Cap. 21 – Mudanças
Leah PDV
Eu estava paralisada.
Eu me sentei na minha cama ainda paralisada. Havia sido uma semana conturbada e
difícil, difícil porque eu tinha que manter meus pensamentos limpos para não
ferrar este bando e ainda ter Jake tão perto, amando tanto um monstrinho, que,
aos olhos dele, era mais que perfeito.
Eu pedi ao Quil que
me colocasse em rondas de horários diferentes aos dele e de Seth e ele fez sem
me contestar, mas continuar fugindo do meu alpha estava ficando fora de
questão.
Eu tampouco queria
voltar ao bando de Sam. Eu havia decidido e quando eu decido nada me muda de
ideia. Me deitei na cama, pressionando os meus olhos que estavam queimando.
A ideia do doutor
Presas era me dar antibióticos para tratar vários tipos de câncer de uma vez e
isso estava me deixando numa TPM do caramba, como se já não fosse demais para
lidar, Carlisle sabia tanto quanto qualquer outro médico. Nada vezes nada.
Ouvi passos na
escada. Não eram qualquer passos, eram os passos da Emily. Eu havia esquecido
algo? Que eu me lembrasse, não. Ela nem bateu, só entrou.
─ Pensei que estava
ocupada demais para escolher comigo nomes e roupas para o seu afilhado. – ela
disse sem rodeios, sua voz cheia de rancor. Sam fofoqueiro!
─ Estou cansada, Emi.
Não durmo à dias e estou estressada, então não sou boa companhia nem pro diabo.
– respondi ainda com os olhos fechados. Por mais cansada que eu estivesse, não
havia um pingo de sono.
─ Soube do que
aconteceu com Jake. – ela disse sentando no outro lado da cama.
─ É, dá pra crer que
ele não matou o sanguessuga? – mudei o rumo da conversa, tentando manter um tom
brando.
─ Lee… estava falando
sobre vocês…
─ Não se preocupe.
Ele não termina, mas eu vou. Assim que o encontrar. – respondi olhando ela. O
quarto estava muito claro ou era a minha enxaqueca?
Emily estava me
olhando com um misto de preocupação, afeição e curiosidade. Um pequeno sorriso
no rosto.
─ Você não muda?
Nunca vai admitir que isso tá acabando com você, vai?
─ Isso o que? –
perguntei avoada. – Sério, tem tanto acontecendo que é uma surpresa eu não ter
surtado ainda.
─ É muita coisa né? –
ela perguntou fechando a cortina do meu quarto e deixando tudo escuro. Depois
se deitou ao meu lado, a barriga mínima, apontando para o teto. – Sabe, eu
estive pensando… você sabe que eu tenho uma bolsa na universidade de Seattle
não sabe?
─ Sei, e o que isso
tem haver? – perguntei voltando a fechar meus olhos. A queimação diminuía,
melhorava tudo.
─ Quero que vá para a
faculdade no meu lugar. Eu já liguei pra secretaria e disseram que eu só tenho
que assinar um documento afirmando que estou te dando a bolsa e pá, você tá
dentro.
─ Emi…
─ Eu planejava fazer
Sam entregar o bando para Jared ou qualquer outro, até… Jacob. – ela sussurrou
o nome com asco, como se isso fizesse dela uma traidora, eu quase sorri, quase
– Mas com o bebê vai ficar impossível. Além do mais, quem precisa ir pra
faculdade estando casada com o lobo mais ciumento da história? – rimos, ela
pegou minha mão de repente e a deixou descansando em cima da barriga. – Eu
realmente quero que você seja a madrinha e quero que vá para a faculdade. Quem
sabe lá você não se apaixona de novo, encontra o cara ideal, se casa e tem
filhos? Eu não quero pensar que você vai viver aquele inferno de novo.
─ Não pense nisso. –
respondi – Não posso sair daqui agora. Não com uma guerra iminente vindo.
─ Não vai ser uma
guerra, pelo menos não agora. Eu perguntei ao Seth, eu sabia que ele ia saber
me responder sem rodeios. Ele disse que os Cullen não acham que vai haver uma
guerra agora. Portanto, caminho livre.
─ Emi…
─ Por favor, prometa
que você vai. – ela me pediu daquele jeito que era impossível negar. Manti meus
olhos bem fechados para não ceder.
─ Eu vou pensar.
─ Obrigada! – ela
disse animada, relaxando sobre a cama de casal que eu tinha. – Há outra coisa.
– ela disse como se isso fosse meio vergonhoso. – Sam me pediu para te
convencer à voltar… agora que Embry saiu…
─ Embry saiu? –
perguntei, finalmente ficando alerta. Abri meus olhos e me sentei, ela me
acompanhou.
─ Sim. – ela me
respondeu serena. – Não que isso seja problema, mas Sam está se sentindo
diminuído… e se você voltasse por uns dias e depois saísse?
─ Emi essa ideia é
tosca e você sabe. – respondi-lhe sinceramente – Diga a ele para tomar vergonha
na cara e parar de caçar chifre em cabeça de égua.
─ Anotado! – ela
respondeu animada – Sam não me diz porque você tá tomando tantos remédios nem
tia Sue, nem Seth… há algum problema sério?
─ Nada com que se
preocupar, sério. É só uma coisa estranha que começou a acontecer, mas nem eu
sei direito o que é. Os remédios são para tratar uma possível doença. Nada
demais. – respondi mantendo minha voz calma, para que ela não ficasse me
perguntando nada.
Não acho que contar a
uma gravida particularmente próxima de mim que eu podia estar morrendo ia
ajudar em algo.
─ Ele gosta de você.
─ Quem?
─ O bebê. Ele fica
incrivelmente quieto quando ouve a sua voz. Quando não é isso, ele fica agitado
e eu passo mal o dia inteiro.
─ Fico feliz, bebê
Uley. – respondi brincando. – Já escolheu nome?
─ Não. Estava
pensando… se você estiver disposta… em termos uma noite de garotas, eu, você,
Kim, Rebecca e Rach…
─ Rebecca voltou?
─ Fazem umas duas
horas. Ela queria vir aqui, mas parece que o pai está meio possessivo. – Emily
riu – Ela estava quase doida, mas quando, segundo Rach, Jake disse pra ela que
não estava conseguindo falar com você mais de dois segundos, porque você sumia,
ela veio, literalmente, voando.
─ Tá brincando né?
─ Não. Aonde você
vai? – ela perguntou quando me levantei.
─ Me vestir para a
nossa noite.
To Be Continued...
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