quarta-feira, 9 de julho de 2014

[Lua Cheia] Capítulo 14 - Tia Minnie

Olá, como vão? Enfim algumas explicações, não é mesmo? A visita demorou mas chegou =D
Espero que gostem!

Tia Minnie

Leah e Grady se encararam mais uma vez, antes que ele assentisse afirmativamente. Seu irmão, Anton, levantou-se com um sorriso idiota – aos olhos de Grady – no rosto e passou por eles, não sem antes sussurrar:
─ Me convide para o casamento. – Grady rosnou baixinho, enquanto ouviam a porta bater calmamente e Anton caminhar até o próprio carro.
As coisas que Anton disse…
─ Não importam, não é? Esqueça, não é? – Leah disse o surpreendendo. – Sei como vocês pensam, Grady.
Ele abriu a boca, como se fosse dizer algo, mas fechou a boca e abriu a porta.
─ Vamos?
E acatando o silencio dele como a desistência que ela já esperava – não que tornasse menos doloroso – caminhou ao lado dele para o carro.
O silencio dentro do carro não era tão agradável. Ela sentia como se ele estivesse sufocando-a lentamente, isso a agoniava. Era como quando sua relação com Sam estava ruindo, ela não podia fazer nada e isso a sufocava.
Suspirou sabendo que tinha sido burrice sua apaixonar-se tão rápido e tão malditamente profundo. Acaso tinha perdido sua mente? Porque diabos ela fez isso consigo mesma?
Sabia a resposta. Não havia vida para a qual voltar. Não seria realmente um problema abandonar sua velha vida e vir morar na casa de seu pai.
Não tinha um emprego significante, afinal, trabalhar para Mike (pervertido) Newton não era como um sonho, apenas para passar o tempo e pagar as contas – que se resumiam a algumas bebedeiras para esquecer Sam.
Emily tinha se casado com seu homem e pensar que isso não a incomodava tanto agora era desnorteante. Demorou anos para pensar neles como um casal e isso ainda revirava seu estômago. A proposta parecia uma coisa meio tentadora, agora.
Não que quisesse ser madrinha tão nova, mas não parecia que ia mata-la de dor. Como conseguiu isso tão rápido? Grady. Sua mente a respondeu rápido demais para o agrado da loba.
Não queria pensar nele. Não queria senti-lo tão perto, passando a marcha e respirando ao seu lado. Não queria ser menos anormal do que o que ele precisava. Deus, só queria ficar com ele. Para sempre. Não eternamente, mas ter o seu para sempre.
Quando tornou-se uma invejosa? Quando começou a desejar todas essas coisas? Porque Jacob tinha que estar certo?
─ Qual o problema em apaixonar-se como uma pessoa normal?*
Fechou os olhos ouvindo claramente a lembrança de alguns anos atrás. Tudo tinha mudado, ela tinha se tornado alguém diferente. Não mais tão amargurada, já conseguia dormir a noite sem chorar, também tinha momentos que chorava como se tivesse perdido um amigo.
Passou nervosamente a mão nos cabelos no momento em que a casa de seu tio entrava no campo de visão deles.
Grady?
─ Sim?
─ Você…
─ Fala. – Ele disse estacionando o carro e olhando-a, curioso sobre o que ela estaria com dificuldade para dizer.
O que há de errado comigo? – Perguntou e pigarreou. – Quer dizer… eu…
Leah perguntou-se porque estava perguntando idiotamente isso. Queria ser mais clara, dizer que o queria, talvez ele a considerasse? Em respeito ao seu tio? Mas estava agindo como uma inexperiente no amor.
Você também não é nenhuma expert. Sua loba disse como se fosse óbvio e Leah a ignorou.
─ Nada, é só o sangue sabe? Algumas coisas não se pode evitar.
Ela tentou sorrir, fingindo que era disso que estava falando, mas não passou de um esgar. Leah abriu a porta e saiu primeiro. Grady se perguntou o que havia dito de errado. Leah não era assim, ela costumava ser expressiva.
Será que ela não entendeu? Não é nossa culpa ter uma segunda forma. Ele pensou, mas não disse. Ela já estava abrindo a porta da casa, quando ele desceu do carro.
─ Querida! – A tia a cumprimentou e viu Grady mais atrás. – Olá para você também.
Grady estranhou o tratamento frio, mas o ignorou. Mulheres, hump! Minnie e Leah sumiram nas escadas, enquanto ele ficava parado na sala. Não tinha sido convidado a subir e sua experiência dizia que não devia impor-se agora.
─ Grady, filho! – Virou-se para seu pai, sentado de forma relaxada, na cala de Omar. Omar apareceu com um copo de uísque e a jarra de vidro pela metade.
─ Está servido?
E pegando o copo que Omar lhe dirigia, ele sentou-se com os dois, discutindo os assuntos corriqueiros do bando.
