05 – Coisas de menina
Rox
PDV
Seth
era enlouquecidamente quente, e não só o corpo naturalmente bonito – porque eu
sei que ele não malha – mas ele realmente é quente, sua temperatura é uma
delicia!
Até
desliguei o aquecedor que ele odeia. Agora eu sei porque, deve ser um saco,
essa condição genética, ou não. No frio, deve ser uma coisa boa, eu sei por que
frio, eu sinto toda hora.
E
aqueles beijos? Ele pode não ter namorado nunca, mas ele tinha talento! Quando
eu disse sobre o meu primeiro, eu fiquei feliz e triste dele não sacar que eu
queria ele pro primeiro.
Mas
é claro que não íamos fazer sexo, não antes de saber que ele gostava de mim
também. Não seria justo eu me enganar duas vezes.
E
claro, minha mãe tinha que me lembrar do Dexter.
− Dex, aonde vamos? – perguntei
sorrindo. Ele me imprensou no banco de trás. E começou a passar a mão na minha
roupa, quando sua mão entrou no meu sutiã, eu o parei.
− Não, ainda não.
− Por que? – ele perguntou e
riu, não parecia o cara que eu conhecia. – Se você curtir, não vou ter que te
obrigar.
Medo se espalhou por mim e eu
tive uma ideia. Não era a melhor aluna a toa.
− Pelo menos vamos a algum
lugar com cama. – ele concordou e dirigiu para um motel.
Ele desceu do carro e fomos à
recepção, enquanto ele arrumava as coisas pra entrar, eu fugi. Disse que ia no
banheiro e corri para o primeiro ponto de ônibus.
Suspirei,
esperando Seth do lado de fora do banheiro. Ele era fofo, mas não tinha sido
sincero. Dexter me mostrou que sexo era muito importante mesmo.
E
Seth comprovou isso ontem, ele podia não ter maldade quando chegou aqui, mas
que ele queria sexo, mesmo sem saber, ele queria.
Sorri
com a lembrança, ele era lindo pra caramba e em muito tempo, eu queria um cara
intimamente. Mas não podia ser ele, não se ele não gostava assim de mim.
A
lembrança da pressão que se seguiu com um longo calafrio que tremeu o meu corpo
e o gemido que quase me escapa quando ele chupou meu umbigo voltou, suspirei.
Eu realmente queria ele.
Seth
saiu do banheiro quando suspirei pela terceira vez.
−
Quem é Dexter? – ele perguntou sério, forcei um sorriso.
−
Um ex meu. – dei de ombros. – Vamos? O pessoal já tá lá fora.
Ele
pareceu incomodado por um tempo, mas não perguntei com o quê, não queria que
ele me achasse intrometida. Fomos lá pra fora e meu pai parecia zangado com
ele, com certeza íamos conversar mais tarde, tava escrito na cara dele.
Luke
entregou a chave da moto dele pro Seth e piscou pra nós.
−
Vocês dois podem vir na moto, casal novo gosta de ficar só. – ele riu da minha
cara – E nós vamos em dois carros. Sabe onde fica Seatle?
−
Conheço. – Seth disse seguro.
−
Central de comércio de festas. Nos vemos lá em 40 minutos. – Luke informou e
entrou no carro.
Seth
riu.
−
O que foi? – perguntei vendo os carros irem. Odiava andar de moto e Luke sabia
disso. O Seth também.
−
Em 40 minutos já vamos ter até almoçado. – eu olhei pra ele com medo e ri.
−
Vá devagar. – adverti ponto o capacete. – Sabe que eu morro de medo de moto,
não sabe?
−
Só relaxa. – ele disse e segurei nele, quando ele deu impulso para irmos para
Seatle.
O
palhaço botou uma velocidade alta, eu o apertei mais, com medo de cair, dava
pra sentir ele respirar e o movimento do peito subindo e descendo, paramos
rapidamente.
Olhei
o relógio, 20 minutos tinham passado. O olhei como se ele fosse louco. Tirei o
capacete e arrumei o cabelo e os óculos.
