Capítulo 18 – Sumido
Duas semanas inteiras sem Seth.
Por onde ele anda? O que está fazendo? Porque ele não
está vindo para a escola? Suspirei me odiando por não saber nada dele, porque
ele não me liga? Somos amigos, poxa!
Disquei seu número de novo. Chamou até cair e bufei
saindo da escola. Decidi passar na loja da família dele. Emily acenou para mim
quando entrei no lugar. Tinha uma mulher bonita com uma menina e Quil que
brincava com a criança.
─ Algo faltando na sua casa? – Emily perguntou sugestiva.
─ Não, ahn… tem visto o Seth? Ele já não vai pra escola
faz duas semanas e é final de bimestre. – Tentei explicar. Claro que não era só
isso, Emily olhou pro Quil e a outra mulher olhou para mim como se não
entendesse.
─ Ele não é seu namorado? – Ela perguntou dando ênfase ao
“seu” e eu engoli em seco.
─ Terminamos. – Eu sorri pequeno para ela. – Não que seja
da sua conta.
─ Bom, é, já que ele é meu primo e você é uma dessas
patricinhas nojentas.
─ Jamile! – Emily a recriminou e mexeu em alguns papéis
em cima da mesa. – Também não sabemos. Ele não nos atende. Você já tentou…?
─ Já. Se… tiver notícias, pede para ele me ligar?
─ E para quê? Se ele já se livrou de alguém como você…
deve estar fugindo.
─ Foi ela que terminou. – Quil disse para a tal da
Jamile.
─ Olha moça, não é querendo plantar a sementinha da
discórdia, mas coitado do seu marido. Ter que aguentar esse mal humor todo não
deve ser brincadeira. – Eu saí de lá ouvindo as risadas da Emily e do Quil,
antes que ela dissesse algo que eu com certeza iria retrucar e brigássemos.
Decidi passar na casa dos Clearwater. Era relativamente
perto e eu não tinha nada para fazer em casa. Seth onde está você?
Bati na porta. Não tinha campainha e a maioria das casas
daqui – principalmente as tradicionais, como a dos Clearwater – não tem esse
recurso. Quando estava me preparando para bater de novo, a porta se abriu
revelando Leah com o filho pequeno no colo.
─ E aí, Rox? Como anda?
─ Bem. Posso entrar?
─ Fique à vontade.
─ Quer beber algo, querida? – Sue disse vindo com uma
mamadeira e pegando o bebê gorducho dos braços da Leah.
─ Não. Eu vim passar rapidinho. Só queria saber se vocês
sabem do Seth.
─ Ele não tem te atendido também? – Leah estranhou e eu
levantei os ombros.
─ É… se souberem dele…
─ Peço que te ligue. – Sue disse brincando com o neto.
─ Parabéns pelo bebê, Leah. – Eu disse antes de sair da
casa.
Estava andando aleatoriamente na reserva, quando meu
celular tocou. Eu olhei o visor, era uma mensagem o Luke.
Seu pai foi
liberado do hospital. Fique em casa para nos receber, estamos a caminho.
Sorri porque as coisas estão voltando ao normal.
Finalmente!
Praticamente corri para casa, muito feliz que papai
estava recuperado e bem.
[…]
Seth
─ Seth? – Nessie chamou o meu nome lentamente e eu sorri.
Como ela consegue ser tão linda? Tão inocente, linda e amável?
─ Sim?
─ Beije-me. – Eu olhei sem entender. Parecia uma ordem
direta.
Meu corpo parecia estar sendo puxado para ela, como se
fosse um imã. Eu agarrei a cintura fina dela enquanto a beijava com
sofreguidão. Senti suas unhas perfurarem a pele nua dos meus braços, enquanto
os meus próprios dedos tornavam-se duros contra a pele de mármore dela.
─ Seth… ─ Eu senti suas mãos arranhando o meu peito e a
imprensei contra a árvore em que estávamos encostados. Ouvi o barulho do tecido
e me separei dela para respirar.
─ Desculpe pelo ves… cadê a roupa de baixo? – Ela riu e
mordeu o meu ouvido, puxando uma mão minha para a sua intimidade e eu fiquei
estático. Eu não sei fazer isso.
Ela mexeu a minha mão nela, pondo dois dedos e me
incentivando a continuar sozinho. Eu tentei até pegar o jeito e vi que estava
fazendo certo porque ela começou a fazer uns sons com a boca que me deixaram animado.
Senti o amiguinho lá em baixo reclamando atenção e vi
quando ela entrelaçou uma perna e depois a outra, na minha cintura.
─ Isso, Seth. Agora mais forte.
