quarta-feira, 10 de setembro de 2014

[Lua Cheia] Capítulo 21 - Encontro de noite

Capítulo 21 – Encontro de noite

Leah acordou muitas horas depois, sentindo, com prazer, o calor de Grady ainda a esquentando. Abriu os olhos preguiçosamente para encontra-lo olhando para cima.
─ Oi?
─ Oi.
─ Fome?
─ Aham.
─ Que pizza você quer?
─ Ahn?
─ Vou pedir pizza. Vai chegar quando estivermos nos secando.
─ Secando?
─ Planejei um encontro de noite enquanto você dormia. Vamos tomar um banho, eu vou lavar você.
─ Vai… me lavar? Quantos anos acha que eu tenho? 2? – Leah perguntou, poiando-se em sua mão. Tinha soado fofo, mas ele começaria a comandar e ela não gostava de ser comandada.
─ Não. Mas eu quero lavar seu cabelo e deixar meu cheiro em você.
Ela preferiu não perguntar o que isso significava. Tinha que ser uma coisa boa, já que não estavam brigando.
─ E depois? – Leah perguntou incerta se queria mesmo conhecer a resposta.
─ Vamos comer pizza e assistir a um filme. Eu vi que você tem TV por assinatura. Podemos ver algum filme que você queira assistir ou programas policiais.
─ Opto por NCIS e    CSI. Algo contra? – Ela perguntou satisfeita.
─ Nada. Pizza do quê?
─ Pode ser o que você for pedir para você.
─ Não. Você vomitaria, sério. Você gosta de… sei lá, calabresa?
─ É, bacon também. A de queijos, hm…
Ele riu, saindo da cama e indo à cozinha usar o telefone de parede. A imagem dele nu, andando com aquela bunda redonda e morena para a porta do quarto ficou gravada na mente de Leah. Ela balançou a cabeça, para tentar esquecer.
Cogitou levantar da cama e quando sentiu-se pronta para executar o ato, não pôde. Ele vinha com o pênis longo e duro apontando para ela, ao entrar no quarto, sorrindo calidamente.
─ Chegará em meia-hora. Que tal um banho?
─ Vamos lá. – Ela ergueu a mão e ele a ignorou. Pegando-a no colo e levando como se seu peso fosse nada.
─ Eu posso andar. – Leah o contradisse, satisfeita no colo dele.
Satisfeita demais. Sua loba resmungou, deitada no gramado imaginário.
─ Sei que pode, mas não quero que faça esforço agora. – Ele disse entrando no banheiro grande e a colocou em pé, abaixo do chuveiro.
Ele rodou o registro e a água fria contrastava com o calor de seus corpos. Ele a ensaboou demorando nos seios e Leah sentiu-se excitada novamente, como se ele tivesse apertado um botãozinho.
O toque mais amaciado pelo sabonete deixou-a completamente em fogo. Parecia que onde ele tocava, o incêndio começava. Fechou os olhos, sentindo-o passar mais xampu do que o necessário.
─ Quando o sonho se for, o que restará? – Perguntei à Sam. Ele sorriu para mim, sob a luz das estrelas que beijávamos enquanto estávamos deitados no telhado da minha casa.
─ A doçura do sonho realizado.
─ E se os sonhos nunca se realizarem?
─ Não existe essa possibilidade para nós.
A lembrança deixou-a ligeiramente fria. Ela sabia que havia. Agora ela sabia que o que sentia, não era o que Sam sentia mais. Aquele “nós” estava morto.
─ O que foi? Machuquei você? – Grady perguntou incerto.
Com quantas mulheres ele fez isso antes de você? A parte loba dela perguntou-lhe e Leah não quis imaginar a resposta.
─ Nada não. Vamos terminar que a pizza deve estar chegando.
Ele concordou, enxaguando-a e terminando o próprio banho rapidamente. Eles ouvimos a buzina, enquanto ela pegava a toalha lilás e enrolava no corpo. Ele imitou o gesto, pegando outra toalha lilás e colocando na cintura.
─ Fique na cama. – Ele pediu.
