quinta-feira, 24 de julho de 2014

[3T - One Year Later] Capítulo 20 - A Conversa

Capítulo 20 – A Conversa

Então… tá bom, eu assumo, estava com preguiça de termina-lo faz umas duas semanas HU3, mas aí dia dos pais chegou e acabei de terminar ele =D espero que gostem <3

A conversa

Jake

Existe um momento na vida de um homem que é muito temido. Para alguns, casar, para mim… ter a conversa.
─ Anda. – Leah me mostrou um gesto displicente, como um abano e sorriu. Estava mais que linda no baby-doll que lhe presenteei noite passada, relaxada em nossa cama. Eu aqui queimando pela minha esposa e ela me obrigando a ter a conversa. Tudo bem que prometi tê-la faz quase um mês, mas poxa! Isso é golpe baixo!
─ Não pode ser…
─ Não. – Ela sorriu brilhantemente eu girei os olhos. Tão linda, é a oitava maravilha do mundo, não pode não ser. E o melhor, é só minha!
─ Podíamos fazer outra coisa agora. – Sugeri levantando as sobrancelhas e ela negou com a cabeça, parecia indecisa por um momento.
─ Nada disso, senhor Black! Vá ter a conversa antes que Arthur chegue com alguma garotinha grávida por aqui!
─ Ele nem tem 15 ainda querida!
─ Art pode transar do mesmo jeito. Anda, anda! Não quero nem pensar em ser avó agora, ouviu?
Suspirei e caminhei rapidamente para o quarto do meu filho. Bati e entrei quando ele autorizou. Vai que o moleque… quero nem pensar no que ele faz com essa porta fechada!
Leah está certa, está na hora de ter a conversa.

Leah

Aproveitei que Jake ia ter uma conversa muito importante com Art e levantei também. Precisava conversar com a Lisa. Esclarecer algumas coisas que não pude nas ultimas semanas. Parecia que ela estava fugindo de mim!
Coloquei um robe e desci para a cozinha. Já ouvia a Lisa preparando o café e me juntei a ela, começando a fazer as panquecas.
─ Eu ia fazer isso agorinha. – Ela me disse à guisa de bom dia.
─ Sei que ia. – Concordei e coloquei a massa na frigideira. – Mas queria conversar com você antes que fosse para a escola.
─ É sério? Algum problema com os meninos? Harry está bem?
─ Ele devia não estar? – Questionei-a, observando minha filha de esguelha, mas ela não disse nada. O silencio era uma confirmação? Uma recusa? – Lisa?
─ Não posso falar, mãe. – Ela suspirou passando o café no pano, direto na garrafa térmica.
─ Ok. – Aceitei sua resposta meio contrariada. Tenho que falar com Harry e rápido. Descobrir o que tá acontecendo com o meu menininho. – Você e Pietro… hum… já…?
─ Já o quê, mãe? – Lisa perguntou me olhando sem entender, parecia cautelosa.
─ Sexo, querida. Rolou?
─ Caramba! – Ela disse chocada e soltou por um momento o pano que quase virou. Ela o pegou rápido demais. A transformação viria em breve, eu sabia, só não deixava de ser angustiador. – Não, mãe, não. A gente… terminou.
─ Terminou? – Perguntei girando a panqueca no ar. – Como assim terminou? Não ia dizer para a sua mãe? Eu te carreguei…
─ Nove meses, eu sei é só que… ai… eu gosto do Andrew, mãe.
Eu sabia!
─ E vai dizer para ele? Finalmente! – Festejei, colocando as primeiras panquecas no prato e já colocando mais duas na frigideira.
─ Ele não te disse? Suspeitei que você tinha ficado calma demais esses dias…
─ Suspeitou…? O que houve? Desembuche já! – Lhe disse colocando as mãos na cintura e ela suspirou em um tom cansado.
─ Vai queimar. – Finalmente ela me disse e a encarei franzindo a testa e sobrancelhas.
─ Ahn?
─ Panquecas, mãe.
─ Ah! – Eu me virei para virá-las e Lisa continuou:
─ Ele bem… ele me deu um fora. Mas tudo bem, eu já… estou bem.
─ Por isso chorou no outro dia?
─ Sim.
─ Porque não me disse?
─ Não queria preocupa-la.
─ Preocupou mais assim. O traste do seu pai nem para descobrir o que houve, assim poderia ajudar você… talvez.
─ Mãe, sem problema ok? Foi bom, pelo menos eu não fiquei esperançosa para sempre, né?
─ Pensando por esse lado…
─ Além do mais, eu quero descobrir coisas sozinha mãe. Lidar com isso sozinha, sabe? Prometo que se eu achar que você… bem… você pode me ajudar, eu te procuro, ok?
─ Ok. Agora me diga porque terminou com o Pietro.
─ Eu já disse, não o amo tanto assim. Quer dizer, ele é legal, gentil, beija bem e tem uma pegada que me deixava zonza, mas eu queria mais.
─ Sexo?
─ Não! Mãe! – Lisa riu e eu coloquei a segunda remessa de panquecas num prato diferente. – Eu queria um romance com o Andrew, mas ele não me quer. Também não podia usar o Pietro, ele estava se apaixonando, eu vi isso nos olhos dele, mas eu não. Não fiz errado, né?
─ Tudo bem, querida. – Eu a tranquilizei enquanto ela fechava a garrafa e jogava os restos de borra fora. – Foi certo.
─ Onde está o papai e o Art? – Lisa finalmente perguntou enquanto eu virava mais algumas panquecas no forno.
─ Tendo a conversa.
─ Ah! – Ela riu gostosamente, preparando a calda enquanto o Harry descia as escadas bocejando e se unia a nós.

