terça-feira, 1 de julho de 2014

[Prova de fogo] Cap. 17 - Anjos

Eu queria muito ter postado antes, mas minha beta demorou séculos para enviar para mim. Eu também tive um monte de ideias novas e essa fanfic tem um muitas coisas interligadas o que torna difícil a escrita dela. 

O capítulo de hoje tem um pequeno trecho do meu original "Anjos entre nós", eu postarei ele aqui no Nyah! assim que terminar algumas das histórias antigas, então não se preocupem! 

Eu tenho um grupo no facebook. Esse capítulo também foi postado no blog faz uns dias e eu acho que vocês devem saber: a história de Embry e Tiffany está sendo escrita e eu acho que serei capaz de postá-la em breve! 

Boa leitura ^^~

Capítulo 17 – Anjos

─ Tinha que ser ele? – Papai me perguntou esganiçado e eu ergui os ombros como quem diz “Sinto muito”.
─ É o melhor cardiologista que conheço.
─ Doutor Carlisle cuidou bem dele. – Luke disse como quem explica algo para mim e eu suspirei.
─ Pai quero os Cullen longe daqui.
─ Oi? – Mamãe perguntou e eu ignorei. – É sério, pai. Tenho motivos para acreditar que a culpa é da neta dele. Não quero aquela família perto do senhor, é perigoso.
─ Ciúmes tem limite. – Ian disse como se eu tivesse ficado com ciúmes e eu lhe joguei um olhar sujo.
─ Não é ciúmes. – Ele fez um barulho de escárnio e eu comecei a explicar: ─ Pai, é sério. Vi acontecer, como um déjà vu. Pode perguntar pra Mel, eu acertei como você estava e sei que aquela maldita patricinha ruiva de farmácia tem haver com isso!
─ Você está com problemas. – Wanda tentou parecer racional, enquanto passava as mãos nos meus braços, mas eu me afastei, me sentindo traída. – Problemas no namoro, ciúmes da tal Rennesmé e seus pesadelos voltaram. Não está interligado, pare de pensar assim.
─ Eu vi! – Exclamei numa nota mais alta. – Porque não acreditam em mim?
─ Porque você está parecendo meio louca? – Luke tentou me ajudar e suspirou. – Vamos fazer assim, Rox acha que os Cullen são prejudiciais e chamou doutor Rosse. Ele dará uma segunda opinião, simples.
─ Não. Ele tem que cuidar do meu pai, entendeu? Cuidar!
─ Algum problema? – Ouvi uma voz doce e que me deu arrepios, parecia aveludada demais para ser normal e me virei para o Dr. Carlisle.
─ Tenho sim.
─ Algo em que possa ajudar?
─ Que tal controlar a sua neta? Começa dando uma boa educação!
─ Roxanne! – Minha mãe me recriminou e eu saí do quarto batendo a porta.
─ Problemas? – Quil me perguntou com os braços cruzados. Parecia que estava esperando.
─ Cuida da sua vida. – Eu respondi seca e ele riu balançando a cabeça e me seguindo. Comecei a me perguntar onde foram todos aqueles amigos dele. Comecei a andar, precisava de ar, nenhum lugar melhor do que ir no térreo tentar conseguir algum.
Caminhei para o fim do corredor, onde tinha um elevador social. Ele continuava me seguindo, mas não dizia nada. Vi ele se balançar entre um pé e outro, até que ele voltou a puxar assunto:
─ Você já comeu? Está passando das 13:00. Você devia comer algo. – Ele disse enquanto eu esperava pelo elevador.
─ Olha, Quil. Não quero ser chata, mas some. Quero ficar sozinha.
─ De jeito nenhum! – Ele disse e parecia outra pessoa. Dessa vez ele estava sério, não como o cara legal que ele aparentava ser. – Você tá indo para algum lugar longe do chão e eu ainda me lembro do que aconteceu no outro dia. Além do mais, você é a namorada do Seth e ele me pediu para ficar com você enquanto ele resolve uns… problemas.
─ Aposto que tem nome e sobrenome.
─ Pois é. – Ele disse meio constrangido.
─ Família maldita. – Resmunguei e com um “pi” as portas se abriram. Nós dois entramos e Sam junto da esposa, Emily, saíram. Eles pareciam estranhos. Felizes, quer dizer, mais do que de costume.
─ Aconteceu alguma coisa? – Quil perguntou parecendo surpreso e segurou a porta. Eu olhei para ele a tempo de vê-lo farejar o ar e sorrir para a Emily. – Wow, parabéns!
─ Parabéns? – Perguntei sem entender.
─ Estou grávida. Aproveitamos a vinda para confirmar.
