terça-feira, 21 de outubro de 2014

[Lua Cheia] Capítulo 38 - Coisa de garota

Capítulo 38 – Coisa de garota
Tem dúvidas que só podem ser coisa de garota!
Boa leitura!
Coisa de garota
Leah sabia que não poderia esconder-se em seu quarto para sempre. Por isso, ela levantou-se lentamente e guiou-se para a sala, deixando a porta encostada.
Os pensamentos estavam completamente focados na voz que ouvira anteriormente. Quem era aquela mulher? Era a pergunta que aparecia mais em seus pensamentos.
Ela hesitou no meio da escada ao ver a silhueta magra de Megan sentada de costas para onde ela estava. Leah considerou altamente voltar para o próprio quarto e só sair de lá quando Megan fosse um esqueleto abaixo da terra.
Não é que encontrá-la fosse muito ruim, mas ela não tinha certeza do que havia entre Megan e Grady. Não sabia se ela o amava e se ainda eram namorados. Não queria estar nesse fogo cruzado de graça. Lutaria por Grady apenas se ele a amasse, mesmo que apenas um pouco. Apenas por um momento. Sua mente a lembrou.
─ Algum problema, querida? – Minnie perguntou olhando para cima e Leah tomou uma longa respiração, movendo-se lentamente.
─ Nenhum, tia. – Forçou a resposta, mas sabia que todos sabiam o motivo da hesitação e o motivo pelo qual o ambiente na sala estava subitamente pesado.
Leah sentou-se ao lado de Sunshine, o local que lhe fora indicado e comeu um brigadeiro para não ter que participar da conversa animada que voltava a se estabelecer no ambiente.
Ela percebeu que as outras irmãs – não acostumadas à ela – estavam, volta e meia, medindo-a e provavelmente sentindo o cheiro do irmão misturado ao seu próprio.
─ Então ele simplesmente apareceu nas nossas terras gritando que amava a Meg. – Jessica riu balançando a cabeça. – Mas eu gostei do que eu vi. E ele é de La Push. – Ela respondeu olhando diretamente para Leah, enquanto comia uma batata frita feita por Minnie.
─ Quem estava gritando? – Leah subitamente perguntou. – Collin? Brady? Hm… Talvez Embry? Hm… não. Embry não.
─ Por que Embry não? – Megan a questionou seriamente. As duas se encararam por longos segundos. – Você era apaixonada por ele?
─ Não. Embry jamais se deixaria levar pelo imprinting.
─ Por que? – Megan a questionou novamente, Leah suspirou. Não ia entrar em detalhes sobre a vida do colega de ex-bando.
─ Embry foi abandonado pelo pai. Ele não quer um vínculo. Suas namoradas duram no máximo dois meses. A que demorou mais foi três meses e olha que essa até eu tinha vontade de terminar com ela. – As meninas riram. Leah continuou:
─ Ele costuma paquerar as turistas, diz que variar o cardápio é bom para todo homem jovem e cheio de hormônios lobo. Hm… sua mãe também não ia aceitar qualquer uma. Dona Célia é muito exigente. Talvez até mais que a Dona Sara, mãe do Sam.
─ Ele teve um por Megan.
─ Sim, eu tive. – Ele disse da porta. – E eu gostaria de conversar com você, Lee. Assunto do bando. Particular. Hum… Jake, Nessie, Bellavadia. Você conhece a ladainha.
─ Diga-lhe que não vou.
─ Ele me disse para não aceitar essa resposta. – Ele riu e a ajudou a se levantar do chão. Os dois foram para cozinha conversar mais privadamente.
─ Então? – Leah sussurrou. Embry captou a ideia. – Não foi só por causa do Sam idiota ou do Jake que você veio.
─ Grady me pediu ajuda. Não sei o que você quer que ele saiba e você me castraria. Sam também não quer mais ver Emily preocupada, você devia responde-la logo, antes que ele nos enlouqueça.