Eu obedeci e vi quando ela jogou a cabeça para cima,
fazendo aquele som. Agora eu sei o que é, são gemidos. Ela tá gostando! Então
eu posso aprender e fazer com a Rox, a minha garota.
Espera, o quê?
Parei.
─ Seth, vamos! – Ela mandou irritada, com o rosto
vermelho.
─ Não. Não posso… eu… Rox…
─ É uma otária. Anda! – Ela disse forçando o quadril
contra a minha mão e senti uma dor nas minhas bolas que me fez considerar.
Rox. Meu lobo
choramingou trotando, como se estivesse feliz com a interrupção e eu não me
entendi. Que diabos há de errado comigo?
─ Seth!
Eu queria ela antes
de namorar a Rox. Eu ainda sou apaixonado por ela… não sou? Me perguntei
idiotamente, e ela mordeu a minha orelha. Fechei os olhos, respirando pela boca
e tudo o que vi foi o rosto da Rox, naquele dia na floresta. Ela parecia tão
decepcionada comigo.
Rox…
Ou Nessie? Ela
começou a lamber minha orelha e dar pequenos beijinhos até a minha clavícula e
eu mandei às favas o juízo ou a opinião do meu lobo interior.
Beijei Nessie duramente, mas era Rox que eu via enquanto
estava de olhos fechados e não consegui entender. Abri os olhos e vi os cabelos
ruivos, a pele tão branca…
Apertei a coxa dela e ela rebolou abrindo a minha calça,
mais feliz. Ouvi a voz dela, mas parecia errado. Bom, não é desde que Jake me disse
que ele não se importava, apenas para eu ter cuidado.
─ Cuidado com ela.
Nessie é um problema com o qual eu não quero lidar. Sua mulher é melhor, cara.
─ Mas a Nessie… ela
é… perfeita.
─ Ixi… olha, vou te
dizer uma coisa. Perfeição não existe, se existisse a Leah seria a figura da
perfeição. – Girei os olhos pro meu alpha e ele piscou. – Você quem sabe, mas
cuidado. Eu realmente não me importo se você vai traçar ela ou a Rox.
─ Ei! Traçar não,
fazer amor.
Não parecia amor enquanto eu a violava. Ela também não
parecia se importar, enquanto guiava-me para dentro do seu calor e prendia os
braços nos meus ombros, gemendo no meu ouvido.
Meu lobo rugiu como se estivesse com dor e eu fechei os
olhos sem entender. Ele parecia enclausurado.
Eu estava na minha
forma lupina. E também estava observando. Como se fosse a clareira em que eu
voltei à forma humana pela primeira vez, mas a grama era realmente verde e
cheia de flores. Era minha imaginação.
─ Não. – Uma mulher
disse, subitamente aparecendo. Ela tinha uma cor cinza prateada. Era um dos
espíritos que o Billy contava a história e sorriu para mim. – Este é o seu
lugar, Lobinho. Este é você.
─ Lobinho?
─ Sim, Lobinho. –
Ela disse e sorriu. Me lembrou um pouco minha irmã e minha mãe. Ela ficou
subitamente séria. – Cuidado. Não importa o quão difícil e doloroso seja, siga
sempre o seu lobo interior.
─ Mas… e se ele
estiver errado?
─ Você saberá que a
encontrou porque ela tem dois espíritos lupinos lutando dentro de si. A lenda
cherokee é bem clara: o lobo alimentado ganhará, e ela precisa de ajuda para
alimentá-los, Lobinho.
─ Quem?
─ Ela. – O espírito
sumiu gradativamente e eu olhei meu lobo.
─ Quem?
─ Jake… ─
Nessie sussurrou rouca um tom mais alto enquanto alcançava o próprio clímax.
Eu estanquei e abri os olhos. Ela riu e abriu os próprios
olhos, fixando os dela, nos meus e simplesmente aconteceu.
Senti como se a terra não me prendesse mais. Era como se
Nessie fosse o único lugar, o único portal que me mantinha vivo. E no entanto
não parecia que ela era tudo. Apenas essencial.
Eu continuei olhando para ela, enquanto ela mexia-se
algumas vezes me fazendo chegar no meu próprio ápice. Eu fechei os olhos e
apenas duas coisas estavam lá, junto com a névoa branca do prazer: O rosto de
Rox chorando aquele dia e a sensação sufocante da impressão.
Continua…
Foi tão difícil
escrever esse capítulo e.e
Não é que eu não
soubesse que isso ia acontecer, mas queria deixar claro que a Nessie mexeu com
coisas que não devia. Quem não entendeu esse lance da espírito, explicação
aqui:
Agora espero que
tenham gostado =3 a fanfic já está passando do meio e espero que vocês
continuem curtindo!
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