─ Caramba! Mais um!
─ Dois. – Sam me corrigiu parecendo alegríssimo. Arqueei a sobrancelha. Tá que ele poderia querer gêmeos, mas não sei se ele tinha certeza.
─ Dá para saber quantos são num exame de gravidez? Pensei que era embasado no nível de hormônios no sangue da mulher…
─ Fizemos uma ecografia. – Emily me corrigiu.
─ Ah. Ok. – Eu apertei o número 3, subitamente me lembrando de Tiffany.
─ Vejo vocês depois. – Quil disse e tirou a mão da porta. Elas se fecharam com Emily acenando um “tchau”. – O que há no terceiro andar?
─ Minha irmã.
[…]
─ Não vai entrar? – Quil perguntou enquanto eu mantinha a mão na maçaneta. Será que ele não entende que é difícil abrir a porta? – Sabe, é só empurrar.
─ Calado. – Eu sussurrei e tomei uma respiração profunda. Daqui dava para ouvir a minha irmã chorando desolada lá dentro e eu não queria ter que ver isso e encarar que eu não percebi.
Oh Deus, como eu não vi o quanto ela estava sofrendo? Porque eu não percebi o quão profundamente apaixonada ela estava? Porque não a ajudei?
Porque você estava mais preocupada em seduzir seu melhor amigo! Você é uma pessoa horrível, Roxanne! Minha mente gritou e eu não me esforcei para pensar diferente. Eu sou alguém horrível, mesquinho, cruel…
─ Rox, só entre. – Eu pulei dando um gritinho de susto ao ouvir Embry.
─ Como… como…? – Eu gaguejei tolamente e ele não sorriu como sempre, enquanto respondia:
─ Eu gostaria de poder ajudar, mas ela não deixa. Qualquer coisa…
─ Você não tem obrigações, amor. – Rebecca Black disse num tom que me fez ter nojo dela. – Era um bebê indesejado, ok?
─ Era meu filho. Se eu soubesse…
─ Mas ela sabia e poderia ter te dito. – Wanda disse num tom cortante, enquanto caminhava com um lanche na mão. – Até riu quando a Tiffany contou. 
Senti meu coração pesado porque realmente parecia que Embry estava destroçado por dentro. Vi a noiva dele ficar meio pálida e um som estranho, tenho certeza de que é um rosnado, sair dele.
─ Você ainda não comeu. – Ela me entregou o lanche, mas eu não peguei.
─ Coma você. Estou sem fome. – Respondi no mesmo tom que ela usou com Embry.
─ Não seja infantil, Rox.
─ Não, não seja você. Se eu sentir fome, eu compro algo. O que não vou fazer é comer algo de alguém que nem acredita em mim.
─ É loucura.
─ Nunca escondi que era meio doida.
─ Não pode acusar as pessoas como fez no quarto. Você atacou verbalmente um dos médicos mais conc-
─ Saí de lá porque não queria ouvir você ou o resto do pessoal. Não é me trazendo comida que vai conseguir me fazer te ouvir. Quer ser útil? Então fica de olho. Daria meu rim para mostrar a vocês o que eu vi, mas eu não posso. Pensei que acreditariam em mim, mas estão deslumbrados.
Eu entrei no quarto. Encarar Tiffany devia ser menos pior do que encarar a minha família. Nós costumávamos ser unidos, acreditar uns nos outros e nos amar sem duvidar. Bom, parece que isso acabou.
─ Rox. – Ela soluçou meu nome e eu corri para abraça-la.
Tiffany tinha os olhos inchados e vermelhos, mas não era isso que me chamava a atenção neles e sim toda a dor lá. Ela também abraçava possessivamente um macacãozinho.
Agora nós duas estávamos abraçadas fortemente, chorando e fundidas como se fôssemos uma só. Sempre fomos mais próximas, talvez porque nos entendíamos mais ou porque somos as mais novas. Ou porque nossas vidas são uma droga.
─ Eu sinto muito. – Eu sussurrei contra o ouvido dela. – Eu queria ter estado lá, eu juro que queria!
─ Eu sei. – Ela disse enterrando o rosto no meu pescoço e molhando meu cabelo e pele com suas lágrimas doloridas. – Me desculpe! Eu não queria atrapalhar sua vida.
─ Você não. – Eu me afastei um pouco e enxuguei o rosto dela com as minhas mãos. – Você nunca atrapalha, ok? Jamais me tire da sua vida de novo!
─ Eu senti tanto a sua falta! Wanda e Mel não me compreendiam. Eu queria tanto ter te dito, mas…
─ Eu sei, sem desculpas ok?
─ Ian achava que você surtaria.
