domingo, 5 de outubro de 2014

[Lua Cheia] Capítulo 26 - Decidida

Capítulo 26 – Decidida
Amanheci bem melhor hoje e com muuuuuita inspiração kkkk espero que gostem do capítulo *-*
Boa leitura!
Decidida
Leah pegou o telefone sem fio do suporte, na sala, com os dedos trêmulos e correu para a cozinha enquanto o céu parecia desmoronar em seu quarto. O barulho era alto e subitamente parou, após um longo uivo.
A morena abriu o registro da água e sentiu os pontinhos rosados pinicando. Praguejou enquanto desligava a água e enxugava com a blusa folgada dele que pegara no quarto, antes de correr.
Discou, trêmula, os números do telefone de sua tia, cogitando voltar ao quarto. Mudou de ideia quando um longo arrepio passou por sua coluna, a deixando colada no lugar. Ouviu discar e a voz da tia perguntou algumas vezes e quase desligou, quando Leah conseguiu falar novamente:
─ Tia, preciso que venha!
─ O que houve? – A urgência estava presente na voz da tia. – O que o filho da puta fez? – Minnie rosnava no telefone.
─ Nós fizemos sexo e…
─ E daí?
─ Ele me mordeu, tia! Ele me mordeu! – Leah estava histérica no telefone. A ideia não era de todo ruim, mas a reação de Grady era uma coisa a preocupar.
─ Tudo bem. – Minnie ofegou no telefone, e Leah ouviu uma porta fechar-se do outro lado da linha telefônica. – Vocês usaram camisinha e não tem problema, certo?
─ Ahn…
─ Leah Suzanne Clearwater, vocês usaram camisinha, não é?
─ Bem…
─ Leah! – A tia rosnou o nome de Leah e a morena fechou os olhos com a culpa, sentando-se no chão e encostando-se no armário abaixo da pia. – Querida, você ainda está aí?
─ Estou. – Leah grunhiu e suspirou de forma entrecortada. – Não havia camisinha, tia. Não queríamos usar e… Deus, como isso pode ter-nos acontecido?
─ Leah, calma, tudo bem? Não é o fim do mundo, afinal… Grady não é tão jovem e…
─ Tia, tia…
─ Sim, querida?
─ Ele não me ama.
Isso calou a boca de Minnie por uns bons dois segundos.
─ Ele vai aceitar. – Minnie finalmente disse.
─ Não, ele não vai. Não pude pará-lo dessa vez, mas… ele vai me odiar, ele…
─ Ele é um idiota, se ele não se apaixonar por você com o tempo, então além de idiota, ele é cego. Vou para aí. Levarei sorvete e vamos passar uma tarde de meninas.
─ Não. Tia, não é necessário.
─ Sim, é. Não estou abdicando disso, Leah. Você soa tão triste e…
─ Tia, eu vou ficar bem. Grady deve estar mais calmo agora e vamos resolver isso.
─ Deve? Ele não está aí com você?
─ Ele me pediu para correr.
Leah ouviu algo se quebrar e a tia rosnando loucamente, enquanto uma correria ao fundo era ouvida também.
─ Droga. Perdi meu temperamento e quebrei uma cadeira. Omar quer saber o motivo. Estou indo aí. Não saía de casa. Te amo.
Leah desligou o celular, ouvindo o tio perguntar com quem Minnie estava falando. Não tenho paciência para meu tio agora. Finalmente concluiu o pensamento, se erguendo do chão.
Caminhou para o quarto e o choque a tomou por completo. Havia pura destruição ali. Não parecia em nada, o quarto que ela amara por anos. O quarto de seus pais.
A penteadeira e a parede estavam destruídas. Os destroços se amontoavam pelo chão, parte da parede que ia para o banheiro privado do quarto, estava no chão também. Tantos concretos no chão que era quase impossível pisar ali.
Leah sabia que tinha que fazer isso agora. Ela virou-se e ouviu a porta da frente bater. Correu, assumiu que foi estúpido fazê-lo, porque sabia que era a tia, mas mesmo assim esperou que fosse Grady.
─ Você está bem, querida?
─ Eu…
─ Leah, seja sincera. Ele machucou você?
─ Não. Tia, ele não… ele… sumiu.
─ Sumiu?
─ Sim.
─ Como assim, sumiu? – Minnie parecia muito irritada.
─ Ele destruiu parte do meu quarto e sumiu.
─ Ele fez o quê? – Minnie rosnou as palavras enquanto seguia pelo corredor e parava, chocada, olhando o estrago no quarto.
─ Estou preocupada que ele tenha se machucado. – Leah confidenciou e a tia a olhou mais chocada ainda do que antes.
─ Você… está preocupada com o quê?
─ Tudo bem, a coisa do quarto. Não é um grande problema.
─ Você está vendo o mesmo quarto que eu estou?
─ Tia, eu estou mais preocupada que ele não possa me aceitar.
─ Que ele… Grady é um homem forte, ele vai aceitar. Dê-lhe algum tempo e ele vai.
─ E se ele não puder? E se o bando se voltar contra ele? E se Megan tornar-se um problema como eu me tornei no bando de Sam?
─ Ele vai. Grady é filho de Elroy, justo, mas impiedoso. Ele é um dos nossos membros mais fortes, os outros não ousariam te fazer ou dizer mal. Você não é só sua companheira agora, mas sobrinha de Omar e uma das nexos.
─ Tia… o que eu faço agora?
─ Venha comigo. Passe uns dias conosco, querida. Ele vai voltar, esfriar a cabeça e vai te procurar. Se ele for esperto, acho que ele já a ama, não há como não amar, então ele sabe que é um filho da puta de sorte. Ele não deve ter negligenciado isso, ele…
─ Tia, isso são suposições que podem não ser verdade. – A tia calou-se aceitando a verdade. – Ele nunca vai me amar por prendê-lo.
─ Não foi sua culpa. Ele não é um filhote.
─ Tia…
─ Ele lidará com os problemas e vai estar aqui para você. Mas prefiro que ele vá te buscar lá em casa. Vamos, pegue uma muda de roupa e eu vou ligar para que Omar mande preparar seu quarto.
─ Não, tia. Não! Eu… vou espera-lo aqui. Vamos lidar com isso.
─ Sei que vão, mas é mais seguro se…
─ Tia. Eu o amo, ok? – Leah chocou-se ao repetir em voz alta pela primeira vez. O choque era visível em seu rosto e de repente ela deu um passo atrás, a felicidade a invadiu subitamente e ela sorriu, ficando séria em seguida. – É, isso. Vamos resolver, tia Minnie, porque eu o amo e ele vai me amar, né? Não vai?
Minnie sorriu para a esperança óbvia nos olhos de Leah e fez-lhe um cafuné. Grady já a amava, acreditava nisso. Ele não é um inexperiente, ele podia não querer isso antes do calor, mas em algum momento mudou de ideia. Eu espero. Minnie pensou, ficando séria.
─ Claro que vai. Vamos para a casa de Omar, você fica conosco por algumas horas e quando voltar, serão um casal, tudo bem?
─ Não, tia. – Leah sorriu segura ao responder. – Vou ficar onde pertenço. E é aqui. Com o homem que eu amo, na casa em que meus pais foram tão felizes. Aqui.
Continua!
Yeah! Sim, finalmente a Lee conseguiu admitir e entender a dimensão de seus sentimentos (pelo menos um pouco), mas será que Grady sente o mesmo?

Comentem e até amanha =3

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