[Lua Cheia] Capítulo 12 - Xarada sem resposta

Primeiramente… os informativos: 

Capítulo será postado no domingo no Nyah!: http://fanfiction.com.br/historia/451659/Lua_Cheia_Leah_x_Grady/ 

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Nossa primeira confraternização será essa sexta-feira. Mais tarde eu colocarei um post sobre isso =D
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Particularmente, eu gostei desse capítulo, espero que vocês também ^^~ 

Eu decidi por os nomes das celebridades conforme sua importância no capítulo, então por isso, é possível que pequenas listas como a abaixo apareçam mais daqui para a frente ^^~ 

P/P:
Minnie: Jennifer Connelly  

Leah: Megan Fox 

Grady: Taylor Kitsch 

Anton: Jared Padalecki 

Megan: Keira Knightley

Boa leitura!

Capítulo 12 ─ Xarada sem resposta

Leah acordou sentindo-se exausta. Levantou o corpo e sentiu falta do calor de Grady. O lado dele estava frio.

Sua recém-adquirida audição extrassensível o ouviu sibilar algo muito baixo no telefone.

Levantou da cama, observando os estragos em seu corpo, dois chupões estavam mostrando-se no pescoço, um quase roxo, o outro quase não era visto.

A cintura tinha marcas de dedos avermelhadas, mas nada que não desse pra esconder, e seus seios pareciam inchados. Doloridos eles estavam com toda certeza.

Ela olhou o sexo que estava ligeiramente inchado, nada que não passasse em breve e olhou as coxas, tinha poucas marcas lá, quase nada. Tinha hematomas por todo o corpo, mas nada que a fizesse hesitar entre ter mais um pouco de sexo quente com Grady.

Você está ficando viciada! Sua mente gritou e ela não se importou, Grady era uma droga excelente.

Ela entrou no chuveiro e tomou uma ducha rápida, se vestiu com um short jeans e uma blusa de alças. Pelo menos não tinha marcas na frente do colo ou na área da frente do pescoço.

Cobriu as marcas com o cabelo. Seus olhos estavam doloridos, como se houvesse terra. E o cheiro de maquiagem, que era bom antes, a incomodava agora. Sendo assim, ela esperava não ter que prender o cabelo.

Leah caminhou para a cozinha e encontrou Grady encostado no balcão que marcava uma copa e separava a cozinha da “sala” de jantar. Leah se serviu de leite e bebeu um pouco para acordar e olhou de esguelha Grady, mas ele não lhe dirigiu nenhum olhar. Os dentes maiores roçaram na língua e ela praguejou. Isso estava se tornando um inferno.

Grady passou por ela, com o cuidado de não toca-la e foi para fora. Leah pensou por um momento ínfimo, que devia ser coisa dele e que não lhe interessava.

Esses sentidos tem que servir para alguma coisa né? Pensou e apurou os sentidos. Foi muito fácil ouvir a conversa:

─ Eu sei que é época de acasalamento, e que íamos ligar juntos, mas há serviço do bando. Você sabe, estou ligando com a sobrinha dele. Eu a mordi. – Grady parecia pesaroso enquanto falava e o fato não passou despercebido à Leah.

− Mas Grady, amor! Você prometeu! E você nunca me mordeu, como pode morder essa vira-lata?

Grady engasgou com um rosnado antes de responder:

− Foi necessário. Arrumamos briga com os Lorne, ela morreria e é coisa do meu bando. Você se preocupa com o seu então nem tente me fazer sentir mal. – Grady suspirou e passou uma mão cansada no cabelo médio, Leah ouviu o som semelhante a um raspar – Ela deve entrar no bando da Lara primeiro e depois ir ao de vocês. Ela tem experiência, era a beta do Jacob, que é alpha de um dos bandos de La Push e ele disse maravilhas dela. Além disso, transições são complicadas, você sabe, não piore as coisas.

− A única coisa que eu sei é que meu namorado e companheiro está transando com essa cadela!

