quinta-feira, 21 de maio de 2015

[Lua Cheia] Capítulo 50 - ESPECIAL: Sue e Elroy - Faltando (Parte 1)

[Lua Cheia] Capítulo 50 – Especial II: Sue e Elroy – Faltando (P.I)

Ela acordou sozinha. Não havia nenhum calor em sua cama, nada que a fizesse lembrar da madrugada de amor sôfrega. Sue sentia falta de Charlie. Tanto!
Ele não parecia mais o mesmo, como se houvesse algo que ele quisesse, mas que ao mesmo tempo, não estava encontrando.
Sue quase desejava Harry de volta. Não que ela não sentisse realmente falta dele. Logo Harry, ele que foi um ótimo amante, marido, pai, homem, tudo. Desejou intensamente que Charlie fosse um pouco mais como seu amigo, Harry, sentia como se suas vidas estivessem mornas, quase frias.
E a desagradava profundamente.
Não conseguia viver dessa forma, era como ver um filme mudo e sem imagens. Nada de novo, nem mesmo seus sentimentos pareciam permanecer. Lembrou-se de sua adolescência, de seus primeiros anos como uma adulta, da gravidez inesperada, do sumiço do pai de Leah, de Harry, tão jovem como ela, apenas um pouco mais velho. Ele a salvara de mais formas do que ela jamais pode agradecer.
Suspirou, levantando da cama e andando a esmo pelo quarto. Não percebeu quando entrou no banheiro, só quando precisou do sabonete e viu que ele não estava lá – como sempre, por sinal, já que o estava guardando em sua nécessaire para o caso de precisar ir à casa de Charlie ou à Omar rapidamente. ‒ é que viu o quão automaticamente estava fazendo tudo.
Suspirou novamente e riu sarcasticamente. Leah fazia isso quando estava irritada, a lembrança trouxe-lhe ainda mais saudade de seus filhos. Nunca havia ficado tanto tempo separada deles.
Quer dizer, não dessa forma. A única vez que se separaram foi por causa da guerra contra os Volturi e aquilo havia sido como um pote de desespero de 500ml ingerido numa tarde por ela. Recebê-los de volta não foi só sua felicidade, mas seu gozo.
Agora, sem eles em casa – e nem tão longe assim, apenas a algumas horas dali, se fosse de avião –, sentia-se incompleta, vazia. Charlie não parecia nem um pouco insatisfeito, no entanto. Ele e a filha não pareciam achar seus argumentos válidos.
Mesmo assim, decidiu que não era tempo para fazer alarde, não ainda. Bella e Leah não eram as melhores amigas, nem as piores, para ser honesta, mas elas se respeitavam, ao menos isso. Questionou-se por um momento ínfimo se seu relacionamento era correto e sorriu ironicamente, as únicas vezes que se questionou sobre isso tinha 16 e 17 anos. “Faz muito tempo.” Pensou com sarcasmo.
Foi ao quarto e pegou o sabonete, pronta para terminar – ou começar, que seja – sua higiene, afinal tinha muito que fazer ainda.
[…]
Era pouco mais que 11 horas da manhã. Ela estava agilizando o almoço porque as 1230, pontualmente, Charlie irromperia pela porta da frente e com a fome de um touro. No começo do namoro a avidez pela sua comida a agradava, mas não parecia que era o mesmo agora, mais como uma obrigação e não como um prazer.
A verdade obvia não trouxe lágrimas aos seus olhos, pelo contrário. Faz muito tempo que ela não chorava por isso, alguns meses é verdade, mas é mais como apatia. Se sentiu culpada por ele, enquanto colocava a mesa.
Pegou os talheres e os pratos, posicionando-os na mesa enquanto ouvia a porta da frente abrir-se rapidamente. Não demorou até que Charlie entrou pelo portal que levava á sala e sentou-se na cadeira, cumprimentando-a com o costumeiro “oi” sem entusiasmo.
Sue o serviu e sentou pesadamente em sua cadeira, escolhendo as palavras. Apenas nesse momento seu coração deu uma leve acelerada e tornou ao ritmo normal em seguida, mas ela sentia a adrenalina correndo por seu sistema.
‒ Não vai comer? – Ele perguntou-lhe com a boca cheia.
‒ Hum. Não.
Charlie parecia uma espécie de animal misturado com homem naquele momento. Ele olhava ligeiramente confuso e Sue não o deixou esperando por muito tempo. Após escolher um pouco mais as palavras, ela finalmente teve força o suficiente para começar a dizer:
‒ Charlie…
‒ Amo você. – Ele a pegou desprevenida e ela mordeu o lábio inferior em dúvida. A declaração rápida não era do feitio dele e isso lhe chamou a atenção, mesmo assim não podia continuar um relacionamento que a fazia sentir mais mal que bem.
