sexta-feira, 10 de outubro de 2014

[Lua Cheia] Capítulo 31 - Assuma, querida

Capítulo 31 – Assuma, querida
Algumas coisas devem ser ditas sempre.
Boa leitura =3
Assuma, querida
As mãos eram exigentes ao tocar um no corpo do outro. Rosnados ecoavam pelo quarto enquanto eles se tocavam com maestria. Havia algo de diferente dessa vez, não era apenas o sexo cru de sempre. Era algo mais e ambos conheciam a palavra.
A mente de Leah ainda estava meio nublada, quando sentiu-o unindo-se ao seu corpo, dividindo-a inteiramente. As palavras que desejou ouvir por tanto tempo ecoavam em sua mente e era como um sonho.
Ela não estava certa de que ele realmente disse, lembrava-se de ouvir, mas não tinha certeza que ele disse ou se foi sua mente pregando-lhe uma peça de muito mal gosto.
Os movimentos cadenciados a faziam tremer, Grady mantinha os olhos fixos nos de Leah e via-os nublados, até o momento em que ela os fechou, no ápice do próprio clímax.
Leah sentiu a cabeça rodar, antes de senti-lo inundá-la e beijar, primeiro seus lábios e depois o topo de sua cabeça, puxando-a para dormir em seu peito.
[…]
Grady sorriu longamente, quando sentiu o corpo dela espremendo-se contra o seu próprio, abraçando-o como se fosse parte de um travesseiro gigante.
Ele soltou-se lentamente e ouviu-a lamuriar-se quando abraçou o travesseiro dele e aspirou longamente o cheiro impregnado por todo o quarto.
Grady nunca havia se sentido como se sentia agora. E ele não se arrependia de nada. Apenas de ter demorado a admitir seus sentimentos. Sabia que ela poderia não querer nem vê-lo quando acordasse, mas ele estava disposto a arriscar. Ela vale a pena. Não havia outro pensamento tão coerente ou igualmente forte em sua mente.
Ele vestiu o short e abriu a porta sabendo que tinha que enfrentar Omar e seu pai agora. Os irmãos estavam jogando baralho, muito despreocupados e leves. Grady bocejou localizando Omar e guiou-se para lá, lentamente. Ele não estava ansioso pela conversa.
─ Não case ainda. – Omar disse assim que ele aproximou-se o suficiente. Grady sentou-se ao seu lado lentamente, ainda incapaz de esboçar qualquer reação.
─ O quê? – Ele finalmente perguntou.
─ Não case ainda. Namore-a e bem… namore-a. Espere ela se acostumar a isso, é muito cedo.
─ Hum… certo. – Grady concordou. ─ Eu acho que é muito para ela aceitar, não é?
─ Com certeza.
─ Acha que ela ficará bem? – Grady finalmente perguntou.
─ Eu tenho certeza. Só… cuide da minha garotinha.
─ Eu vou.
─ Nunca a magoe.
─ Eu vou tentar.
─ Nós queremos um almoço. – Grady o olhou sem entender e viu seus irmãos pararem de jogar, olhando também.
─ Isso é tipo aqueles almoços de noivado? – Braden perguntou gargalhando.
─ Wow, pode apostar, Brad. – Rave riu com o irmão. – Você tá na merda, irmão.
─ Vai ter que casar. – Anton piscou vindo da cozinha com Shannon. Ela entregou à Grady uma bandeja com o almoço.
─ Eu caso, não é um problema para mim. – Grady brincou e começou a comer.
[…]
Leah abriu os olhos e viu um grande branco. Demorou um pouco mais do que ela esperava até perceber que era a fronha do travesseiro que abraçava.
Ela espreguiçou-se sentindo o vazio na cama e a falta do calor a incomodou. Tentou não ligar e foi sucesso quando ela não rosnou. Percebeu que era a casa de Von, quando sentou-se na cama e observou melhor o quarto já conhecido.
O cheiro de sexo misturando-se ao cheiro dela e de Grady era agradável aos seus sentidos aguçados. Leah deitou novamente, respirando fundo e tentando lembrar-se da noite passada.
