terça-feira, 16 de julho de 2013

[Vermelho] Capítulo 15 - Para sempre


Primeiro, queria pedir desculpas pelo atraso na betagem e desejar a todo mundo que fez o vestibular, boa sorte, inclusive pra Yee!

Escrevemos escutando “Case Closed” e “We are Young” – Little Mix/Rithyn Mix

Cast da vez:

Yee – Tenten, Otori Masaki, Otori Iji
Cup – Neji, Otori Mi-Young

E claro, boa leitura! Aposto que vão adorar este *-*

Para sempre

Tenten PDV

Meu coração bateu dolorosamente durante todo o tempo hoje. O que estava acontecendo comigo? Quando foi que me tornei essa covarde? Uma coisa me disse que algo grande estava acontecendo e eu não sabia de nada. Eu não podia fazer nada.

Não me demorei muito mais no aposento, todos me esperavam, inclusive a mãe do meu noivo e meu sensei que concordou em me levar ao altar.

Me encaminhei lado a lado para a capela, aproveitando para invejar os curiosos que passavam apressados pelos portões daqui tentando ver o máximo que pudessem e sem realmente ver alguma coisa e só podendo imaginar o que levaria àquela extravagancia num clã tão fechado.

Eu desviei os meus olhos por um momento. Parecia que eu conhecia a pessoa indecisa no portão, mas eu não fazia ideia de quem poderia ser. Não importou muito, ela ou ele, a criatura completamente suja de terra e algo que lembrava ligeiramente sangue se virou e partiu. Eu me perguntei porque um Hyuuga perderia meu casamento, mas cheguei a conclusão de que eu poderia não ser tão importante assim.

Continuei caminhando ao lado do meu sensei e da esposa de meu noivo e que seria meu marido essa noite. O pensamento me fez arrepiar até o coro cabeludo da alma. Como eu podia me dobrar a um casamento que eu nem desejava? Eu amava sim Neji, mas daí a casar com ele, virar uma parideira de crianças perfeitas e educar a filha de outra pessoa, por mais que me levasse ao meu amor, parecia muito pouco em troca.

Eu suspirei, enquanto a minha sogra deixava a nossa companhia e entrava na capela. Meu sensei tomou a liberdade de me interrogar, antes de dar sinal à um cara meia idade com uma espécie de bastão na mão.

̶  Então… você e Neji, ein? Quem diria…

̶  Sensei, o senhor vai começar a ser irônico agora? É uma péssima hora!

̶  Eu te conheci, pequenininha, Tenten. Deixe-me te dizer umas coisas. Você é como a minha menininha, entendeu? Então se aquele moleque prepotente fizer, mencionar ou tentar algo que não deva, diga para mim e eu vou dar uma cor para aquela cara pálida com todo o fogo da juventude! – ele me fez rir quando fez a pose de sempre, embora suas palavras tenham me deixado encabulada.

̶  Sensei…

̶  Ainda não terminei. – ele respondeu e eu me calei – Eu quero que seja mais do que feliz nesse casamento. Promete isso a seu pai?

̶  Eu prometo, sensei.

̶  Certo, hm... vamos?

Eu segurei no braço dele, um pouco mais firme do que eu devia fazer e do que eu queria realmente fazer. Eu orgulharia o nome dos meus pais daqui em diante.

Neji PDV (Quero ouvir um N (N), quero ouvir um A (A) para de enrolar XD)

O barulho do rufo não me desnorteou como eu desejei. A porta se abriu e embora eu duvidasse que meu rosto indicasse, eu estava com o coração na mão. Eu não envergonharia o meu clã, faria meu papel.

Mas quanto disso era somente Neji? Quanto era pelo clã? Eu não gostei da resposta que eu encontrei. Vi a minha filha, pelo menos eu queria que ela fosse, andar na frente, jogando flores brancas, amarelas e vermelhas. Cada uma tinha um significado e eu gostei de ouvir a sua voz infantil dizê-los frente à capela sem medo dos vários homens e mulheres arrogantes de vários clãs e principalmente os nossos, quando disse em voz clara e alta:

‒ A branca – ela se abaixou e pegou uma pétala do chão, ao invés de pegar na cesta. – Quer dizer paz, perseve... ahn... vovó qual é a palavra mesmo? – ela perguntou baixo e minha mãe sussurrou algo que nem eu entendi. Eu respondi:

‒ -rança.