[…]
Tia…
─ Desembuche querida.
─ Não consigo. – Leah disse deitando na cama e fechando os olhos momentaneamente. – Eu tentei dizer para ele. Que tolice.
─ Seja sincera. Não há nada que ele vá querer mais.
─ Não consigo ser. Aqueles pensamentos agourentos ficam me dizendo que é idiotice e é mesmo. Não sou anormal o suficiente para ele.
─ Grady vai amá-la se ele tentar.
─ Se.
─ Diga para a tia Minnie. – Eu a olhei sorrindo contrariada com o tom infantil que ela usou. – Gosta dele? Ou o ama?
─ Eu… ─ Se Leah fosse sincera ela diria que o amava, mas as palavras não saiam de sua boca.
─ Ama. – A tia respondeu por ela e Leah deu de ombros. – Sam não é o único homem na Terra. Ele terminou, te traumatizou, acontece. Chega de se martirizar por uma coisa que já foi tem tanto tempo.
─ Sei disso, tia, eu estou tentando. Mas aí a minha cabeça…
─ Diz que não vai dar certo.
─ É. Sinto que se eu disser, ele vai zombar de mim igual os meninos. Vai pedir que eu esqueça e essas coisas que caras como ele dizem para garotas como eu.
─ Garotas como você? Criança, você é a melhor coisa que ele vai encontrar, definitivamente. O compreenderá e…
─ Tia, transamos só por causa dessa mordida. Em algumas semanas ela vai sumir, junto com todos os efeitos. Junto com ele.
─ Em algumas semanas? O que ele lhe disse?
─ Não muito.
─ Mordidas duram para sempre. Precisam ser renovadas, mas essa marca, ela vai ficar aí para sempre. O efeito é como chiclete. Ele vai precisar de você e você precisaria dele se fosse uma de nós.
─ Ele morreria se eu me recusasse? Porque sério, quando ele partir, vou sentir sua falta.
─ Diga-lhe isso. – A tia sorriu encorajadora. Leah negou veemente com a cabeça e ouviu um suspiro exasperado da tia. – Certo, faça como quiser, mas vou lhe dizer uma coisa: ele é forte, é respeitado e não seria uma companheira diferente que o faria ser menos.
A tia continuou falando, mas Leah não estava ouvindo. Sabia que ia se machucar de verdade quando ele fosse embora. Não podia deixá-lo chegar mais perto de seu coração, simplesmente não podia.
Como ele podia tê-la afetado tanto com apenas uma noite de sexo quente? Ele era atraente e uma pessoa divertida, quando não estava sendo estúpido e grosseiro. Passar uma noite com ele estava tirando toda a razão e a frieza com que ela era conhecida.
Ela teve que se controlar mais cedo para não berrar e chorar como uma criança que perde um doce. Ele era seu doce. Mas não era tão seu assim, ele tinha namorada. Uma lobisomem completa, tão anormal quanto o que ele queria. A companheira dele.
E ele estava preso a ela por esse pequeno período. Pensar nisso a deprimiu. Percebeu que sua tia não estava mais falando, apenas afagando seus braços e tentou exteriorizar suas preocupações.
─ Vamos, fale criança. – A tia pressionou um pouco e suspirando, Leah sussurrou:
─ Tenho que afastá-lo.
─ Não pode. Matá-lo-ia.
Não fisicamente. Tenho que afastá-lo do meu coração, tia. Ou eu vou me machucar de verdade.
─ O que acha que vai acontecer quando for a hora dele ir? Que vai passar facilmente? O bando vai perceber e a informação chegará à Grady mais cedo ou mais tarde. Tolice é você deixar que outras pessoas digam a ele sobre os seus sentimentos. – Minnie deu ênfase.
Eu vou estar tão acostumada a tê-lo… ─ Admitiu sentindo-se subitamente imensamente mais triste.
─ Ei, sem sofrimento ok? – A tia fez um carinho na bochecha de Leah e ela sorriu de forma afetada. Como se fosse muito difícil fazer isso agora.
─ Tia, o que eu vou fazer?
─ Primeiro? Me escutar. Segundo? Fazer o que eu disser. Tem coisas que você realmente precisa saber.
Pode dizer. Quero saber tudo sobre essa coisa de shifter.
─ Nós acreditamos que você pode ser uma das nossas nexos. Eles são facilmente influenciados pelo meio e pelas emoções. Sua transformação foi permeada com isso.
─ Sim, foi no dia que ouvi meu pai falando que Sam e Emily estavam seriamente juntos. – Leah concordou se sentindo culpada novamente.
Se eu não tivesse o pressionado a falar, se eu tivesse fingido que não escutei… meu pai estaria aqui? Leah perguntou-se nostalgicamente.
─ Segundo as lendas e encurtando a história, uma nexo é sempre mulher. Fisicamente, é uma loba menor, mais fraca, mas muito veloz. Sua…
─ Principal característica como parte do bando Uley-Black. – Concordei cortando o papo furado.
