sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

[Lua Cheia] Capítulo 55 - Feliz natal, querida (P2)

Capítulo 55 – Feliz natal, querida (P2)
Grady puxou Leah pela mão por todo o caminho já conhecido, entre o corredor longo, até que chegaram, aos beijos, no quarto dele.
− Feliz natal, querida. – Ele murmurou com a boca praticamente colada na dela.
− Então me dê esse presente. – Leah brincou, mordiscando a boca e passando a mão na frente da calça dele. Grady rosnou baixo, o som absolutamente sexy.
Ele a imprensou na porta e ela riu no beijo, o puxando mais perto. Queria ele de volta em casa, que era o corpo dela, queria-o por toda parte. Sentir como se sua respiração dependesse dele e sentir que ele era tão dela como ele afirmara há alguns minutos.
Leah circulou-o com suas pernas e Grady abriu a porta, sustentando o corpo dela no dele. Foi quando o mundo pareceu parar. Leah não conseguia respirar, porque houve um som seco e então ele a estava esmagando contra o chão.
− Bastardo maldito! – A voz que ela ouvira a congelou. Sabia exatamente quem era e porque o chamaria assim.
Empurrou Grady gentilmente, mas seu peso não cedeu sobre ela. O empurrou com mais força, conseguindo sair de baixo dele e o deixando com as costas para o chão.
Olhou Eve com ódio, não sabia o que a maluca havia feito, mas pagaria por isso. Sua loba, muito próxima da borda, implorava para fasear, trazendo o famoso calor à coluna da mais jovem. Leah rosnou, o som gutural foi alto, mas provavelmente não seria ouvido lá de fora.
A mulher não ficou atrás. Suas mãos viraram garras e pelos apareceram nos braços dela, desnudos. Eve vestia um macacão longo e meio solto, amarelo, sem mangas. Não tinha sapatos.
Leah rosnou novamente, indo para a frente de Grady. Ela não o alcançaria. Ele rosnou molemente e não se moveu, mas seu peito subia e descia, garantindo à Leah que ele fora sedado e não morto.
Ela deu-lhe um olhar rápido e esse foi seu erro, a mulher avançou sobre ela com uma velocidade incrível. Ambas caíram contra a porta, a tirando do lugar e indo para o corredor.
Leah a arranhou na barriga, sem entender porque não havia faseado completamente. Não parou para se perguntar, voou na mulher, não dando-lhe qualquer chance de proteção. Eve gritou quando Leah a socou fortemente e empurrou novamente. Ela não desistiu, investindo contra a mais nova e desviou por milímetros, quando Eve avançou, a mão em garra, quase em seu pescoço.
Foi um segundo mais tarde que percebeu, que Elroy estava em sua frente. Ela nem mesmo o viu chegar.
− O que faz aqui? – A voz dele soou com dor e ele apertou o pescoço da mulher. – O que diabos faz aqui, Eveline?
− Huh, meu nome completo é? Como pôde? – Ela gritou afastando-se da mão dele facilmente. – Eu me dediquei a você, mas como troca coloca a mãe da cachorra em meu lugar?
− Você perdeu o ponto, mãe. – Anton disse seriamente, se aproximando de Leah e checando-a. – Você o traiu primeiro e agora estragou o nosso natal. Onde está Grady? – A voz dele adquiriu um tom muito mais sério e preocupado, quase um rosnar.
− Ele foi dopado, eu acho. Ouvi um barulho seco, ele caiu em cima de mim, mas estava respirando quando começamos a lutar. – Leah explicou-lhe e Von passou por ela com pressa.
Leah caminhou para onde sua mãe estava, queria garantir que continuaria bem, Eve poderia tentar atacá-la e se o fizesse, Sue poderia morrer. Não tinha os reflexos rápidos ou a resistência de seus filhos lobos.
− Ela te machucou? – Sue perguntou e ofegou. – Jesus, me diz que você já está bem!
− É só um arranhão. – Leah disse, praguejando pelo machucado na perna. Devia ter se cortado quando fora arremessada na porta. Grady iria ficar louco quando visse.
