[One Year Later - 3T] Capítulo 22 - A premissa de um ataque

Capítulo 23 – A premissa de um ataque

Problemas a vista! Boa leitura ^^~

A premissa de um ataque

Leah

Jake entrou no quarto, parecendo animado. Ele deitou na cama mais relaxado e eu me permiti sorrir, já que ele parecia estar de excelente humor.

─ Conversei com o Art. Harry acabou de chegar, disse que ia tomar banho e dormir.

─ Muito bem, senhor Black!

─ Cadê a minha recompensa? – Ele perguntou sugestivo, colocando o rosto na volta do meu pescoço e eu liberei o acesso, sentindo a boca beijar lentamente a área.

Suspirei, colocando minhas mãos nas costas dele e arranhando de leve, quando a língua passou desde o meu lóbulo até o início da minha clavícula. O celular de Jake começou a tocar e eu o encorajei a continuar, mordendo sua orelha de leve.

O celular não parava de jeito nenhum. Ele deu um beijo carinhoso nos meus lábios e eu bufei, deitando de novo, enquanto ele atendia o celular maldito.

A cada palavra que ele ouviu – e eu não fiz questão de ouvir também – ele pareceu endurecer e não foi do jeito que eu queria. De repente ele rosnou e se pôs de pé, desligando o celular. O olhei sem entender.

─ O que houve?

─ Estamos sob a premissa de ataque dos lobos de Phoenix. Eles são nômades e querem tomar a nossa terra. Me parece que eles querem acasalar e tomar a nossa terra. Foi o que Sam me informou. Tentaram com Lilly, mas ela captou o cheiro dele e recusou sair com ele.

─ Esperta. – Sorri ao elogiar minha sobrinha. – Que vamos fazer?

─ Unir a matilha aqui.

Assenti, levantando-me da cama e suspirando. Quem precisa de tempo com o marido? Quem precisa de tranquilidade? Não eu, claro. Pensei com sarcasmo.

[…]

─ Você tem certeza? – Jared perguntou parecendo preocupado.

─ Absoluta. – Sam disse sem rodeios. – Vamos nos dividir. Quero todas as mulheres e crianças na casa do Jake e da Lee. Estamos assumindo que será uma luta rápida, está muito perto do acasalamento para durar mais que dois ou três dias.

─ Nós nos colocaremos nos pontos de entrada mais óbvios e seguraremos o ataque? – Lilly perguntou parecendo não entender muito bem.

─ Exato, Lilly.

A atmosfera parecia ter congelado. Todo mundo pesando o quanto isso podia tirar de nós. Os nômades não tinham nada a perder. Não era o caso aqui.

─ Tudo vai ficar bem. – Jake disse como se precisasse reafirmar isso para todos. – Tudo vai ficar bem. – Ele repetiu mais baixo, deixando um beijo na minha testa e em seguida, na de Lisa.

Lisa

Corações partidos e uma guerra. Ok. Posso lidar com isso. Mas porque diabos minha transformação não corre? Sou o próximo alvo e preciso me proteger, mas como se eu não posso virar o animal? É tudo confuso.

Ouvi a porta do meu quarto ser aberta quase silenciosamente e não me virei para ver meu primo, Andrew, sentar na minha cama. Continuei encarando o céu noturno, sentada no baú-sofá que fica na parede perto da janela.

─ Liz? – Ele finalmente chamou a minha atenção, vários minutos depois de ficar lá, me encarando.

─ O que é?

─ Será que não dá para você me perdoar nem com a premissa de uma guerra?

─ Não.

─ Então saiba que eu te perdoo.

Eu me senti estapeada. Me perdoa pelo quê? Quando ele foi o único culpado de eu chorar até dormir. A fúria fez com que a minha coluna formigasse, mas nada mais aconteceu.

─ Não há motivos para você me perdoar. Você é o único com culpa no cartório.

─ Mesmo assim. Ainda é uma guerra e quero que saiba que você é importante para mim, só não é importante do jeito que você quer.

─ Ou você não quer que eu seja? – Perguntei andando em sua direção lentamente.

Como esperado, ele captou cada movimento de quadris e grudou os olhos nos meus. Continuei falando:

─ Do que você tem medo, Andrew?

─ Eu…? Medo? De você?

─ Você parece com medo. – Sorri-lhe friamente, vendo-o gaguejar qualquer coisa. Ele finalmente encontrou sua voz para murmurar:

─ É coisa da sua mente. Eu não quero te machucar e te enganar seria uma forma de fazer isso. Você é a minha irmãzinha.

─ Sua irmãzinha cresceu. – Lhe respondi. O argumento era fraco. Ainda machucava, mas eu posso lidar com isso melhor agora.

