Capítulo
38 – Coisa de garota
Tem dúvidas que só
podem ser coisa de garota!
Boa leitura!
Coisa
de garota
Leah
sabia que não poderia esconder-se em seu quarto para sempre. Por isso, ela
levantou-se lentamente e guiou-se para a sala, deixando a porta encostada.
Os
pensamentos estavam completamente focados na voz que ouvira anteriormente. Quem era aquela mulher? Era a pergunta
que aparecia mais em seus pensamentos.
Ela
hesitou no meio da escada ao ver a silhueta magra de Megan sentada de costas
para onde ela estava. Leah considerou altamente voltar para o próprio quarto e
só sair de lá quando Megan fosse um esqueleto abaixo da terra.
Não
é que encontrá-la fosse muito ruim, mas ela não tinha certeza do que havia
entre Megan e Grady. Não sabia se ela o amava e se ainda eram namorados. Não
queria estar nesse fogo cruzado de graça. Lutaria por Grady apenas se ele a
amasse, mesmo que apenas um pouco. Apenas
por um momento. Sua mente a lembrou.
─
Algum problema, querida? – Minnie perguntou olhando para cima e Leah tomou uma
longa respiração, movendo-se lentamente.
─
Nenhum, tia. – Forçou a resposta, mas sabia que todos sabiam o motivo da
hesitação e o motivo pelo qual o ambiente na sala estava subitamente pesado.
Leah
sentou-se ao lado de Sunshine, o local que lhe fora indicado e comeu um
brigadeiro para não ter que participar da conversa animada que voltava a se
estabelecer no ambiente.
Ela
percebeu que as outras irmãs – não acostumadas à ela – estavam, volta e meia,
medindo-a e provavelmente sentindo o cheiro do irmão misturado ao seu próprio.
─
Então ele simplesmente apareceu nas nossas terras gritando que amava a Meg. –
Jessica riu balançando a cabeça. – Mas eu gostei do que eu vi. E ele é de La
Push. – Ela respondeu olhando diretamente para Leah, enquanto comia uma batata
frita feita por Minnie.
─
Quem estava gritando? – Leah subitamente perguntou. – Collin? Brady? Hm… Talvez
Embry? Hm… não. Embry não.
─
Por que Embry não? – Megan a questionou seriamente. As duas se encararam por
longos segundos. – Você era apaixonada por ele?
─
Não. Embry jamais se deixaria levar pelo imprinting.
─
Por que? – Megan a questionou novamente, Leah suspirou. Não ia entrar em
detalhes sobre a vida do colega de ex-bando.
─
Embry foi abandonado pelo pai. Ele não quer um vínculo. Suas namoradas duram no
máximo dois meses. A que demorou mais foi três meses e olha que essa até eu
tinha vontade de terminar com ela. – As meninas riram. Leah continuou:
─
Ele costuma paquerar as turistas, diz que variar o cardápio é bom para todo
homem jovem e cheio de hormônios lobo. Hm… sua mãe também não ia aceitar
qualquer uma. Dona Célia é muito exigente. Talvez até mais que a Dona Sara, mãe
do Sam.
─
Ele teve um por Megan.
─
Sim, eu tive. – Ele disse da porta. – E eu gostaria de conversar com você, Lee.
Assunto do bando. Particular. Hum… Jake, Nessie, Bellavadia. Você conhece a
ladainha.
─
Diga-lhe que não vou.
─
Ele me disse para não aceitar essa resposta. – Ele riu e a ajudou a se levantar
do chão. Os dois foram para cozinha conversar mais privadamente.
─
Então? – Leah sussurrou. Embry captou a ideia. – Não foi só por causa do Sam
idiota ou do Jake que você veio.
─
Grady me pediu ajuda. Não sei o que você quer que ele saiba e você me
castraria. Sam também não quer mais ver Emily preocupada, você devia
responde-la logo, antes que ele nos enlouqueça.
─
Responder? Ajuda com o quê?
