Cap. 6 – Notícias Que Machucam
Dois dias se
passaram sem grandes emoções. Jacob evitou que ela recebesse rondas por conta
das dores de cabeça.
Tentou contatar
Carlisle, mas ele estava fora da cidade, resolvendo alguns assuntos com Aro
Volturi.
Hoje iria
levá-la para tomarem café juntos numa lojinha qualquer de La Push.
Chegou lá
rapidamente, mas antes que pudesse bater a porta, viu-a conversando com Sam.
Ficou ao longe,
sem querer interrompê-la.
Momentos antes,
na residência Clearwater
– Precisamos
conversar. – ele disse, ignorando o apelo de Sue, na noite passada.
Ela fora a única
a não comparecer no jantar de noivado dele, e Sam fora ali, para contatá-la da
novidade.
Sentou na escada
junto a ele, e esperou que começasse.
– Diga, Sam. Se
é por causa do jantar eu… perdi a hora e dormi...
– Sim, mas não é
isso. Vim te contar o motivo do jantar.
– Fala então.
– Vou me casar.
– ele disse simplesmente.
Escutou o
coração dela falhar três batidas e então bater mais lentamente que o normal.
Ela controlou um murmúrio de dor, ao sentir a cabeça latejar. Com as mãos, onde
deveria estar seu coração, respirando fundo e se controlando para não
desmoronar, falou, sem olhá-lo.
– Com a…
E…Emily? – a voz estava entrecortada assim como sua respiração.
– Sim com a
Emily. – ela abraçou as pernas, num pedido que ele parasse de falar.
Ele tentou
olhá-la nos olhos, mas ela não permitia. Tocou de leve o braço direito dela,
que ficava ao seu lado, e ouviu um suspiro entrecortado. Ela estava chorando.
Escondendo isso dele.
– Lee…
– Não f…fal…fala
na…nada. – pediu.
Ele a abraçou,
sentindo as lagrimas em seu dorso nu.
– Sam, deixa que
eu tomo conta dela. – Jacob surgiu das sombras (ou do matagal perto da casa dos
Clearwater).
– E porque? –
ele a soltou um pouco.
– Porque eu sou
o Alpha e namorado.
Ele enfatizou
dando um passo a frente. Leah o olhou, e saltou da escada, correu e abraçou-o
fortemente.
– Jake! Dói
tanto! – se entregou ao choro, sem se importar se Sam estava vendo ou não.
– O que está
havendo aqui? – Sam falou alterado. – Então é isso? Vocês estão juntos? Porque
se fez de vitima, Leah?
Ela aumentou o
choro, tornando-o desesperado.
– Depois
conversamos Sam. – ele disse, carregando-a, para dentro, no colo.
Nunca a tinha
visto assim. Frágil. Sem reservas e pior. Nunca a tinha visto tão derrotada e
vencida.
Uma duvida cruel
pairava sobre ele: ela suportaria?
Ele não sabia
dizer, só o que queria no momento é que as lágrimas que manchavam o rosto
perfeito e moreno claro, cessassem e dessem lugar para o sorriso mais belo que
ele já vira na vida.
– Shiiu. Não
chora, ele não merece…
– Dói. – ela se
aconchegou ao peito dele, no sofá da sala.
– Eu sei. Mas
isso ia acontecer mais cedo ou mais tarde…
Se arrependeu
imediatamente de dizê-lo. Já conseguia ouvir a voz esganiçada e feminina no
choro.
– Leah… me
desculpe!
Ela fez um não
com a cabeça. Mas, não o que?
– O que? O que é
‘não’? – ela o abraçou, esperando não ser repelida e chorando alto, ficou
imóvel.
Mas ele sabia
que ela não dormia. Sentia as lagrimas molharem-no a blusa.
Ele afagou os
cabelos bonitos, e colocou-os atrás das orelhas dela. Eles já grudavam no rosto
e bochechas dela.
Passaram-se
vários minutos para que ela respondesse:
– Não se
desculpe. – disse mais calma, porem lágrimas finas ainda caiam. – Eu sou uma
boba, me perdoe. – disse ainda recostada no peito dele.
Aquela foi a
pior manhã que já passara com alguém. Sentir ela tão frágil doía. E a dor não
era agradável.
[…]
Naquela semana,
ela não comeu, dormiu muito ou falou mais que o necessário. Estava em estado
catatônico, e ele estava começando a ficar com medo.
– Leah… - ele
disse entrando no quarto e forçando-se a não dizer nada indevido nem fazer uma
cara surpresa diante do estado deplorável dela, apenas olhou-a com ternura e
sorriu minimamente. – Bom dia.
Ela fez um não
com a cabeça e sussurrou:
– Mal dia. –
continuou sentada na mesma posição de sempre.
– Não. Bom dia.
– sentou de frente a ela. Acariciou o rosto dela, e esta, deitou o rosto levemente
na palma quente dele.
– Ele só melhora
quando você está aqui, Jake. – disse pela primeira vez. – Eu… não devia dizer
isso. – afastou-se do carinho. – Não devia.
Ela parecia
acuada e assustada agora.
– Shiiu. Meu dia
sempre fica melhor quando estou com você. – segurou o rosto dela nas mãos
grandes e quentes.
Ela já não tinha
a temperatura alta de sempre. Sua temperatura era baixa e preocupante.
O corpo, que
antes era esguio e cheio de curvas, agora era magricelo, esquelético e sem
vida.
– Hey, não se afasta.
Me deixa chegar nele. – olhou-a no fundo dos olhos.
– Não. Vai
machucar. – disse, magoada e dilacerada pela dor.
– Eu prometo
que, se depender de mim, nunca te farei chorar, mas preciso que me deixe chegar
no seu coração. Me deixa?
As lágrimas
começaram a querer cair novamente.
– Eu não sei. –
deixou-se ser abraçada.
– Lee…
Afagou os
cabelos já quase longos e ressecados. Eles não tinham mais o brilho de antes.
Ela parecia uma estrela prestes a se apagar.
Mas ele não
permitiria. Ele não deixaria que a sua estrela morresse.
To be continued…
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