− Meg, não seja irritante. – Grady respondeu numa voz mais profunda que a usual – Ainda não somos companheiros, não exagere. E eu sei que você tá transando com Braden então nem venha. E nem me tente por ciúmes, eu não me importo realmente.

− Grady! Pensei que me amasse! – ela disse com a voz chorosa.

− Eu te devo e te considero. – Grady embromou, um sorriso pousou nos lábios de Leah, talvez ela tivesse uma chance com ele – Então não torna as coisas difíceis.

Talvez até acabar a temporada eu possa… mudar sua cabeça… quem sabe? Leah pensou esperançosa.

O pensamento a fez retesar com o copo na boca. Ela engoliu calmamente, ignorando esses pensamentos. Grady queria uma lobisomem pura e ela não era uma. Não completamente, como ele queria.

− Você tá com ela do mesmo jeito que nós…? − a mulher fungou, Grady a interrompeu.

− Não. Leah é totalmente diferente, ela é aberta e livre. Você reseta, tenho que pegar as duas de formas diferentes. E eu a mordi. Você sabe o que significa. Ela pode não saber, mas você sabe.

− Ouvi dizer que ela é uma shifter. ─ Megan disse com ciúmes gotejando. Leah olhou-se, Megan com certeza seria mil vezes mais bonita e atraente, e não tinha um ex enchendo o saco, sobre quem seria bom o suficiente, como se ela precisasse disso. Um suspiro escapou e mais leite foi tomado.

− Eve também te contou que ela vai ser uma dor na bunda de vocês? – Grady riu – Aposto que ela está nos ouvindo, por isso não vou entrar em detalhes sobre qualquer coisa. Não quero assustá-la.

Leah quase engasgou, controlou sua respiração e ouviu Grady rir.

─ De qualquer forma, nos veremos mais tarde na casa de Minnie. Não haja com ciúmes, eu não estou pensando normalmente. Ela é a lua pra mim, neste momento, e você sabe disso. Pelo menos por agora, ela é tudo para mim. Você sabe que eu também queria algum tempo de sexo selvagem com você e teremos isso em algumas semanas, seja paciente.

─ Eu te odeio. – a mulher disse mais feliz e desligou. Leah bebeu mais leite, no copo não havia quase nada. Ela tornou a enchê-lo sentindo um frio desumano quando Grady entrou.

─ Bom dia.

Ela não o cumprimentou. Raiva por ele estar falando com outra – e essa outra ser sua namorada e companheira – queimava nela de dentro para fora. Mais raiva ainda por ele nem considerar algo mais sério, agora que ela com certeza ficaria em Makah – e nem a sua teimosia mudaria isso – a quebrou profundamente.

Porque sempre a segunda opção? Leah lastimou-se.

─ Eu disse: Bom dia. – ele voltou a cumprimentar, a noite havia sido incrível para serem tão frios de manhã. Ele definitivamente não entendia Leah Clearwater e sua frieza no momento.

─ Eu ouvi. – ela respondeu irritada. Grady a analisou com cuidado, nada daquilo parecia vir da mulher que ele deixou na cama.

Ela nem parecia mais a Leah que acordara ontem e fora comprar pão.

─ Não é um bom dia? Então… mau dia?

Leah fechou os olhos irritada. Lágrimas queriam escapar, mas ela não deixou, e ela era profissional em esconder sua dor.

─ Cale a boca. – ela pediu baixo. A garganta arranhando.

─ Leite não é bom para nós. Os gatos que preferem leite. Tome café, se quiser eu faço. – ele ofereceu tentando arrumar o que quer que tivesse estragado.

Grady cheirou e ficou confuso, como alguém pode sentir tanta dor logo que acorda? E como pode sentir isso depois de uma noite como a que tiveram? Ele pensou que estava tudo perfeito, mas obviamente, ele estava enganado.

─ Eu te machuquei não foi? – ele se aproximou até estar bem próximo dela, ele tentou ver algo entre as roupas, mas nada parecia fora de lugar – Eu fui muito áspero? Precisa de um médico?