‒ Isso! Perseverança. O amarelo quer dizer amizade acima de tudo, das brigas e dos problemas. É companheirismo. – ela continuou balançando a cabeça de vez em quando explicando, atraindo algumas boas exclamações. – E o vermelho é o que eu desejo para a mamãe e para o papai, todo o amor do mundo. – ela completou, se postando ao lado da Hinata e Hikaru.

‒ Obrigada querida. – lhe disse e olhei para as portas que terminavam de se abrir, revelando lentamente Tenten.

Ela estava... ual... como descrever?

O kimono lhe caia bem, assim como o adjetivo esposa. Parecia abraçar e querer esconder as curvas bem moldadas da mulher que seria unicamente minha em alguns momentos.

Ela continuava caminhando em minha direção decidida e eu começava a me sentir com algo que eu não sentia à muito tempo, eu começava a me sentir só. Ela não hesitou nenhum passo, ela não duvidou. Eu começava.

Tenten PDV

Eu vi Neji hesitar em seus olhos. Se você olhasse o resto, não saberia o que realmente se passa com ele. Anos de convivência e observação me ensinaram que há muito mais em seus olhos do que no resto.

Gai sensei me entregou na mão de Neji e disse-lhe:

‒ Cuida dela ou eu capo você, entendeu?

‒ Hai, sensei. – ele respondeu com um sorriso de lado.

A hesitação de momentos antes foi substituída por uma emoção nova que eu desconhecia.

Nos ajoelhamos e esperamos o monge dizer tudo o que queria. Eu sabia que me arrependeria no futuro de não prestar atenção em uma palavra do que ele dizia, mesmo que mantivesse meus olhos nele. A única coisa que eu queria olhar era o homem que seria meu marido e descobrir que emoção estranha e desconhecida era aquela que eu vi.

Neji PDV

Demorou e como demorou para eu poder tirar os meus olhos do maldito monge e olhar minha, agora, esposa. Eu não a beijei, como o monge sugeriu, eu apenas me levantei e lhe dei a mão, que ela ignorou, para se levantar.

Nós fomos para o salão onde todos seriam recebidos e comeriam e quem quisesse, dançaria. Nós recebemos todos os convidados como o senhor e senhora Hyuuga e alguns elogiavam a beleza da minha mulher, outros não se davam ao disparate.

‒ Então você será a senhora Hyuuga? – perguntou um homem que eu sabia que não precisava confirmar, não com aqueles ouvidos atentos até ao vento.

Tenten PDV

Foi estranho. Eu não me sentia diferente embora as pessoas me tratassem diferente de quem eu realmente era. O que o sobrenome mudava em mim? Atribuía a mim? Por enquanto, nada.

‒ Então você será a senhora Hyuuga? – perguntou um senhor meia idade. Eu daria a mesma idade de Hiashi-sama e Hizashi-dono para ele.

‒ Tenten, senhor. É um prazer.

‒ Que adorável timbre. Neji-san eu não a contrariaria se fosse você! – ele disse e se virou para os dois jovens os puxando mais a frente. – Este é meu musuko, Masaki Otori e minha sobrinha e quase filha, Mi-Young Otori. Ela é como se fosse. – ele me esclareceu e eu entendi que era filha de fora do casamento. Com certeza.

‒ É um prazer. – respondi, vendo como os dois eram parecidos fisicamente. Ele tinha o cabelo cortado curto, já ela tinha longos e ambos tinham tanto os olhos como os cabelos num castanho escuro que beirava a chocolate derretido. Ele tinha um porte forte, principalmente nos braços, já ela parecia bem frágil, mas vindo dos Otoris, eu julgava estar errada quanto ao frágil.