Ela o ouviu mexendo em algo na cozinha, provavelmente pegando pratos e copos. Lembrou da caixa de tia Minnie, esquecida no guarda-roupas. Havia um baby-doll lá. Ela ainda não o tinha usado.
Bufou, perdendo a competição interna, entre a razão e essa coisa esquisita que ela estava sentindo, e perdendo, para a coisa esquisita, deu-se por vencida, indo pegá-lo. Era vermelho, tinha rendas e cinta-liga. Ela não as pegou. Apenas a calcinha rendada e o baby-doll. Vestiu-as rapidamente, ouvindo-o trazer a comida.
Praticamente se jogou na cama, pegando o controle no caminho. Arrumou o baby-doll e sentiu o coração acelerar quando ele abriu a porta. O ouviu respirar pesado enquanto zapeava na televisão.
Sentiu curiosidade imensa para saber o que ele estava sentindo. Será que gostou? Odiou? Perguntou-se internamente, mas eu não virou o rosto para ler a emoção no rosto dele.
O viu depositar a comida em cima da cama e depois sentar do seu lado. Olhou-o sorrindo, não havia uma expressão que pudesse ler no rosto dele e lamentou por isso.
─ Gostou?
─ Você está linda. – Ele sorriu, beijando-a lascivamente.
Leah sentiu a necessidade de agora a pouco voltando rapidamente e por isso, o afastou.
Estava adorando que ele estivesse tentando conhece-la melhor. Precisava fazer isso funcionar, passar um tempo com ele diferente. Ver TV parecia um caminho fácil.
Ela pegou o prato que ele preparara com um pedaço de pizza e colocou no colo, aumentando o volume da TV ao passar por um canal de notícias e ele pedir que ela voltasse.
A jornalista estava falando sobre sequestros. Algumas meninas haviam desaparecido e as famílias estavam se unindo contra os tais sequestradores. Não havia um pedido de resgate, mas o perfil era o mesmo.
─ Eu sabia. – Grady rosnou e saiu do quarto, voltando em seguida com o celular na mão, já na orelha.
─ Von, confirmado. Avise o papai e cuide da Debbie. – Ele desligou, passando a mão pelos cabelos.
─ Você sabe quem é…?
─ Imagino. Sabe, precisamos ir na Minnie qualquer dia desses e saber aquele assunto do seu pai.
─ Eu sei. – Leah soltou um muxoxo. – Mas hoje é o nosso encontro de noite.
─ Vamos pela manhã. – Grady decidiu, sentando na cama e mordendo sua pizza.
O telefone de Grady tocou e ele achou estranho que fosse sua irmã mais nova.
─ Sim?
─ Von te disse?
─ Não. O quê?
─ A ex do Bradon, nosso primo, lembra dele? A ex dele está entre as sequestradas. Achamos que tem relação com Leah.
─ Por quê? – Ela sussurrou a pergunta, ouvindo muito facilmente, a irmã dele falar.
─ Sabe o motivo?
─ Não.
─ Cuide-se. – Ele disse calmamente à irmã e olhou sorrindo para Leah. Embora o sorriso não chegasse a seus olhos, ela constatou.
─ Acho melhor irmos no tio Omar. – Leah disse e ele concordou. Havia chego a hora de descobrir pelo menos parte da verdade sobre seu pai, não importava que ela não estivesse minimamente preparada para isso.
Continua!
O que acharam? Espero que tenham gostado =3

Beijinhos ^^~

2 comentários:

  1. Amei <3

    Só não entendi muito essa parte das pessoas sequestradas... É o pai dela?

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    Respostas
    1. Sim, é o pai dela. Juro que você vai entender aos poucos, principalmente entre o 43-46 ^-^
      Obrigada por ler e comentar =D

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Obrigada por comentar! Me deixa muito feliz *o*
Se tem dúvidas, pode perguntas quantas vezes quiser e eu responderei assim que for possível~XOXO.