sábado, 30 de janeiro de 2016

[Lua Cheia] Capítulo 57 - A decisão dele



[Lua Cheia] Capítulo 57 – A decisão dele
 Espero que gostem! Boa leitura!

Leah bocejou e acordou sentindo seu corpo dolorido nas costas. Esticou-se na cama, sentia tudo muito melhor – exceto por suas costas doloridas – e olhando no quarto, percebeu que mais uma coisa estava fora de lugar. Não havia sinal de que Grady tivesse retornado ao quarto.
Levantou-se, certificando que realmente estava melhor. Vasculhou o guarda-roupas dele e achou uma toalha limpa, antes de conversarem, precisava de um banho. Olhou no relógio e viu que eram apenas 8 da manhã.
[…]
Grady recusou-se a dar outro soco na parede. Um lado do quarto que ocupara na noite anterior já estava destruído o suficiente, não queria acabar com este também.
─ Tenho certeza de que vocês podem resolver isso juntos, primo. – Brand disse calmamente.
─ Como? Eu a estuprei, idiota. Isso não se resolve.
─ Então peça ao tio que te leve abaixo. – Brand disse sério. – Acha mesmo que ela teria agido daquela maneira se não fosse consensual?
─ Leah mandou todos saírem do quarto. – Anton disse novamente. – Ela tomou a decisão, Grady, não foi papai, eu ou qualquer um do bando. Você precisava da sua mulher e ela estava disposta a estar lá.
─ Se não vai voltar pro quarto, ao menos diga-lhe que acabou. – Jacob disse sensatamente, sentado no parapeito da janela. – Não é justo você bancar a vítima, quando nós sabemos que a Leah já teve o suficiente de merda para uma vida inteira.
─ Não posso vê-la. Sinto como se isso me comesse por dentro e mesmo assim, não consigo olhar Leah nos olhos e dizer que acabou. Eu a amo demais e estraguei tudo, irmão. Tudo. – Grady finalmente disse abaixando a cabeça.
─ Confesso que fiquei chocado pela parte do amo, mais se você realmente gosta dela, vão superar. Todo mundo tem problemas. – Jacob disse se levantando.
─ Até onde me consta, irmão, ─ Brad começou lentamente. – Foi consensual. Estupro não é estupro quando é consensual.
─ Eu não fui humano, Brad. – Grady rosnou para o irmão. – Eu fui um animal e a machuquei, isso é normal pra você? Que tipo de doente você é?
─ Ei! Eu não… olha, é normal casais terem problemas, certo? Fazer sexo também envolve riscos, gravidez, doenças sexualmente transmissíveis e alguns machucados, todo mundo sabe. Você não vai ser o primeiro ou o ultimo. – Brad argumentou sabiamente.
─ Leah te ama, ela disse que faria o que fosse necessário para te trazer de volta. – Rave disse caminhando para perto de seu irmão, tocou-o no ombro, tentando confortá-lo. – Ela sabia onde estava se metendo e não recuou, então pare de ser um completo bastardo, vá para o quarto e esteja lá para o que ela precisar.
─ Não dá pra chorar o leite derramado para sempre. – Jacob disse abrindo a porta. – E no seu caso, o prazo acabou de acabar. Ela tá saindo do chuveiro.
─ Nós ouvimos. – Anton concordou e deu um tapinha nas costas do irmão, antes de sair.
─ Se fosse a minha mulher. – Brand disse, observando seus primos saírem junto com Jacob, restando apenas os dois no quarto. – Eu estaria lá com ela e não me escondendo feito um filhote de cachorro.
Ele o deixou sozinho e Grady fechou os olhos. Para eles podia ser muito fácil, não era a mulher deles, mas a sua. Havia machucado Leah de novo. Tudo o que tentava, sempre acabava com um dos dois se machucando no final.
Grady sabia o que era preciso fazer, mas não fora mentiroso. Ele não conseguiria olhar para Leah agora e lhe dizer que acabou. Precisava de tempo e a distancia poderia ser a solução para seus problemas. Só depois que conseguisse pensar claramente é que poderia se dar ao luxo de reencontrá-la como um homem.
Ele tinha se esforçado todos estes anos, tentando controlar a besta que vivia dentro dele e tinha estragado tudo com a única mulher que realmente amou em sua vida. Era um bastardo dos piores.
[…]
