Cap. 22 – Emboscada
Nós estávamos na
“noite de meninas” já havia um tempo. Emily estava na cozinha fazendo alguns
cupcakes de sabores variados, enquanto eu e Rebecca matávamos a saudade, Kim e
Rach reclamando da possessão dos namorados.
─ Eu posso saber que
história é essa que você tava traçando o meu irmãozinho? – Rebecca perguntou
depois de ficar sabendo quais eram os caras “proibidos” e de vários muxoxos.
─ Era uma aposta. Ia
acabar daqui a dois meses. – me justifiquei.
─ Então você e meu
irmão estavam namorando… ele olhou um bebê e está preso à ela?
─ Sim, isso é
imprinting. – Rach afirmou antes que eu pudesse e me deu uma olhada que eu não
entendi. – Mas segundo o Quil, tem um lance estranho e o Jake quer falar com
você sobre isso. Você devia escutar, ninguém sabe mais de imprinting do que
você.
─ Rach nem tente. –
respondi cansada. Olhei o relógio. – Já volto.
Peguei minha bolsa e
fui ao banheiro. Um verde, um vermelho, um azul e dois rosas. Eu não podia
errar.
Peguei os remédios e
engoli. Fechei os olhos, enquanto a tontura ocasional passava. Senti meu
estomago revirar novamente e despejei tudo no vaso sanitário.
Lavei o rosto, e
quando a cor voltou ao meu rosto eu o enxuguei e saí do banheiro. Coloquei a
bolsa de volta à mesa e me sentei, fechando a blusa de frio.
Tomando tantas
drogas, minha temperatura ficava oscilando como tudo no meu corpo. Meu humor
estava mudando horrores, e o meu estomago junto com minhas pernas decidiram
reclamar nos últimos dois dias. Estava tudo insuportável.
Me sentei com Rebecca
novamente.
─ Você tirou a
virgindade dele? – ela foi direta. A minha cara de chocada não funcionou como
eu desejei. – Tirou, não tirou? E como ele foi?
─ Eu vou fingir que
dormi nos últimos minutos. – ela me deu um tapinha. Tive que rir, era quase
como se eu não fosse uma loba.
─ Tá, numa nota de 0
à 10, quanto ele ganha? Pelo menos um 5?
─ Você já viu os
outros da reserva? – desviei do assunto. ─ Vai ficar quanto tempo?
─ Pra sempre! – ela
disse e riu logo em seguida – Não. Pensei em sei lá, ficar um tempo e depois
sairmos.
─ Sairmos?
─ Pelo que meu pai me
disse, meu irmão está irreversivelmente apaixonado. Eu não entendi direito esse
lance de transformação direita ainda. Não me desce, mas se é impossível
reverter, porque ficar aqui? Vamos sair no mundo, viajar, cair na gandaia!
─ Conte comigo! –
respondi rindo.
─ Tá falando sério?
─ E você acha que eu
ia ficar bêbada com suco de uva? – questionei, ela continuou me olhando na
expectativa. – Tá, a gente sai pelo mundo. – respondi rindo e senti um puxão no
braço.
Eu não sei qual era a
cara mais irritada, se era a do Sam ou a do Jake. Jake continuava segurando o
meu braço gentilmente, mas o toque me irritou. Ele não era mais meu, e eu não
queria sentir o meu coração acelerando por ter ele tão perto amando outra.
─ Perdeu alguma coisa
no meu braço?
─ Como você pode? E
você? – ele questionou a irmã – Querem me deixar maluco? De modo algum que as
duas vão sair no mundo, ainda mais com a Lee doente.
─ Jacob! – mandei um
olhar que só diz problema e ele se calou – A vida é minha e eu faço o que eu
quiser. – afirmei irritada – O que vieram fazer aqui? Pensei que a noite fosse
nossa.
─ Emily nos chamou. –
Sam respondeu segurando a mão da esposa. Olhei a sala, Kim e Rach estavam na
porta. Algo estava errado.
─ Vocês vão aonde? –
questionei.
─ Até daqui a pouco!
– Rach disse, saindo rápido.
─ A gente se vê de
manhã! – Kim desejou saindo rápido demais.
─ O que vocês…? ─
tentei questionar, mas Emily não me respondeu de imediato.
─ Vocês precisavam
conversar sério. Mais de dois segundos. – Rebecca piscou para o irmão. Meu
bom-humor evaporou. Eu não podia ficar com Jacob sozinha. Não agora.
─ Rebecca não se
atreva! – sibilei me levantando. Ela acenou e saiu, me virei pra minha prima
que estava vestindo o casaco.
─ Não te direi aonde
estamos e estou trancando a porta, não que isso vá deter vocês, mas, lembrem-se
que estou gravida e sou muito perigosa! Tem comida na cozinha, e dentro do
forno tem descansando os cupcakes e um bolo. Tenham uma bela noite. – ela nos
desejou me dando um sorriso daqueles que diz “Pega ele de jeito” e saiu puxando
o marido.
Quando eu me
recuperei do susto, corri pra porta que estava sendo trancada.
─ Emi! Abre!
─ Não! – respirei
fundo e anotei mentalmente “Fazer a Emily se sentir culpada” e me dei por
vencida. – O que você quer? – perguntei-lhe sem olhá-lo, ouvindo o barulho de
carros na estrada.
─ Você.
To Be Continued…
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