Leah
PDV
― Eu só quero entender, Sam! – Gritei com ele na sua
casa. – Aonde esteve? Estivemos loucas atrás de você! Acha mesmo que vou
acreditar que se perdeu na floresta? Você conhece isso aqui melhor que ninguém!
― É a verdade. – Ele me disse e obviamente estava mentindo.
― Vejo que está mentindo. Eu só não entendo porque. –
Me queixei, jogando meu corpo no sofá. – Não confia mais em mim?
― Eu confio… ― Ele me abraçou e eu deitei minha cabeça no seu
ombro.
― Se estiver me traindo, juro que te capo e mato a vadia.
― Não estou. – Ele riu no meu ouvido e suspirei,
sabia que era verdade. Mas se não era uma mulher, o que seria? Um homem? Oh céus! Pior que ser trocada por uma vadia é ser trocada por um... não! Sam não é gay! Né?
Acordei assustada e suada. Meu irmão
estava aqui na sala, me balançando. O maldito.
―
Que foi? – Questionei enquanto Seth se afastava.
―
Sam está lá fora. Ele disse que precisa adiar a viagem de vocês.
Me levantei de súbito. Como assim?
Praticamente corri para fora de casa e o encarei, Jared estava junto que nem
uma pulga. Agora os dois só andavam juntos mesmo!
―
Como assim adiar? – Questionei possessa, sem nem me importar com Jared do lado.
―
Preciso estar na reserva, você sabe, trabalho pra reserva de novo… não vamos
poder sair na semana que vem. Desculpe, Lee-Lee, mas eu prometo te recompensar.
―
Mais trabalho? – Gritei mais irritada. – Porque não põe logo o nosso namoro de
lado por essa merda? Que tal darmos um tempo? Eu poderia até transar com seus
amigos e você nem ligaria! Não liga mais para nós! Não se importa!
―
Nem ouse! – Ele rosnou bufando contra o meu rosto, me concentrei em ficar
irritada. – Está insinuando o quê? Que duvida de mim? Que tipo de cretina você
é?
―
E eu não deveria duvidar? – Perguntei ferida. – Tem deixado tudo sobre nós de
lado desde que sumiu naquelas duas semanas.
―
Não comece. – Ele disse tremendo e se afastou. – Acha que não estou cansado
disso também? É preciso que eu faça esses serviços pra reserva. Aceite isso se
me ama.
―
Porque você? – Questionei. – Ninguém mais faz esses tais serviços que você se
recusa a falar sobre! Porque? O que há de tão importante neles?
―
Nada que você deva saber. – Ele disse na defensiva de novo, isso me irritou
mais. Porque ele não abria o jogo comigo?
―
Ah claro! Nada que eu deva saber! Você é um hipócrita!
―
Não sou. Volto depois, você está sendo idiota. Eu vim aqui te ver no meu
horário apertado e você só fica gritando e me questionando. Estou cansando
disso.
Um alarme soou na minha cabeça, mas eu
não parei, eu nunca paro.
―
Isso, foge! Covarde!
Ele nem me olhou enquanto entrava na
caminhonete. Achei por bem lembra-lo do jantar.
―
Ainda vem no jantar? – Questionei brava, na janela do seu lado. – Pelo menos
isso já que não se importa comigo apenas com essa reserva idiota!
―
Venho no jantar. – Ele disse e ligou a caminhonete, fazendo eu me afastar.
Uma dor aguda se espalhou pelo meu peito
e fez a respiração ficar difícil. Porque eu senti meu coração se partir? Sam
estava tão estranho!
[…]
―
Emily! ― Eu a abracei
forte, sorrindo aguado. Tinha chorado a tarde inteira.
Sam estava sendo irracional comigo, eu
sabia disso! Mas se ele terminasse… como eu viveria sem ele? Eu não conseguia
imaginar um dia sem tê-lo na minha vida.
Sam era assim, chegava de mansinho e
quando você visse, tudo era sobre ele e não fazia diferença, porque ele é bom e
amável. É tudo o que você ia querer nos seus filhos.
É tudo o que eu quero nos meus.
