Capítulo
46 – Mamãe…
Os
minutos tornaram-se horas enquanto Leah esperava sua mãe chegar à grande casa
dos parentes de Debbie. Ela cruzou as pernas, sentada na varanda baixa da casa
e olhando a paisagem, enquanto sua mente ia muito longe, para um lugar seguro e
longe dos últimos acontecimentos.
─ Estou com medo. – A menininha
de 6 anos ofegou olhando os olhos tão castanhos quanto o caule das árvores e
sentiu um afago em seus cabelos. – Papai, estou com medo desse barulho.
─ São só trovões,
querida.
─ Eles são altos. Deixa
eu dormir com você e a mamãe?
─ Você já é uma
garotinha, não pode mais.
─ Mas…!
─ E uma guerreira
Quileute… ou eu me enganei? – Harry perguntou teatralmente.
Leah pensou por um
momento. Ela era uma guerreira e uma menina. Qual dos dois iria ser hoje? Optando
pelo mais sensato, cruzou os braços e fechou a cara.
─ Seth dorme com vocês.
– Disse emburrada.
─ Seth tem pouco mais
do que 1 ano, meu anjo.
─ Eu quero ser bebê
também! – Sussurrou tremendo quando mais um trovão cortou o céu e quase a
deixou surda. – Não quero ficar sozinha.
─ Sempre mantenha seu
coração naqueles que ama e você nunca estará sozinha.
Leah
ainda se lembrava daqueles tempos com uma saudade quase dolorosa. Já havia
aceitado e entendido o destino de seu pai, claro que com uma intimidade quase
insensata.
Não
precisou usar nenhum de seus sentidos aguçados para saber que Grady a observava
do batente da porta. Não havia uma resposta para ele ou os irmãos. Ela não estava
sendo perguntada, mas sim intimidada a executar uma tarefa que a repugnava na
mesma medida que deixava ligeiramente aliviada.
Fechou
os olhos por um instante visando sentir o vento frio e o cheiro das folhas indo
para o início de outono. Deixou que seus sentidos viajassem um pouco até ouvir
o som dos pneus massacrando o chão de terra. Seu coração acelerou, conforme
sentia sua pulsação latejando e sua pressão sanguínea subindo.
─
Vai dar tudo certo. – Grady disse baixinho. Leah não sentiu necessidade de
responder. – Não vai?
─
Vai. – Ela não estava certa quando respondeu.
─
Você consegue.
Leah
ficou em silencio.
─
É a saúde mental do meu pai, Lee. Você vai conseguir, certo? – Grady perguntou
indo para a frente da mulher que amava quase loucamente.
Muito loucamente. Ele
pensou distraindo-se ligeiramente com os pequenos detalhes incomuns na face já
conhecida e amada. Os cabelos caindo do coque malfeito e adornando o rosto em
ondas ligeiramente bagunçadas, os olhos castanho-claros, quase verdes. A boca
que escondia os sorrisos que ele já decorava e dizia coisas desconcertantes…
Tudo nela o atraía como uma beleza fatal.
Foi assim com meu pai
também? Grady questionou-se e sabia que provavelmente nunca
saberia a resposta.
─
Sim. Eu consigo. – Leah respondeu finalmente, soltando uma longa respiração. –
Eu acho.
Ela
sussurrou a ultima parte levantando-se da cadeira e mantendo os olhos na picape
que sua mãe dirigia, saindo pela orla da floresta e estacionando ao lado do
carro dos Harris.
Sue
desceu do carro rapidamente, olhando para o local com olhos clínicos e
parecendo preocupada. Segundo o que Anton havia dito a Leah, ele tinha ligado
para sua mãe e contado-lhe uma história meio estranha de que ela não passava
bem.
─
Leah!
─
Deixe-nos sozinhas, Grady.
─
Mas…
─
Por favor. – Leah sussurrou antes de ir ao encontro de sua mãe, que já estava
com os braços abertos, esperando um abraço.
Grady
rosnou inconformado, virando-se e entrando na casa. Leah desviou os olhos do
homem bonito e abraçou fortemente sua mãe, não tão forte que a machucaria, mas
o suficiente para tranqüilizá-la.
─
E Charlie? – Leah perguntou abafado.
─
O que tem ele? – Sue questionou piscando os grandes olhos cor de amêndoa.
─
Como está a relação de vocês?
─
Vai indo.
─
Como assim?
─
Me disseram que você estava mal, mas parece que está tudo bem.
─
Há uma pessoa doente, se é o que está querendo saber. – Leah soltou. – Como
assim “indo”?
─
Nós temos estado brigando por bobagens, nada com que se preocupar. Quem está
doente? – Sue encostou-se no carro e a filha fez o mesmo, enquanto a mãe
dirigia para a mais nova um sorriso travesso de canto. – Não é você ou Grady,
imagino.