−
Você quase me mata do coração!
−
Eu sei, desculpa. – ele riu e ficou mais ou menos sério – Sobre ontem… foi mal
mesmo. Eu não queria ficar daq…
−
Não precisa explicar. É normal né? Garotos precisam de sexo, é natural. – lhe
disse ficando nervosa de novo, se ele tocasse no assunto dos beijos eu ia ficar
roxa de vergonha.
−
Você é muito linda mesmo, não precisa ficar com vergonha do seu corpo. – ele
disse sério mesmo agora – Eu vi você desviar o olhar, mas você é tentadoramente
sexy.
Eu
ri com isso, só Seth mesmo.
−
Boooom, e agora? – perguntei e ele me puxou pela mão para uma loja de jogos e
fliperamas.
[…]
Saímos
da loja com um refrigerante cada um, nada do meu pai ou das meninas. Eles
estacionaram, enquanto terminávamos de lanchar. Ou melhor, Seth terminava de
lanchar, eu tava só bebendo o refri que ele fez questão de pagar.
−
Faz tempo que chegaram? – Tiffany perguntou, tomando o meu refri.
−
Uns 20 minutos, né Seth? – questionei, ele confirmou rindo da cara de fulo do
meu pai.
−
Qualquer dia desses a gente aposta. – Luke disse, eu não gostei. Corridas são
perigosas.
−
Então… o que vamos comprar exatamente? – ele me questionou, suspirei.
−
Vestidos pro casamento. E vocês devem ir ver os paletós… você vem comigo né? Eu
ia te chamar depois, mas…
−
Claro. – ele me respondeu rápido. Sorri sem me explicar mais e nos despedimos.
−
Então agora que os meninos saíram… conta! – Mel mandou, suspirei resignada.
−
Não é nada demais, Seth e eu somos amigos, é isso.
−
Amigos não dormem na mesma cama… − Tiffany começou com um suspiro, eu não
gostei.
−
E acordam com roupas intimas. – Wanda concordou, fiz cara feia pras duas.
−
Parem já! – reclamei olhando alguns vestidos longos.
−
Nenhum desses querida! – mamãe disse e veio com modelos mais curtos, eu não ia
usar aqueles não!
−
Mãe! Eu vou ficar parecendo um bolo com esses daí!
−
Vai ficar linda! – mamãe disse e me mandou provar.
[…]
Seth PDV
−Sabe
Seth, eu aprecio que você seja estudioso, mas eu quero saber suas intenções com
minha filha. – Seu Carlos foi direto. Eu não estava mesmo vendo roupas, mas os
caras estavam.
−
Eu não tenho pretensão de engravidá-la se é isso que tá perguntando. – respondi
sem jeito.
−
Não, não… eu quero saber se estão firmes e se protegendo. – mordi a língua, o
pai dela achava que eu…
−
Nós não fizemos sexo, senhor. Eu só dormi lá, tenho uma condição genética que
me deixa com calor o tempo inteiro, pode estar muito frio e eu não vou saber. É
por isso que estava sem blusa essa manhã.
−
Eu entendo… − Embry veio para o nosso lado parecendo um pinguim.
−
Que é isso, cara? Vai ser parceiro do Happy Feet?
−
Sua bunda, que eu vou. – ele resmungou – Que acha? Tiffany vai curtir?
−
Acho que parece um pinguim, mas garotas gostam disso, né?
−
Tá muito bem vestido, filho. E você, Seth? Vai com minha filha, não é?
−
Vou sim senhor. – confirmei e vi a burrada que tinha feito. Seu Carlos empurrou
pra mim um terno de granfino.
−
Presente meu, soube do que fez pela minha filhinha no cinema e eu agradeço.
Além do que, conheço sua mãe. – e com isso ele queria dizer que sabia que não
tínhamos tanto dinheiro como ele aparentava ter. isso me incomodou.
−
Eu posso pagar. – respondi-lhe e ele confirmou.
