quarta-feira, 24 de setembro de 2014

[Lua Cheia] Capítulo 23 - Reunião (Parte II)

Capítulo 23 – Reunião (Parte II)
Prontas para conhecer um pouco do segredo sujo sobre o passado de Leah? Um passado que nem ela mesma tem consciência. Novidades nem sempre são agradáveis, mas algumas simplesmente machucam demais.
Boa leitura.
Reunião (Parte II)
Havia algo na forma como ela o tocava que realmente me incomodava. Tanto, ao ponto de fazer o sangue de Leah ferver nas veias. Existia um reconhecimento mudo no toque. É claro que ela o conhece. É a namorada! Vadia. Droga, ela é bonita. Nunca serei suficiente para ele. Pensou com amargura. 
No entanto, embora quisesse muito arrancar as mãos da mulher e bater no rosto dela com elas próprias, manteve seu rosto impassível e tratou de acalmar seu âmago. Leah ainda queria pular na mulher, mas tinha tudo sobre controle agora.
Elroy deu mais alguns avisos sobre o território e sobre as rondas. Todos deveriam tomar turnos de dois em dois e haveria uma guarda que garantiria que ninguém seria atrapalhado em sua corrida.
─ Os bandos de fora devem ser mandados de volta. Façam isso. Estão dispensados.
Elroy suspirou olhando para Rave e Braden, quando boa parte do bando já tinha partido. Leah tencionou levantar-se, mas a tia sussurrou que ela deveria ficar sentada.
─ Há algo que eu possa dizer para que vocês dois não façam idiotice?
─ Pai! – Rave reclamou e suspirou. – Juro que não foi culpa minha aquele lance lá com as Mich. Como eu ia saber que eram gêmeas?
─ Pelo cheiro? – Anton suavemente rosnou soando divertido.
─ Tá, vacilei. Mas o Braden fez pior!
─ Ei! Eu tive um motivo dessa vez.
─ Não me interessa. – Elroy cortou a explicação. – Você é o meu mais jovem. É natural que faça algumas idiotices, mas tantas juntas não. Você não é mais um filhote, Braden. Tem que dar o exemplo e é por isso que vou fazer isso.
─ Isso o quê? – Ele questionou parecendo assombrado. Elroy não sorriu enquanto proferia as palavras:
─ Você está, até segunda ordem, de castigo. Só pode convidar alguma das garotas para fazer sexo ou compartilhar o calor se estiver num namoro sério.
─ Mas… pai! É época de acasalamento! E eu?
─ Existe o artifício da sua adolescência: mão. – Ele gemeu ante a resposta azeda do pai. – Rave, não me faça te passar o mesmo castigo.
─ Vou me comportar.
─ Pai! Por que só eu?
─ Porque você precisa entender a diferença entre fazer isso com a filha de um humano e uma garota comprometida num acasalamento sério. Arrume uma namorada e você terá diversão.
─ Eu não namoro!
─ Então sugiro que comece. E nem tente chamar alguma garota para namorar, passar o calor e deixá-la. Te faço casar com ela, antes que pisque.
Ele gemeu frustrado e percebi o tal alpha virando-se para mim.
─ Eu vou ser castigada também? – Leah questionou a tia rindo.
─ Não é divertido passar o calor sem alguém. – Ele murmurou irritado.
─ Era uma brincadeira, Elroy. – Minnie disse mais séria. – Você teve alguma merda de Eve recentemente? Cadê seu senso de humor?
─ É pai, foi engraçado. – Braden disse num murmúrio. – Sadicamente engraçado.
Elroy suspirou e olhou duramente para Leah. Ele mal respirava. O cheiro de seu filho nela era quase insuportável para seus sentidos aguçados e ele não estava gostando. Leah viu quando Grady livrou-se das mãos de Megan e postou-se atrás dela, como que para lembrar seu pai que precisava dela.
─ Você entrará no bando daqui a duas noites. O calor ainda está forte, mas com a ameaça de uma luta, estamos sem escolhas.
─ É muito cedo, pai. Ela é muito humana ainda.
─ Que pena. Se não conseguir virar sozinha, iremos induzir.
Leah viu a comunicação silenciosa entre o alpha e seu tio e se perguntou o que seria induzir. Minnie também estava inquieta ao seu lado, embora não tenha dito uma palavra.
─ O que isso quer dizer? O que é induzir?