─
Não, não é. É Elroy. – Leah disse observando atentamente os olhos de sua mãe. Se
a conhecia bem o suficiente, sabia que os olhos dela eram mais expressivos do
que Sue gostaria.
E
estava certa.
Sue
piscou afetada pela pronúncia do nome e o que as palavras de sua filha poderiam
significar. Ela não estava certa de que queria ouvir a resposta, mas algo em
seu âmago disse-lhe que tinha haver com Eve. A mulher simplesmente levantava
suas suspeitas, podia não haver motivo, mas Sue não conseguia confiar na rival.
Rival? De onde tirei isso? Questionou-se
esperando que a filha continuasse. Leah não o fez, parecendo estar muito
concentrada em qualquer coisa em seu rosto.
─
E? – Sue forçou a filha a falar. Leah suspirou antes de continuar:
─
É temporada de acasalamento.
─
E qual a novidade nisso? – Sue perguntou franzindo as sobrancelhas,
completamente confusa.
─
É que…
─
Vamos, diga para a mamãe. – Sue a encorajou e Leah sorriu saudosa, lembrando-se
de sua infância.
─ O que houve meu anjo?
Vamos, diga para a mamãe. – Sue questionou a garotinha de 8 anos chorosa.
─ Seth pegou meu
pirulito e jogou na areia da praia. – A garotinha disse soluçando.
─ E por quê ele fez
isso?
─ Só porque eu não quis
dividir. Mas era meu!
─ Devemos dividir
nossas coisas, meu anjo. E eu não te dei dinheiro para comprar dois?
─ Sim, mas eu queria os
dois.
Leah
quase riu de si mesma, ao lembrar e sabia que sua mãe parecia estar lembrando
desses fatos corriqueiros também. A mais jovem balançou a cabeça tentando
afastar um pouco as lembranças e olhou a mãe avidamente, antes de responder
adequadamente:
─
Eve tentou assassinar o marido e ele precisa de alguém com um laço tão forte
quanto o do acasalamento para continuar são. – Leah disse calmamente, quase
friamente, contrariando o próprio interior que rugia e queimava, preocupada com
o desenrolar dos fatos. – Ele precisa da senhora, mãe.
Sue
parecia incapaz de dizer qualquer coisa, mesmo discordar.
Continua…
Olá! Eu sei que demorou
um bocado, mas cá está ele XD
Não garanto que amanhã
tem postagem, vou tentar trazer, mas não garanto nada!
Peço desculpas pela
demora e espero que tenham gostado! Beijinhos ^^~
o que dizer desse capiyulo, você demora muito para postar, e essa espera nos deixa anciosos e me faz ver que escritora seria a senhorita Ayala é, uma historia mesmo com a maior parte sendo do livro da Laurann você poe muito de si mesma nela, e a Sue, ah,ah,ah safadinha, ela gosta dele, mais gente cade a cena do nosso lobão correndo atraz da cauda da Leah ? kkkkkkk, esta perfeito o capitulo flor, ARRASA SUE!!!!!!!!! AGARRA O CHEFÂO MINHA FILHA KKKKKKKKK.
ResponderExcluirSim é verdade! Apesar de que muito da personagem eu retirei também da minha análise sobre ela no ultimo livro (Amanhecer), há algo que eu acho que é parecido comigo. Nós duas não tivemos/temos vidas muito fáceis e o Grady lembra um pouco o meu namorado, então acaba tendo um pouco de self-inserction haha~ mesmo sem querer xD
ExcluirSobre essa cena aí kkkkk aguarde, acho que ela será uma das mais comentadas kkkkkkk
Espero que continue curtindo! Prometo que a história estará em breve aqui no blog e no Nyah! Fanfiction ^^ só não está aqui ainda porque estou aguardando minha beta ^^~
Beijinhos e obrigada por ler e comentar!
O.O posta mais
ResponderExcluirPode deixar! Assim que eu receber o capítulo, posto aqui, flor ^^~
ExcluirObrigada por ler e comentar <3
Beijinhos!
O.O posta mais
ResponderExcluirPode deixar! Assim que eu receber o capítulo, posto aqui, flor ^^~
ExcluirObrigada por ler e comentar <3
Beijinhos!
Nossa! Amei!
ResponderExcluirObrigada, linda <3
ExcluirBeijinhos ^^~
posta mais por favor ,estou super curiosa para saber oq vai acontecer ,poste o mais rápido possivel
ResponderExcluirPrometo tentar ser mais rápida!
ExcluirObrigada por ler e comentar, perdão pela longa demora em responder e continue lendo, por favor *-* aposto que vai se apaixonar pelo Grady! haha~~ beijinhos ^^