quarta-feira, 1 de outubro de 2014

[Lua Cheia] Capítulo 24 - A decisão já está tomada

Capítulo 24 – A decisão já está tomada
Todo o caminho para a casa de Von Harris foi silencioso. Von também não era muito de falar, embora desse calafrios em Leah.
Debbie, sua companheira durante o acasalamento, era namorada de um outro cara, pelo que Leah entendeu, o filho da puta era preconceituoso com mestiços embora estivesse namorando uma. Ela também era uma nexo. A conexão entre elas era quase inegável.
─ Ainda não entendo. – Leah finalmente admitiu, secando a louça que estava em cima da mesa. – Não sei exatamente o que é isso e não sei porque o tal Lorne quer tanto as nexo.
─ Temos poderes especiais. Uma matilha como a nossa é perigosa demais. Temos, atualmente 5 nexos. Isso nos torna um alvo em potencial. Não só pelo território, mas porque ter nexos no bando significa poder.
 ─ Porquê?
─ Somos… como um coringa. Você pode se dar bem ou mal, depende de como joga.
─ Que tal parar com as metáforas e falar o preto no branco? – Sugeriu, Leah, absolutamente sarcástica. Odiava ficar no escuro e as metáforas estavam durando tempo demais para o seu gêniozinho esquentado.
─ Nexos são geralmente abusadas por seus bandos. De todas as maneiras mais impuras e cruéis que você puder imaginar. Imagina só o que essas meninas não passam para decidir tornar-se andantes? Bom, o bando Harris é conhecido por dar abrigo aos mais fracos, desde que eles lhe sejam leais. Os bandos que tem nexos estão amedrontados que vamos conseguir reunir todas elas.
─ E o que isso tem haver comigo? Juro que não estou entendendo, Debbie.
─ Você é uma. – Grady disse entrando na cozinha e parecendo cansado. Ele tinha passado boa parte do dia na casa de seu pai, em reunião.
Ele a circulou possessivamente com os braços, dando-lhe um abraço confortante e preocupante ao mesmo tempo. Não o fato dele a estar abraçando, mas o motivo por trás daquilo e principalmente, a razão pelo qual seu coração estava acelerado embaraçosamente.
─ E daí? – Finalmente conseguiu perguntar. Grady não desviou o olhar, enquanto respondia por Debbie.
─ Eles querem unir as nexos e deixá-las sob seu comando. Fazer com que vocês procriem. Seriam bebês mais fortes, mas todo mundo sabe que nem toda nexo pode ter filhos. Qualquer filho de alpha conhece as lendas bem o suficiente para saber disso, então estou julgando que eles tem algo que possa burlar isso.
─ Acreditamos que pode ser a mesma coisa que deram à Shannon.
─ Shannon?
─ Ela é a companheira de um primo nosso. Eles se apaixonaram e ela foi sequestrada para virar uma incubadora.
─ Incubadora?
─ Não pergunte. – Grady a advertiu. – Você não quer descobrir o que é isso.
─ Eu quero. O que é? Se tem haver comigo, então eu tenho que saber. – Ela respondeu urgentemente e ele suspirou, sentando-se numa das cadeiras da mesa e fazendo-a sentar-se em suas coxas.
─ Uma incubadora… ─ Grady suspirou pesadamente, antes de ser interrompido pelo irmão:
─ Não há uma fórmula menos dolorosa de dizer, irmão. Incubadora é alguém sem direitos dentro de um bando, usada, geralmente, para procriar. Como um objeto. É a brilhante ideia dos gatos para ter filhotes mais fortes.
Leah sentiu os braços apertarem-se em sua cintura e ficou feliz que estava sentada ou estaria de cara e corpo no chão. Garotas. Estupradas, provavelmente. Tendo crianças como se fossem objetos.
