sexta-feira, 1 de maio de 2015

[Lua Cheia] Capítulo 49 - A novidade de Sue e Elroy

Capítulo 49 – A novidade de Sue e Elroy
Demorou um pouquinho – eu sei – mas juro que tenho bons motivos para isso =D
Entre eles, eu queria fazer um capítulo especial e ele está quase pronto, é o próximo. Este aqui é uma transição para a segunda etapa da fanfic: a entrada da Leah no bando.
Espero que gostem ^^
A novidade de Sue e Elroy
Leah viu o sorriso de seu futuro alpha e sentiu um calafrio na espinha que a lembrava de não muito tempo atrás…
Leah saiu do banheiro segurando firmemente a toalha e abrindo a porta de seu quarto. Dividia o banheiro com Seth desde que era pequena, ele ficava na frente de seu quarto.
Separou uma muda de roupa e começou a secar-se, por algum motivo – além do costumeiro vazio que sentia desde que Sam a deixara e ainda mais desde que ele se casara – sentia que algo não ia terminar bem nas próximas horas. Era o tipo de pressentimento que odiava com todas as suas forças.
Optou por colocar uma calça fina preta e uma blusa folgada que escondia as formas de seu corpo definido demais. Tinha por baixo a calcinha e o sutiã, ambos sem cor. Penteou os cabelos, mas não adiantou muito. Eles ainda pareciam uma confusão, tal qual ela se sentia desde que Sam a deixara.
“Já são dois anos.” – Pensou com amargura e ignorando esses pensamentos tristes, saiu do quarto, deixando a toalha esquecida no chão e fechando a porta.
Não se preocupou em passar nada de maquiagem ou por uma sandália, ainda que de dedo, nos pés. O frio que emanava do piso, nas partes que era de cerâmica, a fez sentir um leve prazer mudo. Não era um prazer obsceno, apenas a fazia sentir bem. O seu calor natural, sua temperatura elevada a deixavam estressada. Era como ter uma menopausa nos 20.
Estava com fome. O cheiro da comida de Sue, sua mãe, a estava deixando ainda mais faminta. Abriu a porta e não estava surpresa de ver seu irmãozinho sentado confortavelmente na cadeira de sempre. Mas havia três a mais. Haviam seis cadeiras postas, quando normalmente eram apenas três, no máximo quatro – quando Emily ia comer lá, o que era raro. Isso chamou-lhe a atenção, mas não foi o suficiente para tomá-la por completo.
“Que seja.” – Pensou, por fim, sentando-se de frente para o irmão.
Mas Leah não era idiota. Percebeu as travessas de vidro sendo postas, uma a uma, justamente as que eles só usavam nas ocasiões especiais. As mesmas que usavam todos os dias quando seu pai estava vivo.
Trouxe-lhe um nó na garganta, mas o motivo real do uso daqueles utensílios não podia ser bom. Com certeza não.
−Os de vidro hoje? – Questionou sua mãe calmamente. – Por que?
− Eu só quis usar estes, querida.
Era mentira. Leah pegou no tom e encarou sua mãe descrente.
− Ora, bem… hum… Charlie virá. Emily e Sam também… me parece que… ah… hum… eles… me parece que marcaram a data.
Perdeu a fome.
− E Charlie? – Perguntou quando o nó aliviou em sua garganta. Queria chorar, quebrar em sua cama e nunca mais acordar. Eles haviam marcado a data e não tinha nem ao menos o seu pai, queria abraçá-lo forte até que conseguisse dormir.
− Ele virá também.
− Isso eu entendi, o que me intriga é o por quê. – Leah disse respirando fundo e prendendo as lágrimas em seus olhos que queimavam, implorando por derramá-las.
− Temos algo a contar para vocês.
− Pode me adiantar? – Leah perguntou sem qualquer interesse.
Sue abriu a boca para responder, mas a campainha tocou e a matriarca foi atender com pressa. Sam e Emily irromperam na cozinha em seguida, trazendo um doce qualquer. Eles pareciam felizes e completamente alheios ao seu sofrimento, então tentou soar o mais feliz que conseguiu. Não queria mais estragar suas vidas, apenas viver bem.
