Capítulo 31 – Assuma,
querida
Algumas
coisas devem ser ditas sempre.
Boa
leitura =3
Assuma, querida
As
mãos eram exigentes ao tocar um no corpo do outro. Rosnados ecoavam pelo quarto
enquanto eles se tocavam com maestria. Havia algo de diferente dessa vez, não era
apenas o sexo cru de sempre. Era algo mais e ambos conheciam a palavra.
A
mente de Leah ainda estava meio nublada, quando sentiu-o unindo-se ao seu
corpo, dividindo-a inteiramente. As palavras que desejou ouvir por tanto tempo ecoavam
em sua mente e era como um sonho.
Ela
não estava certa de que ele realmente disse, lembrava-se de ouvir, mas não tinha
certeza que ele disse ou se foi sua mente pregando-lhe uma peça de muito mal
gosto.
Os
movimentos cadenciados a faziam tremer, Grady mantinha os olhos fixos nos de
Leah e via-os nublados, até o momento em que ela os fechou, no ápice do próprio
clímax.
Leah
sentiu a cabeça rodar, antes de senti-lo inundá-la e beijar, primeiro seus
lábios e depois o topo de sua cabeça, puxando-a para dormir em seu peito.
[…]
Grady
sorriu longamente, quando sentiu o corpo dela espremendo-se contra o seu
próprio, abraçando-o como se fosse parte de um travesseiro gigante.
Ele
soltou-se lentamente e ouviu-a lamuriar-se quando abraçou o travesseiro dele e
aspirou longamente o cheiro impregnado por todo o quarto.
Grady
nunca havia se sentido como se sentia agora. E ele não se arrependia de nada. Apenas
de ter demorado a admitir seus sentimentos. Sabia que ela poderia não querer
nem vê-lo quando acordasse, mas ele estava disposto a arriscar. Ela vale a pena. Não havia outro pensamento
tão coerente ou igualmente forte em sua mente.
Ele
vestiu o short e abriu a porta sabendo que tinha que enfrentar Omar e seu pai
agora. Os irmãos estavam jogando baralho, muito despreocupados e leves. Grady bocejou
localizando Omar e guiou-se para lá, lentamente. Ele não estava ansioso pela
conversa.
─
Não case ainda. – Omar disse assim que ele aproximou-se o suficiente. Grady sentou-se
ao seu lado lentamente, ainda incapaz de esboçar qualquer reação.
─
O quê? – Ele finalmente perguntou.
─
Não case ainda. Namore-a e bem… namore-a. Espere ela se acostumar a isso, é
muito cedo.
─
Hum… certo. – Grady concordou. ─ Eu acho que é muito para ela aceitar, não é?
─
Com certeza.
─
Acha que ela ficará bem? – Grady finalmente perguntou.
─
Eu tenho certeza. Só… cuide da minha garotinha.
─
Eu vou.
─
Nunca a magoe.
─
Eu vou tentar.
─
Nós queremos um almoço. – Grady o olhou sem entender e viu seus irmãos pararem
de jogar, olhando também.
─
Isso é tipo aqueles almoços de noivado? – Braden perguntou gargalhando.
─
Wow, pode apostar, Brad. – Rave riu com o irmão. – Você tá na merda, irmão.
─
Vai ter que casar. – Anton piscou vindo da cozinha com Shannon. Ela entregou à
Grady uma bandeja com o almoço.
─
Eu caso, não é um problema para mim. – Grady brincou e começou a comer.
[…]
Leah
abriu os olhos e viu um grande branco. Demorou um pouco mais do que ela
esperava até perceber que era a fronha do travesseiro que abraçava.
Ela
espreguiçou-se sentindo o vazio na cama e a falta do calor a incomodou. Tentou não
ligar e foi sucesso quando ela não rosnou. Percebeu que era a casa de Von,
quando sentou-se na cama e observou melhor o quarto já conhecido.
