terça-feira, 14 de outubro de 2014

[Lua Cheia] Capítulo 34 - Prostituta de 20 dólares

Capítulo 34 – Prostituta de 20 dólares
Algumas atitudes precisam ser mudadas.
Boa leitura.
Prostituta de 20 dólares.
O choque rasgou por Leah como uma lâmina.
─ O quê? – Ela perguntou, incapaz de acreditar no que ouvira.
─ Ménage a trouis. O que pensa disso?
─ Saia da minha casa. – Leah disse baixo, tentando evitar que ele ouvisse a decepção e a dor em suas palavras. – Saia da minha vida.
A garganta apertou subitamente. Ele nem sequer se importa? Por que ele quer repassar-me como se eu fosse… Oh Deus! Seus pensamentos eram confusos e magoados. Tudo estava indo tão bem… eu realmente pensei… eu sou uma idiota. A decepção era palpável em seu olhar.
Grady ajoelhou-se perto da cama, e ela puxou as pernas em direção ao peito. Fungar não foi premeditado e mesmo quando ela tentou segurar, o som escapou-lhe. Ela ainda não queria deixá-lo ir. Os dias estavam acabando e ela não queria que ele a deixasse, mas se ele queria trata-la como uma vadia, então ele não merecia seus sentimentos limpos.
─ Baby, eu não quero te machucar. Se Erick estiver conosco, eu sei que não farei isso. Meu lobo não fará isso.
─ Não entendo como seu amigo pode nos ajudar. Eu te disse, não tem problema você ter me mordido, ok? Tudo bem.
─ Não está tudo bem. Erick está certo, sou perigoso para você no estado em que estou, mas ele pode me segurar.
─ Não sei como. Não estou te compreendendo nem um pouquinho que seja.
─ Erick não sofre com o calor. – Grady disse enquanto o outro entrava em seu quarto com um sorrisinho de lado, quase cínico aos olhos de Leah. – Ele pode me parar se eu tentar te reclamar e eu sei que vou.
─ Eu não me importo. – Ela disse certa de suas palavras, embora a insegurança fosse um sentimento que ela não apreciasse, estava sentindo-o firme em seu peito.
─ Eu me importo. Um acasalamento assim é um erro completo. Você precisa de tempo para escolher a melhor opção. – Grady disse fazendo um carinho em seu joelho.
─ Eu não quero tempo. Eu quero você, só você. – Leah disse tomando um pouco mais de coragem.
─ Nós ficaremos juntos até o fim do calor. – Grady a deixou saber dando um longo suspiro. – Tudo bem?
─ Não. Espera… ele vai nos assistir?
─ Querida, você sabe o que é um ménage? – Leah negou com a cabeça e ele explicou, soltando um grunhido irritado ao perceber que seu amigo analisava as curvas de Leah. – Você ficará entre nós.
─ Espera… ele não vai assistir, vai? – Leah perguntou sentindo o arrepio na coluna se intensificar.
─ Você ficará entre nós dois, como um sanduíche. – Erick explicou sorrindo.
─ Fora! – Leah gritou atirando em Erick um travesseiro. Empurrou Grady com uma das pernas. Ele não se moveu de onde estava.
─ Baby?
─ Não me chame assim. Você perdeu esse direito. Saia daqui!
─ Querida, eu…
─ Sai! – Ela gritou apontando a porta e quando ele não se moveu, ela levantou-se da cama e andou em direção ao banheiro.
─ Porque está agindo assim? Qualquer mulher teria ficado bem animada com essa proposta! – Ele rosnou a resposta parecendo muito irritado.
─ Eu não sou qualquer mulher, Grady! Não gosto dessas coisas de dividir ou ser dividida! Se quer tanto foder seu amigo, foda-o sozinho! Essa parece boa, não é? – Ela perguntou com sarcasmo. – Tenho uma ideia, vocês dois trepam e eu filmo, que tal?
─ Eu não fodo outros homens. – Grady realmente rosnou irritadíssimo quando respondeu.
─ Nem eu também.
─ Erick nos deixe a sós. – O cara virou-se e saiu pela porta, enquanto Grady a olhava sem entender sua reação exagerada. – Qual o seu problema?
─ Qual o seu problema?! – Leah deu ênfase ao “seu”. –Eu não sou uma prostituta de vinte dólares, Grady. Eu não curto essas coisas. Pensei que você tivesse entendido isso. Entendido que eu...
─ Que você? ─ Ele a encorajou. ─ Vamos, fale. Eu não sou bom com essas coisas.
─ Esqueça. Eu já entendi qual o meu papel na sua vida. Não vou me enganar de novo. ─ Leah disse seguindo para o próprio quarto. Parou a poucos passos da porta e olhou-o sobre o ombro. ─ Não me procure a menos que realmente precise de mim.
─ Porque você está agindo assim? ─ Ele parecia mesmo perdido e Leah não resistiu à dar-lhe uma resposta.
