[Lua Cheia] Capítulo 29 - Uma vida por várias

Capítulo 29 – Uma vida por várias

Há certas coisas que apenas você pode fazer por si mesma e pelos outros.

Boa leitura *-*

Uma vida por várias

Leah seguiu dirigindo pelo longo de seis horas, antes que dois homens sem camisa e aparentando ferozes, a fizessem parar. Já era madrugada, quase 2 da manhã e o vento frio a fez arrepiar ligeiramente, quando abriu a porta do jipe e desceu do carro.

─ Quem é você? – O homem não pareceu tão displicente ao perguntar, o que provou a Leah que ele já sabia quem ela era.

─ Leah Clearwater. Quero falar com Lorne. Estou aqui, pode soltá-las.

Os homens riram e o da direita, lambeu a boca de forma languida. Deu nojo à Leah.

─ Você é bem bonitinha, a gente podia…

─ Você sabe que não. – O outro o cortou bruscamente. – Derrick nos comeria vivos.

O outro assentiu mais desanimado e Leah sentiu um forte tapa antes de tudo ficar escuro.

[…]

─ Tudo pronto nas bases, alpha. – Klax disse para Elroy e ele assentiu, ficando finalmente sozinho com Grady.

─ Filho…

─ Pai, nem tenta. – Grady suspirou cansado. – Eu gosto dela, já discutimos esse ponto. Não foi uma decisão, mas…

─ Filho, não posso apoiá-lo se estiver mesmo com ela. Não poderá ser alpha, seguir minha linhagem, entende isso?

─ Entendo, pai. E não me importo. É um alívio, para ser sincero.

─ Ah, uau. Alívio? Eu não esperava por essa. Tem certeza de que ela é confiável?

─ Tenho. – Grady disse com convicção. Ele sabia que Leah não o machucaria, pelo menos não intencionalmente.

Embora pensar estivesse difícil por causa do longo tempo sem tê-la, ele não se importou tanto assim, ela tinha feito mais do que todos eles por aquelas nexos. Ele tinha que acreditar que, qualquer que fosse o plano mirabolante dela e de Debbie, daria certo.

Se ajuda pensar positivamente… então que seja. O pensamento fez coro às suas ações, quando ele seguiu seu pai para a porta, disposto a trazer não só sua companheira para casa, mas todas aquelas meninas que haviam sido injustamente sequestradas. Ele tinha que crer em Leah. E ele não a decepcionaria.

[…]

Leah acordou no escuro e no frio. Era o chão de qualquer coisa. Sentou-se, deixando seus olhos habituarem-se à escuridão, quando ouviu outras respirações próximas.

Tentou levantar-se e andar, mas percebeu que suas pernas estavam presas numa espécie de corrente e coleira. Rosnou, tentando destruir as obstruções, até que ouviu um sussurro com uma voz infantil, até então, desconhecida para ela:

─ Não adianta.

─ O quê?

─ Não adianta. – A garota repetiu mais alto. – Quem você é e porque veio até aqui? Você devia ter se escondido e salvado, como as outras.

─ As outras?

─ Eles tem 7 de nós. Eles querem as que estão no bando Harris. Elas tem maior controle do que nós. Agora eles tem 8, porque você veio até aqui? Devia ter se protegido melhor. O seu bando a mandou fazer isso?

─ Não. – Leah respondeu simplesmente. – Quem é você?

─ Rina. E você?

─ Leah Clearwater. Seu bando a deixou aqui?

─ Sim. Eles não queriam um problema.

─ Problema?

─ Eu não posso conceber. Era apenas para isso que eu servia. Quando eles receberam a ameaça, decidiram se livrar do peso de uma vez.

As palavras dela não faziam muito sentido para Leah, mas ela não perguntou. A porta abriu-se com um rangido e o cheiro da comida deixou-a zonza. Fazia mais de 12 horas que ela não comia e mesmo cheirando algo estranho, ela comeu.

─ Não toque na comida. – Rise sussurrou quando a porta se fechou, mas Leah já terminava a refeição.

─ Por que não? – Leah perguntou, parando abruptamente e sentindo uma estranha sensação apossar-se dela.

─ Você comeu?

─ Comi.

─ Oh não.

[…]

Grady abaixou-se em patas. O bando estava polidamente preparado. Cada um aguardando o momento de atacar, mas Elroy ainda não havia liberado. Um forte puxão pouco acima da base de sua calda lhe garantiu que algo com Leah não ia bem.

Já havia ouvido falar desse tipo de reação em companheiros perfeitamente alinhados, o que só lhe garantiu que havia acertado na escolha. Ela vai me perdoar e entender. Ela vai. Ele jurou em sua mente, rogando para que ela pudesse ficar bem.

Ele viu quando dois homens trouxeram uma mulher, nua e completamente amarrada e a colocaram de pé, numa árvore grossa. Ela rosnou e Grady sabia que conhecia aquele som, mas não sabia de onde. Sua cabeça estava muito nublada para ele saber.

Os cabelos estavam desgrenhados e quando o homem saiu da frente, Grady conseguiu ver que ela estava nua, as pernas bem abertas e amarradas tão fortes que a carne das coxas era marcada pela corda.

Ela choramingou e puxou as cordas no momento que Grady sentiu o cheiro já conhecido e doce de Leah chamá-lo. Ele perdeu sua consciência. Tudo o que havia em sua mente era Leah.

Ela era tudo em que ele conseguiu fixar qualquer pensamento. Ele soube que ela tinha sido envenenada com a droga da fertilidade e não entendeu quando o homem começou a tossir fortemente.

Grady tencionou atacar, quando ele finalmente a viu. A mulher de seus anseios não vestia nada e trazia uma faca na mão direita. Ela cortou as cordas da outra, que caiu no chão.

Ele perguntou-se porque os homens não a atacavam e percebeu que eles não podiam se mover.

─ O que houve? – Elroy perguntou baixinho à qualquer um. Kane foi o primeiro a responder:

─ Não tenho certeza, mas acho que a coisa do arsênico é o que houve.

Eles ainda falavam, quando Grady captou a voz de Leah e da outra mulher:

─ Mas e você?

─ Eu ficarei bem. – Leah sussurrou com a voz ofegante e Grady viu o corpo dela muito claramente.

Os seios entumecidos, a vagina parecia ligeiramente inchada e ele conseguiu sentir o cheiro da excitação dela muito forte. Grady sabia o que tinham feito com ela e ele rugiu quando alguns homens vinham andando rápido, rosnando e ganhando pelos pelo corpo.

Ele não tinha mais controle sobre si mesmo.

Continua!

Sim, ele não tem controle haha mas o que será que houve nesse meio tempo? Amanhã xD

Beijinhos =3