sexta-feira, 23 de agosto de 2013

[1T - One Year Later] Cap. 22 - Emboscada



Cap. 22 – Emboscada

Nós estávamos na “noite de meninas” já havia um tempo. Emily estava na cozinha fazendo alguns cupcakes de sabores variados, enquanto eu e Rebecca matávamos a saudade, Kim e Rach reclamando da possessão dos namorados.
─ Eu posso saber que história é essa que você tava traçando o meu irmãozinho? – Rebecca perguntou depois de ficar sabendo quais eram os caras “proibidos” e de vários muxoxos.
─ Era uma aposta. Ia acabar daqui a dois meses. – me justifiquei.
─ Então você e meu irmão estavam namorando… ele olhou um bebê e está preso à ela?
─ Sim, isso é imprinting. – Rach afirmou antes que eu pudesse e me deu uma olhada que eu não entendi. – Mas segundo o Quil, tem um lance estranho e o Jake quer falar com você sobre isso. Você devia escutar, ninguém sabe mais de imprinting do que você.
─ Rach nem tente. – respondi cansada. Olhei o relógio. – Já volto.
Peguei minha bolsa e fui ao banheiro. Um verde, um vermelho, um azul e dois rosas. Eu não podia errar.
Peguei os remédios e engoli. Fechei os olhos, enquanto a tontura ocasional passava. Senti meu estomago revirar novamente e despejei tudo no vaso sanitário.
Lavei o rosto, e quando a cor voltou ao meu rosto eu o enxuguei e saí do banheiro. Coloquei a bolsa de volta à mesa e me sentei, fechando a blusa de frio.
Tomando tantas drogas, minha temperatura ficava oscilando como tudo no meu corpo. Meu humor estava mudando horrores, e o meu estomago junto com minhas pernas decidiram reclamar nos últimos dois dias. Estava tudo insuportável.
Me sentei com Rebecca novamente.
─ Você tirou a virgindade dele? – ela foi direta. A minha cara de chocada não funcionou como eu desejei. – Tirou, não tirou? E como ele foi?
─ Eu vou fingir que dormi nos últimos minutos. – ela me deu um tapinha. Tive que rir, era quase como se eu não fosse uma loba.
─ Tá, numa nota de 0 à 10, quanto ele ganha? Pelo menos um 5?
─ Você já viu os outros da reserva? – desviei do assunto. ─ Vai ficar quanto tempo?
─ Pra sempre! – ela disse e riu logo em seguida – Não. Pensei em sei lá, ficar um tempo e depois sairmos.
─ Sairmos?
─ Pelo que meu pai me disse, meu irmão está irreversivelmente apaixonado. Eu não entendi direito esse lance de transformação direita ainda. Não me desce, mas se é impossível reverter, porque ficar aqui? Vamos sair no mundo, viajar, cair na gandaia!
─ Conte comigo! – respondi rindo.
─ Tá falando sério?
─ E você acha que eu ia ficar bêbada com suco de uva? – questionei, ela continuou me olhando na expectativa. – Tá, a gente sai pelo mundo. – respondi rindo e senti um puxão no braço.
Eu não sei qual era a cara mais irritada, se era a do Sam ou a do Jake. Jake continuava segurando o meu braço gentilmente, mas o toque me irritou. Ele não era mais meu, e eu não queria sentir o meu coração acelerando por ter ele tão perto amando outra.
─ Perdeu alguma coisa no meu braço?
─ Como você pode? E você? – ele questionou a irmã – Querem me deixar maluco? De modo algum que as duas vão sair no mundo, ainda mais com a Lee doente.
─ Jacob! – mandei um olhar que só diz problema e ele se calou – A vida é minha e eu faço o que eu quiser. – afirmei irritada – O que vieram fazer aqui? Pensei que a noite fosse nossa.
─ Emily nos chamou. – Sam respondeu segurando a mão da esposa. Olhei a sala, Kim e Rach estavam na porta. Algo estava errado.
─ Vocês vão aonde? – questionei.
─ Até daqui a pouco! – Rach disse, saindo rápido.
─ A gente se vê de manhã! – Kim desejou saindo rápido demais.
─ O que vocês…? ─ tentei questionar, mas Emily não me respondeu de imediato.
─ Vocês precisavam conversar sério. Mais de dois segundos. – Rebecca piscou para o irmão. Meu bom-humor evaporou. Eu não podia ficar com Jacob sozinha. Não agora.
─ Rebecca não se atreva! – sibilei me levantando. Ela acenou e saiu, me virei pra minha prima que estava vestindo o casaco.
─ Não te direi aonde estamos e estou trancando a porta, não que isso vá deter vocês, mas, lembrem-se que estou gravida e sou muito perigosa! Tem comida na cozinha, e dentro do forno tem descansando os cupcakes e um bolo. Tenham uma bela noite. – ela nos desejou me dando um sorriso daqueles que diz “Pega ele de jeito” e saiu puxando o marido.
Quando eu me recuperei do susto, corri pra porta que estava sendo trancada.
─ Emi! Abre!
─ Não! – respirei fundo e anotei mentalmente “Fazer a Emily se sentir culpada” e me dei por vencida. – O que você quer? – perguntei-lhe sem olhá-lo, ouvindo o barulho de carros na estrada.
─ Você.

To Be Continued…

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