Leah sabia que era inviável por enquanto, mas podia pelo menos salvar um pouco de dignidade, não precisava soar como a ex-namorada insistente que leva milhões de foras e ainda continua tentando. Já era a madrinha, não queria mais soar como uma coitadinha, essa nunca foi a sua intensão, mas não parecia ter funcionado da maneira certa.
Olhou para o tampo da mesa. Não havia nada ali para ver na madeira, mas parecia o mais seguro por enquanto. A visão do sorriso de Sam e por sua vez, os olhos brilhantes de Emily pareciam manar-lhe a vontade de viver pouco a pouco. Não queria sentir-se assim mais.
Sentiu a umidade crescente em seus olhos e piscou rapidamente para contê-la, sentindo-se um pouquinho orgulhosa quando as lágrimas voltaram. Ouviu-os a cumprimentarem e simplesmente meneou com a cabeça, incapaz de falar por um momento.
“Preciso sair daqui.” – Pensou com urgência. Embora soubesse que provavelmente não ia cumprir seu desejo, queria interpor espaço entre eles o mais rápido que pudesse, mas era impossível com o bando a impedindo de fazer o que queria.
− Leah, tudo bem? – Sam questionou-lhe tocando seu braço e quando sentiu que não cairia aos pedaços, o olhou muito dignamente.
− Tudo ótimo, Sam. – Era mentira. Ele sabia e ela sabia que ele sabia, mas os dois sorriram mecanicamente e ele tirou a mão de seu braço.
Eles sentaram-se, Sam ao seu lado, Emily á frente deles enquanto esperavam por Charlie. Sue começou a preparar um suco e depois de recusar a ajuda de Emily umas duas vezes, finalmente o colocou na jarra e dispôs no meio da mesa de madeira.
Leah sentia os olhares furtivos da prima em sua direção e não se preocupou em olhar na direção da mesma. Não precisava machucar-se dessa forma. Foi um longo ano até entender isso, mas finalmente havia conseguido engolir a realidade. Eles eram um ícone, um casal e ela não participava mais dessa vida. Ia ficar bem. Tinha que ficar. Em algum momento, eventualmente, as lembranças iam tornar-se cinza e estava esperando ansiosamente por este dito momento.
Charlie chegou minutos depois. Sue parecia nervosa e isso não passou despercebido aos olhos de Leah, mas não fez qualquer comentário. Sempre foi o tipo quieta e apesar de nos últimos meses ter agido como uma vadia sem escrúpulos, não queria agir mais assim, não queria mais ser a indesejada. Queria apenas ficar invisível e ser esquecida.
− Charlie chegou! – Seth anunciou feliz.
Os cumprimentos transcorreram leves e ele sentou-se, meio desajeitado, para que pudessem comer. Leah não fez questão de trazer nenhum assunto à tona, mesmo com sua mãe tentando fazê-la falar. Não precisava das atenções em si e não tentou trazê-la, apenas meneando com a cabeça e comentando uma coisa ou outra.
Emily parecia ansiosa para falar com ela, dirigindo-se algumas vezes á sua pessoa. Leah não estava e era claro isso, embora não tivesse magoado a prima nem uma vez naquela noite. Era, talvez, a primeira vez que agia tão polidamente, embora com tratamento frio, depois que voltara da guerra sem batalha real contra os Volturis.
Sam não sabia dizer se esta Leah era melhor do que a antiga. Ela estava fria com os dois e isso ainda machucava Emily; o que o machucava também.  Mas não podia exigir mais do que isso dela. “Pelo menos ela não os mandou tomar onde o sol não bate como sempre.” – Consolou-se.
O jantar foi rápido, estavam finalizando a sobremesa antes mesmo que percebessem. Até mesmo para Leah. Ela viu nas entrelinhas porque sua mãe estava nervosa e mesmo que ainda a incomodasse o relacionamento recente de Sue e Charlie, não diria nada contra. Sue merecia ser feliz, apenas ela devia ficar infeliz e seca, afinal, seus ancestrais lhe garantiram isso, eles não falhariam agora.
