Capítulo 55 – Feliz natal,
querida (P2)
Grady puxou Leah pela mão por todo o caminho
já conhecido, entre o corredor longo, até que chegaram, aos beijos, no quarto
dele.
− Feliz natal, querida. – Ele murmurou com a
boca praticamente colada na dela.
− Então me dê esse presente. – Leah brincou,
mordiscando a boca e passando a mão na frente da calça dele. Grady rosnou
baixo, o som absolutamente sexy.
Ele a imprensou na porta e ela riu no beijo,
o puxando mais perto. Queria ele de volta em casa, que era o corpo dela, queria-o
por toda parte. Sentir como se sua respiração dependesse dele e sentir que ele
era tão dela como ele afirmara há alguns minutos.
Leah circulou-o com suas pernas e Grady abriu
a porta, sustentando o corpo dela no dele. Foi quando o mundo pareceu parar. Leah
não conseguia respirar, porque houve um som seco e então ele a estava esmagando
contra o chão.
−
Bastardo maldito! – A voz que ela ouvira a congelou. Sabia exatamente quem era
e porque o chamaria assim.
Empurrou
Grady gentilmente, mas seu peso não cedeu sobre ela. O empurrou com mais força,
conseguindo sair de baixo dele e o deixando com as costas para o chão.
Olhou
Eve com ódio, não sabia o que a maluca havia feito, mas pagaria por isso. Sua loba,
muito próxima da borda, implorava para fasear, trazendo o famoso calor à coluna
da mais jovem. Leah rosnou, o som gutural foi alto, mas provavelmente não seria
ouvido lá de fora.
A
mulher não ficou atrás. Suas mãos viraram garras e pelos apareceram nos braços
dela, desnudos. Eve vestia um macacão longo e meio solto, amarelo, sem mangas. Não
tinha sapatos.
Leah
rosnou novamente, indo para a frente de Grady. Ela não o alcançaria. Ele rosnou
molemente e não se moveu, mas seu peito subia e descia, garantindo à Leah que
ele fora sedado e não morto.
Ela
deu-lhe um olhar rápido e esse foi seu erro, a mulher avançou sobre ela com uma
velocidade incrível. Ambas caíram contra a porta, a tirando do lugar e indo
para o corredor.
Leah
a arranhou na barriga, sem entender porque não havia faseado completamente. Não
parou para se perguntar, voou na mulher, não dando-lhe qualquer chance de
proteção. Eve gritou quando Leah a socou fortemente e empurrou novamente. Ela não
desistiu, investindo contra a mais nova e desviou por milímetros, quando Eve
avançou, a mão em garra, quase em seu pescoço.
Foi
um segundo mais tarde que percebeu, que Elroy estava em sua frente. Ela nem
mesmo o viu chegar.
−
O que faz aqui? – A voz dele soou com dor e ele apertou o pescoço da mulher. –
O que diabos faz aqui, Eveline?
−
Huh, meu nome completo é? Como pôde? – Ela gritou afastando-se da mão dele
facilmente. – Eu me dediquei a você, mas como troca coloca a mãe da cachorra em
meu lugar?
−
Você perdeu o ponto, mãe. – Anton disse seriamente, se aproximando de Leah e
checando-a. – Você o traiu primeiro e agora estragou o nosso natal. Onde está
Grady? – A voz dele adquiriu um tom muito mais sério e preocupado, quase um
rosnar.
−
Ele foi dopado, eu acho. Ouvi um barulho seco, ele caiu em cima de mim, mas
estava respirando quando começamos a lutar. – Leah explicou-lhe e Von passou
por ela com pressa.
Leah
caminhou para onde sua mãe estava, queria garantir que continuaria bem, Eve
poderia tentar atacá-la e se o fizesse, Sue poderia morrer. Não tinha os
reflexos rápidos ou a resistência de seus filhos lobos.
−
Ela te machucou? – Sue perguntou e ofegou. – Jesus, me diz que você já está
bem!
−
É só um arranhão. – Leah disse, praguejando pelo machucado na perna. Devia ter
se cortado quando fora arremessada na porta. Grady iria ficar louco quando visse.
Os
gêmeos executores – Kane e Klax – levaram Eve com eles e Leah foi para o quarto
ver como Grady estava. Ele ainda dormia, mas estava na cama. Von estava sentado
no sofá e observava tudo calado.