−
Eu sei que pode. Mas esse é um presente. Guarde seu dinheiro para pagar as
rações que minha filha come. – tive que rir, Embry também.
Nós
finalizamos nossas compras e fomos vê-las. Cheguei no momento que Rox saia de
um dos boxes com um vestido vermelho, curto. Ele tinha a saia de pregas e o
decote era reto e com umas faixas trançadas e alças que eram escondidas pelo
cabelo.
Ela
girou ainda sem nos ver, e puta que pariu, tava muito linda.
−
Que acha, mamãe? – ela perguntou e deu aquele sorriso desajeitado – Eu gosto
dele.
−
Acho que o outro, aquele outro vermelho mais curto tá mais bonito. – Wanda
disse e eu discordei em minha mente, ela tava linda.
−
Esse tá lindo, querida! – o pai disse, caminhando para ela. Ela ficou em choque
quando nos viu e sorriu pro pai.
−
Obrigado, pai! – ela finalmente me viu e me deu um sorriso lindo. – Que acha,
Seth?
−
Você tá… − procurei uma palavra, mas nenhuma me vinha, o pai riu e se sentou ao
lado da esposa, enquanto esperávamos ela terminar de se trocar para voltarmos à
La Push.
Na
volta Luke e Melanie trocaram conosco, ele disse que dessa vez ia chegar antes.
Ri, ele não ia mesmo!
Dirigi
o carro calmamente, eu e Rox na frente e os pais dela atrás nos observando.
Dava pra sentir!
15
minutos e eu tava em casa, não corri demais, mas também não fiquei para trás.
Luke
apareceu 30 minutos depois e foi zuado eternamente. Olhei o relógio, tinha que
ir pra casa, minha mãe devia estar uma fera.
−
Que dia é o casamento? – perguntei à Rox, estávamos na porta, até parece que eu
não tinha visto as irmãs dela se espremendo na janela pra ver.
−
Final de setembro. – assenti, mesmo que não estivéssemos juntos, eu iria com
ela. Ela é minha melhor amiga e é legal. E
estava uma tentação naquele vestido! Minha mente completou. – O que foi? –
ela perguntou depois que a olhei muito fundo, respirei pela boca enquanto
falava.
−
Suas irmãs.
−
Estão na janela? – perguntou sem olhar, ri e confirmei com a cabeça. Ela
suspirou. – Saudades privacidade.
−
Quer mostrar pra elas que tá mesmo comigo?
– ela me olhou interessada. – Vou te beijar.
Antes
que ela negasse – coisa que ela ia fazer – eu puxei e a beijei.
Ela
levou um susto primeiro, depois deixou a língua enrolar na minha enquanto mantive
minha mão bem parada na cintura dela, foi sem intensão que eu apertei. Chupei o
lábio inferior e puxei quando soltei-a. Ela estava vermelha, muito mesmo, mas
sorriu quando levantou os olhos pra mim.
−
Tá bom, agora eu tenho certeza que você não é bixa. – eu ri com o comentário
nada haver.
−
Você achava que eu era? – perguntei ainda sem soltar.
−
Você é muito doce pra ser hétero. A mulher que ficar com você terá sorte. – ela
usou a mesma expressão e algo estranho passou pelos olhos dela, quando se
afastou. – Te vejo segunda na escola?
−
Claro. Eu venho te buscar tá? – lhe disse e beijei a testa dela. Ela entrou em
casa, e mesmo que já estivesse virando a esquina, ainda consegui ouvir:
−
Seu namorado é quente! – e pra mim não interessava quem disse isso, Rox sabia
que eu era quente e eu sabia que ela era!
E
eu nem tinha ideia do porque me interessou tanto que ela soubesse!
To Be Continued…
Pois é! No
próximo uma tensão causada por…
Vocês verão XD
Agora digam-me o que acharam!
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Se tem dúvidas, pode perguntas quantas vezes quiser e eu responderei assim que for possível~XOXO.