Seu corpo lembrava-se muito bem de ter sido tomado – e ela não se arrependia em nada, o sexo com Grady era incrível –, mas fora isso, não lembrava nada. Sabia que coisas importantes haviam transcorrido, mas ela simplesmente não conseguia lembrar-se.
Lembrava dele ter-lhe dito algo importante, mas não conseguia lembrar o que era. Seus pensamentos foram cortados quando Grady entrou no quarto, trazendo uma bandeja com almoço.
Ela sentiu o cheiro do macarrão, extrato de tomate, ketchup e da carne moída. Sentia o aroma das laranjas usadas para fazer o suco e sentou-se incrédula com o sorriso que Grady ostentava.
─ Bom dia, querida. – Ele a cumprimentou e suas palavras foram tão confusas quanto o sorriso em seu rosto.
─ Hum… querida? Bom dia? Você… você não vai me matar, vai?
─ Oh, não. Eu quero muita coisa, mas te matar não está na lista.
Leah não teve conhecimento de quando ela prendeu a respiração, mas a soltava, sentindo-se aliviada, nesse momento. Ela ouviu umas risadas ao fundo e as ignorou, sabendo que eram os irmãos de Grady. Sentiu o toque suave dele, quando Grady tocou seu rosto, docemente. Fechou os olhos, apreciando o contato.
─ Temos que conversar. – Ela odiou ter que dizer as palavras e finalmente abriu os olhos.
Encará-lo a fazia sentir-se em casa. A estranha sensação de lar novamente em seu peito, fazendo-a hesitar e fechar-se. Nunca era uma boa opção. O amava, já sabia disso faz tempo, mas sentir-se dessa maneira a estava deixando louca. Completamente insana.
Leah suspirou, tentando ignorar a vontade massiva de dizer-lhe seus sentimentos. Queria pronunciar lentamente cada letra das palavras pequenas. Eu-amo-você. Eram as palavras que queriam saltar de sua boca e ela sabia que era um problema. Não podia admitir. Não antes de saber se ele estava sério ou brincando com ela.
Admitia também que não compreendia o motivo dele estar tão receptivo. Entendi errado. Que mico. Pensou frustrada, mas ainda assim não se atreveu a quebrar o silencio.
Grady a observava calado. Ela parecia confusa, enquanto ele tentava relaxá-la. Ela não precisava dizer. Ele a conhecia bem o suficiente para saber quais questionamentos estavam em sua mente.
Ela esqueceu. Foi com pesar que ele admitiu em sua mente, sem pronunciar uma palavra. Grady molhou a boca, preparando-se para repetir. Repetiria quantas vezes fosse necessário para ela lembrar. Era tudo o que importava.
Se ela souber disso. Se ela puder aceitar isso e me aceitar, o conjunto, então não haverá nada mais importante. Nada mais precioso. Apenas a minha Leah, num mundo modificado para os nossos olhos. Ele divagou e sorriu hesitante, enquanto molhava novamente a boca, já seca e se preparava para dizer. Ele abriu a boca e sabia que era o momento certo, o momento perfeito para dizer-lhe. Então ela se adiantou:
─ Eu não quero uma vida sem você, Grady.
Continua!
Oh, sim! Finalmente ela admitiu (?) os próprios sentimentos *-*
Espero que tenham gostado =3
Beijinhos!

4 comentários:

  1. "Admitiu" mais ou menos né? Agora os dois tem quue falar que amam o outro um na frente do outro AUSHUSHUHSUAHUA

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    1. kkkkkkkkkkkkk e o medo de assumir? xD
      Obrigada por ler e comentar <3 beijinhos ^^~

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Obrigada por comentar! Me deixa muito feliz *o*
Se tem dúvidas, pode perguntas quantas vezes quiser e eu responderei assim que for possível~XOXO.