Cap.
1 – Corra para longe
Os
pés descalços de Tiffany começavam a sangrar, ela mal conseguia se mover, mas
ela não podia parar.
Ela
ouviu seus perseguidores, eles estavam se aproximando. Não era justo, ela nem
sabia o motivo, mas eles tinham armas e tentaram disparar contra ela, então não
podia parar.
Ela
ouviu um silvo e uma mão a puxou para cima, ela viu cabelos longos e louros,
enquanto uma mão pálida se unia a anterior, a puxando.
─
Jess! – ela abraçou-a, para alcançar o galho e sentar-se. A irmã lhe fez um
sinal de silencio e observou.
Vários
minutos se passaram, até que pudessem sussurrar novamente.
─
Kim? – Jessica perguntou sem qualquer vestígio de medo, coisa que era muito
visível em Tiffany.
─
Nos separamos, ela mandou-me vir, disse que estava logo atrás e me mandou
correr. – Tiffany respondeu com uma voz chorosa. – Eu quero voltar lá!
─
Não. – Jessica decidiu com uma voz séria. – Kim sabe o que está fazendo. Vamos
continuar nosso caminho e voltar para a cabana. Avisar o papai e ver o que
fazemos. Venha. Cuidado.
Tiffany
ainda olhou para trás enquanto seguia sua irmã cautelosa. Jessica emitia sons
irritados vez ou outra, e elas ouviram um tiro ser disparado. Mais um, um grito
masculino, um rugido, dois tiros e muito silencio.
Algo
mexeu-se ao lado delas e Jessica afastou Tiffany com um golpe certo, derrubando-a
perto da relva, Jessica estava pronta para proteger sua irmã mais nova.
Kimberly
estava à frente das meninas e parecia uma mistura de floresta e sangue.
─
Temos que pegar o segredo e partir.
Eles mataram o pai. – informou, indo decidida para casa.
As
duas em seu encalço não perguntaram nada até que alcançaram a cabana. Tiffany
estava quase histérica, mas não conseguia dizer nada, nem ao menos chorar.
Jessica estava fria, impenetrável em sua máscara de sempre.
─
Porque estamos fugindo? – Tiffany questionou lavando os pés, eles doíam, mas os
machucados já saravam.
─
Ouvi eles dizerem, na verdade me ameaçaram. Disseram que havia mais deles e que
chegariam em breve. Temos que ser rápidas. Tiffany pegue tudo de comida que
pudermos levar nas mochilas, principalmente comida não perecível – ela disse
jogando duas mochilas de acampamento para a irmã. – Jessica, você fica com
roupas e calçados, as mais fáceis de vestir e que ocupem menos espaço. Três
tênis para cada uma, sem saltos. Vamos calçar as botas de inverno, sem salto e
sair daqui assim que pudermos. Devemos ter pelo menos 30 minutos, antes deles
chegarem. Rápido! – rosnou e suas irmãs começaram a correr enquanto a irmã
pulava o corpo ensanguentado e morto na sala e procurava os arquivos do pai.
Kimberly
pegou todo o acervo de coisas que o pai guardava e principalmente, o microchip
que parecia mais um cartão de memória, mas que tinha todos os trabalhos e
pesquisas importantes de seu pai e seu trabalho de vida: os nova espécies.
Jessica
suspirou audivelmente enquanto corria de um quarto à outro, colocando coisas
nas bolsas. Encheu três malas pessoais e guardou pertences como sabonetes,
celulares e maquiagens. Desceu correndo e jogou no porta-malas, enquanto Kim
lotava um dos lados com o computador de seu pai, papéis, anotações e artigos de
trabalho. Tiffany saiu guinchando por ajuda e as duas mais fortes a ajudaram a
erguer a comida e por no porta-malas e bancos de trás.
Elas
entraram para se trocar, seguindo ordens de Jessica, que as mandou por calças
de legue e uma blusa folgada, além das botas sem salto de inverno. Cada uma
pegou pertences pessoais que não podiam ficar para trás e Kim correu para o
quarto de Melody.
Melody
era a pequena criança que seu pai criava, desde que nascera, há duas semanas.
Não era normal. Ela crescia mais rápido, já sibilava e seu corpo estava bem
mais “duro” que o normal. Ela ouviu Tiffany entrar no quarto e se virou,
congelou.
Não
era Tiffany, mas seu namorado, Roy.
─
Que está fazendo? – questionou-o. Os habilidosos olhos caninos avaliaram sua
situação, que não parecia boa.
Ela
aguçou os sentidos, Jessica estava correndo para o carro, Tiffany ofegou,
entrando no banco do motorista e fechando a porta. Elas dirigiram para os
fundos da casa, dando voltas.
Kim
segurou Mel mais forte contra o peito, daria a vida pela pessoa que a protegeu,
tinha certeza e agora sabia para onde devia ir, devia procurar Justice North e
entregar Mel. Apenas ele poderia dar a vida que ela merecia.
─
Calma. Passe-me o animal e tudo ficará bem.
─
Roy, ela é uma deles. É uma cadela. – alguém disse atrás dele, e ele fez um
movimento, veio tarde. Kim pegou o abajur e antes que ele pegasse a arma, o
abajur já partia sua cabeça em duas, tamanha a força usada.
Pegou
a bolsa de roupas no chão e chutou a janela, alguém estava vindo para o quarto,
eram pelo menos quatro pessoas, constatou quando cheirou.
Pulou
do primeiro andar direto no chão, Mel choramingou enquanto suas irmãs
derrapavam e ela entrava as pressas no carro, fugindo dos sequestradores.
─
Alguém se lembrou das fraldas? – Kim questionou respirando pesado, uma dor
aguda a atingiu na região lombar, mas seu alívio era maior. De carro eram mais
fortes.
─
Eu. – Jessica disse colocando um cinto. – Peguei roupas também, estão na mala
da Fany. Você troca mais ela que nós.
─
Tiffany vá para o sul da Califórnia, temos que encontrar Justice North.
TO
BE CONTINUED…
Será
que elas conseguirão chegar no Justice? Que será que vai acontecer? Serão
recebidas? Morrerão no caminho? Qual delas chegará viva? Façam suas apostas que
nos vemos semana que vem XD
bom, vou esperar pelo proximo cap pra ter uma opiniao melhor... bjs
ResponderExcluirHi, honey! Espero que você goste XD
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