Capítulo
34 – Prostituta de 20 dólares
Algumas atitudes
precisam ser mudadas.
Boa leitura.
Prostituta
de 20 dólares.
O
choque rasgou por Leah como uma lâmina.
─
O quê? – Ela perguntou, incapaz de acreditar no que ouvira.
─
Ménage a trouis. O que pensa disso?
─
Saia da minha casa. – Leah disse baixo, tentando evitar que ele ouvisse a
decepção e a dor em suas palavras. – Saia da minha vida.
A
garganta apertou subitamente. Ele nem
sequer se importa? Por que ele quer repassar-me como se eu fosse… Oh Deus! Seus
pensamentos eram confusos e magoados. Tudo
estava indo tão bem… eu realmente pensei… eu sou uma idiota. A decepção era
palpável em seu olhar.
Grady
ajoelhou-se perto da cama, e ela puxou as pernas em direção ao peito. Fungar
não foi premeditado e mesmo quando ela tentou segurar, o som escapou-lhe. Ela
ainda não queria deixá-lo ir. Os dias estavam acabando e ela não queria que ele
a deixasse, mas se ele queria trata-la como uma vadia, então ele não merecia
seus sentimentos limpos.
─
Baby, eu não quero te machucar. Se Erick estiver conosco, eu sei que não farei
isso. Meu lobo não fará isso.
─
Não entendo como seu amigo pode nos ajudar. Eu te disse, não tem problema você
ter me mordido, ok? Tudo bem.
─
Não está tudo bem. Erick está certo, sou perigoso para você no estado em que
estou, mas ele pode me segurar.
─
Não sei como. Não estou te compreendendo nem um pouquinho que seja.
─
Erick não sofre com o calor. – Grady disse enquanto o outro entrava em seu
quarto com um sorrisinho de lado, quase cínico aos olhos de Leah. – Ele pode me
parar se eu tentar te reclamar e eu sei que vou.
─
Eu não me importo. – Ela disse certa de suas palavras, embora a insegurança
fosse um sentimento que ela não apreciasse, estava sentindo-o firme em seu peito.
─
Eu me importo. Um acasalamento assim é um erro completo. Você precisa de tempo
para escolher a melhor opção. – Grady disse fazendo um carinho em seu joelho.
─
Eu não quero tempo. Eu quero você, só você. – Leah disse tomando um pouco mais
de coragem.
─
Nós ficaremos juntos até o fim do calor. – Grady a deixou saber dando um longo
suspiro. – Tudo bem?
─
Não. Espera… ele vai nos assistir?
─
Querida, você sabe o que é um ménage? – Leah negou com a cabeça e ele explicou,
soltando um grunhido irritado ao perceber que seu amigo analisava as curvas de
Leah. – Você ficará entre nós.
─
Espera… ele não vai assistir, vai? – Leah perguntou sentindo o arrepio na
coluna se intensificar.
─
Você ficará entre nós dois, como um sanduíche. – Erick explicou sorrindo.
─
Fora! – Leah gritou atirando em Erick um travesseiro. Empurrou Grady com uma
das pernas. Ele não se moveu de onde estava.
─
Baby?
─
Não me chame assim. Você perdeu esse direito. Saia daqui!
─
Querida, eu…
─
Sai! – Ela gritou apontando a porta e quando ele não se moveu, ela levantou-se
da cama e andou em direção ao banheiro.
─
Porque está agindo assim? Qualquer mulher teria ficado bem animada com essa
proposta! – Ele rosnou a resposta parecendo muito irritado.
─
Eu não sou qualquer mulher, Grady! Não gosto dessas coisas de dividir ou ser
dividida! Se quer tanto foder seu amigo, foda-o sozinho! Essa parece boa, não
é? – Ela perguntou com sarcasmo. – Tenho uma ideia, vocês dois trepam e eu
filmo, que tal?
─
Eu não fodo outros homens. – Grady realmente rosnou irritadíssimo quando
respondeu.
─
Nem eu também.
─
Erick nos deixe a sós. – O cara virou-se e saiu pela porta, enquanto Grady a
olhava sem entender sua reação exagerada. – Qual o seu problema?
─
Qual o seu problema?! – Leah deu ênfase ao “seu”. –Eu não sou uma prostituta de
vinte dólares, Grady. Eu não curto essas coisas. Pensei que você tivesse
entendido isso. Entendido que eu...
─
Que você? ─ Ele a encorajou. ─ Vamos, fale. Eu não sou bom com essas coisas.
─
Esqueça. Eu já entendi qual o meu papel na sua vida. Não vou me enganar de
novo. ─ Leah disse seguindo para o próprio quarto. Parou a poucos passos da porta
e olhou-o sobre o ombro. ─ Não me procure a menos que realmente precise de mim.
