[1T - One Year Later] Cap. 14 - A Cabana

Cap. 14 – A cabana

…*…*…*…

“- Obrigado, Jake! Obrigado por estar aqui!

– ela sussurrou e ele a apertou mais em seus braços”

Descer daquele barco não foi, nem de longe a pior parte. Ela sentiu-se aliviada e logo a cor voltou ao seu rosto.

Havia uma pequena garoa, mas isso não os incomodava. Iam, agora subindo uma pequena ladeira, em busca da pequena cabana.

Quando a avistaram, Leah parou de andar para observar. Era linda. Toda de madeira, as janelinhas estavam embaçadas e tinham uma cortina. Nas janelas, por fora, haviam flores no rodapé da janela. Um caminho verde escuro e baixinho os levava a casinha, enquanto que a grama estava aparada rudemente.

– Eu arrumei aí dentro, espero que tenha ficado bom… - ele comentou sorrindo, ao abrir a porta.

Se ele estava preocupado, isso passou assim que viu o sorriso dela. Mas este, mudou rapidamente para algo que ele não identificou.

Ela franziu as sobrancelhas para ele.

– Não ficou bom? – ele perguntou docilmente.

– Ficou… e isso é estranho pra um garoto! – ambos riram.

Algumas horas depois…

– Sabe, Jake… - ela disse, tirando do forno, o bolo que fizera – Eu estive pensando… - o rosto ficou muito vermelho.

– No que, Lee? Pêra… você ta vermelha? Ah que linda! – ele falou pegando nas bochechas magras dela.

Ela começou a rir muito.

– Estive pensando… porque ainda continua aqui? Tentando melhorar o meu dia?

– Tecnicamente, já é noite. – afagou os braços dele.

– Você entendeu!

– Sim… eu continuo aqui… porque gosto de você! Você é minha irmã de bando, é minha amiga, é irmã do Seth, que é um cara legal e meu amigo também!

– O que faz você gostar de mim?

– Lee… precisamos mesmo falar disso?

– Eu… só queria saber… - ela sussurrou. – Quer um pedaço de bolo? – perguntou cortando o alimento em fatias generosas.

– Claro!

…*…*…*…

Estavam deitados na cama, juntos, pois havia apenas aquele quarto no pequeno chalé. Ela olhou o rosto dele tranqüilo, reluzindo a luz da lua prateada e muito brilhante.

– Jake… como posso me proteger de te amar? – sussurrou para si mesma.

Ele pareceu ouvir, pois a apertou contra o seu corpo.

“Mas”, por um momento pensou, “Como me proteger de algo impossível de bloquear?”

Tocou, com as pontas dos dedos, o rosto bonito e liso dele. As bochechas morenas, os lábios, a testa, o nariz, os cabelos, a pontinha da orelha, os olhos fechados. Tocou todo o rosto dele.

Por um momento, seus olhos se encheram de lágrimas. Sem perceber, elas caíram, molhando o peito dele.

Jacob acordou.

– Porque…

– Shii… - ela pediu, precisava de um tempo, precisava fazer a dor parar.

E a dor, já não era por Sam. Não totalmente. A dor, era por se encontrar no meio do amor, e não saber como se proteger da dor, que viria logo, ela sentia.

Ele a apertou em seus braços, se perguntando o porquê daquelas lágrimas virem a tona. Algo lhe dizia, a razão, era ele.

Logo, sentiu-a ressonando em seus braços protetores. Sentiu os músculos relaxarem, mas, surpreendentemente, as lagrimas não pararam.

Ele não queria que ela chorasse, mas entendia, se elas saíssem, não ficariam presas em seu quebrado coração.

…*…*…*…

Já era de manhã quando ambos novamente acordaram. Não levantaram, no entanto.

– Lee… - ele disse depois de muito tempo.

– Hm?

– Você ta calada…

– Me beija. – ela disse simplesmente, com uma urgência que ele não conhecia.

Sem tomar conhecimento de seus atos, beijou-a tão desesperadamente quanto beijara Bella, mas, havia uma diferença nítida entre elas.

Bella amava o vampiro fofoqueiro – Edward – e se casara com ele. Leah amava Sam – o alfa – mas não se casara com ele, tampouco tivera seu amor correspondido por muito tempo.

– Isso… - ele falou quando se separaram, ofegantes – Não é por causa… causa de Sam e Emily, é? – ele conseguiu recuperar seu fôlego. Olhou-a como se pudesse ver sua alma, como se estivesse a tragando para si.

– Não sei. – ela disse e sem perceber desejou que não fosse, que, antes de Sam, houvesse Jacob, assim não haveria dor.

– Me diga o que está pensando. O que está querendo. – pegou o rosto dela, entre suas palmas – Eu vou te salvar Leah.

– Você ainda vai ser minha perdição. – ela disse rindo.

Beijou-o de modo selvagem e ele a apertou mais em seus braços. Como se fosse quebrável. Uma das mãos, nas costas morenas e a outra, tentando alcançar as coxas roliças e torneadas – ela não deixava ele baixar as mãos.

Os beijos femininos e lascivos desceram pela clavícula dele e garganta e já começavam a deixar marcas quando um reflexo de sanidade iluminou a cabeça dela.

O que estavam fazendo?

Ela parou, no entanto, as mãos de Jacob a exploravam – os pedaços de pele que ele podia ver.

– Ja…Jacob… Jake… o que… o que estamos fazendo? – disse em resposta aos beijos que ele dava na parte visível de seu colo.