Ah! E os olhos dele também! Aquele olhar
que queima e te deixa envergonhada, mas feliz ao mesmo tempo. Eu quero!
―
Porque andou chorando? – Ela perguntou assim que estávamos no meu quarto. Tinha
que ser a Emi mesmo! Sempre preocupada!
―
Eu e Sam brigamos de novo. Acho que ele vai terminar. – Lhe disse com um nó na
garganta, doía admitir, mas nós não éramos mais os dois que se amavam
perdidamente. Eu me sentia como se estivesse o amando sozinha.
―
Deixa de ser boba! Sam jamais terminará. Ele te ama tanto!
―
O Sam que você conheceu verão passado não é mais o mesmo. – Eu lhe disse num
suspiro cansado. – Ele mudou demais depois que sumiu. Lembra que te liguei?
―
Aham. Mas ele ainda é o Sam que te ama. Ele não vai desistir de você.
―
Tomara. Porque eu o amo tanto! Eu não acho que consigo viver sem ele.
―
Ah! Corta essa! – Ela riu me jogando um travesseiro.
[…]
O jantar estava sendo um desastre! Eu
odeio você, Sam Uley! Eu odeio te amar tanto!
Eu abri a porta de casa e o inferno começou,
claro! Sam chegou, me deu um abraço – porque meu pai estava na sala e ficou
encarando a gente – E se virou para cumprimentar a Emily.
E foi aí que eu comecei a ser ignorada!
Sam não parava de olhar e sorrir pra ela. E o pior, aquele olhar, ele nunca me
deu. Era um olhar de puro amor e admiração. Nenhum homem jamais me olhou assim
e é claro que eu estou com ciúmes, eu sou a namorada dele e ele nem me ouve
quando falo com ele!
Agora a gente estava saindo da mesa de
jantar para conversarmos um pouco e o que ele faz? Puxa a cadeira da Emily e
sai andando ao lado dela como se eu não existisse!
―
O que esse idiota pensa que tá fazendo? – Questionei meu pai, eles tinham
conversado em separado por alguns minutos, logo que ele chegou.
―
Nada com que se preocupar, querida. – Papai me assegurou, mas ele não soou
seguro. ― Ah, Sam!
Podemos? Apenas alguns minutos e te devolvo pras meninas.
Eles saíram e medo me encheu. Emily
ainda estava sorrindo quando a encarei furiosa.
―
O que pensa que está fazendo? – Questionei cética. – Porque não cortou ele?
Emily ele é meu namorado! E vocês estão o quê? Flertando? Na minha frente? Que
tipo de amiga é você?
―
Nós… eu…!
―
Nem tenta dizer que não é, porque eu vi! Eu vi!
―
Eles só estavam conversando, mana.
―
É, e Sam me ignorou o jantar inteiro! Vocês têm se encontrado? Antes de você
vir aqui? É por isso que está aqui? Pra roubar o meu namorado?
―
Leah! – Mamãe me repreendeu, mas eu não dei ouvidos.
―
Eu vim aqui porque você me pediu. Esqueceu? Foi você quem me ligou. – Emily me
disse magoada, mas mais do que eu estava com ela, ela não podia estar.
―
Lee-Lee? – Sam me chamou olhando para Emily e depois pra mim. Ele pareceu
confuso por um momento.
―
Faça, filho. – Papai disse carinhosamente e eu não estava entendendo. – Será
melhor agora do que depois, quando ela estiver magoada.
Um pressentimento ruim se apoderou de
mim e minha respiração acelerou, quando a bílis subiu no pescoço. Uma vontade
de chorar me disse que minhas suposições estavam certas.
Sam ia terminar.
To Be Continued…
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Até aqui nenhuma novidade né? Se
quiserem, podem escutar a música “Here comes goodbye” do Rascal Flatts para dar
um clima XD
Vejo vocês na terça!
PARABÉNS Ayala. Você escreve muuuito bem. Continue assim !! :)
ResponderExcluirObrigada! Eu espero que continue curtindo ^^ eu aperfeiçoei a escrita depois de anos (escrevo desde 2006) e leio bastante também, então acaba que isso me ajuda na hora de escrever ^^
ExcluirObrigada por comentar, espero que continue gostando!