─ É uma vida ingrata. – Debbie concordou com Von e Leah soube que perdeu algo na conversa. – Incubadoras sofrem, mas não podemos fazer nada. Causaria uma guerra. Não se aflija por isso, Von. Ela não é uma, nós a salvamos e ela está bem.
Von não parecia confiante nisso, mas deixou como estava. Ele não parecia tão disposto assim a retrucar o ponto de vista de Debbie.
[…]
─ O que a Debbie não está me dizendo sobre as nexos?
─ Vocês influenciam facilmente o bando.
Leah não havia entendido e estava claro em seu rosto. Ela encostou a porta e passou o trinco, deitando-se ao lado dele em seguida.
─ Como assim?
─ Se uma de vocês aparecer grávida, por exemplo, metade do bando estará na porta dessa garota, querendo ser o pai do bebê e não há nada de pervertido ou atrativo em ser usado pela nexo. Meg tem alguns poderes de nexo porque sua mãe é uma, mas ela não conseguiu completar essa parte shifter. Não depende dela.
Leah odiou a forma carinhosa com que ele disse o nome da namorada. Queria esganá-la e roubar seu lugar, mas admitiu internamente que ele provavelmente não fez por mal.
─ E o que a tal Meg tem haver com a história?
─ Eu disse que não é atrativo ser usado por uma nexo. Algumas vezes, se ela realmente quiser algo, todo o bando irá querer fazer isso, porque é a vontade do nosso elo mais fraco. Somos lobos. Protetores por instinto.
─ Meninas com essas capacidades…
─ Sim, estão sendo sequestradas. Nós percebemos que as gêmeas Smith sumiram faz três noites, quando elas não voltaram, seus pais acharam que era algo do bando ou até mesmo que elas estavam na cara de algum namorado secreto, amigos e qualquer coisa nesse sentido, mas na manhã de ontem, eles já estavam preocupados. Foi quando os nossos executores começaram a procurar.
─ Eles acharam algo? – Leah rezava internamente que não fosse o corpo das meninas.
─ Sim. – Ela colocou a mão na boca, imaginando o pior e Grady fez um carinho quase erótico, ao passar o dedo indicador na linha do pescoço de Leah. – A pulseira da Anne. Provavelmente caiu do braço dela. Não sabemos se estão vivas ou não, embora sua família esteja confiante.
─ Não há como saber?
─ Até o momento a conexão da alpha das nexos não está funcionando. Minha madrinha disse que é porque elas estão desacordadas, provavelmente dopadas.
Leah se permitiu respirar novamente ao ouvir as palavras de Grady. Não era o fim ainda, embora ela admitisse que parecesse estar muito, muito próximo. Ela sabia que havia apenas uma coisa a fazer, sabia que era seu dever fazer isso e sabia que precisava fazer rápido.
[…]
─ É provavelmente a maior loucura da minha vida. – Debbie sorriu ao dizer-lhe isso. – Mas não vou deixar você fazer isso sozinha.
─ Eu posso, só preciso que distraia Grady. – Leah argumentou insistentemente.
─ Sei que pode, Leah. Ouvi muito sobre você, sabe? Todas ouvimos. Jacob nos lembrou que você é muito altruísta e eu juro que não acreditava, mas agora eu sei disso. Não vou deixá-la ir sozinha, Leah. É muito perigoso e eu sei que Grady não se perdoaria. Ou pior, não me perdoaria e na boa, eu não quero ser alvo da ira do Grady, não mesmo.
─ Ele não tem uma obrigação comigo. Eu vou fazer isso, entende? Não quero ter que despistar você também.
─ Você não conseguiria. – Debbie respondeu-a sinceramente. – Eles acabaram de estacionar. Vai me deixar te ajudar ou não?
Leah sabia que não havia uma escolha. A decisão já estava tomada.
Continua!
Quem sabe qual é a decisão tomada? XD
Espero que tenham gostado
Lembrando que a partir de hoje, as postagens são diárias.

Beijinhos =3

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