Os gêmeos executores – Kane e Klax – levaram Eve com eles e Leah foi para o quarto ver como Grady estava. Ele ainda dormia, mas estava na cama. Von estava sentado no sofá e observava tudo calado.
− Precisa sair. – Ele disse de repente e Leah o olhou chocada.
− Não vou a qualquer lugar! – Retrucou como se fosse óbvio.
− Ela não o sedou simplesmente, Leah. – Anton a deixou saber e suspirou da porta. – Precisa ficar longe dele tempo suficiente para a droga se dissipar.
− Não estou entendendo. – Ela disse confusa e Von continuou:
− Há uma droga que usa-se para tortura em lobos principalmente. Ela nos deixa loucos, Grady estava apenas saindo de seu calor e foi atingido com isso.
− Continuo sem entender. O que a droga faz? – Ela olhou de Anton para Von, quando nenhum deles respondeu, Leah tocou o topo da cabeça de Grady.
Sentiu-se ser puxada e arfou quando o encontrou completamente desperto. Grady a prendeu abaixo de si e rosnou. Os irmãos aproximaram-se correndo, mas Leah sentiu que isso só pioraria tudo.
− Meu bem, como…?
− Minha! – Grady rosnou e cheirou-lhe o pescoço. Leah deu-lhe acesso, sussurrando:
− O que ele têm?
− Eu disse a você! – Von rosnou alto. – Ele vai querer fodê-la e não vai ser gentil. Espero que tenha fantasias sobre ser estuprada, porque é isso o que vai acontecer. E depois ele vai ficar destruído por ter feito isso com você. Feliz?
− Eu te perguntei! – Leah gritou e Grady rosnou para ela, não gostando de sua tensão. – Saiam.
− Leah… − Anton começou a dizer, parecendo frustrado.
− Saiam! Eu tenho certeza de que ele pode me escutar se formos só nós dois.
− Não. – A voz de Elroy foi alta o suficiente para ela saber que ele estava no quarto.
Tencionou virar o rosto e ver quem mais, mas Grady rosnou alto e mostrou-lhe os dentes. Leah fechou os olhos, forçando a respiração a vir mais calma.
− Saiam. – Ela mandou. – Estamos juntos, podemos lidar com isso.
− Filha, não! – Sue disse nervosa e Grady se levantou ligeiramente, tentado a atacar Sue.
Leah puxou o rosto dele e viu os olhos completamente negros, sem qualquer humanidade neles.
− Ei, querido, lembra? É a minha mãe. Lembra? – Ela tentou e ele virou o rosto para olhar a mulher, em seguida olhou-lhe de novo e Leah sentiu-se apreensiva. Demorou o que pareceu ser um ano, quando ele falou, mostrando os dentes:
− Mãe. – O rosnado foi quase ininteligível.
− Isso. – Leah acariciou os braços dele e Grady cheirou seu pescoço novamente. – Saiam. Ele precisa de sexo para voltar a ser ele mesmo? Darei isso a ele, mas não quero plateia.
− Saiam. – A ordem de Elroy foi clara. Leah ouviu vários pares de pés deixando o cômodo.
− Pai…! – Anton tentou retrucar, mas Elroy não deu-lhe qualquer chance para dizer algo.
− Vá.
Quando o quarto ficou silencioso o suficiente, Elroy entrou no campo de visão de Leah, a olhando com um semblante fechado e pesado. Leah o olhou de relance, ainda fazendo um carinho leve nos braços de Grady, esperando que isso fosse o suficiente. Sexo violento não era algo que ela desejava.
− Se ele quiser te comer, fique quieta, não lute, não chore e não grite. Tente ser o mais silenciosa que puder. Isso vai destruí-lo, mas precisa garantir-lhe que você não sofreu, após isso, entende?
− Vá. – Leah lhe respondeu ao invés. – Eu o amo, Elroy. Nunca vou mentir para ele, mas Grady pode ficar machucado após isso. Eu vou estar lá com ele, entende? No inferno e no céu, nem dissemos os votos ainda, mas eu vou ficar com ele.
− Minha. – Grady grunhiu soando frustrado pelo homem no quarto próximo deles.
− A dor que ele está sentindo é insana para Grady pensar. – Ele a deixou pensar. – Espero que não se arrependa.
[…]
Leah fechou os olhos novamente e sentiu algo duro contra sua coxa. Automaticamente fechou as pernas, ficou tensa e quando sentiu o rosnar baixo dele, abriu os olhos, tentando relaxar.
