Capítulo
38 – Diferentes
Quando
Grady foi busca-la na manhã seguinte, algo havia mudado. Leah tinha plena
certeza do que queria, não sabia se ia mudar de ideia novamente, mas sabia que
queria correr atrás da felicidade.
Não
tinha certeza sobre mais nada.
Leah
não o deixou falar por um longo tempo. Mesmo quando entraram em casa, ela só
foi ao próprio quarto e fechou a porta. Estar com ele era a melhor coisa do
mundo – mesmo quando estavam assim, um ao lado do outro, sem falar ou tocar –,
mas havia um mundo de coisas que precisavam resolver antes de ficaram juntos, antes
de conversarem, antes de sequer respirarem o mesmo ar.
Leah
nem chegou a deitar-se na cama. O cheiro dele estava por todo o quarto e a
raiva bateu profundamente nela. Ela o considerava e respeitava, mas ele não tinha
o mesmo cuidado por ela.
Ela
sabia, tinha plena certeza de que o amava mais do que um dia foi capaz de amar
Sam. Ela não tinha certeza se era a maior porcentagem de amor que sentira em
toda a sua vida, mas o sentimento era forte o suficiente para deixá-la sem ar e
quase enlouquecê-la.
Passou
a mão de forma cansada pelos cabelos que batiam pouco abaixo dos ombros agora. Queria
jogar tudo isso encima dele, queria que Grady sentisse a forte correnteza de
emoções que a dominava e ao mesmo tempo estava apavorada com as consequências que
isso traria.
Respirou
fundo, esperando que um pouco de coragem chegasse em seu coração e a
impulsionasse a dizer qualquer coisa para ele. Precisava resolver isso e sabia
o motivo. Ele ia precisar de sexo em breve e ela não queria que fosse só mais
uma foda, não queria se tornar mais um número na lista dele. Mas e se eu não passar disso? A insegurança
quase falou mais alto.
Ouviu
quando ele entrou no quarto e não precisou olhá-lo para saber o motivo. Sentia o
cheiro clássico e diferente da excitação dele. A emoção latejante nele e que
enviou ondas de calor para o corpo dela.
Leah
virou-se e soube que não poderia lutar contra ele. O amava. O desejava. Duas emoções
lutando tão ferozmente em seu peito que quase chegava a doer. Quase a destruía.
─
Preciso de você.
─
Sem adular mais, Grady. – Ela respondeu sem emoção. Ele pareceu ligeiramente
confuso.
Leah
andou pelo quarto e jogou para ele uma camisinha e o pote de lubrificante.
─
Sem adular mais. Nada de preliminares. Finalmente sei o meu lugar na sua vida.
O
rosnado que ele deu-lhe indicou que ele não concordava com seu ponto de vista e
mesmo assim, ele fez o que ela mandou, enquanto Leah se despia e jogava-se na
cama.
Ele
aproximou-se, o membro rígido e grosso se destacando orgulhosamente,
apontando-a. Grady pareceu querer se abaixar e colocar a boca nela, levá-la para
o clima de luxúria que havia no quarto.
─
Sem carinho, Grady. – O rosnado de Grady a fez sentir-se estranha.
─
Você gosta da minha boca…
─
Não, Grady. – Leah o interrompeu. – Não quero mais carinho, porque… bom, nós
somos incompatíveis. Você não pode me adular agora e agir como ontem. Então só
me foda como se eu fosse uma boneca de porcelana e em seguida, saia do quarto.
─
Você gosta quando eu durmo com você. – Ele protestou mais urgentemente.
─
Tem muitas coisas que eu gosto. Ser enganada não é uma delas. Esse é o trato. Aceite
ou saia do quarto. ─ Grady colocou ambas as mãos no quadril dela, parecendo
irritado.
─
Eu posso te fazer me querer.
Leah
não tinha dúvidas.
[…]
Cada
estocada profunda dentro dela, cada gota do sémen que ficou presa na camisinha
e cada rosnado a reclamaram como dele e ainda parecia que estava traindo a si
mesma.