Leah saiu do banho e pegou na sacola, uma das roupas que sua mãe havia salvo do que sobreviveu em sua casinha. Vestiu a roupa intima e foi procurar algo confortável. Suas pernas tinham algumas contusões e não precisava de Grady olhando os machucados e se culpando ainda mais, quando fossem conversar.
Escolheu uma calça soltinha de cor preta, colocou uma blusa de alça branca e uma sandália de dedos branca. Penteou os cabelos, ainda sem saber direito por onde começaria. Queria que Grady entendesse que o que fez foi para seu próprio bem, ele não podia se culpar por algo que o bando precisava. Estava agindo como um idiota.
Saiu do quarto minutos depois e desceu as escadas. Olhou, mas viu todo mundo, menos ele. Aproximou-se de sua mãe que conversava com Jacob, queria saber o que ele fazia ali. Será que houve um problema na reserva?
─ Hey, Jake! – Cumprimentou-o e ele lhe deu um abraço forte. – Problemas?
─ Não exatamente. Senti uma dor no rabo aí vim ver o que tinha de errado com vocês.
─ Você sente uma dor na bunda e o problema é com a gente? – Questionou-o e ele bufou enquanto ela ria. – Mãe, viu Grady?
─ Ele saiu. – Ela respondeu a filha com um sorriso pequeno. – Dê-lhe algum tempo.
─ Para quê? Pra ele procurar aquela lá? Não. Precisamos conversar!
─ Mas isso não será possível por enquanto. – Elroy respondeu-a se aproximando. – Ele está indo morar em seu apartamento.
─ O quê? – Questionou sem entender. – Por quê?
─ Porque, segundo ele, precisa de espaço. – Elroy respondeu olhando-a friamente. – Eu te avisei para deixar as drogas dissiparem, Leah.
─ Querido! – Sue o recriminou, preocupada com sua filha. O temperamento de Leah estourou.
─ Você devia estar grato! Ele teria enlouquecido!
─ Podíamos dopá-lo. – Elroy disse em contrapartida.
─ E mantê-lo nas drogas até quando? Como com você? Ia chamar quem pra tirá-lo do torpor? – Leah vociferou. – Quero o endereço dele.
─ Não. Você não precisa atormentá-lo agora.
─ Mas…!
─ Dê-lhe um tempo, filha.
─ Está com ele? – Leah perguntou sentindo-se ultrajada. – Beleza então. E a ordem para ficar todo mundo aqui?
─ Eve está com Douglas. – Elroy respondeu-lhe com um sorriso frio. – Ele me deu uma ligação esta manhã informando.
─ Então, até mais ver. – Leah disse se afastando depressa. Ouviu sua mãe chamando-a, mas não se deu ao trabalho de voltar lá em baixo.
Subiu as escadas, pegou sua bolsa e saiu pela janela. Pulou e aterrizou suavemente no chão de grama baixa. Viu sua caminhonete velha estacionada ali e pegou a chave com Seth – que estava do lado de fora, com Sunshine, parecendo surpreso por terem sido pegos no flagra. – e entrou no veículo.
Seu sangue corria rápido, com a raiva. O corpo implorando que ela deixasse a transformação correr, tomou cinco respirações profundas, abriu a porta do carro e entrou.
─ Tudo bem, mana? – Seth questionou depressa.
─ Claro. – Respondeu com sarcasmo. – Onde Grady mora, Sunshine?
─ Hum. Eu não acho que devia dizer. Sabe? Papai pediu pra ninguém te responder qualquer coisa sobre Grady.
─ Claro. – Ela disse com o tom carregado de ironia. – É óbvio que ia esconder o filhinho dele.
Leah tinha entendido o recado que ele fora covarde para dar. Havia acabado entre eles, mas não estava disposta a ficar tanto tempo na abstinência de novo. Se ele quer acabar o namoro, beleza! Vamos ver qual vai ser a vaca que ele vai esfregar na minha cara. Pensou irritada enquanto dava a ré e cantava pneu ao engatar a primeira marcha, indo em direção à saída da propriedade.
O portão estava fechado e os dois lobisomens em sua frente deixaram claro que não iam abrir. Ela sorriu friamente enquanto acelerava o carro e batia contra a madeira velha. Os dois pularam alguns segundos antes do carro levá-los junto.
─ Maluca! – Um deles gritou e ela abriu o vidro para dar-lhe o dedo do meio, fechando o vidro em seguida.