─
Porque você está agindo assim? ─ Ele parecia mesmo perdido e Leah não resistiu
à dar-lhe uma resposta.
─
Eu te disse, eu não gosto de ser usada.
─
Eu não te usei, não sei porque está agindo assim.
─
Quero ficar sozinha. – Leah disparou subitamente. – Vá para o seu quarto. – Era
uma ordem clara e objetiva.
─
Leah…
─
Não, Grady. Eu não quero falar com você agora. Eu não quero nem mesmo olhar
para você agora. Então me deixa sozinha.
─
Não. – Ele respondeu com o queixo duro. – Me explica porque está agindo feito
idiota.
─
Idiota? Idiota? Idiota é você, que é tão cego a ponto de não saber o mínimo
sobre mim. Mesmo com todo esse tempo em que temos convivido.
─
Pode ser clara? Objetiva? – Grady usou do sarcasmo tão conhecido para Leah.
─
Vou ser clara então: deixe-me só!
Ele
ameaçou dizer algo e a resposta era claramente negativa nos lábios dele. Leah virou-se
e entrou no banheiro, trancou a porta, batendo-a firmemente atrás de si. As ideias
estavam girando em sua mente e ela sabia que só havia um lugar para onde ela
queria ir agora.
Cogitou
voltar ao quarto, mas sabia que Grady ainda estava lá, aguardando que ela
saísse do banheiro. Ele a chamou e só teve mais certeza do que deveria fazer. Ligou
a torneira e molhou as mãos, ansiando por tranquilidade.
Leah
não se permitiu pensar na dor que estava provocando à ele. Quem ele pensa que eu sou? Pensou frustrada e fechou a torneira,
finalmente tomando sua decisão. Precisava desabafar e queria fazê-lo olhando
para sua tia. Precisava de um colo. Ou uma
bebida. Concordou em sua mente e ligou o chuveiro.
Enganá-lo é a chave. Leah
sabia que o pensamento frio estava correto. Ele não havia se importado com seus
sentimentos. Como ele pôde pensar que
isso me faria feliz? Porque ele agiu dessa forma? Eu realmente quero saber? Leah
não estava certa da resposta.
Ela
soube que o som do chuveiro ocultaria sons menores, por isso abriu a janela
lentamente e saiu do cômodo de forma silenciosa. Correu para fora, mesmo
descalça e viu quando Erick virou a cabeça em sua direção.
Ele
estava num telefone e parecia sério, quando a olhou. Ele vai me dedurar. Ela simplesmente sabia disso e correu para a
pista. Um carro passava e ela acenou quase loucamente para que parasse.
A
mulher no volante parou parecendo aturdida. Leah não sabia o que fazer dali em
diante, mas Erick estava chamando Grady em alto e bom tom, então ela não teve
saída a não ser mentir:
─
Por favor, me leve à casa do meu tio. É no final dessa estrada. Briguei com meu
namorado e estou com medo que ele fique violento.
A
mulher pareceu incerta, mas quando ela viu o grande corpo de Grady atravessar a
porta da frente, gritando-a, a mulher abriu a porta do carro e Leah
praticamente voou para o acento.
Não é uma mentira
total. Leah pensou penalizada. Só um pouquinho. Concordou em sua mente e respirou mais aliviada.
─
Obrigado. – Finalmente agradeceu.
─
Nós, mulheres, temos que nos ajudar. – A mulher piscou parecendo aliviada de
tê-la livrado do suposto namorado violento.
Leah
sorriu amarelo sabendo que havia mentido. Não
foi uma causa ruim. Disse em sua mente várias vezes e mesmo assim, ainda
soava mentiroso e nocivo. Não deixou que isso a fizesse se sentir tão culpada,
afinal não era por uma causa ruim.
Respirou
muito mais aliviada ao descer e ofereceu uma bebida e algum dinheiro à mulher,
que não os aceitou. Leah praticamente correu para Minnie e a abraçou
fortemente.
─
O que houve, querida?
Continua!
Bom... como será que
Minnie reagirá ao saber o que Grady fez? E Omar? Eu não acho que será uma
reação muito boa, e vocês?
Espero que tenham
gostado <3
Beijinhos =3
kkkkk adorei tudo! NÃO GOSTEI DESSE AMIGO DE GRADY! Mas amei o resto <3
ResponderExcluirGostei mais da parte em que ela mentiu kkkkk <3
Hahaha coitado do Erick xD todo mundo odeia o bichinho.
Excluirkkkkkkkk na hora do aperto uma mentirinha não faz mal, né não? xD
Obrigada por ler e comentar =3