Ninguém respondeu-lhe por um longo, longo tempo.
─ De qualquer forma. – Elroy retomou o assunto, virando-se para os filhos mais velhos, Von e Anton, que estavam sentados não muito longe de Leah e Minnie. – Quero todos os meus filhos sob meu teto esta noite.
─ Isso não entra em minha casa. – Eve lembrou apontando para Leah. Ela sentiu-se ultrajada até lembrar que Grady estava atrás dela. – E nem isso também.
─ Não é uma discussão sobre quem entra ou não, querida. É necessário.
─ Vou te dizer uma coisa, é esse fedorento dentro e eu fora.
─ Pai, eu fico… na minha casa. Não se preocupe.
─ Aqui. – Minnie ofereceu meio ofegante. – Não é uma preocupação.
─ Não. – Elroy negou veemente. – Ela é a procurada. O bando deles não está em uma posição inteiramente hostil. É obviamente uma procura e não é preciso pensar muito para descobrir que o alvo é ela.
─ Não entendi. Por que estão me procurando?
─ Porque…
─ Pai, seja legal. – Grady pediu e contornou o sofá abaixando-se em sua frente. As mãos dele seguraram o quadril de Leah amavelmente. Ela afastou suas mãos e ele as voltou para o lugar onde queria. – Megan estava me dizendo sobre isso agora a pouco. Seu pai…
─ Meu pai morreu a alguns anos. O que esse cara quer comigo?
Grady viu a dor passar pelos olhos de Leah. Não era novidade que ela sentia falta do pai, ele sabia que eram próximos pelas poucas palavras dela, mas ela precisava começar a encarar que não era filha biológica de Harry.
─ Esse cara é seu pai biológico e alpha do bando Lorne. – Elroy respondeu friamente sentando-se do outro lado da sala, ao lado de Omar e dos executores, Kane e Klax. – Não sabemos o que ele quer exatamente com você, mas não é uma boa coisa, suponho.
─ Ele não atacaria nossas nexos, se fosse só para conhece-la. – Von ponderou calmamente. – Isso só me diz que ela deve ser uma também.
─ O que diz sobre isso, filho?
─ Eu não sei. Não houve nada estranho entre nós. Quer dizer, o sexo é incrível, mas não há nada de anormal, pai.
─ Eu te disse, amigo, é muito cedo para que seus poderes se apresentem. Quer dizer, não é como se ela já estivesse com a transformação completa. Isso demanda tempo.
─ Não temos tempo. – Elroy suspirou. O ambiente estava subitamente pesado agora. – Certo, ela tem até de manhã sã. Se não foi capaz de executar nenhum poder, então teremos que induzir.
─ Pai, não há mais tempo?
─ Eu receio que não, filho. Vou espera-lo.
─ Ele não é permitido em minha casa! – Eve rosnou para o marido. Elroy levantou-se parecendo furioso.
─ Ele é meu filho e você a minha companheira. Cale-se. Não é uma escolha a ser feita, mulher!
Ela pareceu disposta a retrucar por um instante, mas não disse uma palavra sequer. Esses detalhes não estavam na mente de Leah. Seu pai estava causando um inferno para chegar a ela, provavelmente machucando pessoas inocentes.
As novas verdades estavam afundando nela como se fossem facas. Sentiu Grady afagar seus braços gelados e soltou a respiração lentamente. Ele machucou algumas meninas para descobrir onde estou. Oh Deus! O pensamento era desesperado em sua mente. Jovens nexos tinham sido feridas de acordo com Elroy. Estavam bem agora, mas e as outras? Será que alguma delas já estava na posse dos Lorne? Leah estava verdadeiramente preocupada com o destino dessas pobres meninas.
[…]
─ Pegue algumas roupas.
─ Por que?
─ Vamos passar alguns dias na casa de Von. Há uma ameaça e formamos duplas. Anton e Brandon, Von e eu, Rave e Braden. É padrão da nossa matilha. Você deve conhecer algumas das meninas e… diabos, arruma logo essas coisas que explico no caminho.
Continua!
Espero que tenham gostado =D
O que será que Elroy quis dizer com induzir a transformação de Leah? Eu ein…

Beijinhos ^^~

2 comentários:

Obrigada por comentar! Me deixa muito feliz *o*
Se tem dúvidas, pode perguntas quantas vezes quiser e eu responderei assim que for possível~XOXO.