[2T - One Year Later] Cap. 05 - O abraço de Judas

Olá, queridas leitoras! Como estão essas cabecinhas? E esses corações? Prontos para emoções fortes? Quero ressaltar que bater no Jake pelo capítulo tá aprovado XD

E sim, eu sei que Judas deu um beijo e não um abraço, mas o significado é o mesmo u.u

Boa leitura!

O Abraço De Judas

Leah PDV

Faziam alguns dias desde que eu estava nesse hospital. Doida para ir para casa e ver Jake. Como sempre, ele tinha compromissos demais para mim. Não que eu fosse possessiva ou ciumenta. Mas Nessie Vadia Cullen estava passando dos limites.

Nós nem tínhamos comemorado o bebê, no dia que eu descobri, fomos contar para minha mãe e seu pai e quando estávamos entrando em casa ela ligou e pediu para ele ir.

Dava para ver ele lutar e não conseguir vencer. Meu orgulho e algo mais estavam pedindo para eu dar um belo chute no traseiro dele. Mas eu tinha medo. Medo que ele gostasse e fosse procurar ela.

Virei a página do livro que estava lendo, parecia tudo tão fácil num conto de fadas, porque não podia ser assim na vida real? Suspirei, pareceu algo que eu fazia regularmente agora. Tudo se resumia no tédio que eu sentia e na vontade de ir embora.

Eu não podia ainda, no entanto. Carlisle e Nahuel estavam preocupados com a forma como meu corpo reagiria as doses menores de um novo remédio para impedir a criação de novos nódulos na cabeça. Apenas um pequeno corte havia sido feito na minha nuca, nem daria para ver.

─ Boa tarde! – Embry entrou com flores e uma caixa de bombons do hospital.  Seu sorriso era contagiante, mas havia algo estranho nele, algo suspeito no rosto.

─ Boa para quem? – questionei fazendo ele rir, acabei acompanhando. – Como o bando anda? Quil e Sam se recusam a me dizer, mesmo vindo aqui várias vezes. – não quis mencionar que Jake também não me dizia.

─ Hum… podemos pular essa parte?

─ O que eu estou perdendo? – questionei já tensa.

─ Nada demais. – ele pigarreou e finalmente soltou – Mada foi objeto de imprinting de um lobo do oeste. Ele era nômade. Vai entrar para a nossa matilha, uma vez que compartilhar as fofices que a Mada faz e as traquinagens também na cabeça do pai dela não seria algo agradável. Sam está uma fera.

─ Só isso? – questionei com uma sobrancelha levantada. – O que mais?

─ Acha que eu fui um idiota sem propor pra Becca?

─ Muito. – respondi e ri. – Faça algo especial quando ela não estiver esperando e proponha, vai ser melhor do que ficar no sexo cru.

─ Sei. – ele disse e torceu a boca.

─ Não me diga que brigaram outra vez!

─ Não exatamente. De qualquer forma, me caso no fim do ano.

─ Como assim? – questionei com riso na voz.

─ Ela me propôs quando você ligou contando que estava grávida. E fizemos sexo cru – ele riu enrubescendo – a noite inteira.

─ Ual! E porque aquela vaca não me ligou? – questionei rindo. Eu não estava sendo má.

─ Ela queria, mas eu disse que queria te dizer pessoalmente.

─ E porque?

─ Porque… bem… eu te considero uma irmã. Da família. – ele disse com um sorriso falso.

─ O que não está me dizendo, Embry? – perguntei séria.

─ Nada. Porque tá achando que eu não tô dizendo tudo?

─ Você não está. Mas quando eu sair daqui eu vou descobrir, pode apostar o seu piu-piu nisso. – ri com a cara que ele fez ao acróstico.

─ São para você, de qualquer forma. – ele me respondeu, parecia em duvida se ria ou não.

Com o passar dos anos eu e Embry nos tornamos bons amigos. Ele sempre dizia que eu era sua irmãzinha, mesmo eu sendo três anos mais velha que ele, era bom, no final das contas, ter um amigo.

─ Que bom que está acompanhada! – Carlisle disse entrando no quarto e desligando os monitores.

─ Algo aconteceu? – perguntei alarmada.

