quinta-feira, 28 de agosto de 2014

[Lua Cheia] Capítulo 19 - Árvores

Antes de mais nada, a ideia para este capítulo surgiu enquanto eu assistia "Scott Pilgrim contra o mundo". Parecia que faltava algo para torná-lo completo e eis que a cá está ele ^-^
Desculpem o atraso na resposta dos reviews e postagem do capítulo também, mas no grupo eu disse o motivo e espero que vocês entendam ^^~

Capítulo 19 – Árvores

Grady cheirou novamente e Leah finalmente olhou em seus olhos. Outro erro, os castanhos estavam cheios de preocupação e ela afogou-se neles.
─ Eu estou bem. – Assegurou-lhe, mesmo que não fosse verdade.
─ Você cheia a dor. Muito.
─ Você gosta de ser usado?
─ Não. – Grady respondeu sem hesitar. Leah manteve seus lábios selados. As palavras que queriam saltar, selariam seu destino e ela não estava disposta a enfrentar as consequências. – Me desculpe. Eu… eu só a queria demais que não consegui controlar-me.
─ Você me usou. Me fodeu e depois não conseguia ficar longe de mim rápido o suficiente. Como acha que eu me sinto agora? Tudo bem que não era pra ter rolado, que você foi obrigado, mas… ─ Se eu continuar vai ser a mesma coisa que admitir meus sentimentos. Pensou, deixando sua voz perder-se no tempo, deitou a cabeça no peito dele.
─ Me perdoe, Lee. Eu tomei você como se você fosse uma loba completa e não lembrei de suas condições atuais. Se você fosse uma de nós, você teria mudado junto comigo. Foi por isso que me afastei, eu sei que sou demais para você quando a tomo assim. Eu estava áspero e completamente louco de tesão, eu te machuquei?
─ Supere-se. Você foi incrível até que parou e agiu como se eu tivesse lepra. – Ela ouviu-o puxar o ar, mudando as mãos para seu braço e quadril.
─ Sério? – Leah levantou seus olhos e mirou-o, afirmando com a cabeça. Ele rosnou e seus olhos ganharam aquele tom de negro que quase sumiu com a parte branca da pupila. – Tire suas roupas, vou te deixar me usar por algum tempo.
─ Esse é o problema, Grady. – Leah disse, ainda mantendo o olhar fixado no dele. É um erro! Sua mente gritou, mas… se a intensidade de seus sentimentos fosse o suficiente para eles… se ele a aceitasse, mesmo que lentamente… então ela tinha uma chance? Mesmo que remota? Ela continuou:
─ Eu não quero usar você. Eu quero estar com você. Só com você. – Leah enfatizou, sentindo seu coração acelerar com a confissão. – Compartilhar tudo. Cada toque e sensação, cada suspiro. Tudo. Eu quero que…
─ Quê? – Ele encorajou, quando pareceu que ela não ia dizer.

