quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

[Quebrada] Cap. 1 - Todas as lágrimas que eu ainda vou chorar

Leah PDV

Eu só quero entender, Sam! – Gritei com ele na sua casa. – Aonde esteve? Estivemos loucas atrás de você! Acha mesmo que vou acreditar que se perdeu na floresta? Você conhece isso aqui melhor que ninguém!

É a verdade. – Ele me disse e obviamente estava mentindo.

Vejo que está mentindo. Eu só não entendo porque. – Me queixei, jogando meu corpo no sofá. – Não confia mais em mim?

Eu confio… Ele me abraçou e eu deitei minha cabeça no seu ombro.

Se estiver me traindo, juro que te capo e mato a vadia.

Não estou. – Ele riu no meu ouvido e suspirei, sabia que era verdade. Mas se não era uma mulher, o que seria? Um homem? Oh céus! Pior que ser trocada por uma vadia é ser trocada por um... não! Sam não é gay! Né?

Acordei assustada e suada. Meu irmão estava aqui na sala, me balançando. O maldito.

Que foi? – Questionei enquanto Seth se afastava.

Sam está lá fora. Ele disse que precisa adiar a viagem de vocês.

Me levantei de súbito. Como assim? Praticamente corri para fora de casa e o encarei, Jared estava junto que nem uma pulga. Agora os dois só andavam juntos mesmo!

Como assim adiar? – Questionei possessa, sem nem me importar com Jared do lado.

Preciso estar na reserva, você sabe, trabalho pra reserva de novo… não vamos poder sair na semana que vem. Desculpe, Lee-Lee, mas eu prometo te recompensar.

Mais trabalho? – Gritei mais irritada. – Porque não põe logo o nosso namoro de lado por essa merda? Que tal darmos um tempo? Eu poderia até transar com seus amigos e você nem ligaria! Não liga mais para nós! Não se importa!

Nem ouse! – Ele rosnou bufando contra o meu rosto, me concentrei em ficar irritada. – Está insinuando o quê? Que duvida de mim? Que tipo de cretina você é?

E eu não deveria duvidar? – Perguntei ferida. – Tem deixado tudo sobre nós de lado desde que sumiu naquelas duas semanas.

Não comece. – Ele disse tremendo e se afastou. – Acha que não estou cansado disso também? É preciso que eu faça esses serviços pra reserva. Aceite isso se me ama.

Porque você? – Questionei. – Ninguém mais faz esses tais serviços que você se recusa a falar sobre! Porque? O que há de tão importante neles?

Nada que você deva saber. – Ele disse na defensiva de novo, isso me irritou mais. Porque ele não abria o jogo comigo?

Ah claro! Nada que eu deva saber! Você é um hipócrita!

Não sou. Volto depois, você está sendo idiota. Eu vim aqui te ver no meu horário apertado e você só fica gritando e me questionando. Estou cansando disso.

Um alarme soou na minha cabeça, mas eu não parei, eu nunca paro.

Isso, foge! Covarde!

Ele nem me olhou enquanto entrava na caminhonete. Achei por bem lembra-lo do jantar.

Ainda vem no jantar? – Questionei brava, na janela do seu lado. – Pelo menos isso já que não se importa comigo apenas com essa reserva idiota!

Venho no jantar. – Ele disse e ligou a caminhonete, fazendo eu me afastar.

Uma dor aguda se espalhou pelo meu peito e fez a respiração ficar difícil. Porque eu senti meu coração se partir? Sam estava tão estranho!

[…]

Emily! Eu a abracei forte, sorrindo aguado. Tinha chorado a tarde inteira.

Sam estava sendo irracional comigo, eu sabia disso! Mas se ele terminasse… como eu viveria sem ele? Eu não conseguia imaginar um dia sem tê-lo na minha vida.

Sam era assim, chegava de mansinho e quando você visse, tudo era sobre ele e não fazia diferença, porque ele é bom e amável. É tudo o que você ia querer nos seus filhos.

É tudo o que eu quero nos meus.

Ah! E os olhos dele também! Aquele olhar que queima e te deixa envergonhada, mas feliz ao mesmo tempo. Eu quero!

