Cap. 23 – Quem Você
Ama?
─ Como assim, Jake? –
perguntei tentando soar natural. Minha voz saiu doce demais. Ele não me
respondeu de primeira, apenas se aproximou e sentou no sofá. Sentei ao seu
lado, eu não queria sentar lá, mas ao mesmo tempo, eu precisava.
─ Eu não tenho
certeza. Como anda a cabeça? – ele mudou de assunto, pegando a minha mão. O
toque foi estranho. Não foi excitante e gostoso como das outras vezes, me
deixou confusa sobre meus sentimentos e sobre essa nova situação.
─ Está bem. –
respondi com dificuldade, tirando a minha mão das suas.
─ Leah eu… eu me
sinto diferente. Eu vou precisar de um tempo para pensar, enquanto isso, você
pode, por favor, ficar na reserva?
─ Eu…
─ Eu sei que vai ser
complicado, mas… por favor!
─ Eu não sei. – o que
eu estou dizendo? Eu nem tinha decidido nada ainda!
─ Há algo que eu
possa fazer para mudar sua opinião?
─ Não.
Ele ficou cabisbaixo
por um momento, se estivéssemos como lobos, aposto que teria abaixado às
orelhas e posto o rabo entre as pernas, como Sam fazia quando eu brigava com
ele e fazia ele se sentir culpado.
Jacob me olhou nos
olhos. Ele realmente me olhou. Nossos olhos se encontraram e naquele momento
tudo rodou. Parecia que os meus problemas, o que eu havia sofrido antes, tudo
foi borrado. Só existia eu e Jacob.
A gravidade que me
segurava antes se soltou de mim como adesivo velho e eu me senti presa a ele.
Um segundo depois do
que aconteceu eu me recriminei, como é que eu pude imprimir num cara imprimido?
Leah Clearwater há algum problema com você?
─ Droga! – exclamei.
─ O que? – ele
perguntou sem entender. Eu tentei me afastar, mas meu corpo não queria me
obedecer. Eu me levantei a todo custo e me mantive longe dele.
─ Nada. – respondi,
sentindo as pontadas da mentira. Imprints não devem mentir para seus objetos.
─ Ok… bem… porque tem
me evitado? – ele perguntou magoado, andando até mim, um passo que ele dava
para frente, eu andava para trás.
─ Não estou. – menti
mais uma vez. Meu coração se despedaçando, a dor muito maior do que qualquer
coisa que eu já havia sentido.
─ Está sim. – ele
disse, ficando perto demais, dei dois passos para trás e cheguei à parede.
─ Eu já disse que não
estou! – eu sussurrei. A dor me atingindo como facas em minha mente. – Além do
mais, o que vai sobrar quando você for dela? – eu abaixei o rosto, respirando
profundamente. Puta merda tinha que doer tanto?
─ Rennésme? Eu não
sei. Eu ainda posso ver você, não é algo bom? – ele questionou levantando o meu
rosto e me forçando olhá-lo.
─ Você pode ver as
outras?
─ Mais ou menos. Eu
vejo-as, mas não da forma como eu vejo você.
─ Está querendo me
enganar?
─ Posso provar.
─ Não precisa. – me
apressei a dizer. Estava fora de questão entrar em fase enquanto eu não pudesse
controlar meus pensamentos, não com ele tão perto e tendo finalmente acontecido
o meu imprint numa hora tão inoportuna por alguém que seria impossível ser meu.
─ Está com medo de
pensar em algo que não deve? – ele perguntou muito próximo. Seu hálito quente
me deixando tonta.
─ Porque estaria? –
sussurrei.
─ Não sei. Diga-me
você. É você quem sumiu nas ultimas duas semanas.
─ Eu…
─ Sim?
─ Eu preciso de tempo
para pensar.
─ Tudo bem. – ele
respondeu e me beijou. Eu não sei que definição distorcida de tempo ele tinha,
mas eu não pude parar ou me controlar, eu também o queria afinal de contas.
Ele retesou por
alguns momentos e então se separou de mim, nós dois respirando rápido, não pelo
beijo, mas pela sensação que ele havia causado em nós. Meu coração estava tão
acelerado que eu tinha medo que ele pudesse ouvi-lo.
─ Leah, eu sei que eu
amo você… mas…
─ Mas você não pode
me beijar como antes, certo?
─ Eu sinto muito…
─ Eu… Jake… ─ eu
tentei manter a minha voz limpa, eu tinha que dizer a ele e perguntar o que
fazer e como reverter, afinal ele é meu alpha, deveria haver um modo. Ele
colocou dois dedos nos meus lábios, me pedindo para ficar quieta. Encostou a
testa na minha com os olhos fechados e eu fechei os meus.
Eu senti ele
afastar-se ligeiramente e beijar a ponta dos meus dedos da mão esquerda e ir
subindo, um arrepio passou pelo meu braço, foi pela minha espinha e parou em
algum lugar perto do meu útero, eu senti-me aquecer de dentro para fora.
─ Jake… pare!
─ Não. – ele
respondeu e beijou o meu pescoço, minha mão se tornou uma garra no seu ombro. –
É você que eu quero. – ele disse baixinho enquanto capturava a minha boca outra
vez. – Sempre foi você.
Ele continuou
descendo a boca em beijos muito quentes enquanto invadia a minha blusa por
baixo, ainda sem abri-la. Sua mão estava quente contra o meu corpo graus mais
frio e eu suspirei quando ele brincou com meu umbigo.
O nome dele escapando
dos meus lábios como se fosse uma canção doce. Eu não podia me impedir agora,
eu sabia que se eu não o parasse, eu jamais poderia reverter essa impressão,
tentar quebra-la.
Mas havia um
problema: eu amava loucamente esse homem.
To Be Continued…
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