Ele
realmente a havia feito chegar lá duas vezes sem tocar em seu clitóris. Sua regra,
seu corpo e seu maldito e traidor coração a estavam enlouquecendo.
Deixou
que a água levasse consigo o cheiro do sexo trocado minutos antes e podia
ouvi-lo rosnando do outro lado da casa, mas não se importou mais tanto assim. Precisava
lidar primeiro com a sua própria dor.
Fechou
os olhos, encostando a cabeça no azulejo desejando que tudo fosse muito mais
fácil. Não era. Nem de longe. E desejar que fosse não ia mudar nada.
Alguns dias
depois…
─
Quanto tempo vamos ficar assim? – Grady perguntou a seguindo para a cozinha. Leah
preparou um prato com miojo e pedaços de carne, colocou-o na mesa e começou a
comer silenciosamente. – Lee, por favor. Eu não aguento mais tocar em você assim.
Eu te amo.
A
comida ficou presa em sua garganta e ela engoliu calmamente, tentando pensar
com clareza. Precisava que ele entendesse. Os últimos dias tinham sido uma
variação de lágrimas, sexo quente e pensamentos sobre os dois.
─
Sexo e amor são coisas diferentes, Grady. – Leah finalmente disse, acatando a
ideia de conversarem. – Eu amo você, mas você não me ama. Você gosta do sexo.
─
É mentira. – Ele rosnou. – Eu amo você.
─
Não. Você não ama. É diferente, Grady.
─
Eu amo você. – Leah suspirou quando ele insistiu. – Eu amo você porque tudo
gira em torno de você agora. Minha vida, quem eu era, isso não importa mais.
─
E Megan?
─
Ela não me importa mais também. Eu só quero você, me preocupo com você e quero
cuidar de você. Eu nunca mais quero te machucar de novo e eu sei que vou. Não
sou perfeito, mas não sou idiota também, Lee. Fica comigo, casa comigo? A gente
pode viver aqui se você não quiser morar no meu AP, Anton quer mesmo ficar
sozinho com a mulher e bem… é mais difícil quando você divide o AP com seu
irmão. Que acha, anjo?
Leah
não tinha palavras para expressar o que pensava. O amo. Mas ele pode estar confuso e se arrepender. Tempo. Precisamos de
tempo para decidir. Finalizou o pensamento tomando a decisão de sua vida.
Ela tinha plena certeza que isso a mudaria para sempre.
─
Tudo bem. É um pouco demais para mim, mas tudo bem. Vou parar de agir dessa
forma, mas da próxima vez que ousar cogitar qualquer coisa envolvendo mais uma
pessoa conosco, eu vou sumir, entendeu? Você nunca mais vai me ver.
─
Eu estava te protegendo! – Ele rosnou irritado e passou uma mão nos cabelos,
aparentando cansaço. ─ Prometo que não vou mais tentar nada com três pessoas e
um quarto.
─
Bom. Muito bom.
─
E sobre o casamento?
Continua!
É isso aí! Espero que
tenham gostado ^-^
Beijinhos <3
kkkkk cara eu amo essa fic serio! EU amo muito muito e muito mesmo!
ResponderExcluirSabe aquele livro "Paixão sem limites?" Então esa fic me faz lembrar-me daquele casal fofo, um rockstar completamente mudado por conta de uma garota doce e complicada assim como Lee <3
Nunca li esse livro, vou por na minha lista kkkkk
ExcluirObrigada por gostar da fanfic *-* isso me deixa super feliz <3
Grady realmente mudou desde o começo da fic, mas eu acho que ele sempre foi doce, só que precisava que alguém quebrasse essa resistência dele e achou a garota perfeita, Lee é turrona, cabeça dura, mas ainda assim doce e amável, complicada e cheia de cicatrizes por causa do jeca do Sam, perfeita para ele *-*
Obrigada por ler e comentar *----*
Adorei o capitulo :)
ResponderExcluirAwwww obrigada *-*
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