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Capítulo 47 – Resistir, não mais
Leah
deu, provavelmente, o sorriso mais hesitante de sua vida adulta. A mãe a olhou
ainda por alguns segundos antes de finalmente parecer estar chegando na
conclusão óbvia dos fatos.
─
O que não está me dizendo, querida?
─
Você sabe como é, mãe. Acasalamento. Época complicada essa.
─
Falta menos de uma semana. Ele pode…
─
É para além disso, Sue. – Anton interrompeu sobressaltando as duas, saindo da
casa e sentando-se nos degraus, encarando-as quase inquisitoramente. Muito sério.
– Papai precisará de alguém que seja próximo o suficiente para…
─
Formar o vinculo. – Sue respondeu hesitante. – Eu… não posso. Tenho namorado. –
Disse quase obviamente.
─
Eu sei. – Anton disse calmamente. – Mas meu pai foi seu primeiro namorado, ele
não merece uma chance? Papai é um bom homem, não vai se recuperar sem a ajuda
de alguém próximo.
─
Seu pai teve muitas namoradas.
─
Você é a única que poderia trazê-lo de volta para nós e sabe o motivo.
─
O que você…?
─
O que eu não estou sabendo? – Leah finalmente perguntou interrompendo o
tiroteio de informações que eles trocavam.
Como
se fosse um lembrete de quase três anos atrás, ela percebeu, novamente, que
haviam coisas escondidas dela e não soube se realmente queria a resposta, ainda
assim, continuou esperando que eles respondessem sua pergunta. Nenhum dos dois
o fez, no entanto.
─
Mãe? Anton?
─
Então, Sue? – Anton perguntou, ignorando completamente Leah.
Leah
bufou cruzando os braços apertado sobre o peito, seu coração estava agitado,
ansioso pela resposta de sua mãe. Havia tanto que queria saber, agora que sua
curiosidade fora atiçada, mas não ia perguntar novamente. Não para Anton. Com Sue
suas esperanças estavam esgotadas. O passado de sua mãe era um mistério para
ela própria.
Sue
tomou uma longa respiração antes de parecer querer respondê-los. Leah sentiu os
pelos de sua coluna arrepiando-se terrivelmente, nunca um bom sinal. Mas surpreendentemente,
Sue baixou a cabeça num assentir afirmativo quase invisível.
─
Vou fazer uma ligação. – Ela disse em seguida, deixando Leah e Anton
encarando-se com emoções mescladas, enquanto abria a bolsa e se distanciava
deles.
─
Mãe…
Sue
não respondeu.
Anton
levantou-se sem dizer uma palavra mais e entrou na casa, lançando um olhar
calculado de Leah à Sue. Para a mais nova um aviso, para a mais velha, uma
simples análise.
Leah
deixou sua mãe sozinha na frente da casa, entrando também no recinto e
deparando-se, quase instantaneamente, com os braços de Grady a segurando
firmemente contra o próprio peito dele, quente, forte e firme. Deu-lhe um pouco
de segurança e equilíbrio, até que ela suportou quebrar o abraço e olhá-lo,
afastando-se um pouco. Não o suficiente para soltar os braços dele de sua
cintura, mas o suficiente para conseguir respirar sem sentir-se tonta pelo
cheiro masculino e pelas emoções que remexiam-se loucamente dentro dela a cada
vez que chegava perto dele.
Como se eu precisasse de
mais insegurança ainda. Pensou levemente chateada consigo mesma.
─
Você conseguiu.
─
É. – Ela disse baixinho, quase bobamente.
─
Eu sabia que você ia. Estava confiante em você.
─
O que sabe sobre o passado do seu pai com minha mãe? – Ela perguntou
diretamente e um olhar bastou para saber que Grady não diria uma palavra a
respeito.
─
Assunto fora dos limites.
─
Pensei ter ouvido que confiava em mim.
─
Sim.
─
Então diga-me. O que é tão sério que eu não posso saber?
─
Que tal: um assunto que não lhe desrespeita? – Leah ouviu a voz distinta de Von
soltar com ironia.
─
Claro que me desrespeita! É da minha mãe que estamos falando! – Ela protestou
avidamente, mas os irmãos não disseram uma palavra sobre o ocorrido.