─ Só que você terá alta. – Carlisle me sorriu brilhantemente. – Obrigada por vir busca-la Embry.

─ Você o chamou? – questionei em uma careta. Jake devia estar aqui, me levando para casa como todo bom noivo.

─ Sim. – Carlisle respondeu sem entender a minha reação.

Meu estomago afundou. Se ele não tinha tempo nem para me levar, eu, que em breve seria sua esposa e mãe do seu filho, porque eu devia pensar que ele me escolheria? Logo eu? Claro que ele ia escolher a aberração deusa do que eu, um demônio.

─ Eu já estava vindo, eu só achei que você não se importaria. Eu nem liguei para Jake.

─ Não se preocupe, eu o fiz, mas como ele não atendeu, decidi ligar para você.

─ Jake não atendeu? – um alarme soou na minha cabeça.

─ Nada com que se preocupar. De todo jeito, quero que se lembre: tome os remédios nos horários, se alimente direito e descanse. Nada de sexo pelas próximas duas semanas. Precisamos ter certeza que seu corpo vai se acostumar à gestação.

Arrumei minhas coisas em silencio, muito infeliz. Embry volta e meia tentava me ajudar e acariciava os meus braços, me passando segurança.

─ Não fica chateada. Deve ter descarregado ou sei lá.

─ Não é isso. Queria que ele se importasse mais com a criança. Eu não me importo comigo mesma e você sabe, só… ─ suspirei. Ele me deu um abraço suave.

─ Você devia conversar com ele, colocar os pingos nos i’s.

─ Devia mesmo.

Chegamos em casa muito rápido. Embry me ajudou a descer da caminhonete que ele comprou alguns meses antes e abriu a porta de casa. O mundo estava girando muito lentamente enquanto eu tentava processar a imagem na minha cabeça.

Nessie estava debruçada sobre a mesa de jantar, o cotovelo batendo no peito do Jake, enquanto ele ajudava ela a fazer qualquer merda de receita.

─ Assim, entendeu? Tem que mexer mais rápido. – mordi a língua para não sair falando merda.

─ Ah… acho que entendi. – ela disse quase gemendo no ouvido dele, o meu sangue ferveu.

─ Nossa você deve estar ocupado mesmo, Jacob. – falei da porta estática.

─ Lee? – ele perguntou e correu para nós, me deu um abraço forte, mas não machucou. E se curvou para me beijar.

O gosto não foi comum, foi amargo.

─ Aconteceu algo? Porque não me ligaram? Eu teria ido no maior prazer. – ele disse olhando Embry.

─ Você não atendeu nem o doutor nem eu, cara. – ele disse, colocando a minha bolsa no sofá. – De todo jeito, minha nora tá em casa e você cuide muito bem dela e desse bebê! Becca me mata e te mata se algo acontecer.

─ Eu sei. – ele respondeu carrancudo e se virou para Nessie – Nes, eu nem te contei né? Eu vou ser pai! – ele disse na maior alegria. Eu fiquei feliz e triste ao mesmo tempo. Como eu podia estar oscilando de emoções tão rapidamente?

─ Meus… parabéns. – ela disse num tom frio e veio em minha direção me dar um abraço. Dei um passo para trás, de jeito nenhum que eu ia abraçar essa porra!

─ Lee! – ele disse e me empurrou levemente para ela. Fui forçada a abraça-la, e ela passou a mão nas minhas costas. Imagens voaram pela minha mente me deixando gelada.

Imagens dela e de Jake quase juntos, e de como ele estava próximo dela nos últimos dias. Ela imaginou – e eu percebi isso com medo – que não demoraria e ele se apaixonaria definitivamente por ela. Ela construiu imagens dos dois nus na cama, enquanto ela o montava e ele dizia que a amava, olhos nos olhos, pele com pele.

Um calafrio percorreu a minha espinha e a empurrei, corri para o banheiro e vomitei minha refeição anterior e boa parte da janta de ontem também.

To Be Continued…

E agora? Nessie lutará com garras e dentes pelo Jake, mas Leah vai permitir? E o que Nessie fará agora que sabe que Leah está gravida? Quais as tretas que nos aguardam? Ficou curioso? Então comenta que amanhã tem mais!