Ele não respondeu, puxou-a para seus braços, precisava provar sua teoria. Precisava e necessitava.

Beijou-a calmo. Não queria que fosse como com Bella, que fosse o desastre que fora com sua melhor amiga.

Ela tentou avançar, talvez pular em seu pescoço e fazer o que seu corpo implorava.

Ele a parou, outra vez.

– Não assim. – disse e não resistiu ao ímpeto de cheirar os cabelos medianos dela.

O cheiro era maravilhoso, mas faltava algo. E sem perceber, ele desejou que fosse um pouco do seu cheiro nela.

…*…*…*…

Mais tarde naquele sábado…

– Vem! – ele a puxou, mas ela insistia em não querer ir. Estava muito frio.

Ele a pegou e colocou no ombro, como se fosse um saco de batatas. Leah não se agüentou e riu, riu como a muito tempo não fazia, como julgava não ser capaz!

Chegaram a um lago e ele, sem dó, entrou com os dois na água. Mesmo com os pedidos de ‘Não por favor!’ e muitas risadas dele.

– Vou te levar pra tomar um banho! – ele disse e entrou com ela dentro das águas gélidas de uma cachoeira.

– Ahhhhh que frio! – ela disse, protestando e em troca, levou um jato de água no rosto. – Ah é?

– É!

– Se é guerra então... – jogou água nele, aquela brincadeira ainda renderia muito tempo deles.

…*…*…*…

Com Paul e Rachel...

– Amor, cadê você? – ela perguntou, se sentando a cama.

– Aqui. – ele disse, fazendo charme.

Estava a porta, com uma fantasia sexual de Cowboy. A namorada riu muito com aquilo, pedira-lhe muitas vezes pra ele vesti-la.

– Está lindo, amor! – ele veio com fogo beijá-la.

– Eu sei que sou.

…*…*…*…

Sam e Emily…

– Sam, você está tão calado, ultimamente. Aconteceu algo?

– Leah sumiu tem três dias! Onde será que se meteu?

– Talvez… com um possível namorado? – Emily sugeriu tão calmamente que até parecia não ser ela.

Pela primeira vez, em dois anos de namoro, ela estava sentindo aquela pontinha de ciúmes.

Sam não parava de perguntar por Leah, em como estava, ou por onde andava. Sempre ela, Leah, Leah, Leah.

E o que era obrigada a fazer? Sentar e assistir.

Mas admitia que ter ganho, pela primeira vez, algo que pertencera a Leah – o amor de Sam – fora mais do que gratificante, fora vingança.

Só não contava, na época, que ela sofreria tanto.

– Não! Ela não está namorando! Não vai estar!

– Ouvi dizer que estava saindo com o Jake… - ela disse com uma pontinha de inveja. Jacob era o que todas as garotas da reserva cobiçavam.

Ele, agora era o garoto mais lindo da reserva, já que seu Sam desencorajara todas na época do romance com Leah e mais ainda com esse amor incondicional, para com ela.

– Não por muito tempo, se depender de mim. – ele disse e se levantou tremendo.

Kim olhou-a, estavam juntas para a aula de Yoga.

– Sam, chega! Olha como está por causa da minha prima! A sua noiva sou eu, não ela. O seu obje…

– Vou sair. – deu um beijinho na testa de Emily e saiu. A frieza que emanara dele, com o gesto, fizera as duas ficarem boquiabertas.

– Amiga, eu não sei o que houve, mas você está com problemas. Ainda mais, agora que a Leah voltou a ser a bonitona do pedaço! – Kim disse, e Emily não teve como negar, sua prima, nas poucas vezes que saíra, estava linda, arrumada, inclusive na quarta, quando a vira pela ultima vez.

Uma bata verde e um shortinho jeans claro, junto de uma sapatilha. (Quando saiu com Jake pro barco)

– Eu sei, eu mesma vi! Será que ela não podia ficar bonitona depois de me casar?? – Emily perguntou incrédula.

– Pois é, mas agora já foi! E além do mais, não é por nada não mas até eu trocaria o meu Jared pelo Jake! Já viu como ele ficou lindo? Aquele rostinho de garoto manso e aquele corpo...

– Ok, ok Kim, eu já vi o Jake ta! Agora, se os dois tão saindo juntos, Sam vai ficar…

– Irado. – Jared completou, entrando na sala.

– Amor! – Kim se levantou sorridente e trocaram um beijo apaixonado. Aquele climinha deixou Emily com o humor negro. Trazia até uma breve lembrança do humor de Leah.

– Vocês discutiram? – se dirigiu a Emily – Ele ta uma fera, literalmente! – um rugido alto e forte foi escutado. – Viram?

– Culpa da Leah, como sempre!!! – ela falou, realmente irritada agora.

…*…*…*…

Leah e Jacob…

– Chega, Jake… por favor… - ela disse entre risadas.

Com ele era sempre tão fácil ficar bem e esquecer dos problemas…

– Você fica linda assim, tão natural, rindo. – ele disse e colocou uma mecha do cabelo negro, atrás da orelha dela.

– Obrigada, eu sei que sou linda!

– Convencida! – ele colocou suas grandes mãos na cintura dela.

– Gostoso! – ela disse, passando, disfarçadamente, as unhas no abdômen dele.

Jacob sufocou um gemido.

– Eu… sei que… - e sem esperar, beijou-a com fogo e paixão.

…*…*…*…

To Be Continued…