Ele não quis admitir, mas esperava que fosse isso e não culpa. Ele a viu respirar fundo e não responder por mais alguns minutos.

─ Leah, onde eu lhe machuquei?

─ Você me machucou sim – ela se virou e disse num sussurro, a garganta parecia queimar e isso não era físico, era apenas emocional. – Mas não foi o meu corpo, você me machucou de dentro pra fora de um jeito que eu não queria que tivesse feito. Agora eu vou pro meu quarto ter um tempo sozinha, respeite isso. – Leah passou por ele direto e parou a alguns passos do quarto – Ligue pra tia Minnie e agende pro almoço. Estou sem fome agora. – e entrou em seu quarto, sem olhar para trás.

Grady estava estancado entre a cozinha e a sala. Ele não entendia. Ele ouviu Leah cair suavemente na cama e fungar, ele ouviu quando ela começou a chorar e ele definitivamente não entendia merda nenhuma.

Suspirando, ligou para Minnie:

─ Pode me explicar como entender sua sobrinha? – Minnie não respondeu até rosnar.

─ O que você fez? Eu sabia! Você não é bom o suficiente para estar com ela! Leah é doce e… ela está te ouvindo? ─ a tia questionou, quase adivinhando a resposta.

─ Provavelmente. – Grady respondeu Minnie.

─ Da minha parte, ela não ouvirá mais. – Minnie disse e um suspiro foi tudo que Leah ouviu. – Não a deixe brava, ela deve estar dolorida do sexo e chateada com você agora. O que foi que você fez? Sabe como ela deve estar irritada? O temperamento dela deve estar indo de bom a ruim com a velocidade de piscadas. Você conhece o processo, não haja como um inexperiente!

─ Tudo o que fiz foi dizer bom dia. Ela já estava grossa comigo. Eu perguntei se era um mau dia, era uma brincadeira nada mais e ela me mandou calar a boca. Bebeu leite, talvez esteja passando mal. – Grady a ouviu vomitar um pouco e suspirou porque ela de fato estava, mas isso não era a fonte de sua irritação, ele pensou, havia algo mais que Grady Harris simplesmente não entendia naquele momento. – Ela vomitou, já te ligo.

─ Não se mova. – Minnie o instruiu – Leah disse algo? Uma pista? Vocês acordaram e ela bebeu leite? Como assim?

─ Liguei para Megan antes dela acordar. Não queria que ela ficasse curiosa sobre Meg. – Grady suspirou – Eu perguntei se a tinha machucado, ela disse coisas que eu não entendi. Sobre machuca-la internamente. Eu juro que tentei não ser bruto, mas…

Minnie gargalhou.

─ O que é tão engraçado?

─ Vou deixar você descobrir como a machucou – uma porta bateu fortemente – Vocês vem para o café? Omar, aquiete-se ou saia.

─ Não. Ela disse que vamos pro almoço.

─ E você já concordou? – Minnie surpreendeu-se.

─ Só quero as coisas bem como antes. – a porta se abriu, Leah estava fula e decidida a extravasar.

─ Deve ser um inferno pra você. – ela disse com rancor. Grady desligou sem se despedir e olhou-a definitivamente confuso e desejando um manual para entender a morena que o olhava com tantas emoções passando rapidamente por seu olhar que oscilava entre o mel comum e o mais animalesco. Tornando-a impossível decifrar. Como uma xarada sem resposta.

É, ela fica mesmo bonita com esses olhos mudando todo o tempo. Grady pensou com satisfação contida.

─ O que é um inferno? – Grady questionou-a, voltando ao presente, sem entender.

─ Ficar comigo e me usar feito uma vadia de esquina enquanto você adoraria ligar com a sua namorada e de forma selvagem ou seja lá o que isso signifique!

Leah virou-se para voltar ao quarto, mas jamais chegou realmente lá. Grady estava levemente pálido, mas ele a impediu de ir a qualquer lugar, correndo e se pondo na sua frente.