Estava tão irritada. Não tinha um lugar para ir porque os lobos de Eve tinha destruído boa parte do que havia lá, mas podia conseguir um emprego e talvez uma aluguel, se fosse na mesma média de preço que La Push.
Dirigiu para o hospital, sabendo que sua transferência já devia estar lá. Havia sido informada que estava de férias, mas agora não tinha porque desfrutar de mais duas semanas sozinha. Precisava se ocupar ou ia ficar ainda pior do que quando Sam a deixou.
Foi fácil achar o lugar. O prédio branco que ficava perto da escolinha municipal era enorme e ainda no mesmo lugar do qual ela se lembrava, de sua infância. Desceu do carro, trancou e foi na recepção.
─ Olá, sou Leah Clearwater. – A mulher assentiu afirmativamente e ela continuou: ─ Tenho uma transferência de La Push para cá, estava de férias. Meus documentos já chegaram?
─ Vou verificar.
Quinze minutos mais tarde ela estava na sala da diretoria. A mulher de meia idade a recebeu com um sorriso, pedindo que se sentasse.
─ Não estava esperando que viesse agora. Pensei que viria apenas quando suas férias estivessem terminadas.
─ Mudei de ideia. Quando posso começar?
─ Hum, bom, não vou mentir. Precisamos de funcionários aqui, mas suas férias ainda estão em vigor.
─ Ah. Eu queria começar logo. – Leah disse com sinceridade. – Quero me distrair. – Explicou.
─ Ah, claro. Sendo assim, vou pedir uma documentação e você pode começar na segunda.
─ Ok. Aonde eu pego o uniforme?
─ Vou chamar a enfermeira chefe, ela vai te dar todas as informações do hospital e seu material de trabalho.
─ Obrigada. – Leah disse animada, assim que uma mulher com cara rabugenta, meio gordinha entrou, ela se levantou e a seguiu.
[…]
Grady andou irritado dentro do apartamento e Shannon o olhou com dó. Ele admitia estar sendo um pouco irracional. O telefone vibrou e ele o pegou, atendendo em seguida:
─ Grady.
─ Leah quase atropelou dois dos nossos executores. John e Joseph comeram poeira quando ela jogou o carro contra o portão, então estou sugerindo fortemente que você mande a Shannon vir para cá. Não quero nem imaginar o que ela vai fazer com o apartamento, quando descobrir que está aí. Shine também disse que ela perguntou aonde você morava, mas ela não disse. Disse que imediatamente ela ficou agressiva. Sério, irmão, ou termine ou volte. Isso vai prejudicar o bando.
─ Vou informar sua mulher.
Anton ia recomeçar a discussão, mas Grady desligou o celular e jogou-o no sofá.
─ Shannon, precisa voltar para a casa do meu pai. Ant pediu pra você ir pra lá.
Ela praticamente correu para a porta, nervosa demais por ficar sozinha com ele e a ouviu correndo para a garagem. Ele sorriu pequeno e sentiu-se vazio. Sentia falta de Leah, mas eventualmente ela o odiaria pelo que ele fez. Estavam acabados no momento em que Eve o drogou. Ela podia não ver isso agora, mas ia ver um dia. O mais seguro era ficar longe, até que os dois se curassem.
[…]
Uma hora mais tarde e Leah estava conhecendo o hospital. Uma das enfermeiras estava sendo sua guia, mostrando tudo detalhadamente. Não era muito grande e nada diferente do antigo onde trabalhava. Centros médicos de reservas costumavam ser bem parecidos, quase iguais.
Elas pararam para fazer um lanche e Leah descobriu que havia um setor de apartamentos no lado novo da reserva. O lugar estava se expandindo e perto do centro havia apartamentos para alugar em preço mais barato do que os mais perto das colinas.
Despediram-se e Leah foi em direção ao estacionamento. Não estava disposta a voltar para a casa de Elroy, então seguiu para o rumo dos apartamentos.
Não tinha gasto nem quinze minutos dirigindo, quando avistou uma grande construção, contou 6 prédios dentro do mesmo condomínio, todos protegidos por um vasto muro com a marca “Lagold”. Deixou o carro no estacionamento externo e desceu.
Segundo Whitney, sua colega enfermeira, era perguntar para o porteiro e ele chamaria a síndica, responsável pelos apartamentos vazios.
