domingo, 16 de março de 2014

[Lua Cheia] Capítulo 6 - Contra a parede



Tão curtindo a fanfic? Eu realmente quero saber *o*

Como de praxe, mais um personagem/personalidade:

Anton > Jared Padalecki

Boa leitura!
Contra a parede

Leah girou na cama. Dois dias e uma noite com Grady e ela estava ficando louca. Ele era incrivelmente chato!
Não que ele fosse realmente chato, mas ele tinha que ser tão sexy e ficar tentando ela todo o tempo e nunca chegar nos finalmente?
Ela bufou e se sentou na cama. Droga! E agora?
Ela esperou uma resposta que sua mente não projetou, e decidiu que ficar na cama girando e girando não ia dar em nada.
Olhou o relógio, quase seis da manhã. Levantou-se e jogou uma blusa pelo corpo, saindo do quarto.
Bebeu água rapidamente e pensou se devia ir chama-lo. Para quê afinal? Isso tudo era superproteção de seu tio, nada com que se preocupar.
Voltou ao quarto, colocou uma jaqueta de frio e uma calça moletom. Pegou suas chaves e abriu a porta.
O ar beijou as suas faces lhe brindando com um pouco de frio, andou rapidamente e achou a padaria em menos de cinco minutos.
Comprou os pães e voltou, 15 minutos apenas. Grady ainda estará dormindo? Leah se recriminou por pensar em como ele devia ser lindo dormindo apenas de calção.
Abriu a porta e o inferno começou. A casa que devia estar sozinha estava com todos os irmãos de Grady e o pai dele a olhava com raiva. Ela terminou de entrar em casa, ainda sem entender e se dirigiu à cozinha.
− Aonde você estava? – Grady gritou usando apenas uma calça jeans.
Inferno, ele tem que usar só isso? Ela pensou e recriminou-se, tinha explicações a dar.
E falando em dar, ela queria muito dar, mas era outra coisa. O pensamento a fez recuar mais do que as palavras acidas dele.
− Sabe como fiquei preocupado? – ele começou interrompendo uma risada de um de seus irmãos – Você por acaso tem qualquer juízo? Aonde foi?
− Na padaria. – ela respondeu, sem ligar para o escândalo que ele fazia. Grady rosnou em resposta.
− Demorou. Essa padaria fica aonde? Em La Push? – ele desdenhou, Leah o olhou fula.
− A padaria fica aqui do lado, eu fui e em 15 minutos estava de volta.
− Sua obrigação era ter me acordado, doçura! – ele continuou no mesmo tom irritado, o apelido a amoleceu e surpreendeu um pouco. Talvez, apenas talvez, ela pudesse ter um pouco de diversão com ele.
− Quer café?
− Quero. Porque se você não me avisa, eu chamo os meus irmãos para te procurar, você é prioridade máxima dos bandos. – ela estancou no lugar e o olhou fula. – O que? – Ele perguntou em resposta a expressão dela.
− Como assim, porra? – perguntou brava.
− Seu tio…
− Meu tio precisa entender que não sou indefesa. – ela respirou fundo – Seus irmãos vão tomar café da manhã?
− Não me interessa. – ele respondeu e voltou a olhá-la chateado – Sabe como eu me preocupei? Pensei que tinha ido procurar sexo com algum lobo, sem ele saber que você é você.
O choque a tomou primeiro, depois deu lugar à raiva. Que tipo de mulher ele julgava que ela era? Leah não viu quando, mas apenas voou pra ele, chutando e socando tudo o que conseguia alcançar enquanto gritava:
− Mal amanheceu! Qual o seu problema? Vai virar minha babá agora é? Que tal usar um avental florido também? – ela soltou-se do aperto das algemas que as mãos fizeram em seu braço e se afastou, ficando mais perto da bancada da cozinha. Ela estava tremendo, se não fosse seu ótimo controle…
− Hey, modere suas palavras comigo! – ele disse da porta, parecendo insatisfeito com o que tinha feito até o momento.
− Modere você, esse comportamento de menino mimado! Eu estou de f-é-r-i-a-s! – ela disse bem devagar – Mas isso aqui parece mais uma prisão domiciliar!
− Não haja como se essa merda só fedesse pro seu lado! – ele rugiu, parecia muito perigoso, mas quem disse que Leah deu ouvidos?
− Ah você acha ruim é? Então vá embora! – ela apontou a porta da rua, ele suspirou.