─ Eu não entendo.

─ Não entende o que? – Leah perguntou irada.

─ O que há de errado? Fale preto no branco.

Leah suspirou e abandonou a ideia.

─ Vamos logo à casa da tia Minnie. – ela disse se afastando , mas Grady negou, segurando o antebraço dela e puxando-a para ele. Não machucou, mas o toque parecia queimar onde ele tocou e ela não gostou da sensação agora.

─ Me explique e depois vamos. – ele rosnou, novamente com olhos de esferas negras.

─ Não estou disposta a falar sobre isso agora. – Leah desviou o olhar, os pensamentos indo muito longe.

Ela já sabia há tempos do que ele passou, sua tia lhe contou e ver Eve ignorá-lo e trata-lo com asco era a prova viva disso. Diferente de Elroy, que estava orgulhoso de Grady.

Além disso ela sabia que Grady devia querer aceitação, por isso ele tinha sido escolhido. O mais forte entre eles.

Acasalar com ela era uma forma de renunciar a tudo o que ele trabalhou para obter e estava tão perto de definitivamente ganhar. Não importa o quão anormal ela fosse, nunca seria anormal o suficiente pra ele.

E a loucura disso tudo estava mais em querê-lo tão intensamente e em nem sentir mais a falta de Sam, desde que o rapaz a intrigara e principalmente depois de se sentir tão feminina e pequena sob os toques dele.

Foi burrice ter me apaixonado rápido demais. Ela não tentou esquecer o pensamento. Já sabia a muito tempo que mentir para si mesma não adiantava nada.

─ Leah? – apesar de tê-lo ouvido claramente, não quis responde-lo. Não porque realmente não queria brigar, mas porque não sabia como ia resolver seu novo problema.

Grady lhe falou algo sobre o bar e ela assentiu o sentindo acariciar seus braços e finalmente quebrar o contato. Ele disse que seu irmão estava lá fora e que entraria em alguns minutos. Foi a deixa que ela teve para se trancar em seu quarto e não falar alto, enquanto ligava para a tia:

─ O que eu faço? – questionou à guisa de cumprimento.

─ Sobre? – Minnie perguntou-lhe rindo, parecia estar esperando pela ligação.

─ Estou caindo no amor com ele e isso é péssimo. O que eu faço? – repetiu.

Minnie fez um som de que entendia e ficou muito quieta, até voltar a falar em sussurros, assim como sua sobrinha. Todo o divertimento sumindo de sua voz:

─ Hum… ele a machucou durante o sexo?

─ Não.

─ Ele é realmente tão bom assim? Quase um inferno em terra? – a tia brincou, sua sobrinha não parecia tão bem para uma conversa séria.

─ Pode apostar sua vida nisso. – elas riram.

─ Você parece deprimida.

─ Eu estou. Eu só estive assim por Sam e ele me trocou pela minha prima. Agora com Grady eu sei que não há qualquer…

─ Possibilidade? Ele é um bom homem.

─ Isso não é sobre ser bom ou mau. É sobre ele querer uma lobisomem pura e por isso, ele jamais vai me aceitar.

─ Qualquer homem teria sorte em ter você. Agora me escute: não o force a te morder durante o sexo e nem permita sexo sem camisinha.

─ Porque?

─ Eu explico depois, seu tio está vindo.

─ Grady saiu e volta mais tarde. Assim que voltar, iremos aí. – Leah desligou sem qualquer vontade de falar com tio Omar nesse momento.

Anton entrou em casa e respirou fundo.

Eu conto à Grady ou não? O irmão pensou, cheirando as emoções tão claras para ele, que as identificava com tanta facilidade como decidir se o elemento é água ou óleo.

E Anton, optando pela mais segura ─ não contar ─, sentou no sofá e esperou que ela viesse lhe receber.

To Be Continued…

Que dizer do lindo do Anton? Bom… adoro ele kkkkkk

Agora digam-me o que estão achando, porque estou amando escrever <3