−
Precisa sair. – Ele disse de repente e Leah o olhou chocada.
−
Não vou a qualquer lugar! – Retrucou como se fosse óbvio.
−
Ela não o sedou simplesmente, Leah. – Anton a deixou saber e suspirou da porta.
– Precisa ficar longe dele tempo suficiente para a droga se dissipar.
−
Não estou entendendo. – Ela disse confusa e Von continuou:
−
Há uma droga que usa-se para tortura em lobos principalmente. Ela nos deixa
loucos, Grady estava apenas saindo de seu calor e foi atingido com isso.
−
Continuo sem entender. O que a droga faz? – Ela olhou de Anton para Von, quando
nenhum deles respondeu, Leah tocou o topo da cabeça de Grady.
Sentiu-se
ser puxada e arfou quando o encontrou completamente desperto. Grady a prendeu
abaixo de si e rosnou. Os irmãos aproximaram-se correndo, mas Leah sentiu que
isso só pioraria tudo.
−
Meu bem, como…?
−
Minha! – Grady rosnou e cheirou-lhe o pescoço. Leah deu-lhe acesso, sussurrando:
−
O que ele têm?
−
Eu disse a você! – Von rosnou alto. – Ele vai querer fodê-la e não vai ser
gentil. Espero que tenha fantasias sobre ser estuprada, porque é isso o que vai
acontecer. E depois ele vai ficar destruído por ter feito isso com você. Feliz?
−
Eu te perguntei! – Leah gritou e Grady rosnou para ela, não gostando de sua
tensão. – Saiam.
−
Leah… − Anton começou a dizer, parecendo frustrado.
−
Saiam! Eu tenho certeza de que ele pode me escutar se formos só nós dois.
−
Não. – A voz de Elroy foi alta o suficiente para ela saber que ele estava no
quarto.
Tencionou
virar o rosto e ver quem mais, mas Grady rosnou alto e mostrou-lhe os dentes. Leah
fechou os olhos, forçando a respiração a vir mais calma.
−
Saiam. – Ela mandou. – Estamos juntos, podemos lidar com isso.
−
Filha, não! – Sue disse nervosa e Grady se levantou ligeiramente, tentado a
atacar Sue.
Leah
puxou o rosto dele e viu os olhos completamente negros, sem qualquer humanidade
neles.
−
Ei, querido, lembra? É a minha mãe. Lembra? – Ela tentou e ele virou o rosto
para olhar a mulher, em seguida olhou-lhe de novo e Leah sentiu-se apreensiva. Demorou
o que pareceu ser um ano, quando ele falou, mostrando os dentes:
−
Mãe. – O rosnado foi quase ininteligível.
−
Isso. – Leah acariciou os braços dele e Grady cheirou seu pescoço novamente. –
Saiam. Ele precisa de sexo para voltar a ser ele mesmo? Darei isso a ele, mas não
quero plateia.
−
Saiam. – A ordem de Elroy foi clara. Leah ouviu vários pares de pés deixando o
cômodo.
−
Pai…! – Anton tentou retrucar, mas Elroy não deu-lhe qualquer chance para dizer
algo.
−
Vá.
Quando
o quarto ficou silencioso o suficiente, Elroy entrou no campo de visão de Leah,
a olhando com um semblante fechado e pesado. Leah o olhou de relance, ainda
fazendo um carinho leve nos braços de Grady, esperando que isso fosse o
suficiente. Sexo violento não era algo que ela desejava.
−
Se ele quiser te comer, fique quieta, não lute, não chore e não grite. Tente ser
o mais silenciosa que puder. Isso vai destruí-lo, mas precisa garantir-lhe que você
não sofreu, após isso, entende?
−
Vá. – Leah lhe respondeu ao invés. – Eu o amo, Elroy. Nunca vou mentir para
ele, mas Grady pode ficar machucado após isso. Eu vou estar lá com ele,
entende? No inferno e no céu, nem dissemos os votos ainda, mas eu vou ficar com
ele.
−
Minha. – Grady grunhiu soando frustrado pelo homem no quarto próximo deles.
−
A dor que ele está sentindo é insana para Grady pensar. – Ele a deixou pensar. –
Espero que não se arrependa.