O homem tinha uma aparência cansada, mas abriu um sorriso para ela, quando se aproximou. Leah tirou o cartão do bolso traseiro da calça e o mostrou ao homem, começando a falar:
─ Olá! Me disseram que estão alugando apartamentos aqui. Eu queria dar uma olhada.
─ Claro. Aguarda um momento?
─ Sim.
A síndica apareceu em alguns minutos e eles abriram o portão pequeno para que ela entrasse. A síndica mostrou a área comum, a guiando pelo caminho. O prédio era muito bonito. Tinha uma área de lazer enorme, tinha parquinho, academia, piscina, salão de festas e uma área com 3 churrasqueiras.
─ Tem uma outra área de lazer, com gourmet, piso subterrâneo com estacionamento, área para caminhada, yoga e salão de dança além de mais churrasqueiras, playground…
─ Eu posso ver os apartamentos? – Leah cortou o papo. – Já vi que é lindo por fora, mas não vai servir se eu não gostar do apartamento.
─ Ah, claro. – A mulher disse com um sorriso simpático e parecendo meio sem graça.
Imaginou o que Grady acharia de morar num lugar assim e se recriminou em seguida. Ele não tinha que achar nada, a tinha deixado sozinha e obviamente estava mais interessado em ficar com qualquer uma que não fosse ela. Tinha tentado o proteger, mas não havia previsto esse final para os dois. O amava e precisava encontrar algo para fazer nestes quatro dias, antes do trabalho começar.
─ Por aqui. – A mulher chamou e Leah acordou de seus pensamentos, a seguindo pela garagem até um portão. A mulher o abriu com a chave e as duas entraram.
Leah viu um lobby pequeno e um elevador. Atrás de si tinha uma porta, escrito “Síndico” e mais para a direita haviam duas portas, uma nomeada com “Escada” e uma com “Banheiro dos Funcionários”.
─ Ao todo temos dois elevadores em cada prédio. Um dos moradores e um de serviço, mas pode-se usar ambos.
─ E qual o valor do aluguel?
─ É só você?
─ Sim. – Leah disse determinada. Não imaginou que sua voz sairia tão forte, mas ficou feliz por ser assim. Pelo menos não estava sendo a garotinha fraca que chora pelo namorado sumido, havia cansado desse papel.
─ Quer mesmo alugar? – A mulher parecia esperançosa de repente. – Temos ótimos apartamentos para venda. Você pagaria por algo que é seu.
Leah pensou por um segundo. Um lugar daqueles devia ser mais caro do que ela poderia pagar, mas… havia gostado tanto…
─ Quanto sairia?
─ Qual sua pretensão de apartamento? – Ela perguntou-se ainda sem apertar o botão.
─ Não precisa ser muito grande. Sou só eu, queria algo tipo dois quartos, sala, cozinha, banheiro, sabe? Varanda! Adoro uma varanda! – As duas riram e a mulher a chamou para seu escritório.
─ Sente-se. Tenho apartamentos de dois quartos, com varanda lindos! Tem um que fica de frente para a piscina dos adultos e dá para ver as colinas do sul.
─ Colinas do sul?
─ Sim. As do Norte pertencem à Elroy Junior Harris, deve ter ouvido falar. As do Sul são dos filhos dele. São 9 colinas, uma para cada filho e protegido, mas cá entre nós, eu duvido que aquelas meninas sejam só protegidas! Todas se parecem com ele.
─ Ah. – Leah disse desconfortável e uma ideia brilhou em sua mente. – Ouviu falar de Grady Harris?
─ O dono do pub? Sim. Todo mundo o conhece, porque?
─ Por acaso sabe onde ele mora? A namorada dele está meio louca atrás dele, está achando que ele a está traindo com alguma garota. – Leah disse fingindo desinteresse. – É minha amiga ela. Queria ajudar, mas sou nova na cidade.
─ Ah! Malditos sejam os homens! Todos traem, coitada. Sei sim. Bem, mais ou menos. Dizem que ele e o irmão moram no pub, no apartamento em cima.
Leah sentiu água gelada a envolver, mas foi uma sensação psicológica. Já havia estado lá antes, porque não imaginara?
─ Vou avisar a minha amiga. – Ela lembrou de dizer e suspirou. – Qual o preço do apartamento, mesmo?
