Capítulo 21 – Encontro de noite
Leah
acordou muitas horas depois, sentindo, com prazer, o calor de Grady ainda a
esquentando. Abriu os olhos preguiçosamente para encontra-lo olhando para cima.
─
Oi?
─
Oi.
─
Fome?
─
Aham.
─
Que pizza você quer?
─
Ahn?
─
Vou pedir pizza. Vai chegar quando estivermos nos secando.
─
Secando?
─
Planejei um encontro de noite enquanto você dormia. Vamos tomar um banho, eu
vou lavar você.
─
Vai… me lavar? Quantos anos acha que eu tenho? 2? – Leah perguntou, poiando-se
em sua mão. Tinha soado fofo, mas ele começaria a comandar e ela não gostava de
ser comandada.
─
Não. Mas eu quero lavar seu cabelo e deixar meu cheiro em você.
Ela
preferiu não perguntar o que isso significava. Tinha que ser uma coisa boa, já
que não estavam brigando.
─
E depois? – Leah perguntou incerta se queria mesmo conhecer a resposta.
─
Vamos comer pizza e assistir a um filme. Eu vi que você tem TV por assinatura.
Podemos ver algum filme que você queira assistir ou programas policiais.
─
Opto por NCIS e CSI. Algo contra? – Ela
perguntou satisfeita.
─
Nada. Pizza do quê?
─
Pode ser o que você for pedir para você.
─
Não. Você vomitaria, sério. Você gosta de… sei lá, calabresa?
─
É, bacon também. A de queijos, hm…
Ele
riu, saindo da cama e indo à cozinha usar o telefone de parede. A imagem dele
nu, andando com aquela bunda redonda e morena para a porta do quarto ficou
gravada na mente de Leah. Ela balançou a cabeça, para tentar esquecer.
Cogitou
levantar da cama e quando sentiu-se pronta para executar o ato, não pôde. Ele
vinha com o pênis longo e duro apontando para ela, ao entrar no quarto,
sorrindo calidamente.
─
Chegará em meia-hora. Que tal um banho?
─
Vamos lá. – Ela ergueu a mão e ele a ignorou. Pegando-a no colo e levando como
se seu peso fosse nada.
─
Eu posso andar. – Leah o contradisse, satisfeita no colo dele.
Satisfeita demais. Sua
loba resmungou, deitada no gramado imaginário.
─
Sei que pode, mas não quero que faça esforço agora. – Ele disse entrando no
banheiro grande e a colocou em pé, abaixo do chuveiro.
Ele
rodou o registro e a água fria contrastava com o calor de seus corpos. Ele a
ensaboou demorando nos seios e Leah sentiu-se excitada novamente, como se ele
tivesse apertado um botãozinho.
O
toque mais amaciado pelo sabonete deixou-a completamente em fogo. Parecia que
onde ele tocava, o incêndio começava. Fechou os olhos, sentindo-o passar mais
xampu do que o necessário.
─ Quando o sonho se
for, o que restará? – Perguntei à Sam. Ele sorriu para mim, sob a luz das
estrelas que beijávamos enquanto estávamos deitados no telhado da minha casa.
─ A doçura do sonho
realizado.
─ E se os sonhos nunca
se realizarem?
─ Não existe essa
possibilidade para nós.
A
lembrança deixou-a ligeiramente fria. Ela sabia que havia. Agora ela sabia que
o que sentia, não era o que Sam sentia mais. Aquele “nós” estava morto.
─
O que foi? Machuquei você? – Grady perguntou incerto.
Com quantas mulheres
ele fez isso antes de você? A parte loba dela
perguntou-lhe e Leah não quis imaginar a resposta.
─
Nada não. Vamos terminar que a pizza deve estar chegando.
Ele
concordou, enxaguando-a e terminando o próprio banho rapidamente. Eles ouvimos
a buzina, enquanto ela pegava a toalha lilás e enrolava no corpo. Ele imitou o
gesto, pegando outra toalha lilás e colocando na cintura.