O
cheiro de sexo misturando-se ao cheiro dela e de Grady era agradável aos seus
sentidos aguçados. Leah deitou novamente, respirando fundo e tentando
lembrar-se da noite passada.
Seu
corpo lembrava-se muito bem de ter sido tomado – e ela não se arrependia em
nada, o sexo com Grady era incrível –, mas fora isso, não lembrava nada. Sabia que
coisas importantes haviam transcorrido, mas ela simplesmente não conseguia
lembrar-se.
Lembrava
dele ter-lhe dito algo importante, mas não conseguia lembrar o que era. Seus pensamentos
foram cortados quando Grady entrou no quarto, trazendo uma bandeja com almoço.
Ela
sentiu o cheiro do macarrão, extrato de tomate, ketchup e da carne moída. Sentia
o aroma das laranjas usadas para fazer o suco e sentou-se incrédula com o
sorriso que Grady ostentava.
─
Bom dia, querida. – Ele a cumprimentou e suas palavras foram tão confusas
quanto o sorriso em seu rosto.
─
Hum… querida? Bom dia? Você… você não vai me matar, vai?
─
Oh, não. Eu quero muita coisa, mas te matar não está na lista.
Leah
não teve conhecimento de quando ela prendeu a respiração, mas a soltava,
sentindo-se aliviada, nesse momento. Ela ouviu umas risadas ao fundo e as
ignorou, sabendo que eram os irmãos de Grady. Sentiu o toque suave dele, quando
Grady tocou seu rosto, docemente. Fechou os olhos, apreciando o contato.
─
Temos que conversar. – Ela odiou ter que dizer as palavras e finalmente abriu
os olhos.
Encará-lo
a fazia sentir-se em casa. A estranha sensação de lar novamente em seu peito,
fazendo-a hesitar e fechar-se. Nunca era uma boa opção. O amava, já sabia disso
faz tempo, mas sentir-se dessa maneira a estava deixando louca. Completamente insana.
Leah
suspirou, tentando ignorar a vontade massiva de dizer-lhe seus sentimentos. Queria
pronunciar lentamente cada letra das palavras pequenas. Eu-amo-você. Eram as
palavras que queriam saltar de sua boca e ela sabia que era um problema. Não podia
admitir. Não antes de saber se ele estava sério ou brincando com ela.
Admitia
também que não compreendia o motivo dele estar tão receptivo. Entendi errado. Que mico. Pensou frustrada,
mas ainda assim não se atreveu a quebrar o silencio.
Grady
a observava calado. Ela parecia confusa, enquanto ele tentava relaxá-la. Ela não
precisava dizer. Ele a conhecia bem o suficiente para saber quais
questionamentos estavam em sua mente.
Ela esqueceu. Foi
com pesar que ele admitiu em sua mente, sem pronunciar uma palavra. Grady molhou
a boca, preparando-se para repetir. Repetiria quantas vezes fosse necessário
para ela lembrar. Era tudo o que importava.
Se ela souber disso. Se
ela puder aceitar isso e me aceitar, o conjunto, então não haverá nada mais
importante. Nada mais precioso. Apenas a minha Leah, num mundo modificado para
os nossos olhos. Ele divagou e sorriu hesitante, enquanto
molhava novamente a boca, já seca e se preparava para dizer. Ele abriu a boca e
sabia que era o momento certo, o momento perfeito para dizer-lhe. Então ela se
adiantou:
─
Eu não quero uma vida sem você, Grady.
Continua!
Oh, sim! Finalmente ela
admitiu (?) os próprios sentimentos *-*
Espero que tenham
gostado =3
Beijinhos!
"Admitiu" mais ou menos né? Agora os dois tem quue falar que amam o outro um na frente do outro AUSHUSHUHSUAHUA
ResponderExcluirkkkkkkkkkkkkk e o medo de assumir? xD
ExcluirObrigada por ler e comentar <3 beijinhos ^^~
Adorei o capitulo :D
ResponderExcluirObrigada <3
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