─ Eu te disse, eu não gosto de ser usada.
─ Eu não te usei, não sei porque está agindo assim.
─ Quero ficar sozinha. – Leah disparou subitamente. – Vá para o seu quarto. – Era uma ordem clara e objetiva.
─ Leah…
─ Não, Grady. Eu não quero falar com você agora. Eu não quero nem mesmo olhar para você agora. Então me deixa sozinha.
─ Não. – Ele respondeu com o queixo duro. – Me explica porque está agindo feito idiota.
─ Idiota? Idiota? Idiota é você, que é tão cego a ponto de não saber o mínimo sobre mim. Mesmo com todo esse tempo em que temos convivido.
─ Pode ser clara? Objetiva? – Grady usou do sarcasmo tão conhecido para Leah.
─ Vou ser clara então: deixe-me só!
Ele ameaçou dizer algo e a resposta era claramente negativa nos lábios dele. Leah virou-se e entrou no banheiro, trancou a porta, batendo-a firmemente atrás de si. As ideias estavam girando em sua mente e ela sabia que só havia um lugar para onde ela queria ir agora.
Cogitou voltar ao quarto, mas sabia que Grady ainda estava lá, aguardando que ela saísse do banheiro. Ele a chamou e só teve mais certeza do que deveria fazer. Ligou a torneira e molhou as mãos, ansiando por tranquilidade.
Leah não se permitiu pensar na dor que estava provocando à ele. Quem ele pensa que eu sou? Pensou frustrada e fechou a torneira, finalmente tomando sua decisão. Precisava desabafar e queria fazê-lo olhando para sua tia. Precisava de um colo. Ou uma bebida. Concordou em sua mente e ligou o chuveiro.
Enganá-lo é a chave. Leah sabia que o pensamento frio estava correto. Ele não havia se importado com seus sentimentos. Como ele pôde pensar que isso me faria feliz? Porque ele agiu dessa forma? Eu realmente quero saber? Leah não estava certa da resposta.
Ela soube que o som do chuveiro ocultaria sons menores, por isso abriu a janela lentamente e saiu do cômodo de forma silenciosa. Correu para fora, mesmo descalça e viu quando Erick virou a cabeça em sua direção.
Ele estava num telefone e parecia sério, quando a olhou. Ele vai me dedurar. Ela simplesmente sabia disso e correu para a pista. Um carro passava e ela acenou quase loucamente para que parasse.
A mulher no volante parou parecendo aturdida. Leah não sabia o que fazer dali em diante, mas Erick estava chamando Grady em alto e bom tom, então ela não teve saída a não ser mentir:
─ Por favor, me leve à casa do meu tio. É no final dessa estrada. Briguei com meu namorado e estou com medo que ele fique violento.
A mulher pareceu incerta, mas quando ela viu o grande corpo de Grady atravessar a porta da frente, gritando-a, a mulher abriu a porta do carro e Leah praticamente voou para o acento.
Não é uma mentira total. Leah pensou penalizada. Só um pouquinho. Concordou em sua mente e respirou mais aliviada.
─ Obrigado. – Finalmente agradeceu.
─ Nós, mulheres, temos que nos ajudar. – A mulher piscou parecendo aliviada de tê-la livrado do suposto namorado violento.
Leah sorriu amarelo sabendo que havia mentido. Não foi uma causa ruim. Disse em sua mente várias vezes e mesmo assim, ainda soava mentiroso e nocivo. Não deixou que isso a fizesse se sentir tão culpada, afinal não era por uma causa ruim.
Respirou muito mais aliviada ao descer e ofereceu uma bebida e algum dinheiro à mulher, que não os aceitou. Leah praticamente correu para Minnie e a abraçou fortemente.
─ O que houve, querida?
Continua!
Bom... como será que Minnie reagirá ao saber o que Grady fez? E Omar? Eu não acho que será uma reação muito boa, e vocês?
Espero que tenham gostado <3

Beijinhos =3

2 comentários:

  1. kkkkk adorei tudo! NÃO GOSTEI DESSE AMIGO DE GRADY! Mas amei o resto <3

    Gostei mais da parte em que ela mentiu kkkkk <3

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    Respostas
    1. Hahaha coitado do Erick xD todo mundo odeia o bichinho.
      kkkkkkkk na hora do aperto uma mentirinha não faz mal, né não? xD
      Obrigada por ler e comentar =3

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Obrigada por comentar! Me deixa muito feliz *o*
Se tem dúvidas, pode perguntas quantas vezes quiser e eu responderei assim que for possível~XOXO.