Cap. 20 – O Mistério
Deve Esperar
Jacob PDV
─ Quanto tempo até
ela acordar? – exclamei irritado. Primeiro o dr. Presas me assegurou que ela ia
acordar logo e que foi só o extress, agora que tinham se passado três dias, ele
estava me evitando.
─ Eu sinceramente não
sei. – o dr. me respondeu.
─ Como assim? –
rosnei. – O que ela tem? – exigi saber.
─ Não temos ideia
ainda. – com essa declaração foi impossível me deter. Segurei as vestes do
doutor, mas soltei em seguida. Não havia mais ninguém que pudesse ajuda-la.
─ Jake não me faça te
expulsar daqui. – Dona Sue me repreendeu. Cruzei os braços sem ligar. – Agora,
dr. Cullen, o que é necessário?
─ Acho que se
fizermos a cirurgia, podemos descobrir o que é e se for um tumor, retirar. De
qualquer forma, vou procurar alguns amigos e pedir opiniões. Não sou o único
médico vampiro, não se preocupe. – ele disse e sumiu.
─ E se ele tiver se
alastrado? – perguntei encostado na parede.
─ Ela é forte, vai
conseguir. – Rach me disse baixinho.
─ Mamãe também era e
morreu. – respondi e me virei para sair da casa.
Estava quase na
porta, quando Alice me chamou para o andar de cima. Supostamente Bella queria
me dizer algo.
─ Oi? – tentei por o
meu melhor sorriso na cara.
─ Jake, Edward eu
quero dizer que já escolhi os nomes dele! – Rosálie disse algo muito rápido,
que os meus ouvidos e o dos vampiros pegaram.
─ Não ria. – a loura
advertiu. Voltei a olhar para Bella.
─ Se for menino, e eu
tenho certeza que será, se chamará Edward Jacob – mordi a bochecha com essa,
meu Deus coitado! – Que acha?
─ Incrível. –
comentei, tentando me segurar.
─ E se for menina? –
Rosálie incentivou.
─ Rennésme. Mistura o
nome da minha mãe com o da Esme, eu acho que fica legal…
─ Com certeza. –
Edward concordou muito rápido.
─ Pode crer. – ajudei.
– Eu vou dar uma volta… depois a gente se…
─ Tudo bem. – ela
concordou se abaixando para pegar o copo com sangue.
Aconteceu rápido
demais, o copo escorregou e ela se torceu de um jeito estranho. No mesmo
momento, Seth veio correndo, dizendo “Ela acordou!”.
Era impossível
decidir o que sentir agora. Decidimos por ela – Bella – na cama e procurar pelo
Carlisle, mas ele não estava aqui mais. Já estava longe demais.
─ O que eu faço? –
perguntei pro sanguessuga tarado.
─ Me ajuda aqui. –
Edward exclamou pegando algumas coisas do parto.
─ Tem que mordê-la
antes! – gritei.
─ De jeito nenhum –
ela agonizou – Salve ele primeiro.
─ Não está me dando
escolha! – Edward disse irritado. Rosálie veio ajudar enquanto Alice e Jasper
saiam.
─ Rose me ajuda aqui.
─ Pode deixar comigo.
– ela disse, mas meus instintos de logo gritaram. Os olhos dela ficaram
vermelhos de repente.
─ Não! – gritamos
juntos, e Edward a afastou.
─ O que você tava
pensando? – questionei enquanto Bella convuncionava.
─ Ele ah! Ele quer
sair! – ela começou a gritar e não parecia nada humano.
Edward pegou a
morfina e injetou nela. Os gritos continuaram, não ia dar tempo. Quando pareceu
que Bella ia morrer – ainda mais – ele decidiu abrir espaço com os próprios
dentes. Meu estomago revirou.
─ Segura ela! – ele
mandou e eu obedeci. Minha mente em branco.
Ouvimos um choro. Ela
suspirou aliviada e estendeu os braços mas foi só um momento, antes deles
caírem, o coração quase parado.
─ Edward!
─ Segura ela.
─ Tira isso daqui! –
respondi. Meus sentimentos adormecidos de um ano atrás voltando com força total
e me queimando.
Então eu a vi.
Leah entrou no
quarto, descalça, pegou a criança e levou daqui. Eu fiquei atordoado. Ela não
odiava Bella?
Edward começou um
processo absolutamente nojento de beijar os lugares feridos e eles começaram a
fechar lentamente. Ele parou por um momento e injetou no coração dela algo.
─ O que é isso?
─ Meu veneno.
Ele continuou
fechando os ferimentos, enquanto eu ficava absorto. Eu senti uma vontade assassina
se apoderar de mim. Eu devia mata-lo, era isso que dizia o nosso tratado, feriu
humanos, vamos mata-los então. Mas seria um preço muito baixo a pagar.
─ Eu não vou te
matar. – eu disse para Edward rancoroso. – Seria fácil demais. Viva com sua
culpa.
Eu me retirei do
recinto, mas eu não encontrei mais Leah, no lugar, estava Rosálie com o bebê no
colo dando uma mamadeira de sangue. Eu rosnei e fui para a criatura. Ela sim,
Rennésme tinha que morrer pelo bem de todos.
Dei um, dois, três
passos e parei. Nossos olhos se encontraram e tudo a nossa volta não importava
mais. Eu não me lembrava de Bella, Leah ou qualquer outra pessoa, tudo o que me
prendia a orbita da Terra mudou naquele instante. Quando eu olhei nos olhos
chocolates daquele bebê. Ela me deu um sorriso perfeito, eu me abaixei,
respirando baixo e profundamente.
Carlisle chegou em
algum momento da noite. Eu ouvi uma bagunça lá fora e meus instintos me
mandaram me afastar de Rosálie e Rennésme.
Sam estava como lobo,
sendo segurando apenas por Leah que estava em sua forma. Seth não.
─ Não se transforme.
– ele me advertiu sério.
─ Seth eu…
─ Nem tenta se
explicar. Seu papo é com a minha irmã e não comigo. – ele continuou bravo.
Algo mudou, Sam saiu
e voltou como humano. No mesmo momento, Leah também voltou e vestiu um
sobretudo oferecido por Alice.
─ Você entendeu? –
ela questionou.
─ Você imprimiu
naquela coisa? – ele me questionou. Assenti com a cabeça.
─ Vamos.
─ Como você…?
─ Você sabe, sou um
imã de imprints. – ela respondeu séria, não parecia nem de longe a garota que
eu beijei dias atrás. A lembrança me fez ter um colapso no estomago.
─ Me desculpa. – pedi
sinceramente. Ela me olhou debochada, mas não era nem sombra de como ela olhava
Sam. Fiquei com ciúmes, mas não era tão forte, quanto o do outro dia. Quase
como algo que você sempre por uma irmã.
─ Eu não preciso. Já
sabia que você ia fazer isso. – ela me respondeu com rancor, eu podia sentir na
voz dela.
Eu ia atrás dela, mas
Quil me segurou.
─ Você vê o rosto
dela?
─ Vejo, porque?
To Be Continued…
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