segunda-feira, 12 de agosto de 2013

[1T - One Year Later] Cap. 11 - O que o mar nos reserva



Cap. 11 - O que o mar nos reserva

Jacob a parou em determinado momento e cobriu os olhos bonitos dela com uma venda negra.

– Quer me confundir ou me seqüestrar, Jake? – ela perguntou sorrindo.

Ele girou-a rapidamente para vários lados e ela quase caiu, tonta. Ele sorriu, conseguindo o feito.

– Os dois Lee! – pegou-a no colo e levou-a para o barco de pesca de seu pai.

Havia uma cabine pequena mas aconchegante ali, e foi lá que ele preparara a surpresa.

Sentou-a num sofá surrado porem muito macio e limpo. Ela se ajeitou, sentando melhor e sorrindo.
– Aonde estou, posso saber Sr. Black?
– Porque não vê por si só? – perguntou desamarrando o nó da venda.
Ela piscou duas vezes, antes de se acostumar a claridade do lugar. O cheiro de água salgada a invadiu e ela percebeu pelo balanço do automóvel que não estava mais em terra firme.
– Barco ou lancha? – ela perguntou quando ele se sentou ao seu lado.
– Barco. Do meu pai. Gostou? – ele perguntou próximo a ela.
– Aham. Mas… eu odeio pescar Jake! Eu só gostava de ir com meu pai…
A tristeza do abandono inevitável voltou a ela, mas Jacob não deixou que permanecesse.
– Te trouxe aqui para comermos, nos divertirmos e daqui a dois dias, na sexta, voltamos. Que acha?
– Tenho que avisar a minha mãe! Ela vai enlouquecer de preocupação!
– Não se preocupa, eu deixei um recado na geladeira da sua casa.
– Tudo bem então… o que escreveu? – ela perguntou se recostando nele.
– Que você e a Racch iam sair num passeio de barco comigo…
– Ah… sim, mas… cadê ela? – Leah mirou o sorriso dele.
– Com o Paul, passando um tempo com ele em Seatle. Mas não me pergunte o que a doida viu nele ta?
– Eu também nem quero saber!! – ela disse rápido.
– E quem quer?? – ela riu alto com essa, se aconchegando mais ao calor dele. O peito de Jacob, agora desnudo, sentia a pele dela arrepiar-se de frio, quando o vento aumentou.
– Lee, acho que uma tempestade ta chegando… deixa eu ver? – ela levantou, abraçando o próprio corpo.
Jacob foi para fora e constatou que os ventos estavam fortes por uma tempestade daquelas. Foi para o outro lado da reserva, que estava mais próximo, e amarrou uma corda no caz.
– Vamos ter de passar a noite aqui, mas de manhã eu te levo pra segunda surpresa.
– E eu posso saber quantas são? – ela perguntou, sentindo-se leve e calma como nunca sentira-se ao não ser com Sam quando este, pediu-a em casamento.
A lembrança de que ele, dali a mais ou menos um mês estaria casando-se com sua melhor amiga-prima fez o sorriso belo e vivo sumir do rosto dela, dando vazão a um semblante distante e triste.
– Do que lembrou, querida? – ele a recostou sobre o seu peito.
– De quando Sam me pediu em casamento…
– Shii – disse quando sentiu o inicio das lagrimas dela, voltarem.
– E de como terminou…
– Não lembra mais ta? – levantou o rosto dela, com calma e altivez.
– Como? Como se eu vejo isso a cada segundo? Dói demais Jake… - disse se controlando.
– Shii não vamos pensar em coisas tristes… que tal ficarmos juntinhos aqui, nos divertindo? – limpou as finas lagrimas dela, e deixou-se relaxar.
– Ta… o que fazemos agora? – ela se aconchegou, confortavelmente, entre os braços fortes que a circulavam e o peito quente e desnudo dele.
– Hm… você decide! – ele disse simplesmente, esperando-a.
– Então… eu canto um pedaço da musica e você diz o nome! – ela riu da careta dele. – 10 de 10. Eu primeiro depois você.
– Tomara que o barco não afunde…
– Hey!!! – ela fez um bico de birra – Eu sei cantar ta?
– Que fofo! – ele não conteve a exclamação.
– O que?
– Seu bico. – pegou as bochechas dela, amigavelmente, enquanto ela tentava dizer ‘não’.
…*…*…*…
A chuva finalmente acalmara, mas os dois não perceberam isso. Estavam deitados no sofá cama, agora totalmente aberto.
Ambos se abraçavam. Ela tinha o corpo um pouco mais frio, porem ainda quente como o dele.
Sua cabeça recostada ao peito másculo do homem consigo e suspiros proviam dos lábios avermelhados.
Já ele, tinha o corpo meio espremido na cama, a cabeça pendia para o lado, visando encontrar o pescoço dela, agora apenas de short e ela com sua blusa, que mais parecia um vestido no corpo pequeno e quase quebrável dela.
O radio de pilhas tocava um cd antigo dele, o que ela escolhera.
Enquanto uma de suas mãos, a traziam mais para si pela cintura, a outra estava nas costas dela.
Ele não saberia dizer o quão agradável aquela sensação era.
Uma brisa leve e fria passou pela janela lateral, que se encontrava meio aberta e o acordou.
Leah se encolheu mais, passando uma perna pelas coxas grossas do rapaz e deixando-a ali, em cima.
As mãos espalmadas no peito dele, enquanto sua respiração batia nos músculos e voltava. Faziam cosquinhas.
Ele abriu os olhos e teve a visão mais linda que se lembrava no momento. Os cabelos medianos, esparramados na cama, o rosto moreno, calmo e um leve sorriso nos lábios.
Os suspiros eram melodias e só ela poderia cantá-las.
Tentou afastá-la e preparar algo quente pros dois, mas a simples menção de tirar a perna bem torneada dela de cima de si, a fez crispar os lábios e ronronar, manhosa.
Nesse momento, ele se conteve. Entendia o porque de Sam ser tão arrependido, dela não continuar.
Leah merecia isso, merecia mostrar esse lado a outros homens. E se sentia incrivelmente feliz, por ser ele. Mesmo que não fosse uma escolha de livre e espontânea vontade.
– Você vai se apaixonar por mim, eu juro, Leah! Eu juro! – beijou os cabelos dela, e olhou o teto.
Não importava se haveria impressão, ou não. Tudo o que importava era o agora. E nesse momento, tudo o que conseguia pensar era que o perfume de rosas amadeiradas era o melhor que já sentira.
E ele não o deixaria partir.
To be continued…

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