─ Ele tem o costume de julgar-me mal. – Respondi-lhe com rancor e sorri forçado. – Mas agora eu estou aqui e nós vamos aguentar isso juntas.
─ Seremos o anjo uma da outra. – Ela concordou e riu um pouco entre o choro. Eu sorri saudosa daqueles tempos.
─ Se a gente encontrar um anjo podemos fazer um pedido! – Eu disse subindo na árvore.
─ E se a gente nunca encontra-lo?
─ Bom, então seremos o anjo uma da outra!
─ Promete? – Tiffany me perguntou com aqueles olhos grandes e pedintes e eu sorri com todos os dentes.
─ Eu prometo! – Nós duas demos um beijo nas mãos uma da outra e as apertamos, como se fosse um contrato.
─ Não. – Eu discordei e ela me olhou como se não entendesse. – Agora temos um anjo. – Eu funguei e ela concordou me abraçando.
─ Ele sempre vai estar conosco, não vai?
─ Sempre. – Eu concordei, a consolando.
Depois de muito tempo eu decidi que precisava contar o que houve, ela merecia saber. E eu ia vingar a morte do meu sobrinho, Nessie não podia ter tocado nos meus parentes. Ela vai pagar.
Por todas as lágrimas que a Tiffany está derramando agora, por cada uma delas, por cada machucado que ela causou em meu pai, mesmo que ele não acredite em mim. Eu vou provar e ela pagará essa dor em dobro.
─ Tiffany, precisamos conversar.
─ Houve algo? – Ela me perguntou parecendo preocupada. – Alguma coisa com Seth?
─ Envolve ele, mas não é isso. – Eu tomei uma respiração profunda e a encarei de novo. – Acho que a culpa é da Nessie.
─ Não entendi.
─ Tive um déjà vu na escola. Foi um sonho “acordado”, senti que estava lá e vi um acidente horrível. E ela estava lá, sei que pode ser loucura, mas acho que ela causou o acidente e cara, tem algo estranho nela! Sempre que ela está perto, coisas estranhas acontecem. Eu vejo coisas estranhas, aquelas lembranças e…
─ Rox! Rox! – Ela me balançou e eu vi que estava mesmo falando que nem uma maluca. – Eu acredito.
─ O quê?
─ Eu acredito.
─ Não precisa me zoar.
─ Não, sério. Eu acredito. Eu realmente acredito. Eu vi algo estranho no acidente. Parecia que era uma garota ruiva, mas depois era um animal. Um cervo, eu acho. E cara, agora que você disse…
─ Ai meu Deus…
─ Eu sei.
─ Ninguém acreditou em mim, Fany.
─ Eles não veem as coisas como nós.
─ Eles não acreditam em mim. – Eu me queixei e balancei a cabeça. – Não importa agora. Como está se sentindo… fisicamente?
─ Como merda. – Ela riu com sarcasmo. – Cansada e doída. Eu realmente pensei que eu não estaria mais sozinha, Rox. Estava fazendo planos com o meu bebê. E agora… ele é um anjo.
─ Um dia você vai ter um bebê e ele estará aqui. Não será mais um anjo.
─ Estou com medo. – Ela confidenciou. – Eu não queria que Embry tivesse descoberto assim. Ele… parecia…
─ Destruído por dentro.
─ Agi como alguém ruim. Eu devia ter contado.
─ Ele seria um bom pai. – Ela sorriu imaginando.
─ Seria sim. Pelo menos ele está mais feliz com Rebecca. Eles devem ter um bebê logo. Quer dizer, porque se casariam tão rápido?
─ Sobre isso eu não sei, mas sei que ela está em problemas.
─ Que problemas? É culpa minha?
─ Não. Rebecca vai ter que explicar porque não contou do seu bebê quando você não o fez. Ele parecia irritado. Até… rosnou.
─ Rosnou? Pensei que só eu tinha visto que ele faz isso.
─ Estranho né? – Ela confirmou e suspirou.
─ Não queria causar problemas.
─ Você não causou. A escolha foi dela. Escolhas são ações e toda ação tem a sua consequência. Ela terá que explicar pro noivo os motivos dela e você tem que se recuperar.
─ Obrigado, Rox. – Ela sorriu pequeno. – Obrigado por estar aqui.
Eu sorri aguado. Será que ela não via que a realmente sortuda era eu? Obrigado anjos por me devolverem minha irmã. Me deem forças para que eu consiga lutar contra todos os males que a maldita da Nessie fez. 
Continua...

Espero que tenham gostado, sábado que vem tem mais (o capítulo já está comigo e betado), se vocês quiserem ler antes, Terça-feira o capítulo sai no blog. 


Comentem e deixem-me saber o que vocês acharam ^^~

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