− Vamos desenrolar? – Leah puxou em um tom seco. – Afinal, você não uniria o que há da família em La Push para um jantar corriqueiro.
− Oh. Hum… − Sue começou e pigarreou se levantando. – Eu e Charlie vamos casar.
Leah ouviu o barulho seco do vidro se partindo no chão e lançou um olhar irritado á Seth. Ele desculpou-se limpando a sujeira que fizera. Leah desviou os olhos do irmão e encarou a mãe, em seguida, olhando Charlie. Havia algo nele que ela não gostava, não confiava. Não sabia dizer o que era, apenas que não gostava de algo nele.
− Filha? Seth? Digam algo. – Leah viu o quase desespero nos olhos de sua mãe e suspirou, tentando pensar em algo. Não havia nada em sua mente que parecesse coerente o suficiente para a declaração.
− Legal.
− Sério? – Charlie perguntou à Leah parecendo descrente. – Isso é tudo? – Ele parecia quase decepcionado. Ela perguntou-se que barbárie Charlie pensou que ela fosse fazer e sabia que provavelmente a sugadora de sangue devia ter falado mal sobre ela. Bella e ela não eram muito chegadas.
− O que esperava? Um presente de casamento? Eu não sabia da notícia, da próxima eu trago a coroa de flores. – Respondeu-lhe com rispidez, fazendo alusão a condição da filha de Charlie. Ele dirigiu-lhe uma carranca.
− Leah, tenha modos! – Sue a repreendeu com um sorriso meio preso.
Leah olhou Seth, ele já devia ter dado seus pulos, mas ele não parecia prestes a pular nem aceitar facilmente. Seth olhava tudo com mágoa nos olhos e a irmã, assim como os demais, certamente não o tinham visto assim ainda.
− Seth?
− Como pode trair o papai dessa forma? – Ele disse soando muito chateado e ela olhou-o com compaixão.             Seth ainda era muito novo para entender que o “para sempre” acaba sim e muito mais rápido do que a gente imagina.
− Seth…
− Cala a boca. – Leah o interrompeu e ele a olhou com tristeza.
− O papai…
− Infelizmente está morto. Quer que a mamãe seja infeliz? Quer isso para ela? Então continue com essa atitude infantil. – Leah disse-lhe baixo, era um sussurro irritado.
− Não…
− Então haja como um homem. Você já está com quase 18, aja como tal.
Seth engoliu alto e meneou com a cabeça, murmurando “Estou feliz por vocês.”, Charlie o olhou por cima, como se desaprovasse suas atitudes e isso irritou Leah. Ela rosnou-lhe, era um aviso mudo e não precisou de mais nada para ele se encolher em sua cadeira.
− Nós também temos novidades. – Sam começou lentamente. – Marcamos a data.
− Não é incrível, Leah? – Emily disse com uma animação medida, o medo era visível em seus traços, principalmente nos olhos. Leah deu-lhe um sorriso forçado.
− É claro, Emily. É incrível. – Disse duramente e suspirou cansada.
Ia ter que se acostumar à esse tipo de situação e sabia disso, ia vê-los como um casal, definitivamente, em breve. Eles podiam até mesmo ter crianças e não poderia dizer nada, seria errado. Leah sabia disso, precisava superá-los, esse parecia ser o primeiro passo. O que seu pai tentara que ela fizesse tanto, tanto. Ainda não conseguia engolir isso de verdade, mas estava lidando melhor com a realidade agora. Ia sobreviver.
− Então? – Leah ouviu Seth perguntar e piscou atônita. Havia perdido algo na conversa, com certeza.
− Somos um casal. – Elroy respondeu-a, observando a dúvida em seu rosto.
− Dá para acreditar? – Antony perguntou-lhe com um sorriso irônico. – Sua mãe não foi sequestrada pelo lobo mau.
− Vá se ferrar. – Leah mandou arrancando-lhe uma risada alta.
Continua!
Oh… especial do Elroy e da Sue vindo XD

Espero que tenham gostado! Beijinhos ^^~

4 comentários:

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