− Não, eu não vou. – e saiu da cozinha a deixando puta da vida.
Algumas respirações mais tarde e sussurros pra ela mesma de “acalme-se” e ela já não tremia. Pegou o celular das vestes e discou o número de Emily.
A prima atendeu na segunda chamada.
Oi. Como está tudo aí? – Emily perguntou a guisa de bom dia.
− Tudo uma merda. Sabe como me livro do tio Omar e do Grady?
Porque você e Grady…?
− Ele é minha babá enquanto estamos na época de acasalamento. Como me livro dos dois?
Do Grady eu acho meio difícil, mas do tio Omar é só ir dormir na casa dele, você sabe disso também.
− Uh! De jeito nenhum. – Leah respondeu com uma careta. – Tio Omar e Minnie são…
Eu sei o que quer dizer. – a prima concordou – Mas você pode se divertir com o…
− Não. Tio Omar jurou castrar qualquer um que tocar em mim e for lobo. – a prima riu enquanto Leah soltava um muxoxo. – É até meio injusto isso!
− Sei como é, mas por enquanto, só como irmãos né?
Leah bufou e desligou o telefone, alguém estava atrás dela.
− É tão mal educado da sua parte ficar ouvindo as minhas conversas no seu quarto, agora, ficar atrás de mim é pior ainda! – ela se virou e encontrou o olhar da mesma mulher do outro dia. Putz!
− Mude. – ela ordenou num tom de voz suave, Leah não se importou nem um pouco.
− Não. – Leah respondeu causando risadas. A mulher se achou no direito de puxá-la para a sala pelo braço, Leah a olhou chocada, ela tinha uma puta força.
A jogou para o outro lado e ela teria caído, se não fosse Grady ampará-la cheio de cavalheirismo. Leah olhou fula da vida para a mulher e agarrou o primeiro vaso que viu.
− Mude. – Eve claramente ordenou, Leah percebeu os olhos bem atentos nela.
− Eu disse que não! – e jogou na mulher que desviou facilmente – Qual o seu problema? Se encostar em mim de novo eu vou chamar o bando! É isso que quer? Uma guerra entre bandos? É tão egoísta assim?
Elroy se levantou e se pôs na frente da esposa.
− Que autoridade acha que tem para provocar uma guerra entre bandos? – ele parecia não acreditar no que ela acabara de dizer.
− Sou a ex e cunhada do alpha do maior bando de La Push, Sam é um pé no saco quando é a minha segurança – Leah explicou − e sou beta do bando do Jake, o verdadeiro alpha, filho de…
− Elpharain Black, muito prazer. – Jake disse da porta, parecia irritadíssimo. – Volta, pelamor! – ele disse e riu – Jamais imaginei que ia te implorar pra voltar, mas volta. Não aguento mais os meninos se queixando nas rondas.
− Não. – ela respondeu e riu – Use Seth como o oráculo, você e Quil tem que ficar sempre juntos, é um saco vocês dois competindo pra ver qual criança baba mais… Embry e Seth dá, mas Embry e Paul ou qualquer dos outros meninos é melhor. E nunca, jamais, em hipótese alguma coloque Paul e Jared na mesma ronda.
− Jared voltou pro bando do Sam. – ele a atualizou e cheirou – Tem o quê pra comer?
− Pão de sal e café. – ele se acomodou no sofá e olhou pros outros lobos – Que merda você aprontou, Lee?
Bufou e olhou pro Jake fula da vida. Como assim? Pensou.
− Eu não fiz nada! Só fui na padaria comprar pão!
− Precisamos saber como você é capaz de se transformar – Elroy encurtou a conversa – Se for com raiva, é mais fácil para nós identificar quem é o seu verdadeiro pai.
− Meu ver… você ficou maluco? – ela voltou a gritar – Meu pai é H-A-R-R-Y-C-L-E-A-R-W-A-T-E-R!
− Mesmo que seja – Anton começou descrente – Você é shifter o que quer dizer que ou seu pai, ou sua mãe o são. Sua mãe pode ser também, é uma questão de cheiros.
Leah respirou fundo, não ia mostrar-se loba para uma pesquisa, estava se sentindo como um ratinho de laboratório.
− Se era isso, podem ir embora. Não vou mostrar porra nenhuma pra vocês.
− Grady meu filho, − Eve vincou a cara e olhou pro marido furiosa, Elroy ignorou-a − tem alguma forma de…?