Porque andou chorando? – Ela perguntou assim que estávamos no meu quarto. Tinha que ser a Emi mesmo! Sempre preocupada!

Eu e Sam brigamos de novo. Acho que ele vai terminar. – Lhe disse com um nó na garganta, doía admitir, mas nós não éramos mais os dois que se amavam perdidamente. Eu me sentia como se estivesse o amando sozinha.

Deixa de ser boba! Sam jamais terminará. Ele te ama tanto!

O Sam que você conheceu verão passado não é mais o mesmo. – Eu lhe disse num suspiro cansado. – Ele mudou demais depois que sumiu. Lembra que te liguei?

Aham. Mas ele ainda é o Sam que te ama. Ele não vai desistir de você.

Tomara. Porque eu o amo tanto! Eu não acho que consigo viver sem ele.

Ah! Corta essa! – Ela riu me jogando um travesseiro.

[…]

O jantar estava sendo um desastre! Eu odeio você, Sam Uley! Eu odeio te amar tanto!

Eu abri a porta de casa e o inferno começou, claro! Sam chegou, me deu um abraço – porque meu pai estava na sala e ficou encarando a gente – E se virou para cumprimentar a Emily.

E foi aí que eu comecei a ser ignorada! Sam não parava de olhar e sorrir pra ela. E o pior, aquele olhar, ele nunca me deu. Era um olhar de puro amor e admiração. Nenhum homem jamais me olhou assim e é claro que eu estou com ciúmes, eu sou a namorada dele e ele nem me ouve quando falo com ele!

Agora a gente estava saindo da mesa de jantar para conversarmos um pouco e o que ele faz? Puxa a cadeira da Emily e sai andando ao lado dela como se eu não existisse!

O que esse idiota pensa que tá fazendo? – Questionei meu pai, eles tinham conversado em separado por alguns minutos, logo que ele chegou.

Nada com que se preocupar, querida. – Papai me assegurou, mas ele não soou seguro. Ah, Sam! Podemos? Apenas alguns minutos e te devolvo pras meninas.

Eles saíram e medo me encheu. Emily ainda estava sorrindo quando a encarei furiosa.

O que pensa que está fazendo? – Questionei cética. – Porque não cortou ele? Emily ele é meu namorado! E vocês estão o quê? Flertando? Na minha frente? Que tipo de amiga é você?

Nós… eu…!

Nem tenta dizer que não é, porque eu vi! Eu vi!

Eles só estavam conversando, mana.

É, e Sam me ignorou o jantar inteiro! Vocês têm se encontrado? Antes de você vir aqui? É por isso que está aqui? Pra roubar o meu namorado?

Leah! – Mamãe me repreendeu, mas eu não dei ouvidos.

Eu vim aqui porque você me pediu. Esqueceu? Foi você quem me ligou. – Emily me disse magoada, mas mais do que eu estava com ela, ela não podia estar.

Lee-Lee? – Sam me chamou olhando para Emily e depois pra mim. Ele pareceu confuso por um momento.

Faça, filho. – Papai disse carinhosamente e eu não estava entendendo. – Será melhor agora do que depois, quando ela estiver magoada.

Um pressentimento ruim se apoderou de mim e minha respiração acelerou, quando a bílis subiu no pescoço. Uma vontade de chorar me disse que minhas suposições estavam certas.

Sam ia terminar.


To Be Continued…

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Até aqui nenhuma novidade né? Se quiserem, podem escutar a música “Here comes goodbye” do Rascal Flatts para dar um clima XD

Vejo vocês na terça!

2 comentários:

  1. PARABÉNS Ayala. Você escreve muuuito bem. Continue assim !! :)

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigada! Eu espero que continue curtindo ^^ eu aperfeiçoei a escrita depois de anos (escrevo desde 2006) e leio bastante também, então acaba que isso me ajuda na hora de escrever ^^

      Obrigada por comentar, espero que continue gostando!

      Excluir

Obrigada por comentar! Me deixa muito feliz *o*
Se tem dúvidas, pode perguntas quantas vezes quiser e eu responderei assim que for possível~XOXO.