sábado, 25 de outubro de 2014

[Lua Cheia] Capítulo 41 - Tudo bem

Capítulo 41 – Tudo bem
Leah espreguiçou-se, feliz com o calor que a circulava e com o cheiro que tornava o quarto onde estava muito familiar. Tornava o lugar onde estava, o seu lar.
Ela riu quando sentiu os lábios molhados de Grady a brindando com beijinhos de bom dia. Leah finalmente abriu os olhos e bocejou, ganhando um beijo no queixo, em seguida em ambas as bochechas, na ponta do nariz e na boca.
Leah o abraçou pelo pescoço, impedindo que Grady se afastasse de seu corpo. Ainda conseguia sentir a vagina sensível ao toque prolongado durante a noite e madrugada e nem mesmo a sensibilidade naquela região a parou de enlaçar as pernas na cintura do homem que amava, querendo mais do contato trocado e das carícias que acalmavam um pouco da ebulição de sentimentos que a faziam tremer de medo de perdê-lo.
─ Calma, delícia. – Grady sussurrou contra o seu ouvido, admitindo silenciosamente que também estava temeroso do que estava por vir. – Prometo que será muito rápido.
E claro que havia mais um motivo por trás do medo de Leah. Um dos executores havia ligado às 6:00hs em ponto e informado que Elroy precisava conversar com os filhos.
Segundo Kane, Elroy precisava definir alguns pontos com Grady. Leah tinha certeza que ela era o assunto, não importava o quanto Grady dissesse que não era sua culpa e que ele abdicaria ao posto de alpha se seu pai assim pedisse.
─ E ele vai, você sabe disso, não sabe? – Grady perguntou-lhe docemente. – Não me importo. De verdade. Então não se preocupe com isso.
Leah achou difícil não se preocupar. Ele queria aceitação do bando. Ela sabia disso muito bem, então como poderia não se preocupar?
─ Grady…
─ Querida, não. Eu realmente não estou zangado de perder a merda do bando. Posso ficar como um executor ou supervisor do bando. Não é um problema para mim.
─ Executor? Ah não! Eu não quero perder tempo que poderia estar com você! Você não vai se oferecer, né? Ouvi histórias horríveis sobre executores que morreram protegendo o bando.
─ Eu não vou me oferecer, prometo. – Ele deu-lhe um sorriso quente e fez um carinho em suas costas que a relaxou, embora os pensamentos preocupados ainda a estivessem assombrando.
─ Não quero te causar problemas.
─ Você não vai.
─ E se seu pai não quiser que continuemos? Ele pode nos separar, não pode?
─ Meu pai não é desses.
─ O que quer dizer com isso? – Ela perguntou verdadeiramente confusa.
Conhecia a fama de alfas prepotentes e mandões. Sabia que Elroy poderia fazer da sua vida um inferno, poderia jogá-la no limbo sem data de volta se tirasse-lhe Grady e ele podia fazer isso com a facilidade de uma piscada ocular.
[…]
Grady não precisou dar uma segunda olhada em Leah, quando a deixou sentada no sofá, para saber que ela estava muito preocupada com o que aconteceria. Ele não estava mentindo quando tentou tranquilizá-la.
Se tomá-la como companheira fosse um problema para seu pai ou Eve – e ele tinha certeza de que a mulher de seu pai arrumar-lhe-ia alguma merda sobre isso – ele abdicaria de ser alpha sem nem pestanejar.
Ter poder dentro do bando nunca foi seu sonho ou desejo. Almejou isso para provar que era forte como seus irmãos. Quis ganhar o respeito dos membros do bando pelo próprio mérito, não por ser o filho bastardo de uma aventura de Elroy. Ele conseguira. Não queria mais isso.
Parecia futilidade trocar a promessa de uma vida feliz e promissora ao lado de Leah, por algum reconhecimento. Ele se tornaria o mais idiota dos homens, se isso o garantisse que ela estaria lá no fim do dia.
─ Não pode nem mesmo tomar café da manhã comigo?
Ele sorriu penalizado.
─ Também quero isso, amor. Quero muito tomar café da manhã todos os dias das nossas vidas, mas hoje não dá. Reuniões do bando são muito importantes, você sabe disso.
─ Mas precisava ser tão cedo? Em La Push…
─ Eu sei, vocês não tem reuniões tão cedo a menos que uma guerra esteja para acontecer. Vou contar isso aos meninos e eles vão levar sua reclamação a sério, eu juro! – Grady sorriu amplamente, levantando as mãos em rendição.
─ Não queria ficar sozinha. – Leah piscou os olhos sedutoramente para ele e Grady tremeu sob o domínio da companheira.
Leah aproveitou a hesitação dele e acariciou-lhe o peito por cima da camisa, sorrindo convidativa. Ela cruzou as pernas, sentada no sofá e o viu seguir o movimento com os olhos. Quando ele a olhou novamente, ela tinha um sorriso travesso nos lábios.
─ É tudo seu quando voltar.
─ Vou ser mais rápido do que o Flash¹. – Leah gargalhou, vendo-o dar-lhe um beijinho na testa. Ele deu-lhe também um longo beijo na boca, deixando-a já com saudades.
─ Eu te amo. ─ Ele sorriu quase idiotamente ao dizer-lhe, como uma despedida curta, enquanto encostava a porta da casa e ia para o carro.
Ia ouvir de seus irmãos algumas piadinhas e chacotas. Tudo bem, vou merecer algumas de Anton. Ele pensou com diversão ao lembrar-se das brincadeiras pela companheira do irmão e ficou mais sério.
Eve havia magoado Shanon algumas vezes, tentado fazê-la sentir-se como merda e ele não admitiria o mesmo comportamento com Leah. Ela tinha problemas e cicatrizes demais para lidar.
A mulher de seu pai nunca o tratou bem, mas não ia admitir essa merda com sua companheira ou até mesmo seus filhos, quando eles chegassem. Ia deixar isso claro na reunião. E deixar claro que não vou deixá-la sob qualquer circunstancia. Ele completou em pensamentos.
Grady não era idiota. Ele sabia que tinha o mundo com ele. O seu próprio universo estava repleto de Leah e preocupação para com ela. Ele não estava se importando com nada mais e não era preocupante para ele. Não mais. Porque agora ele entendia a dimensão de seus sentimentos.
Eu realmente a amo. Ele se permitiu sorrir livremente, enquanto estacionava em frente à casa do pai. Seria uma conversa dura, provavelmente. Mas Grady admitiu que seria mais duro uma vida sem Leah ou sem o amor dela.
Eu não quero mais viver, se não for com ela. E ele sabia que não teria medo de repetir isso à seu pai ou à quantos quisessem e precisassem ouvir.
Continua!
Porque será que o alpha Elroy o chamou tão cedo que ele nem pôde tomar café com Leah? O que será que há de tão importante para ser dito?
Mais no próximo capítulo *-*

Espero que tenham gostado, beijinhos ^-^

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