sábado, 24 de agosto de 2013

[1T - One Year Later] Cap. 23 - Quem Você Ama?



Cap. 23 – Quem Você Ama?

─ Como assim, Jake? – perguntei tentando soar natural. Minha voz saiu doce demais. Ele não me respondeu de primeira, apenas se aproximou e sentou no sofá. Sentei ao seu lado, eu não queria sentar lá, mas ao mesmo tempo, eu precisava.
─ Eu não tenho certeza. Como anda a cabeça? – ele mudou de assunto, pegando a minha mão. O toque foi estranho. Não foi excitante e gostoso como das outras vezes, me deixou confusa sobre meus sentimentos e sobre essa nova situação.
─ Está bem. – respondi com dificuldade, tirando a minha mão das suas.
─ Leah eu… eu me sinto diferente. Eu vou precisar de um tempo para pensar, enquanto isso, você pode, por favor, ficar na reserva?
─ Eu…
─ Eu sei que vai ser complicado, mas… por favor!
─ Eu não sei. – o que eu estou dizendo? Eu nem tinha decidido nada ainda!
─ Há algo que eu possa fazer para mudar sua opinião?
─ Não.
Ele ficou cabisbaixo por um momento, se estivéssemos como lobos, aposto que teria abaixado às orelhas e posto o rabo entre as pernas, como Sam fazia quando eu brigava com ele e fazia ele se sentir culpado.
Jacob me olhou nos olhos. Ele realmente me olhou. Nossos olhos se encontraram e naquele momento tudo rodou. Parecia que os meus problemas, o que eu havia sofrido antes, tudo foi borrado. Só existia eu e Jacob.
A gravidade que me segurava antes se soltou de mim como adesivo velho e eu me senti presa a ele.
Um segundo depois do que aconteceu eu me recriminei, como é que eu pude imprimir num cara imprimido? Leah Clearwater há algum problema com você?
─ Droga! – exclamei.
─ O que? – ele perguntou sem entender. Eu tentei me afastar, mas meu corpo não queria me obedecer. Eu me levantei a todo custo e me mantive longe dele.
─ Nada. – respondi, sentindo as pontadas da mentira. Imprints não devem mentir para seus objetos.
─ Ok… bem… porque tem me evitado? – ele perguntou magoado, andando até mim, um passo que ele dava para frente, eu andava para trás.
─ Não estou. – menti mais uma vez. Meu coração se despedaçando, a dor muito maior do que qualquer coisa que eu já havia sentido.
─ Está sim. – ele disse, ficando perto demais, dei dois passos para trás e cheguei à parede.
─ Eu já disse que não estou! – eu sussurrei. A dor me atingindo como facas em minha mente. – Além do mais, o que vai sobrar quando você for dela? – eu abaixei o rosto, respirando profundamente. Puta merda tinha que doer tanto?
─ Rennésme? Eu não sei. Eu ainda posso ver você, não é algo bom? – ele questionou levantando o meu rosto e me forçando olhá-lo.
─ Você pode ver as outras?
─ Mais ou menos. Eu vejo-as, mas não da forma como eu vejo você.
─ Está querendo me enganar?
─ Posso provar.
─ Não precisa. – me apressei a dizer. Estava fora de questão entrar em fase enquanto eu não pudesse controlar meus pensamentos, não com ele tão perto e tendo finalmente acontecido o meu imprint numa hora tão inoportuna por alguém que seria impossível ser meu.
─ Está com medo de pensar em algo que não deve? – ele perguntou muito próximo. Seu hálito quente me deixando tonta.
─ Porque estaria? – sussurrei.
─ Não sei. Diga-me você. É você quem sumiu nas ultimas duas semanas.
─ Eu…
─ Sim?
─ Eu preciso de tempo para pensar.
─ Tudo bem. – ele respondeu e me beijou. Eu não sei que definição distorcida de tempo ele tinha, mas eu não pude parar ou me controlar, eu também o queria afinal de contas.
Ele retesou por alguns momentos e então se separou de mim, nós dois respirando rápido, não pelo beijo, mas pela sensação que ele havia causado em nós. Meu coração estava tão acelerado que eu tinha medo que ele pudesse ouvi-lo.
─ Leah, eu sei que eu amo você… mas…
─ Mas você não pode me beijar como antes, certo?
─ Eu sinto muito…
─ Eu… Jake… ─ eu tentei manter a minha voz limpa, eu tinha que dizer a ele e perguntar o que fazer e como reverter, afinal ele é meu alpha, deveria haver um modo. Ele colocou dois dedos nos meus lábios, me pedindo para ficar quieta. Encostou a testa na minha com os olhos fechados e eu fechei os meus.
Eu senti ele afastar-se ligeiramente e beijar a ponta dos meus dedos da mão esquerda e ir subindo, um arrepio passou pelo meu braço, foi pela minha espinha e parou em algum lugar perto do meu útero, eu senti-me aquecer de dentro para fora.
─ Jake… pare!
─ Não. – ele respondeu e beijou o meu pescoço, minha mão se tornou uma garra no seu ombro. – É você que eu quero. – ele disse baixinho enquanto capturava a minha boca outra vez. – Sempre foi você.
Ele continuou descendo a boca em beijos muito quentes enquanto invadia a minha blusa por baixo, ainda sem abri-la. Sua mão estava quente contra o meu corpo graus mais frio e eu suspirei quando ele brincou com meu umbigo.
O nome dele escapando dos meus lábios como se fosse uma canção doce. Eu não podia me impedir agora, eu sabia que se eu não o parasse, eu jamais poderia reverter essa impressão, tentar quebra-la.
Mas havia um problema: eu amava loucamente esse homem.

To Be Continued…

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