─
Fique na cama. – Ele pediu.
Ela
o ouviu mexendo em algo na cozinha, provavelmente pegando pratos e copos.
Lembrou da caixa de tia Minnie, esquecida no guarda-roupas. Havia um baby-doll
lá. Ela ainda não o tinha usado.
Bufou,
perdendo a competição interna, entre a razão e essa coisa esquisita que ela
estava sentindo, e perdendo, para a coisa esquisita, deu-se por vencida, indo pegá-lo.
Era vermelho, tinha rendas e cinta-liga. Ela não as pegou. Apenas a calcinha
rendada e o baby-doll. Vestiu-as rapidamente, ouvindo-o trazer a comida.
Praticamente
se jogou na cama, pegando o controle no caminho. Arrumou o baby-doll e sentiu o
coração acelerar quando ele abriu a porta. O ouviu respirar pesado enquanto
zapeava na televisão.
Sentiu
curiosidade imensa para saber o que ele estava sentindo. Será que gostou? Odiou? Perguntou-se internamente, mas eu não virou
o rosto para ler a emoção no rosto dele.
O
viu depositar a comida em cima da cama e depois sentar do seu lado. Olhou-o
sorrindo, não havia uma expressão que pudesse ler no rosto dele e lamentou por
isso.
─
Gostou?
─
Você está linda. – Ele sorriu, beijando-a lascivamente.
Leah
sentiu a necessidade de agora a pouco voltando rapidamente e por isso, o
afastou.
Estava
adorando que ele estivesse tentando conhece-la melhor. Precisava fazer isso
funcionar, passar um tempo com ele diferente. Ver TV parecia um caminho fácil.
Ela
pegou o prato que ele preparara com um pedaço de pizza e colocou no colo,
aumentando o volume da TV ao passar por um canal de notícias e ele pedir que
ela voltasse.
A
jornalista estava falando sobre sequestros. Algumas meninas haviam desaparecido
e as famílias estavam se unindo contra os tais sequestradores. Não havia um
pedido de resgate, mas o perfil era o mesmo.
─
Eu sabia. – Grady rosnou e saiu do quarto, voltando em seguida com o celular na
mão, já na orelha.
─
Von, confirmado. Avise o papai e cuide da Debbie. – Ele desligou, passando a
mão pelos cabelos.
─
Você sabe quem é…?
─
Imagino. Sabe, precisamos ir na Minnie qualquer dia desses e saber aquele
assunto do seu pai.
─
Eu sei. – Leah soltou um muxoxo. – Mas hoje é o nosso encontro de noite.
─
Vamos pela manhã. – Grady decidiu, sentando na cama e mordendo sua pizza.
O
telefone de Grady tocou e ele achou estranho que fosse sua irmã mais nova.
─
Sim?
─
Von te disse?
─
Não. O quê?
─
A ex do Bradon, nosso primo, lembra dele? A ex dele está entre as sequestradas.
Achamos que tem relação com Leah.
─
Por quê? – Ela sussurrou a pergunta, ouvindo muito facilmente, a irmã dele
falar.
─
Sabe o motivo?
─
Não.
─
Cuide-se. – Ele disse calmamente à irmã e olhou sorrindo para Leah. Embora o
sorriso não chegasse a seus olhos, ela constatou.
─
Acho melhor irmos no tio Omar. – Leah disse e ele concordou. Havia chego a hora
de descobrir pelo menos parte da verdade sobre seu pai, não importava que ela
não estivesse minimamente preparada para isso.
Continua!
O
que acharam? Espero que tenham gostado =3
Beijinhos
^^~
Amei <3
ResponderExcluirSó não entendi muito essa parte das pessoas sequestradas... É o pai dela?
Sim, é o pai dela. Juro que você vai entender aos poucos, principalmente entre o 43-46 ^-^
ExcluirObrigada por ler e comentar =D