‒ Que bom, mas… hum… nós estamos estranhos um com o outro e…
O celular tocou, a interrompendo. Pegou o aparelho e atendeu rápido ao ver o nome de Leah brilhar no visor.
‒ Sue? É Anton.
‒ Anton?
‒ Pode vir na casa dos familiares de Debbie, é bem perto de La Push, não precisa nem de vir de avião, sabe? São 400 km.
‒ Aconteceu alguma coisa?
‒ Leah não está muito bem de saúde. Estamos preocupados e achamos que só você saberá o que fazer.
‒ Oh! Vou estar aí em algumas horas!
A seguir do momento em que desligou o celular e que correu para o andar de cima, pegando uma muda de roupa e literalmente, jogando dentro da mala pequena e correndo contra o tempo, queria estar lá o quanto antes.
Charlie não tocou no assunto que Sue puxara, apenas desejou-lhe uma boa viagem e saiu para cumprir o próximo turno de seu serviço, sem sequer perguntar-lhe seus motivos para sair de La Push com tanta pressa.
Sue ainda passou na casa de Emily, avisando-a que estaria em Makah e que não retornaria até segunda ordem, deixando-a responsável por cuidar de suas obrigações dentro do bando como uma conselheira.
Entrou na picape e dirigiu rapidamente até a saída de La Push, em seguida, para Makah, passando com o máximo de velocidade que conseguia retirar da rodovia. Sentiu-se livre, bem, quase feliz e foi realista ao admitir o óbvio para si mesma: não podia continuar com Charlie.
Prometeu-se que assim que Leah estivesse reestabelecida, ela ligaria para Charlie e terminaria tudo. Talvez terminasse com ele em sua casa, talvez por telefone… ainda não tinha certeza da forma, mas sabia que eles não eram mais um casal e, talvez não fossem a mais tempo que ela se permitiu perceber.
[…]
A conversa com Leah havia sido loucura, mas vê-lo novamente reacendera o sentimento que estava buscando com Charlie. Não pode deixar de sorrir ao agarrá-lo mais forte e fechar os olhos aspirando o cheiro másculo que saía do belo homem segurando-lhe tão firmemente quanto ele poderia sem machucá-la.
Estava feliz que seus filhos não fizeram alarde sobre seu relacionamento. Estava feliz de verdade, como em muito tempo não se sentia, era quase como estar vivendo seus 16 anos de novo.
‒ O que foi? – Elroy finalmente lhe perguntou. – Sinto o cheiro da sua alegria, o que houve?
‒ Só estou feliz que os meninos nos aceitaram bem. – Ela omitiu alguns fatos. Há coisas que o coração dos homens simplesmente não entende.
‒ Eu não estou tão certo disso.
‒ Não se preocupe, Leah é… mais bruta que Seth, mas ela nos aceitou bem.
‒ Estou falando sobre o bando. Não acho seguro para você.
‒ Vou ficar bem, acredite em mim.
‒ Provavelmente vai. – Elroy concordou e depositou um beijo no topo da cabeça de Sue. – Mas durma, nos preocuparemos com os problemas quando eles chegarem.
‒ Tudo bem, querido.
‒ Você ainda não disse.
‒ O quê?
‒ O quanto me ama. – Ele deu um sorriso de lado ao terminar de falar e Sue o olhou com diversão.
‒ E se eu não…?
‒ Não?
‒ Não disser. – Sue completou sua fala sorrindo abertamente.
‒ Você sente? – Sue fingiu pensar e deixou-o esperando por alguns segundos, foi quando ele recomeçou a falar: ‒ É suficiente. Eu sei que sente.
No entanto, ele parecia incerto de suas palavras. Sue o beijou delicadamente e piscando os olhos sedutoramente, murmurou sensualmente:
‒ Sinto.
‒ É suficiente! – Elroy rosnou, deixando-a embaixo de si e formando uma gaiola com seus braços ao redor dela.
Sue respirou alto, sentindo o membro rígido contra sua coxa e instantaneamente abriu um pouco as pernas na intensão de recebê-lo cheio de vigor dentro de si, ansiosa por senti-lo tão perto e por ofegar o nome dele, assumindo que ele era o único dono de seu coração, corpo e alma. Para sempre.
Elroy não era apenas o alpha de sua filha, ele era aquilo que ela tanto sentiu falta. A ultima peça do quebra-cabeça. Jamais o deixaria novamente. Nem mesmo Eve podia deixá-la longe, o amava e estava disposta a lutar por isso. Por sua vida e por sentir-se plena, assim, nos braços dele, no beijo, no dormir abraçado, em cada segundo que respirava o mesmo ar que Elroy Harris.
Continua!
Esse especial tem duas partes: essa e mais uma, “Intocável”, que virá em breve. Está quase pronta e espero que vocês tenham gostado!
Beijinhos ^^~~


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