quarta-feira, 7 de agosto de 2013

[1T - One Year Later] Cap. 6 - Notícias que machucam

Cap. 6 – Notícias Que Machucam

Dois dias se passaram sem grandes emoções. Jacob evitou que ela recebesse rondas por conta das dores de cabeça.
Tentou contatar Carlisle, mas ele estava fora da cidade, resolvendo alguns assuntos com Aro Volturi.
Hoje iria levá-la para tomarem café juntos numa lojinha qualquer de La Push.
Chegou lá rapidamente, mas antes que pudesse bater a porta, viu-a conversando com Sam.
Ficou ao longe, sem querer interrompê-la.
Momentos antes, na residência Clearwater

– Precisamos conversar. – ele disse, ignorando o apelo de Sue, na noite passada.
Ela fora a única a não comparecer no jantar de noivado dele, e Sam fora ali, para contatá-la da novidade.
Sentou na escada junto a ele, e esperou que começasse.
– Diga, Sam. Se é por causa do jantar eu… perdi a hora e dormi...
– Sim, mas não é isso. Vim te contar o motivo do jantar.
– Fala então.
– Vou me casar. – ele disse simplesmente.
Escutou o coração dela falhar três batidas e então bater mais lentamente que o normal. Ela controlou um murmúrio de dor, ao sentir a cabeça latejar. Com as mãos, onde deveria estar seu coração, respirando fundo e se controlando para não desmoronar, falou, sem olhá-lo.
– Com a… E…Emily? – a voz estava entrecortada assim como sua respiração.
– Sim com a Emily. – ela abraçou as pernas, num pedido que ele parasse de falar.
Ele tentou olhá-la nos olhos, mas ela não permitia. Tocou de leve o braço direito dela, que ficava ao seu lado, e ouviu um suspiro entrecortado. Ela estava chorando. Escondendo isso dele.
– Lee…
– Não f…fal…fala na…nada. – pediu.
Ele a abraçou, sentindo as lagrimas em seu dorso nu.
– Sam, deixa que eu tomo conta dela. – Jacob surgiu das sombras (ou do matagal perto da casa dos Clearwater).
– E porque? – ele a soltou um pouco.
– Porque eu sou o Alpha e namorado.
Ele enfatizou dando um passo a frente. Leah o olhou, e saltou da escada, correu e abraçou-o fortemente.
– Jake! Dói tanto! – se entregou ao choro, sem se importar se Sam estava vendo ou não.
– O que está havendo aqui? – Sam falou alterado. – Então é isso? Vocês estão juntos? Porque se fez de vitima, Leah?
Ela aumentou o choro, tornando-o desesperado.
– Depois conversamos Sam. – ele disse, carregando-a, para dentro, no colo.
Nunca a tinha visto assim. Frágil. Sem reservas e pior. Nunca a tinha visto tão derrotada e vencida.
Uma duvida cruel pairava sobre ele: ela suportaria?
Ele não sabia dizer, só o que queria no momento é que as lágrimas que manchavam o rosto perfeito e moreno claro, cessassem e dessem lugar para o sorriso mais belo que ele já vira na vida.
– Shiiu. Não chora, ele não merece…
– Dói. – ela se aconchegou ao peito dele, no sofá da sala.
– Eu sei. Mas isso ia acontecer mais cedo ou mais tarde…
Se arrependeu imediatamente de dizê-lo. Já conseguia ouvir a voz esganiçada e feminina no choro.
– Leah… me desculpe!
Ela fez um não com a cabeça. Mas, não o que?
– O que? O que é ‘não’? – ela o abraçou, esperando não ser repelida e chorando alto, ficou imóvel.
Mas ele sabia que ela não dormia. Sentia as lagrimas molharem-no a blusa.
Ele afagou os cabelos bonitos, e colocou-os atrás das orelhas dela. Eles já grudavam no rosto e bochechas dela.
Passaram-se vários minutos para que ela respondesse:
– Não se desculpe. – disse mais calma, porem lágrimas finas ainda caiam. – Eu sou uma boba, me perdoe. – disse ainda recostada no peito dele.
Aquela foi a pior manhã que já passara com alguém. Sentir ela tão frágil doía. E a dor não era agradável.
[…]
Naquela semana, ela não comeu, dormiu muito ou falou mais que o necessário. Estava em estado catatônico, e ele estava começando a ficar com medo.
– Leah… - ele disse entrando no quarto e forçando-se a não dizer nada indevido nem fazer uma cara surpresa diante do estado deplorável dela, apenas olhou-a com ternura e sorriu minimamente. – Bom dia.
Ela fez um não com a cabeça e sussurrou:
– Mal dia. – continuou sentada na mesma posição de sempre.
– Não. Bom dia. – sentou de frente a ela. Acariciou o rosto dela, e esta, deitou o rosto levemente na palma quente dele.
– Ele só melhora quando você está aqui, Jake. – disse pela primeira vez. – Eu… não devia dizer isso. – afastou-se do carinho. – Não devia.
Ela parecia acuada e assustada agora.
– Shiiu. Meu dia sempre fica melhor quando estou com você. – segurou o rosto dela nas mãos grandes e quentes.
Ela já não tinha a temperatura alta de sempre. Sua temperatura era baixa e preocupante.
O corpo, que antes era esguio e cheio de curvas, agora era magricelo, esquelético e sem vida.
– Hey, não se afasta. Me deixa chegar nele. – olhou-a no fundo dos olhos.
– Não. Vai machucar. – disse, magoada e dilacerada pela dor.
– Eu prometo que, se depender de mim, nunca te farei chorar, mas preciso que me deixe chegar no seu coração. Me deixa?
As lágrimas começaram a querer cair novamente.
– Eu não sei. – deixou-se ser abraçada.
– Lee…
Afagou os cabelos já quase longos e ressecados. Eles não tinham mais o brilho de antes. Ela parecia uma estrela prestes a se apagar.
Mas ele não permitiria. Ele não deixaria que a sua estrela morresse.

To be continued…


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