─ Além disso, se você for realmente a nexo, você tem muitos poderes psíquicos.
Oi?
Como?
─ Poderes mentais, Lee. Escuto é o mais comum, como uma forma de proteção. Você não pode ser atingida e nem machucada se aprender a controla-lo e estender o escudo mental para o seu corpo.
─ Eu posso coloca-lo para fora do meu corpo?
─ Não, querida. Você não é uma vampira. Esse tipo de escudo é refletido no tempo disponível de vida de alguém. Os vampiros não tem tempo de vida, por isso, os poucos que tem escudos, podem tirá-lo de seus corpos e proteger entes queridos.
─ Então esse escudo só pode me proteger?
─ Mais ou menos. Imagine que Grady estivesse em um grande perigo. Ele poderia morrer. Nesse caso, você pode trocar uma parte desse escudo pela vida dele. É um grande sacrifício e você ficaria semi-morta, teria que ser cuidada, mas o que importa é que, você poderia dar isso por alguém que ama profundamente. Um companheiro. Um filho. Um parente. Entendeu?
Eu assenti e ela continuou:
─ Mordidas. O principal é: jamais transe sem camisinha. O nosso acasalamento é algo entre o sêmen dele tocando o seu e a mordida, meio sincronizados. Não há como explicar direito, mas não o deixe morder você novamente se ele não quiser fazer isso, se ele não estiver lúcido. O sexo é um entorpecente que vai deixá-lo meio fora de órbita. Tem que mantê-lo humano, entendeu? Ou ele pode machuca-la seriamente.
─ Como faço isso?
─ Não o atormente demais, é obvio.
─ Aham. E… tia?
─ Sim?
─ Não podemos mesmo fazer sexo sem camisinha? É incomodo.
─ Sei que é, mas não devem. Não enquanto não tiverem certeza se não querem um acasalamento.
─ E se já tivermos feito?
─ Então sugiro que parem e usem camisinha.
─ Oh, certo.
─ Quando a lua completar o ciclo será quando ele estará mais… necessitado.
─ Quando isso vai ser?
─ Dentro de dois dias, mais ou menos. Avise-o se o sexo extensivo machucar ou deixar você dolorida. É uma graça quando eles tentam ser menos sexuais. – Leah riu com a expressão engraçada na face de Minnie. – E esteja atenta…
Minnie não pôde continuar, pois a porta foi bruscamente aberta. Uma mulher muito bonita entrou na sala e parecia meio nervosa.
─ Minnie, preciso… de autorização.
Leah reparou nos traços meio delicados da garota. Ela era alta, não tão alta quanto Leah, mas era bem alta. Deveria ter 1,70 ou talvez um pouco mais.
O corpo esguio era disfarçado pelo vestido soltinho de bolinhas e ela parecia alguém meiga com as sapatilhas negras e a fita no cabelo, trançando e misturando-se aos cabelos louro-médios.
─ Autorização? – Minnie perguntou incrédula e suspirou. – La Push ainda, Sunshine?
─ Por favor. – Ela pediu suspirando. – Ele é tão doce para mim. Eu só gostaria de acasalar com ele, mas eu não vou dizer-lhe isso.
─ Vá. E não faça eu me arrepender.
─ Certo, obrigada! – A mulher comemorou. – E ahn… Prazer, Leah Clearwater.
─ E aí. – Leah a cumprimentou curiosa sobre o que a tia tinha a dizer.
─ Sunshine. – Minnie chamou quando a moça estava se virando para sair. – Quem é? Você não me disse o nome dele ainda.
─ Ah… é-é… ─ A mulher gaguejou adquirindo um tom muito rubro na pele parda. – Preciso mesmo? – Sunshine piscou esperançosa.
─ Até eu fiquei curiosa. – Leah disse sentando-se na cama. – Alguém que eu conheço?
─ Até os roncos. – Sunshine sussurrou. – Seu irmão é um grande homem.
Leah deu uma espécie de assobio para dentro e vasculhou em sua mente. Quando seu irmão havia se tornado homem? Ela pensou que ele ainda fosse virgem! Tudo bem que um homem de 22 anos deveria já ter feito… coisinhas à muito tempo, mas ele era Seth! O garotinho que ela ajudou a trocar e que adorava puxar as bochechas ou bagunçar o cabelo.
─ Posso ir agora, Minnie? Ou eu não posso vê-lo? Sei que é seu sobrinho e… ─ A mulher começou a falar realmente rápido, dando mil motivos pelos quais ela seria uma boa companheira se ele a quisesse e Minnie riu audivelmente a parando.
─ Sunshine, pare. Você pode ir. Mande lembranças nossas e quero estar entre os primeiros convites de casamento viu?
A mulher tomou um tom de vermelho realmente pesado e murmurando qualquer coisa, escapou rapidamente pela porta, deixando-as rindo.
Continua…
Eu planejava dizer mais sobre a nova vida dela no bando, mas o capítulo ficou tão grande que decidi dividi-lo em dois, então… é xD

Espero que tenham gostado!
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