Antes de mais nada, a ideia para este capítulo surgiu enquanto eu assistia "Scott Pilgrim contra o mundo". Parecia que faltava algo para torná-lo completo e eis que a cá está ele ^-^
Desculpem o atraso na resposta dos reviews e postagem do capítulo também, mas no grupo eu disse o motivo e espero que vocês entendam ^^~
Capítulo
19 – Árvores
Grady
cheirou novamente e Leah finalmente olhou em seus olhos. Outro erro, os
castanhos estavam cheios de preocupação e ela afogou-se neles.
─
Eu estou bem. – Assegurou-lhe, mesmo que não fosse verdade.
─
Você cheia a dor. Muito.
─
Você gosta de ser usado?
─
Não. – Grady respondeu sem hesitar. Leah manteve seus lábios selados. As
palavras que queriam saltar, selariam seu destino e ela não estava disposta a
enfrentar as consequências. – Me desculpe. Eu… eu só a queria demais que não
consegui controlar-me.
─
Você me usou. Me fodeu e depois não conseguia ficar longe de mim rápido o
suficiente. Como acha que eu me sinto agora? Tudo bem que não era pra ter
rolado, que você foi obrigado, mas… ─ Se
eu continuar vai ser a mesma coisa que admitir meus sentimentos. Pensou,
deixando sua voz perder-se no tempo, deitou a cabeça no peito dele.
─
Me perdoe, Lee. Eu tomei você como se você já
fosse uma loba completa e não lembrei de suas condições atuais. Se você
fosse uma de nós, você teria mudado junto comigo. Foi por isso que me afastei,
eu sei que sou demais para você quando a tomo assim. Eu estava áspero e
completamente louco de tesão, eu te machuquei?
─
Supere-se. Você foi incrível até que parou e agiu como se eu tivesse lepra. –
Ela ouviu-o puxar o ar, mudando as mãos para seu braço e quadril.
─
Sério? – Leah levantou seus olhos e mirou-o, afirmando com a cabeça. Ele rosnou
e seus olhos ganharam aquele tom de negro que quase sumiu com a parte branca da
pupila. – Tire suas roupas, vou te deixar me usar por algum tempo.
─
Esse é o problema, Grady. – Leah disse, ainda mantendo o olhar fixado no dele. É um erro! Sua mente gritou, mas… se a
intensidade de seus sentimentos fosse o suficiente para eles… se ele a
aceitasse, mesmo que lentamente… então ela tinha uma chance? Mesmo que remota?
Ela continuou:
─
Eu não quero usar você. Eu quero estar com você. Só com você. – Leah enfatizou,
sentindo seu coração acelerar com a confissão. – Compartilhar tudo. Cada toque
e sensação, cada suspiro. Tudo. Eu quero que…
─
Quê? – Ele encorajou, quando pareceu que ela não ia dizer.
─
Que você me árvores de volta.
─
Ahn?
─
Não essa palavra. – Ela riu constrangida. – Aquela outra, com a, com m, com o e
que termina com r.
─
Árvores? – Grady riu balançando a cabeça. – Eu posso te beijar melhor que o
Sam.
─
Como aquele paspalho maldito veio parar aqui? – Leah perguntou fechando os
olhos ao sentir seus narizes tocando-se.
Ela
sentiu-se leve por um momento. Ele não havia respondido à sua declaração. Ele
não havia dito que não também, ao invés disso estava beijando-a lentamente.
Sentiu o pênis dele, duro contra sua coxa e puxou-lhe o lábio, quando ele se
afastou.
─
Será que você está dolorida? – Ele perguntou ofegante.
─
Um pouco. – Ela admitiu, com a respiração pesada, quase normalizando.
─
Sobre o pessoal lá no bar…
Raiva
estalou em Leah, subindo rapidamente. Ela rosnou baixinho, levantando-se da
cama e andando de um lado à outro no quarto.
─
Eu já entendi, ok? – Ela disse parando abruptamente. Viu-o encarando-a sem
entender sua raiva. Até parece que não
entende. Me poupe! Mas ela não verbalizou seus pensamentos, ao invés disso,
disse: ─ Você não fica mesmo com o meu tipo.