─ Ah! Tem esse. – Ela mostrou a planta. – Ele vai vazio, mas é lindo. Todo branco, é padrão, mas o chão é de madeira. Tem varanda, vista para a piscina dos adultos e para a colina. Dois quartos, um dos quartos tem closet. A primeira compradora pediu a mudança e desistiu do apartamento, mas ele é divino! O banheiro tem uma banheira e no outro quarto tem um banheiro menor. A sala é grande, contra o sol e a janela da sala é enorme! Tem um lavabo também, na parede do corredor, como pode ver aqui. – Ela apontou.
─ Nossa. Parece divino. Quanto é? – Leah perguntou totalmente interessada.
─ 420.517 dólares, mas se você estiver limpa*, pode parcelar.
Leah pensou por um momento. Iria gastar todo o dinheiro que seu pai havia lhe salvado, sobraria cerca de 20.000 do que guardara nos últimos 4 anos, desde que começara a trabalhar e fizera a poupança.
─ Se eu pagar a vista, fica mais barato? – A mulher arregalou os olhos e gaguejou quando disse que sim.
─ Eu gostaria de vê-lo, antes de fecharmos o contrato.
─ Vamos agora!
Em minutos estavam lá em cima. Ela abriu a porta de marfim e Leah viu a sala enorme. Uma porta de vidro abria para uma varanda mediana, a sala tinha piso de madeira, mas na varanda era cerâmica. Caminhou para o portal e viu a cozinha. Não era muito grande, mas era bonita. Tinha um armário embaixo da pia e uma janela mediana, de vidro, no mesmo modelo da sala.
Saiu de lá, para ver os quartos. Um deles era médio. O banheiro era pequeno e tinha uma janela mediana no meio da parede de fundo. Foi ver o segundo quarto, este era maior, bem espaçoso, com duas janelas medianas na mesma parede, uma no canto esquerdo, uma no direito. O banheiro tinha a prometida banheira, em formato quadrado e parecia enorme. Voltou ao quarto e reparou que as janelas eram separadas por uma porta de vidro que não havia reparado antes. Tinha uma varanda um pouco mais espaçosa que a primeira.
Saiu do quarto e foi para o corredor, abriu a porta que estava do outro lado e viu uma área de serviço coberta, tinha dois tanques, um estriado e um parecia uma bacia. Haviam duas prateleiras de madeira, mas o chão era de cerâmica. Havia uma porta de madeira no canto, correu para ela, já imaginando que fosse uma área pequena para estender roupas.
Não era. Havia uma varanda enorme, dividida em duas partes. Uma com churrasqueira, uma grade branca provençal que batia quase em sua cintura e a área de “roupas”.
─ Projetamos o apartamento para agradar uma família pequena. Aqui você pode montar varal e por as roupas para secar.
─ A secadora da área de serviço é incluída? – Questionou, voltando para dentro do apartamento.
─ Sim. Todos os nossos apartamentos vão com secadora e banheira.
Leah abriu a porta do lavabo e sabia que não precisaria lutar para manter o suado dinheirinho de sua herança intacto. Queria o apartamento. As duas desceram rapidamente e Leah pegou a chave com a mulher no mesmo dia, fechando a compra e uma etapa de sua vida.
Não sabia aonde Grady morava e ele não saberia onde ela morava também. Se não fosse pela mulher, ficaria no escuro até conseguir farejá-lo. Foi então que se atentou para uma coisa. Havia sentido aquela vontade de transformar-se. Só podia significar que estava completa, era hora de voltar a ativa.
Entrou no carro e depositou a chave no cinzeiro. Encostou a cabeça no banco e não precisou pensar muito, enquanto ignorava a sua cópia do contrato em seu colo. Ia começar limpando a casa, mas antes, passaria nas lojas e compraria o que ia precisar primeiro: uma cama.
Continua!
Oi! Eu sei, não me matem! :O

Juro que todo esse sofrimento vai valer a pena <3 comment-3--="" nbsp="">

NOTA: O preço do apartamento foi baseado em pesquisas com imóveis em Miami. Não encontrei em Orange City, que é mais ou menos onde a nossa queria Leah está, mas achei os preços de Miami e me baseei nisso.

*Limpa – Sem pendências judiciais, incluindo contas não pagas, no Brasil chamamos de “Nome sujo”.

Espero que tenham gostado XD

Um grande beijo, fui!


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