− Amor, você não quer me machucar, ok?
− Dói.
− Eu sei. – Leah beijou-lhe o ombro e Grady grunhiu.
− Minhas bolas.
− Hum?
− Fogo.
− Tudo bem, já vai passar, ok?
Leah percebeu que não se importava. Iam ter a vida toda para as desculpas, agora tudo o que queria era que Grady voltasse a ficar bem. Ele a olhou e parecia ter um pouco da humanidade de volta.
Ela abaixou suas mãos e tocou-o. O membro duro não precisava de estímulo, mas ele pegou o que ela estava fazendo, guiando-o para mais perto. Grady rasgou a calcinha rendada que ela usava e Leah tremeu com a brutalidade do toque.
Leah não estava exatamente pronta, mas Grady não quis esperar. Ele a penetrou fundo e ela suprimiu um gemido de dor, arfando dolorosamente contra o ombro dele. Grady baixou o rosto em seu ombro e se lamuriou baixinho.
− Mal.
− Tudo bem. – Leah disse-lhe com a voz entrecortada. Queria chorar. Por que Eve não poderia ter ficado na dela?
− Eu mal. – Ele fungou e Leah o circulou com as pernas.
− Mexa-se, vamos acabar com isso.
− Não. Eu mal.
O coração dela bateu mais forte, quando ele disse essas palavras sem muito nexo. Grady ainda era ele, ele estava ali em algum lugar. Tomou coragem e moveu o próprio quadril contra o dele, forçando o pau a ir e vir dentro de si mesma. Ele grunhiu a olhando e ela viu o negro dos olhos dele retroceder um pouco, foi quase nada, mas era como a tal luz no fim do túnel.
Não estava sendo agradável, mas a cada rosnado e a cada volta da cor natural dos olhos dele, fez valer um pouco a pena. Ela ficaria dolorida por um ou dois dias, mas ele estaria do lado dela, cuidando e arrependido. Leah não o deixaria percorrer essa estrada sozinho. Ela tomara a decisão e estava se dispondo a arcar com as consequências.
[…]
Leah acordou sentindo o corpo todo latejar. Ouviu um choro baixo e abriu os olhos para encontrar Grady prostrado no chão, ao lado da cama, num choro que partiu seu coração.
Ela o tocou gentilmente na cabeça, apertando os olhos para a claridade. Ele assustou-se e ao olhá-la, seu olhar era duro e cheio de arrependimento. Leah respirou fundo e sorriu o máximo que pode.
− O quão difícil foi me levar, amor?
− Não pense nisso. – Leah disse com a voz rouca. – Estou bem.
− Responda. – Ele rosnou parecendo frustrado. – Droga!
Grady jogou a televisão contra o outro lado do quarto e Leah se assustou, levantando. Não foi tão fácil quanto pensou que seria. A dor em sua região íntima a impedia de se movimentar adequadamente, mesmo assim, ela mancou até Grady e segurou seu rosto, ele a olhou com pesar. Ela o devolveu um olhar determinado. Sabia que havia chego a hora de contar-lhe algo que aconteceu no cativeiro de seu pai, quase um mês atrás.
Continua!
Oi! Espero que tenham gostado, juro que vou ser boazinha! >.<
Muito obrigada por este ano, juro que vou tentar ser uma autora melhor e mais presente no novo ano! Feliz natal e ano novo, espero que suas festas sejam as melhores, vejo-os em 2016!
Beijos!




2 comentários:

  1. Oi. Adoro esta historia, tou super ansiosa por outro capitulo. Não demore, porque esta espera ta a deixar me nervosa e ansiosa. Beijos adoro...

    ResponderExcluir
  2. Oi quando sai outra capítulo tou super ansiosa, nervosa e curiosa para saber o que a leah vai contar ao grady, e como ele vai reagir ao que aconteceu. Por favor não demore muito porque esta sua fã não consegue esperar mais e a minha imaginação começa a desenvolver o que acontecera no próximo capitulo. Quando e que posta outro? Não demore tou super nervosa. Beijos

    ResponderExcluir

Obrigada por comentar! Me deixa muito feliz *o*
Se tem dúvidas, pode perguntas quantas vezes quiser e eu responderei assim que for possível~XOXO.