sábado, 10 de agosto de 2013

[1T - One Year Later] Cap. 9 – Lembranças

Cap. 9 – Lembranças

Ficou ali, deitada no peito dele, até perceber que o sol já se punha. Ele dormia tranquilamente, ressonando alto e ela não queria que ele fosse, mas ele tinha de ir.
As três da madrugada ele faria uma ronda com Seth. Ela não tinha medo que ele revelasse o porque de estar tão junto dela nesse mês.
O seu único medo era que, quando a talzinha da Bella voltasse, ela o perdesse. Porque sabia que ele só estava preocupado, mas que não era uma coisa importante na vida dele!
Eram apenas colegas de bando, quase primos, que fizeram uma aposta na noite de ano novo, e ela fora boba a ponto de se apaixonar (Quem não seria?? Jake pegael).
Sorriu ao lembrar do quase toque de lábios mais cedo. Fechou os olhos e tocou os lábios. Automaticamente sua boca secou, lembrando da sensação confortadora que era estar com ele.
Ele estremeceu levemente, acordando e ela saiu de seu encanto. Sentou à cama, e olhou-o, os cabelos alcançando a metade do ante-braço, caíram bagunçados, porem ainda lisos, pelas costas e rosto, como cascata.
– Fome? – perguntou sorrindo ao vê-lo se espreguiçar. Ele sorriu também e sentou.
– Um pouco. Ta afim de comer o que? Vamos descer um pouco? Senão você vai ficar é doente de não andar! Lembra do que o Dr. Presa disse?!
– Ta. Vamos. Que tal irmos às compras amanhã? Eu queria ter um bom tempo de escolher…
– Você que manda, mas… já ta boa o suficiente? – perguntou a escada, dois degraus acima dos dela.
Leah parou abruptamente e um grito ecoou pela sala. Ela segurou a cabeça firmemente, se curvando de dor. A cabeça parecia querer estourar e se partir ao meio.
Ele correu até ela, e tomou-a em seus braços e levou-a ao andar de baixo. Ajudou-a a sentar-se e ela finalmente pareceu se acalmar.
– Já… Já estou bem… - ela disse ofegante pela dor.
– Não, você não está! – ele disse exasperado. – Vai ficar de repouso até que o doutor chegue! E ele vai te examinar! – ele estava desesperado e falava cada vez mais alto. – E não vai ser nada, eu não vou te perder! EU NÃO VOU! – ele gritou com medo. Já vira o mesmo filme antes.
Sua mãe tinha essas dores de cabeça, e se não fosse o acidente de carro matá-la, o câncer cerebral o faria! E ele tinha apenas 8 anos quando ocorrera. Quando escutou…
– Billy não! – Sarah, dona de promiscuas curvas, morena, de cabelos longos e negros, igualmente aos seus olhos, chorava desesperada.
O marido, Billy Black, também bonito, de corpo sedutor, igual aos olhos escuros estava extremamente revoltado, e acabara de rasgar o informativo medico que dizia:
POSITIVO para CANCER CEREBRAL.
Sua esposa, seu imprinting, não poderia morrer! Ele não permitiria, não aceitaria!
– Você não vai morrer, eu não vou deixar!
Ele bradou com todas as suas forças e eles não perceberam a chegada de seu filho mais novo, Jacob. As irmãs, ainda na escola.
– Mamãe… você vai… morrer? – ele disse, com os olhinhos repletos de lagrimas.
– Não querido! – ela o abraçou. Jacob chorou, sentindo o desespero do pai. – A mamãe sempre estará aqui, não importa que seja só espiritualmente! Mamãe sempre estará com você!
O menino entendeu que logo perderia a mãe e só pode rezar para que não fosse logo, para que não ocorresse nunca!
– Ta bom, mamãe! – ele tentou sorrir – Eu sei que a mamãe sempre ta comigo! Eu prometo que vou cuidar de todo mundo pra senhora! – ele soou tão sincero que a mulher só pode abraçá-lo mais uma vez.
Billy juntou-se ao abraço, ele não sabia da profundidade que aquelas palavras tinham.
No fim, anos mais tarde, ele soube que a mãe estava doente de câncer, justamente na época em que os Cullen não estavam por perto! Eles poderiam tê-la salvado!
– Calma, Jake! Não é nada, ok? Nada! – ela disse, tentando convencê-lo e a si própria.
– Isso, nada. – ele controlou os tremores e sentou ao lado dela, quieto e sério.
– Você tava lembrando da sua mãe, né? Quando a tia Sarah teve aquela doença? Mamãe conversou com ela, e eu ouvi…
– Minha mãe tinha dores de cabeça como as suas. – ele disse, temeroso, e olhou-a – Me diz que você não vai morrer! Por favor. – ele estava desesperado, e começava a chorar, sem vergonha por ser homem.
– Eu não vou morrer, Jake! Eu vou viver pra te infernizar! – ele riu e ela sorriu, disfarçando a preocupação.
Também se lembrava de quando Sarah ficara doente. Muito mais, sabia que sentia a mesma coisa, mesmo que inconscientemente.
E rezava para que, se chegasse a morrer, que ele não sentisse a sua falta, porque ela não suportaria vê-lo sofrer o que ela sofreu ao perder Sam.
Sentiu-o abraçá-la e deixou-se ser abraçada. Não queria preocupá-lo nem magoá-lo, mas a verdade é que tinha mais medo por ele do que por ela.

To be continued…

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