─ Responder? Ajuda com o quê?
─ Sam está cansado de esperar e de ver Emily preocupada sobre a proposta. Você devia ligar e aceitar, de preferencia, antes que eles enlouqueçam-nos. Porque acha que fui eu a cobaia? Você me adora.
─ Só que nunca.
Ele riu baixinho, antes de continuar:
─ E sobre Grady? Ele disse algo sobre “acasalamento”. Você acasalou com ele? Tão rápido? Também não sabia como responder, porque não tenho certeza do quanto você quer que ele saiba. Ele me perguntou qualquer coisa sobre orquídeas e sua comida favorita.
─ Hum…
─ Hum? Ele com certeza espera ouvir mais quando me ligar em… 15 minutos.
─ Diga-lhe o básico do que conhece de mim. Oculte a parte sádica.
─ Certo. Hum…
─ O quê, Embry? – Leah questionou-o com a sobrancelha levantada.
─ Vocês acasalaram? Mesmo? Quer dizer, não é um pouco rápido?
─ Nós… meio que… sei lá. – Embry bufou para a resposta. Leah respirou lentamente antes de responder-lhe novamente: ─ É que… ele sabe como convencer uma  mulher sabe?
─ Hum… convencer? – Embry pensou por um momento e o raro sorriso travesso dele fez-se presente em seu rosto. – Hum… saquei.
─ Gritando, ein? – Leah apressou-se a brincar com ele, antes que Embry zoasse com sua cara.
─ Ah! Bem… quando eu vi… já tinha gritado a ultima sílaba.
─ Escute. – Leah deixou o sorriso morrer. Precisava informa-lo antes que ele se machucasse. Imprinting era uma coisa muito perigosa quando envolvia rejeição. – Ela é algo entre namorada e ex-namorada do Grady. Não se machuque. Tome cuidado.
Leah andou de um lado à outro na cozinha desejando correr para os braços de Grady, jogar-se naquele meio de músculos e beijar a boca gostosa. Mas não poderia tomar essa atitude até que ele descobrisse quais eram seus sentimentos por ela. Até que ele admitisse ou não.
Ele foi atrás de mim. Cuidou enquanto eu precisava. Pensou lembrando-se dos fatos recentes. A mordida em seu seio todos os dias a lembravam da intimidade e do amor que latejava em seu peito. Embry de repente a trouxe de volta à realidade, tocando em seu ombro. A mordida quase esquecida ali fez cócegas, quando ele tocou.
─ Eu vou. – Ele sorriu e beijou a testa de Leah. – Eles terminaram, querida.
De repente pareceu que o mundo todo estava mais leve e Leah tinha certeza do motivo. É porque eu o amo. Ela não se sentiu tão pesada em admitir isso agora. Talvez por seus deveres ou por suas certezas. Precisava apenas que ele admitisse e a aceitasse em sua vida.
─ Por que você não está lá com ele? – Embry perguntou parecendo o mesmo cara atencioso de sempre.
─ Por que… é difícil, Embry. São tantas coisas que me fazem hesitar. Aceite isso como “coisa de garota”. – Ele girou os olhos, aceitando sua resposta.
Podemos lidar com o bando? Ela não estava animada para descobrir a resposta. Tudo o que tinha certeza de que queria e ansiava nesse momento era ter Grady com ela para sempre.
Mas e aquela mulher? A pergunta era quase um lembrete do que não podia fazer ainda. Preciso esperar. Apenas mais um pouco. Decidiu. E se…
Leah balançou a cabeça e pediu algum tempo para Embry, enquanto guiava-se para a sala decidida a descobrir mais da família do homem que ama mais do que a si própria.
Continua!
Oh sim! Será que ela finalmente admitirá seus sentimentos para a pessoa certa? Será que Grady perceberá que não há nada a perder estando com Leah? Será que ele finalmente vai perceber o que ele tem? Tudo isso no próximo capítulo!

Até amanhã ^-^

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