[…]
Leah
fechou os olhos novamente e sentiu algo duro contra sua coxa. Automaticamente fechou
as pernas, ficou tensa e quando sentiu o rosnar baixo dele, abriu os olhos,
tentando relaxar.
−
Amor, você não quer me machucar, ok?
−
Dói.
−
Eu sei. – Leah beijou-lhe o ombro e Grady grunhiu.
−
Minhas bolas.
−
Hum?
−
Fogo.
−
Tudo bem, já vai passar, ok?
Leah
percebeu que não se importava. Iam ter a vida toda para as desculpas, agora
tudo o que queria era que Grady voltasse a ficar bem. Ele a olhou e parecia ter
um pouco da humanidade de volta.
Ela
abaixou suas mãos e tocou-o. O membro duro não precisava de estímulo, mas ele
pegou o que ela estava fazendo, guiando-o para mais perto. Grady rasgou a
calcinha rendada que ela usava e Leah tremeu com a brutalidade do toque.
Leah
não estava exatamente pronta, mas Grady não quis esperar. Ele a penetrou fundo
e ela suprimiu um gemido de dor, arfando dolorosamente contra o ombro dele. Grady
baixou o rosto em seu ombro e se lamuriou baixinho.
−
Mal.
−
Tudo bem. – Leah disse-lhe com a voz entrecortada. Queria chorar. Por que Eve não
poderia ter ficado na dela?
−
Eu mal. – Ele fungou e Leah o circulou com as pernas.
−
Mexa-se, vamos acabar com isso.
−
Não. Eu mal.
O
coração dela bateu mais forte, quando ele disse essas palavras sem muito nexo. Grady
ainda era ele, ele estava ali em algum lugar. Tomou coragem e moveu o próprio
quadril contra o dele, forçando o pau a ir e vir dentro de si mesma. Ele grunhiu
a olhando e ela viu o negro dos olhos dele retroceder um pouco, foi quase nada,
mas era como a tal luz no fim do túnel.
Não
estava sendo agradável, mas a cada rosnado e a cada volta da cor natural dos
olhos dele, fez valer um pouco a pena. Ela ficaria dolorida por um ou dois
dias, mas ele estaria do lado dela, cuidando e arrependido. Leah não o deixaria
percorrer essa estrada sozinho. Ela tomara a decisão e estava se dispondo a
arcar com as consequências.
[…]
Leah
acordou sentindo o corpo todo latejar. Ouviu um choro baixo e abriu os olhos
para encontrar Grady prostrado no chão, ao lado da cama, num choro que partiu
seu coração.
Ela
o tocou gentilmente na cabeça, apertando os olhos para a claridade. Ele assustou-se
e ao olhá-la, seu olhar era duro e cheio de arrependimento. Leah respirou fundo
e sorriu o máximo que pode.
−
O quão difícil foi me levar, amor?
−
Não pense nisso. – Leah disse com a voz rouca. – Estou bem.
−
Responda. – Ele rosnou parecendo frustrado. – Droga!
Grady
jogou a televisão contra o outro lado do quarto e Leah se assustou, levantando.
Não foi tão fácil quanto pensou que seria. A dor em sua região íntima a impedia
de se movimentar adequadamente, mesmo assim, ela mancou até Grady e segurou seu
rosto, ele a olhou com pesar. Ela o devolveu um olhar determinado. Sabia que
havia chego a hora de contar-lhe algo que aconteceu no cativeiro de seu pai,
quase um mês atrás.
Continua!
Oi! Espero que tenham gostado, juro
que vou ser boazinha! >.<
Muito obrigada por este ano, juro que
vou tentar ser uma autora melhor e mais presente no novo ano! Feliz natal e ano
novo, espero que suas festas sejam as melhores, vejo-os em 2016!
Beijos!
Oi. Adoro esta historia, tou super ansiosa por outro capitulo. Não demore, porque esta espera ta a deixar me nervosa e ansiosa. Beijos adoro...
ResponderExcluirOi quando sai outra capítulo tou super ansiosa, nervosa e curiosa para saber o que a leah vai contar ao grady, e como ele vai reagir ao que aconteceu. Por favor não demore muito porque esta sua fã não consegue esperar mais e a minha imaginação começa a desenvolver o que acontecera no próximo capitulo. Quando e que posta outro? Não demore tou super nervosa. Beijos
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