Jake

─ Arthur, filho, você gosta de alguém?
─ Eu gosto de muita gente, pai.
─ Não assim, presta atenção moleque! – Lhe disse rindo. Ele estava se esquivando fazia uns cinco minutos.
─ Então como, pai?
─ Do jeito que o papai gosta da mamãe.
─ Pai, eu não sou mais tão pequeno pra você falar comigo assim. – Ele reclamou e pegou um porta-retratos na mesinha do computador, me entregando em seguida. – Dela.
Senti sua sinceridade e olhei a foto. Tinha os filhos de todo mundo ali. Mada, Jhúlia, Lucas, Juan, And, Larissa, Fer, Fred, Harry, Clarinha, Lisa, Lilly, Rose, Carlo, Art, Vit e a Hanninha entre Carlo e Art. O olhei questionando e ele suspirou, apontando a caçula, Hanna.
Embry vai pirar nessa.
─ Eu não disse nada, pai. Nem sei porque o senhor veio conversar comigo tão cedo. Eu… só gosto dela diferente. É disso que o senhor tá falando, né?
─ Diferente como, moleque? Olha aqui, se for com safadeza pra cima da…
─ NÃO! – Art gritou e bufou. – Pai, sou eu, lembra? Eu sou o educado da família, oxe! – Tive que rir. – Eu só acho ela a coisa mais linda que eu já vi. É só que… tá mudando. Eu achava ela fofa até ano passado, mas não a levaria para tomar sorvete. Se a mamãe mandasse eu leva-la, igual ela fez com o Harry, eu levaria muito contente agora.
Embry vai mesmo pirar. Calma, Jake, ele é teu xará, mas é o seu filho que vai tarar a filha dele. Não agora, mas vai. Eu já vi e senti isso acontecer e um dos resultados está na minha frente, pegando o porta-retratos e o guardando em sua escrivaninha.
─ E você acha que isso vai mudar para o quê, filho? Você sabe. Já viu isso inúmeras vezes e sabe que um dia, quando chegar a hora…
─ Eu não tenho certeza. Eu só quero que se ela quiser alguém, seja eu. Porque veio aqui tão cedo?
A pergunta de 1 milhão de dólares.
─ Não faça sexo.
─ Oi?
─ Se fizer, use camisinha?
─ Usar o quê?
─ Não apareça com nenhuma mocinha grávida por aqui.
─ Apare… ei! Pera aí! Isso tá indo rápido demais, pai!
─ Nem tente passar a mão, alisar ou fazer qualquer coisa com a Hanna que você não quer que Pietro faça com a Lisa, entendeu?
─ Pai! Rá-pi-do - de-mais! – Ele disse lentamente e riu baixinho. – Eu nem quero imaginar o que o Pietro e a Lisa fazem, mas eu prometo que não vou alisar e nem ficar tirando foto da calcinha da Hanna só porque o Harry faz isso.
─ O HARRY FAZ O QUÊ? – Gritei muito puto e lembrei do outro dia. É ele faz, igual à mim. Tinha que sair tão igual à mim? Se bem que a Lee também não é santa… oh, e como não é!
─ Ora, pai… o senhor sabe que ele me disse. Não lembra do dia que pegou os dois se amassando?
─ Lembro. – Fechei os olhos e massageei minha têmpora, abrindo-os em seguida. Nem queria pensar em Harry agora, isso estava me tirando o sono. Não o fato dele sair pegando a prima, mas o que estava por baixo disso. Isso sim estava me preocupando até demais. – Não importa. Mantenha suas mãos para si mesmo ou nem eu te salvo do Embry.
Arthur ficou meio pálido e apesar de ter saído tudo do jeito errado, afinal, a única recomendação da Leah que me lembrei de seguir foi a da camisinha.
─ Pai, eu te disse, não sou o Harry. Minhas mãos ficam bem visíveis e não invadindo roupas alheias.
Eu tive que rir mais uma vez e me levantei da cama dele. Ele me seguiu e ambos descemos para saborear o café delicioso que minhas mulheres fizeram. O cheiro já tinha chamado até meu lobo interior, que andava impaciente de um lado para o outro.
Arthur sentou do lado da irmã e os olhei satisfeito com minha família. Leah está certa. Eles são muito novos para lidar com filhos, eu e ela ainda estamos aprendendo e saboreando cada dia um pouco mais da nossa família. Nossos filhos podem ter um pouco mais de tranquilidade durante alguns anos até que decidam fazer as coisas do jeito certo. Sim, não deve haver nada de melhor no mundo do que isso. A nona maravilha do mundo: os Black.
Continua…

Espero que tenham, sinceramente, gostado =D
Aguardo comentários fofinhos, ok? xD
Se tudo der certo, tem surpresa essa semana para vocês =D
Cruzem os dedos!

Beijinhos <3

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