─
Não é isso…
─
Ah não? Então diga-me que você pode transar comigo sem caminha e não ficar
tentado a me morder. Eu não teria que lidar com essa merda se você fosse
humano.
Grady
rosnou e ela sabia que não devia estar tentando enfezá-lo, mas precisava por
aquilo para fora ou explodiria em lágrimas de novo. Estou chorando demais, tenho que voltar a ser durona. Lembrou-se.
─
Você sabe que não é assim.
─
Então não haja como se fosse melhor, quando não é.
─
Eu… que houve? Porque está agindo assim?
─
Um cara humano poderia me dar muita merda com fidelidade, mas você também não
me é garantia de que não vai enfeitar a minha cabeça.
─
Eu prometo que não vou. – Ele disse estendendo uma mão que ela ignorou
totalmente. – Porque está agindo assim? – Grady voltou a questionar.
Porque eu te amo, idiota!
Leah
selou bem os lábios e só quando teve certeza de que não sairia coisa errada
dali, respondeu:
─
Tudo bem, é assim que você quer jogar? Pois bem: eu não fico apontando cada uma
das suas falhas por você ser um shifter de lobo de linhagem direta. Eu não fico
ao telefone agindo como se estar com você fosse um favor e eu não tenho meus
empregados declarando abertamente o quanto ficar com você é uma ação de pena,
caridade e o quanto você se cansa fácil. Eu também não fico cheirando suas
emoções e invadindo sua privacidade e por Deus, não sou eu que tem problemas
com o sexo, e certamente você não parece se importar quando está dentro de mim.
─
Eu nunca disse isso, eu nem sequer insultei você ou te mencionei de um jeito
ruim.
─
Ok, então pense dessa forma: como você se sentiria se me ouvisse no telefone
com outro cara, dizendo que eu amaria estar com ele em pelos, mas eu infelizmente
vou ter que desmarcar e que gostaria de fazer coisas com ele.
Grady
rosnou baixinho, seus olhos tomando uma cor mais apática. Ele respirou fundo
antes de responder:
─
Eu posso ser bom como um humano. Eu posso fazer coisas que os humanos fazem.
─
Você pode transar comigo sem camisinha e não ficar tentado a ferrar com o resto
das nossas vidas?
Grady
não respondeu, mas também não quebrou o contato visual. Leah suspirou. Ela
queria uma chance, queria que ele negasse que mordê-la seria muita desgraça,
mas ele não fez isso. Ele continuou lá, encarando-a com o corpo todo tenso.
─
Muito bem, a negação simbólica teria sido agradável, embora.
─
Eu posso fazer melhor. – Ele finalmente respondeu.
─
Não, você não pode porque isso aqui é só sexo, né? O que há mais em comum?
─
Seremos do mesmo bando em tese. Meu pai é seu alpha também.
─
Além disso. – Grady não respondeu novamente, ou ele tinha problemas para
encontrar palavras ou ele não dava a mínima para seus sentimentos. Ela
continuou, no entanto: ─ Bom, não importa, a única razão pela qual você está
fazendo sexo comigo é porque você foi obrigado, você nem estaria aqui se não
fosse essa missão maluca que meu tio te passou.
Algo
em suas palavras fez Grady levantar-se da cama e caminhar a passos duros para
ela. Quatro passos e os dois estavam face a face, quase pele com pele.
─
Você acha que eu não quero você? Olhe para mim! Diabos, me sinta. É difícil
porque eu quero você.
Continua!
O
capítulo foi pequeno, mas importante xD
Espero
que tenham gostado, no próximo temos NC+18/Sexo.
Blog
– http://escrivinhala.blogspot.com.br/
Grupo
– https://www.facebook.com/groups/232844530231536/
NOTA:
Se eu demorar a responder seu comentário, não te aflijas, é por que estou
escrevendo simultaneamente 14 histórias, logo meu tempo é reduzido. Eu
responderei todos vocês assim que der, não deixem de comentar por isso porque
eu fico triste quando vocês não o fazem. Obrigada pelo grande apoio que têm me
dado, amo vocês.
Beijinhos
^-^
Amei! Serio S2
ResponderExcluirAwwww *-* fiquei mesmo feliz <3
ExcluirObrigada por ler e comentar <3