─ Que você me árvores de volta.
─ Ahn?
─ Não essa palavra. – Ela riu constrangida. – Aquela outra, com a, com m, com o e que termina com r.
─ Árvores? – Grady riu balançando a cabeça. – Eu posso te beijar melhor que o Sam.
─ Como aquele paspalho maldito veio parar aqui? – Leah perguntou fechando os olhos ao sentir seus narizes tocando-se.
Ela sentiu-se leve por um momento. Ele não havia respondido à sua declaração. Ele não havia dito que não também, ao invés disso estava beijando-a lentamente. Sentiu o pênis dele, duro contra sua coxa e puxou-lhe o lábio, quando ele se afastou.
─ Será que você está dolorida? – Ele perguntou ofegante.
─ Um pouco. – Ela admitiu, com a respiração pesada, quase normalizando.
─ Sobre o pessoal lá no bar…
Raiva estalou em Leah, subindo rapidamente. Ela rosnou baixinho, levantando-se da cama e andando de um lado à outro no quarto.
─ Eu já entendi, ok? – Ela disse parando abruptamente. Viu-o encarando-a sem entender sua raiva. Até parece que não entende. Me poupe! Mas ela não verbalizou seus pensamentos, ao invés disso, disse: ─ Você não fica mesmo com o meu tipo.
─ Não é isso…
─ Ah não? Então diga-me que você pode transar comigo sem caminha e não ficar tentado a me morder. Eu não teria que lidar com essa merda se você fosse humano.
Grady rosnou e ela sabia que não devia estar tentando enfezá-lo, mas precisava por aquilo para fora ou explodiria em lágrimas de novo. Estou chorando demais, tenho que voltar a ser durona. Lembrou-se.
─ Você sabe que não é assim.
─ Então não haja como se fosse melhor, quando não é.
─ Eu… que houve? Porque está agindo assim?
─ Um cara humano poderia me dar muita merda com fidelidade, mas você também não me é garantia de que não vai enfeitar a minha cabeça.
─ Eu prometo que não vou. – Ele disse estendendo uma mão que ela ignorou totalmente. – Porque está agindo assim? – Grady voltou a questionar.
Porque eu te amo, idiota! Leah selou bem os lábios e só quando teve certeza de que não sairia coisa errada dali, respondeu:
─ Tudo bem, é assim que você quer jogar? Pois bem: eu não fico apontando cada uma das suas falhas por você ser um shifter de lobo de linhagem direta. Eu não fico ao telefone agindo como se estar com você fosse um favor e eu não tenho meus empregados declarando abertamente o quanto ficar com você é uma ação de pena, caridade e o quanto você se cansa fácil. Eu também não fico cheirando suas emoções e invadindo sua privacidade e por Deus, não sou eu que tem problemas com o sexo, e certamente você não parece se importar quando está dentro de mim.
─ Eu nunca disse isso, eu nem sequer insultei você ou te mencionei de um jeito ruim.
─ Ok, então pense dessa forma: como você se sentiria se me ouvisse no telefone com outro cara, dizendo que eu amaria estar com ele em pelos, mas eu infelizmente vou ter que desmarcar e que gostaria de fazer coisas com ele.
Grady rosnou baixinho, seus olhos tomando uma cor mais apática. Ele respirou fundo antes de responder:
─ Eu posso ser bom como um humano. Eu posso fazer coisas que os humanos fazem.
─ Você pode transar comigo sem camisinha e não ficar tentado a ferrar com o resto das nossas vidas?
Grady não respondeu, mas também não quebrou o contato visual. Leah suspirou. Ela queria uma chance, queria que ele negasse que mordê-la seria muita desgraça, mas ele não fez isso. Ele continuou lá, encarando-a com o corpo todo tenso.
─ Muito bem, a negação simbólica teria sido agradável, embora.
─ Eu posso fazer melhor. – Ele finalmente respondeu.
─ Não, você não pode porque isso aqui é só sexo, né? O que há mais em comum?
─ Seremos do mesmo bando em tese. Meu pai é seu alpha também.
─ Além disso. – Grady não respondeu novamente, ou ele tinha problemas para encontrar palavras ou ele não dava a mínima para seus sentimentos. Ela continuou, no entanto: ─ Bom, não importa, a única razão pela qual você está fazendo sexo comigo é porque você foi obrigado, você nem estaria aqui se não fosse essa missão maluca que meu tio te passou.
Algo em suas palavras fez Grady levantar-se da cama e caminhar a passos duros para ela. Quatro passos e os dois estavam face a face, quase pele com pele.
─ Você acha que eu não quero você? Olhe para mim! Diabos, me sinta. É difícil porque eu quero você.
Continua!
O capítulo foi pequeno, mas importante xD
Espero que tenham gostado, no próximo temos NC+18/Sexo.
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NOTA: Se eu demorar a responder seu comentário, não te aflijas, é por que estou escrevendo simultaneamente 14 histórias, logo meu tempo é reduzido. Eu responderei todos vocês assim que der, não deixem de comentar por isso porque eu fico triste quando vocês não o fazem. Obrigada pelo grande apoio que têm me dado, amo vocês.
Beijinhos ^-^


2 comentários:

Obrigada por comentar! Me deixa muito feliz *o*
Se tem dúvidas, pode perguntas quantas vezes quiser e eu responderei assim que for possível~XOXO.