‒ Iji-sama. – Hizashi cumprimentou – Suponho que já conheceu meus filhos! Bem, Tenten, Neji, Hiashi e eu achamos que já abusamos demais de vocês hoje… vocês deveriam descansar um pouco antes de ir para a lua-de-mel. Porque não leva sua esposa para seus novos aposentos?

Meu estomago deu uma revidara. Seus. Aposentos.? Que merda é essa? Eu não me atrevi a perguntar, não com a festa com tanta gente que poderia pensar mal da minha família extinta.

Os tais aposentos, não eram exatamente aposentos. Era uma casa intimamente ligada com a casa principal e a secundária no meio. Havia um jardim enorme com alguns brinquedos de playground. Fora isso, a imagem era completamente rustica e antiga. Parecia uma moldura.

Mesmo com a noite alta, eu pude ver a casa claramente. As paredes brancas gelo, o teto feito em uma cor cobre escuro, o chão trabalhado na madeira rangia sob os nossos pés. Contei rapidamente, seriam umas 30 passadas à casa secundaria e umas 10 à casa principal. Parecia ser exatamente no meio do clã. Mesmo assim, era inegável que era aconchegante e que nos daria alguma privacidade.

Neji correu a porta, me trazendo de volta à realidade. Só quando entrei e que admiti que estava congelando lá fora. O inverno nem tinha começado direito, mas logo iria começar a nevar.

A casa por dentro era ainda mais linda do que por fora. Deixei um sorriso enfeitar o meu rosto, enquanto corria a mão por cima das paredes, objetos até meus olhos recaírem na face entalhada em mármore do meu marido.

Neji PDV

Ela parecia uma criança. Olhando, tocando o que podia e sorrindo boba com a casa rustica que nos foi dada. Claro. A dela era mais personalizada. A minha não. Eu morei sozinho aqui por vários anos, desde que me tornei jounin, mas ter alguém no meu espaço parecia algo definitivamente bom.

‒ Espero que a minha casa te agrade. Ela é sua também. – disse-lhe tentando quebrar o gelo. Meus olhos recaíram sobre a boca pintada de vermelho acendendo um velho dragão dentro de mim que ronronou desejoso por aqueles lábios.

‒ Neji... é tudo lindo! – ela exclamou, indo ao próximo cômodo. O novo quarto de Cho, ainda não estreado. Ela deixou uma exclamação escapar enquanto passava entre o carrinho do bebêzão e olhava um grande baú que estava perto da parede de canto em diagonal. A única coisa que quebrava o encanto do quarto era o fuuton fora de lugar.

Antes que eu pudesse fazer mais do que decorar a forma como seu rosto se iluminava quando ela sorria com as pequenas coisas que separei para Cho, ela se levantou de supetão e foi ao próximo cômodo.  Uma cozinha pequena e que nos dava a devida privacidade. Feita para refeições fora de hora, já que comíamos na casa principal, todos unidos.

Ela foi ao penúltimo cômodo e estancou. Eu sabia que ela estava pensando o mesmo que eu. Sobre como seria bom poder dormir sem nos preocupar com nada mais, porém, o clã esperava mais de mim.

Passei por ela e abri a porta do banheiro.

‒ Esse é o ultimo cômodo. Há um no quarto de Cho também. – lhe informei e ela apenas balançou a cabeça, entrando no quarto.

A magia do momento esquecida. Ela respirou três vezes antes de falarmos novamente.

‒ E agora? – ela perguntou, como se eu tivesse as respostas! Eu me aproximei lentamente, sentindo o ar à nossa volta congelar.

‒ Agora você será minha. – disse, desatando o nó do kimono e a deixando respirar normalmente, antes de capturar sua boca e mandar às favas o pouco juízo que mandava soltá-la.

To be continued...


N//A: Eu sei que ia por aqui a… hum hum haha! Ok – Yee vermelha – Mas fica para o próximo porque queríamos fazer algo melhor elaborado! Devo dizer que a primeira parte da fanfic já está no fim e estamos caminhando para a segunda que traz sempre emoções mais fortes para vocês! Esperamos que tenham gostado!

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