – Nessie é sua filha, isso explica o
motivo pelo qual, ele era tão devoto à ela. Quil tinha acabado de fazer 16
quando imprimiu na Claire, minha sobrinha.
- Sua… sobrinha?
- Isso. Olha, não é pedofilia, saca?
- Não.
- Ele vai cuidar e amar ela como um
irmão faria. Quando ela tiver uns 11-12 anos, ele vai ser tipo, aquele amigão
que ajuda com tudo e escuta. Quando ela completar 16 anos, ele vai começar a
vê-la por uma luz diferente e querê-la como sua companheira.
- Entendo.
- Qualquer pai iria querer isso pra
sua filha. Saber que ela só ficará com um homem e que esse homem vai amar e respeitá-la
acima de tudo. – Leah se certificou que ele entenderia e esperou que ele não
ouvisse a mágoa em suas palavras.
Já
tinha desejado aquilo para sua vida, tentado forçar aquilo e não havia
funcionado. Anton tinha que saber, não tinha nada de pedofilia era amor puro e
simples.
- Você parece rancorosa. – Ela ergueu
a sobrancelha minimamente,
- Eu sou.
- Porque?
- Não interessa.
- Vamos, fala.
- Olha… só é uma coisa que eu não
aprecio, entendeu?
- Por isso não quer acasalar com meu
irmão?
- O quê? Claro que não!
- Não? Não quer acasalar ou não é
isso?
─
Não é isso.
─
Então o que é? – Anton questionou sorrindo, ela estava caindo direitinho.
- Primeiro, seu irmão não está
interessado em acasalar comigo.
- Não?
- Exato.
- Então se ele estiver, você aceita?
- Eu…
- Diga-me, Leah: do que você tem
medo?
- Eu…
- De gostar? De não ser tudo o que
você esperou?
- Anton né? – Ele confirmou com a
cabeça. – Não acho que isso seja seu assunto.
- Tem meu apoio, quero que lembre
disso, beta.
- Eu não…!
- Você sim. Você vai ficar em torno
de três meses no bando da Lara e depois virá ao meu ou da minha mãe, vai
depender.
- Depender do quê?
- De… -
A porta abriu revelando Grady com os ombros curvados e uma das sobrancelhas
arqueadas para o irmão. – Oi, Grady.
- Não conte muito mais. Ela deve
saber disso pela voz da tia ou do Omar ou do nosso pai. Não a sua ou a minha.
- É, eu sei. Mas ela está curiosa.
Leah
o fulminou pela mentira. Ele que tinha oferecido os dados!
- Grady, me leve à casa do meu tio. –
Pediu de braços e pernas cruzados.
Seus
olhares encontraram e Leah desviou primeiro, precisava mesmo conversar com sua
tia.
To Be Continued…
Ah, esse Anton XD
Digam
o que acharam *u*
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Se tem dúvidas, pode perguntas quantas vezes quiser e eu responderei assim que for possível~XOXO.