Cap. 11 - O que o mar nos reserva
Jacob a parou em
determinado momento e cobriu os olhos bonitos dela com uma venda negra.
– Quer me
confundir ou me seqüestrar, Jake? – ela perguntou sorrindo.
Ele girou-a
rapidamente para vários lados e ela quase caiu, tonta. Ele sorriu, conseguindo
o feito.
– Os dois Lee! –
pegou-a no colo e levou-a para o barco de pesca de seu pai.
Havia uma cabine
pequena mas aconchegante ali, e foi lá que ele preparara a surpresa.
Sentou-a num
sofá surrado porem muito macio e limpo. Ela se ajeitou, sentando melhor e
sorrindo.
– Aonde estou,
posso saber Sr. Black?
– Porque não vê
por si só? – perguntou desamarrando o nó da venda.
Ela piscou duas
vezes, antes de se acostumar a claridade do lugar. O cheiro de água salgada a
invadiu e ela percebeu pelo balanço do automóvel que não estava mais em terra
firme.
– Barco ou
lancha? – ela perguntou quando ele se sentou ao seu lado.
– Barco. Do meu
pai. Gostou? – ele perguntou próximo a ela.
– Aham. Mas… eu
odeio pescar Jake! Eu só gostava de ir com meu pai…
A tristeza do
abandono inevitável voltou a ela, mas Jacob não deixou que permanecesse.
– Te trouxe aqui
para comermos, nos divertirmos e daqui a dois dias, na sexta, voltamos. Que
acha?
– Tenho que
avisar a minha mãe! Ela vai enlouquecer de preocupação!
– Não se
preocupa, eu deixei um recado na geladeira da sua casa.
– Tudo bem
então… o que escreveu? – ela perguntou se recostando nele.
– Que você e a
Racch iam sair num passeio de barco comigo…
– Ah… sim, mas…
cadê ela? – Leah mirou o sorriso dele.
– Com o Paul,
passando um tempo com ele em Seatle. Mas não me pergunte o que a doida viu nele
ta?
– Eu também nem
quero saber!! – ela disse rápido.
– E quem quer??
– ela riu alto com essa, se aconchegando mais ao calor dele. O peito de Jacob,
agora desnudo, sentia a pele dela arrepiar-se de frio, quando o vento aumentou.
– Lee, acho que
uma tempestade ta chegando… deixa eu ver? – ela levantou, abraçando o próprio
corpo.
Jacob foi para
fora e constatou que os ventos estavam fortes por uma tempestade daquelas. Foi
para o outro lado da reserva, que estava mais próximo, e amarrou uma corda no
caz.
– Vamos ter de
passar a noite aqui, mas de manhã eu te levo pra segunda surpresa.
– E eu posso
saber quantas são? – ela perguntou, sentindo-se leve e calma como nunca
sentira-se ao não ser com Sam quando este, pediu-a em casamento.
A lembrança de
que ele, dali a mais ou menos um mês estaria casando-se com sua melhor
amiga-prima fez o sorriso belo e vivo sumir do rosto dela, dando vazão a um
semblante distante e triste.
– Do que
lembrou, querida? – ele a recostou sobre o seu peito.
– De quando Sam
me pediu em casamento…
– Shii – disse
quando sentiu o inicio das lagrimas dela, voltarem.
– E de como
terminou…
– Não lembra
mais ta? – levantou o rosto dela, com calma e altivez.
– Como? Como se
eu vejo isso a cada segundo? Dói demais Jake… - disse se controlando.
– Shii não vamos
pensar em coisas tristes… que tal ficarmos juntinhos aqui, nos divertindo? –
limpou as finas lagrimas dela, e deixou-se relaxar.
– Ta… o que
fazemos agora? – ela se aconchegou, confortavelmente, entre os braços fortes
que a circulavam e o peito quente e desnudo dele.
– Hm… você
decide! – ele disse simplesmente, esperando-a.
– Então… eu
canto um pedaço da musica e você diz o nome! – ela riu da careta dele. – 10 de
10. Eu primeiro depois você.
– Tomara que o
barco não afunde…
– Hey!!! – ela
fez um bico de birra – Eu sei cantar ta?
– Que fofo! –
ele não conteve a exclamação.
– O que?
– Seu bico. –
pegou as bochechas dela, amigavelmente, enquanto ela tentava dizer ‘não’.
…*…*…*…
A chuva
finalmente acalmara, mas os dois não perceberam isso. Estavam deitados no sofá cama,
agora totalmente aberto.
Ambos se
abraçavam. Ela tinha o corpo um pouco mais frio, porem ainda quente como o
dele.
Sua cabeça
recostada ao peito másculo do homem consigo e suspiros proviam dos lábios
avermelhados.
Já ele, tinha o
corpo meio espremido na cama, a cabeça pendia para o lado, visando encontrar o
pescoço dela, agora apenas de short e ela com sua blusa, que mais parecia um
vestido no corpo pequeno e quase quebrável dela.
O radio de
pilhas tocava um cd antigo dele, o que ela escolhera.
Enquanto uma de
suas mãos, a traziam mais para si pela cintura, a outra estava nas costas dela.
Ele não saberia
dizer o quão agradável aquela sensação era.
Uma brisa leve e
fria passou pela janela lateral, que se encontrava meio aberta e o acordou.
Leah se encolheu
mais, passando uma perna pelas coxas grossas do rapaz e deixando-a ali, em
cima.
As mãos
espalmadas no peito dele, enquanto sua respiração batia nos músculos e voltava.
Faziam cosquinhas.
Ele abriu os
olhos e teve a visão mais linda que se lembrava no momento. Os cabelos
medianos, esparramados na cama, o rosto moreno, calmo e um leve sorriso nos
lábios.
Os suspiros eram
melodias e só ela poderia cantá-las.
Tentou afastá-la
e preparar algo quente pros dois, mas a simples menção de tirar a perna bem
torneada dela de cima de si, a fez crispar os lábios e ronronar, manhosa.
Nesse momento,
ele se conteve. Entendia o porque de Sam ser tão arrependido, dela não
continuar.
Leah merecia
isso, merecia mostrar esse lado a outros homens. E se sentia incrivelmente feliz,
por ser ele. Mesmo que não fosse uma escolha de livre e espontânea vontade.
– Você vai se
apaixonar por mim, eu juro, Leah! Eu juro! – beijou os cabelos dela, e olhou o
teto.
Não importava se
haveria impressão, ou não. Tudo o que importava era o agora. E nesse momento,
tudo o que conseguia pensar era que o perfume de rosas amadeiradas era o melhor
que já sentira.
E ele não o
deixaria partir.
To be continued…
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