Sue
não demorou muito mais do que 15 minutos para entrar na casa, sendo guiada por
Debbie até o andar superior e aos aposentos de Elroy. Ela pensou que jamais sentir-se-ia
nervosa novamente como estava sentindo-se agora, mas, por ironia do destino,
ela estava com todas as emoções infantis e comuns a adolescentes em seu
primeiro encontro, flutuando em sua pele, quase saltando de seus poros.
A
porta grande de madeira tinha entalhado o desenho de um lobo uivando e o nome “Consultório”
embaixo, com letras douradas. Não havia dúvida. Atrás daquela porta estava o
homem que mudou toda sua vida.
Ela
ainda não sabia dizer em que sentido. Mesmo anos após a ultima vez em que
estiveram, de fato, sozinhos. Parecia ter sido no século passado, quando ela
renegara a si mesma e a vida que conhecia.
Sue
quase gritou de alívio no momento em que a porta abria-se, revelando, além dos
aparelhos duas macas enormes. Uma delas com Elroy, a outra vazia. Não por
vê-lo, mas por sentir seus velhos hormônios adormecidos ganhando vida.
O
som que queria escapar-lhe pelos lábios, mas ela manteve-os selados, quase em
transe. O homem abriu os olhos e ele ainda era tão bonito – talvez mais, sim,
com certeza a idade havia feito-lhe melhoras notáveis – quanto da ultima vez em
que seus lábios se tocaram.
Sue
não pode resistir por mais tempo, caminhando a passos decididos até a cama,
selou suas vidas mais uma vez ao colar seus lábios cheios aos rachados e
pálidos de Elroy. Não havia um segundo pensamento em sua mente, apenas o grande
nada prazeroso e a névoa da satisfação os adormecendo para a realidade.
[…]
─
Acha mesmo que dará certo? – Leah questionou Grady mais uma vez, andando de
lado à outro dentro do quarto.
─
Acho.
─
Tem certeza de que Elroy está a salvo? Sabe, não acho seguro nem para ele, nem
para minha mãe.
─
Vai ficar tudo bem.
─
Eu só acho que devíamos ser mais precavidos, afinal…
─
Leah. – Grady a parou, sorrindo. – Vai fazer um buraco no chão se continuar
andando de lado à outro.
─
Grady!
─
Meu pai e sua mãe são grandinhos. – Ele disse esboçando um sorriso pequeno. –
Vão se resolver e vai ser difícil e doloroso para todo o bando, mas é uma
transição necessária.
─
Transição necessária?
─
Você vai entender em breve. No momento só preocupe-se com você. Como está se
sentindo?
─
Enganada. Como se estivessem omitindo fatos de mim. Ah! É mesmo! Estão. – Ela respondeu
ironicamente, fechando a expressão.
─
Além disso? – Ele perguntou rindo.
─
Só dolorida. O de sempre. Minhas costas estão me matando, mas tudo bem.
─
Dentes?
─
Doloridos, mas não tanto como antes.
─
Certo. Hm… você está mesmo bem?
─
Vou ficar.
Grady
tinha certeza disso. E tinha certeza também que a estaria apoiando se as
previsões estivessem corretas. Ela precisaria dele mais do que nunca.
Continua!
Desculpem pelo hiatos sem avisar! Prometo que vou tentar melhorar na medida do possível! E claro, trouxe um capítulo um pouco revelador, não?
Espero que tenham gostado, até o próximo!
Oooow to aq prevendo um hot sue e eroy pq né,a leah vai ter um filhote de tanto nervosismo kkk preciso de mais revelações e vc me prometeu q o pai da leah ia ser gostoso u.u pq parou de postar no nyah,bem de qualquer forma continue pq amo essa fic e preciso de mais bjs Jenny
ResponderExcluirCLARO!!! haha~~
ExcluirEstou demorando a atualizar lá, mas vou tentar deixar as duas igualadas ou pelo menos mais perto XD~~
Pode deixar, as vezes eu demoro um pouco para postar, mas o capítulo sempre vem!
Obrigada por ler e comentar ^^~
Oooow to aq prevendo um hot sue e eroy pq né,a leah vai ter um filhote de tanto nervosismo kkk preciso de mais revelações e vc me prometeu q o pai da leah ia ser gostoso u.u pq parou de postar no nyah,bem de qualquer forma continue pq amo essa fic e preciso de mais bjs Jenny
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