─ Vai ser sempre nova para mim.

─ Então admite que não se importa se eu fizer sexo com Pietro?

─ Você não ousaria!

─ Ou com qualquer outro?

─ Você me ama! Será que não dá para ficar na sua até amar outra pessoa?

─ Não. Não dá, And. Então, responde.

Ele não disse uma palavra. Coloquei a segunda parte do plano em ação. Me aproximei dele, Andrew ia deitando para manter o espaço entre nós. Não era suficiente. Sentei encima dele e o ouvi segurar a respiração.

Eu não estava encima dele mesmo. Minhas pernas haviam se aberto e alojado nos músculos da barriga. Eu não queria que ele pensasse que estou tentando excitá-lo, só queria uma resposta honesta dele, nem que fosse física.

─ Andrew, estou esperando.

Foi muito rápido. Num momento eu estava no comando, olhando-o nos olhos e no outro, eu estava embaixo dele, sentindo a boca dura contra a minha e as mãos nos meus seios, sem gentileza.

O empurrei. Não estava com medo. Eu daria tudo a ele, se ele me quisesse. Mas ele estava confundindo as coisas.

─ Não é isso que você quer? – And cuspiu as palavras. – Sexo vazio é isso, Liz.

Eu entendi. Era um teste. E eu fiz exatamente o que ele esperava. Eu passei? Ou fui reprovada? Essa é a resposta que eu não tenho.

─ Sexo vazio é melhor com qualquer um, menos com você.

─ E por que não? – Ele pareceu confuso e eu suspirei, mas não disse uma palavra. – Por que não? – And forçou, depois de algum tempo eu criei coragem para dizer:

─ Não é vazio quando você se importa muito com aquela pessoa. Eu já disse, And. Eu amo você. E não, eu não vou deixar você pegar nos meus peitos de novo se não for do jeito correto.

Ele ficou calado até andar até a cama. Ele abaixou-se na altura dos meus olhos e fez um carinho na minha bochecha. Eu pensei que ele finalmente tinha entendido a profundidade dos meus sentimentos, mas ele suspirou e me deu um beijo na testa.

─ Esqueça. É melhor para nós dois.

Foi como tomar um soco no estomago. Engoli a sensação de sufocamento seco que me atingiu e tirei forças sabe-se lá de onde, para dizer:

─ Ou é melhor para você? Não tente me enganar. Eu conheço as regras do jogo, And. Eu só queria alguma sinceridade vinda de você, é uma pena que você foi incapaz de admitir que me quer. Saia do meu quarto.

─ Eu… merda, Liz, você entendeu errado! Eu quero ser seu amigo, nada mais.

─ Porque para foder você já tem a Lari, né? – Ele fechou os olhos contrariado com a minha forma de falar e eu suspirei, me sentindo emocionalmente cansada. – Tudo bem, sério. Mas não espere ter a minha amizade de volta. Você não pode namorar ela e achar que eu vou ser sua amiga. Não vê que isso me machuca?

─ Então não tivesse fantasiado sobre o que não devia. – And respondeu-me como que dando-me um sermão e abriu a porta. – Tem certeza que quer que eu vá? Eu posso te abraçar até você dormir.

─ Não preciso de um urso ou travesseiro, And. Preciso de um homem que assuma o que sente.

─ Mas eu assumi!

─ Não. Você pode acreditar nisso, mas não há verdade em seu olhar.

Ele pareceu pensar por um momento, mas finalmente encaminhou-se para fora, encostando a porta.

Leah

─ Certeza, querido? – Perguntei alisando o peito dele. Jake assentiu, antes de deitar a cabeça no travesseiro de novo.

─ Vamos precisar de alguém que proteja as imprinters e lidere os novatos. Também não te quero na luta. Nada contra, só preocupação besta minha. Você me conhece.

─ Quero ir para a luta principal. – Ele me olhou profundamente, esperando o resto da fala. – Mas também quero você em casa, quero nossos filhos sãos e salvos. Talvez ter um tempo de qualidade com você também.

─ Ow, mãe! – Harry balançou a cabeça entrando na cozinha e pegou um copo com água, o levando para a sala. – Nunca mais quero ouvir um troço desses. – Ele riu balançando a cabeça.

─ Até parece que não quer transar! – Jake gritou pro moleque e ouvimos os amigos dele o zoando.

Beijei meu marido lentamente. Não queria pressa. Estou com medo de perde-lo. Eu sei que pode ser bobagem, mas mesmo assim…

─ Não me deixe.

─ Nunca.

Jake me garantiu e ele nunca quebra promessas.

Continua!

Espero que tenham gostado =D

Beijinhos ^^~