− Não. Ela é teimosa como o inferno. – ele disse abrindo um jornal. – Oi, dona Eve, caras. – ele a cumprimentou, mas apenas os irmãos devolveram o cumprimento e começou a ler com os pés na mesinha de Leah, ela vincou a testa, limpara a mesinha ontem a tarde e agora ela estava suja de terra seca. Terra que caia das sandálias de dedo que Grady usava.
− Tira os pés daí! – ela gritou.
− Se eu não tirar vai fazer o quê? – ele desdenhou sem olhar pra ela. Leah respirou fundo e pegou um pesado livro na estante.
Ela não deu qualquer aviso, apenas o bateu no osso aonde os pés estavam cruzados.
− Posso usar mais força. – ela ameaçou, o rapaz tirou os pés com uma carranca.
− Qual o seu problema? – ele perguntou irado de raiva.
− Não! Qual o seu problema? – Leah entornou, os irmãos já estavam até apostando em quem venceria.
− Eu aposto 20 nela. – Von comentou.
− Eu aposto 20 nela e 15 nele. – Braden disse, o pai sorriu.
− Aposto 20 no Grady. – Elroy entrou na brincadeira. A esposa o cutucou pedindo silenciosamente que ele fizesse algo, ele não fez.
− O meu? Ah deixa eu ver… hum… você! – Grady ironizou totalmente alheio às apostas.
− A culpa é de vocês! Que tipo de pessoas tem uma época para acasalar? – Leah enfatizou irritadiça.
Jacob pigarreou, ela olhou-o sem entender.
− Os nossos estão sempre acasalando com suas imprinters. – Leah mordeu a boca, isso lhe trouxe lembranças nada boas e ela não gostava disso.
− Pelo menos é com suas objetos. Esses tarados sexuais pegam a primeira coitada que encontram e transam até não querer mais!
− Você parece conhecer bem demais o ritmo de alguns lobos estrangeiros. – Eve sibilou para Leah.
− Não, meu tio – ela disse e deu uma olhada para Grady que só podia dizer “fale uma palavra e você está morto” e voltou a olhar para a mulher desprezível – me contou muito sobre lobos daqui e os de fora.
− Pai, eu vou trabalhar. – Rave informou olhando o relógio. Com ele, a maior parte deles saiu.
− Você, Leah, − ele começou franzindo o cenho – Não dê muita dor de cabeça ao meu filho. É época de acasalamento, tenha dó. – Elroy pediu sem saber se ela o ouviria. Ele esperava que sim.
E saiu pela porta com a esposa. Leah bufou audivelmente e se jogou no sofá, ao lado de Jake.
− Tenha dó, a vontade que dá é de mandar tomar no…
− Eu sei, eu vi. – Jake riu. – Essa é a casa do teu pai? Legal aqui. Porque nunca veio?
− Não queria me lembrar que a culpa dele morr…
− Não foi sua. – Jake suspirou – Aconteceu, é normal. E as férias?
− Uma droga. Gostaria mesmo de voltar, acha que minha mãe vai ficar muito zangada?
− Fula da vida. – ele disse e a morena concordou.
− Ela quer que eu fique até o fim do mês. – Leah queixou-se.
− Seth me contou. Na verdade eu vim aqui porque eu meio que senti que devia vir. Não foi nada daquilo, só não queria que pensassem mal de você ou nós.
− Sentiu? – Leah riu – Tá parecendo uma mulher grávida isso sim!
− Falando em mulheres grávidas, Emily pediu para eu te lembrar de pensar com carinho na proposta sobre a Grace.
− Grace?
− É menina. Vai se chamar Grace Suzanna pelo que me disseram, homenagem à sua mãe e o apoio que ela deu pros dois, quando começaram. – Leah concordou calada.
Por trás do jornal, Grady não exatamente lia, apenas escutava e observava pelos lados da folha sua companheira de casa. Ela parecia muito deprimida agora. As palavras de Omar vindo em sua mente:
─ Leah está doente, não vai sair querendo fazer sexo. – Omar disse acreditando nisso, a esposa riu.
─ Doente? – Grady questionou. Pior do que cuidar de uma menina indefesa era cuidar de uma menina indefesa doente.
─ Nada de mais. Se ela quiser lhe contar, ela conta. – cortou Omar. A esposa discordou vilmente.
─ Nada de mais? Leah está quase em depressão. Eu não vou lhe dizer o motivo, ela ficaria mais chateada ainda. É por isso que está aqui, estamos preocupados com ela.
− Boooooom – Jake disse fazendo sua beta rir um pouco – Eu tô morto de fome, e você?
