Cap. 9 – Lembranças
Ficou ali,
deitada no peito dele, até perceber que o sol já se punha. Ele dormia
tranquilamente, ressonando alto e ela não queria que ele fosse, mas ele tinha
de ir.
As três da
madrugada ele faria uma ronda com Seth. Ela não tinha medo que ele revelasse o
porque de estar tão junto dela nesse mês.
O seu único medo
era que, quando a talzinha da Bella voltasse, ela o perdesse. Porque sabia que
ele só estava preocupado, mas que não era uma coisa importante na vida dele!
Eram apenas
colegas de bando, quase primos, que fizeram uma aposta na noite de ano novo, e
ela fora boba a ponto de se apaixonar (Quem não seria?? Jake pegael).
Sorriu ao
lembrar do quase toque de lábios mais cedo. Fechou os olhos e tocou os lábios.
Automaticamente sua boca secou, lembrando da sensação confortadora que era
estar com ele.
Ele estremeceu
levemente, acordando e ela saiu de seu encanto. Sentou à cama, e olhou-o, os
cabelos alcançando a metade do ante-braço, caíram bagunçados, porem ainda
lisos, pelas costas e rosto, como cascata.
– Fome? –
perguntou sorrindo ao vê-lo se espreguiçar. Ele sorriu também e sentou.
– Um pouco. Ta
afim de comer o que? Vamos descer um pouco? Senão você vai ficar é doente de
não andar! Lembra do que o Dr. Presa disse?!
– Ta. Vamos. Que
tal irmos às compras amanhã? Eu queria ter um bom tempo de escolher…
– Você que
manda, mas… já ta boa o suficiente? – perguntou a escada, dois degraus acima
dos dela.
Leah parou
abruptamente e um grito ecoou pela sala. Ela segurou a cabeça firmemente, se
curvando de dor. A cabeça parecia querer estourar e se partir ao meio.
Ele correu até
ela, e tomou-a em seus braços e levou-a ao andar de baixo. Ajudou-a a sentar-se
e ela finalmente pareceu se acalmar.
– Já… Já estou
bem… - ela disse ofegante pela dor.
– Não, você não está!
– ele disse exasperado. – Vai ficar de repouso até que o doutor chegue! E ele
vai te examinar! – ele estava desesperado e falava cada vez mais alto. – E não
vai ser nada, eu não vou te perder! EU NÃO VOU! – ele gritou com medo. Já vira
o mesmo filme antes.
Sua mãe tinha
essas dores de cabeça, e se não fosse o acidente de carro matá-la, o câncer
cerebral o faria! E ele tinha apenas 8 anos quando ocorrera. Quando escutou…
– Billy não! – Sarah, dona de promiscuas curvas,
morena, de cabelos longos e negros, igualmente aos seus olhos, chorava
desesperada.
O marido, Billy Black, também bonito, de corpo
sedutor, igual aos olhos escuros estava extremamente revoltado, e acabara de
rasgar o informativo medico que dizia:
POSITIVO para CANCER CEREBRAL.
Sua esposa, seu imprinting, não poderia morrer! Ele
não permitiria, não aceitaria!
– Você não vai morrer, eu não vou deixar!
Ele bradou com todas as suas forças e eles não
perceberam a chegada de seu filho mais novo, Jacob. As irmãs, ainda na escola.
– Mamãe… você vai… morrer? – ele disse, com os
olhinhos repletos de lagrimas.
– Não querido! – ela o abraçou. Jacob chorou,
sentindo o desespero do pai. – A mamãe sempre estará aqui, não importa que seja
só espiritualmente! Mamãe sempre estará com você!
O menino entendeu que logo perderia a mãe e só pode
rezar para que não fosse logo, para que não ocorresse nunca!
– Ta bom, mamãe! – ele tentou sorrir – Eu sei que a
mamãe sempre ta comigo! Eu prometo que vou cuidar de todo mundo pra senhora! –
ele soou tão sincero que a mulher só pode abraçá-lo mais uma vez.
Billy juntou-se ao abraço, ele não sabia da
profundidade que aquelas palavras tinham.
No fim, anos
mais tarde, ele soube que a mãe estava doente de câncer, justamente na época em
que os Cullen não estavam por perto! Eles poderiam tê-la salvado!
– Calma, Jake!
Não é nada, ok? Nada! – ela disse, tentando convencê-lo e a si própria.
– Isso, nada. –
ele controlou os tremores e sentou ao lado dela, quieto e sério.
– Você tava
lembrando da sua mãe, né? Quando a tia Sarah teve aquela doença? Mamãe
conversou com ela, e eu ouvi…
– Minha mãe
tinha dores de cabeça como as suas. – ele disse, temeroso, e olhou-a – Me diz
que você não vai morrer! Por favor. – ele estava desesperado, e começava a
chorar, sem vergonha por ser homem.
– Eu não vou
morrer, Jake! Eu vou viver pra te infernizar! – ele riu e ela sorriu,
disfarçando a preocupação.
Também se
lembrava de quando Sarah ficara doente. Muito mais, sabia que sentia a mesma
coisa, mesmo que inconscientemente.
E rezava para
que, se chegasse a morrer, que ele não sentisse a sua falta, porque ela não
suportaria vê-lo sofrer o que ela sofreu ao perder Sam.
Sentiu-o
abraçá-la e deixou-se ser abraçada. Não queria preocupá-lo nem magoá-lo, mas a
verdade é que tinha mais medo por ele do que por ela.
To be continued…
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