─
Sam está cansado de esperar e de ver Emily preocupada sobre a proposta. Você devia
ligar e aceitar, de preferencia, antes que eles enlouqueçam-nos. Porque acha
que fui eu a cobaia? Você me adora.
─
Só que nunca.
Ele
riu baixinho, antes de continuar:
─
E sobre Grady? Ele disse algo sobre “acasalamento”. Você acasalou com ele? Tão rápido?
Também não sabia como responder, porque não tenho certeza do quanto você quer
que ele saiba. Ele me perguntou qualquer coisa sobre orquídeas e sua comida
favorita.
─
Hum…
─
Hum? Ele com certeza espera ouvir mais quando me ligar em… 15 minutos.
─
Diga-lhe o básico do que conhece de mim. Oculte a parte sádica.
─
Certo. Hum…
─
O quê, Embry? – Leah questionou-o com a sobrancelha levantada.
─
Vocês acasalaram? Mesmo? Quer dizer, não é um pouco rápido?
─
Nós… meio que… sei lá. – Embry bufou para a resposta. Leah respirou lentamente
antes de responder-lhe novamente: ─ É que… ele sabe como convencer uma mulher sabe?
─
Hum… convencer? – Embry pensou por um momento e o raro sorriso travesso dele
fez-se presente em seu rosto. – Hum… saquei.
─
Gritando, ein? – Leah apressou-se a brincar com ele, antes que Embry zoasse com
sua cara.
─
Ah! Bem… quando eu vi… já tinha gritado a ultima sílaba.
─
Escute. – Leah deixou o sorriso morrer. Precisava informa-lo antes que ele se
machucasse. Imprinting era uma coisa muito perigosa quando envolvia rejeição. –
Ela é algo entre namorada e ex-namorada do Grady. Não se machuque. Tome cuidado.
Leah
andou de um lado à outro na cozinha desejando correr para os braços de Grady,
jogar-se naquele meio de músculos e beijar a boca gostosa. Mas não poderia
tomar essa atitude até que ele descobrisse quais eram seus sentimentos por ela.
Até que ele admitisse ou não.
Ele foi atrás de mim. Cuidou
enquanto eu precisava. Pensou lembrando-se dos fatos
recentes. A mordida em seu seio todos os dias a lembravam da intimidade e do
amor que latejava em seu peito. Embry de repente a trouxe de volta à realidade,
tocando em seu ombro. A mordida quase esquecida ali fez cócegas, quando ele
tocou.
─
Eu vou. – Ele sorriu e beijou a testa de Leah. – Eles terminaram, querida.
De
repente pareceu que o mundo todo estava mais leve e Leah tinha certeza do
motivo. É porque eu o amo. Ela não se
sentiu tão pesada em admitir isso agora. Talvez por seus deveres ou por suas
certezas. Precisava apenas que ele admitisse e a aceitasse em sua vida.
─
Por que você não está lá com ele? – Embry perguntou parecendo o mesmo cara
atencioso de sempre.
─
Por que… é difícil, Embry. São tantas coisas que me fazem hesitar. Aceite isso
como “coisa de garota”. – Ele girou os olhos, aceitando sua resposta.
Podemos lidar com o
bando? Ela não estava animada para descobrir a resposta. Tudo
o que tinha certeza de que queria e ansiava nesse momento era ter Grady com ela
para sempre.
Mas e aquela mulher? A
pergunta era quase um lembrete do que não podia fazer ainda. Preciso esperar. Apenas mais um pouco. Decidiu.
E se…
Leah
balançou a cabeça e pediu algum tempo para Embry, enquanto guiava-se para a
sala decidida a descobrir mais da família do homem que ama mais do que a si
própria.
Continua!
Oh sim! Será que ela
finalmente admitirá seus sentimentos para a pessoa certa? Será que Grady
perceberá que não há nada a perder estando com Leah? Será que ele finalmente
vai perceber o que ele tem? Tudo isso no próximo capítulo!
Até amanhã ^-^
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