− Daqui a pouco eu como algo. – ela respondeu com um olhar longe – Vou ficar lá fora, ouviu senhor babá?
Jake riu e toda a preocupação de Grady sumiu assim como veio. Ele resmungou algo e ela saiu.
O vento lhe brindou rapidamente enquanto ela fechava seus olhos. Uma mão a tocou e ela assustou, abrindo os olhos e ficando em posição de luta, mas era só Nessie.
− Sinto saudades. – a menina disse com a voz doce e tocou o braço da loba mais uma vez, a porta se abriu bruscamente, conforme Grady avançava e estancava a passos das duas.
− Eu também, Ness. – Leah disse ignorando Grady e feliz por Nessie falar, era algo tão raro!
− Você é amiga de uma fria? – ele disse com asco. Leah o olhou como se ele fosse louco.
− Ela não é uma fria, é hibrida. – Grady pareceu confuso.
Nessie explicou chateada com o termo errado usado para se referir a si mesma:
− Nasci como os seus bebês. – ele olhou-a desconfiado e ela estendeu à mão. Ele tomou a pequena mão branca e ficou pálido com o que via. – Eu nasci.
− Eu vejo. – ele se afastou rapidamente – Como você aguenta isso? – ele sussurrou quando Leah entrou em casa de novo.
Ela sorriu minimamente.
− Nessie pode ser diferente, mas ela é um doce. Diferente da vadia da mãe dela. – Nessie entrou na casa, parecendo bem mais velha e observando toda a sala.
Jake riu e a abraçou.
− Nós já vamos. Prometi a Edward que só a traria aqui porque ela queria conhecer, mas Bella deve estar ficando preocupada.
− Me ligue ou escreva, por favor! – Nessie pediu com os bracinhos para o alto. Leah a pegou no colo, ela parecia ter o tamanho de uma criança de 6-7 anos agora.
− Mãe, estou com saudades da tia Lee! – bati o pé no chão, eu não gosto de ser mimada, mas eu quero ver minha tia!
− Sua tia está de castigo em Makah. Bem feito pra aquela…
− Mas o Jake disse que vai lá vê-la! Ele disse que vai hoje a noite ou amanhã bem cedo. Deixa eu ir também?
− Não. – mamãe respondeu e sorriu – Quanto mais longe de Leah melhor.
Eu queria chorar, eu quero ver minha titia!
− Papai, por favor! – eu toquei o rosto dele quando me pegou no colo. Ele viu minhas emoções, e eu sei que ele já havia visto os meus pensamentos, e suspirou, eu sabia que podia contar com papai!
− Tudo bem. – mamãe o fulminou – Bella, supere isso. – e eu nem sabia o que era, mas pelo jeito era algo sério.
Mamãe saiu e não voltou até antes de eu dormir, mas no outro dia ela estava lá.
− Fiquei com saudades. – Nessie disse na voz de sinos. Leah sorriu, era tão raro ela usar a voz e a estava usando avidamente, isso só poderia significar a veracidade dos fatos.
− Foram só dois dias! – Leah sorriu para a menina.
− Não, eu não te vejo à quase um mês. Você nem foi se despedir de mim!
− Eu pedi ao Jake que o fizesse. – Nessie concordou.
− Mas o Jake não é como você, ele não tem seu cheiro gostoso. – ela disse deitando a cabeça no ombro de Leah – E não é meu amigo como você. Eu te amo, Lee.
Leah sorriu enquanto ninava a menina, Bella ia ter uma grande dor de cabeça e isso, mais do que qualquer coisa, fez Leah muito feliz. Claro que o fato de saber que Nessie a amava tanto assim, a deixou revigorada também.
Uma pontada de tristeza a invadiu quando foram embora. Ela jamais saberia o que era ser mãe e ter alguém especial como Nessie nos braços para sempre.
Grady já havia fechado o jornal há um bom tempo e observava calado. Aonde fora parar aquela menina irritante que escondia essa tão cheia de machucados e tão doce ao mesmo tempo?
− O que dói tanto? – ele perguntou depois de cheirar as emoções dela. Ela ainda estava na porta olhando para fora, mas Jake ou Nessie já não eram vistos.
− Nada demais. – ela respondeu e voltou para dentro, ligando a TV.

To Be Continued…

Será que um dia o Grady vai conseguir saber? Ou será que ele engoliu essa resposta? No próximo uma tensãozinha só pra não perder o costume haha

Comentem e vamo que vamo!

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